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DESLIZE

Respondi ao convite “Venha deslizar…”


e embrenhei-me entre mil linhas
curvas e retas, deixando-me flutuar.
Ao paralelogramo trepei por escadinhas (1)
escapulindo-me pela porta entreaberta
espreitando pelas frestas da janela
e na noite de breu vi a lua desperta;(2)
pondo a minha atenção toda nela,
por magia, voei para a estrela certa
feita de linhas brancas, pretas, amarelas
e deparei com cones e cubos coloridos
entre outras criaturas muito singelas
que no espaço dançavam aturdidos…
À garupa dum pássaro branco as paralelas
ruas sobrevoei, amplas e sem poluição,
escutando do bandolim (3) mais moderno
leves acordes que enchiam meu coração
transportando-me para momento mui terno
da minha Avó, só para mim, tocando uma canção.
Todavia despertei para a crua e fria realidade!
Perdi do sonho as asas, balancei e caí
ficando suspensa nos fios de eletricidade (4) Acácio Viegas, parabéns!
e a meus pés o mundo moribundo vi A imagem, a cor, a criatividade
entre os tons esbatidos da cidade. fizeram-me deslizar e penetrar
Marta Oliveira Santos nos objetos com outro olhar.
Póvoa Varzim, 26/3/ 2019 Obrigada.

(1) SER, SEM CONFLITO


(2) DESLIZE#1
(3) EVOLUTIONARY#7
(4) INQUIETUDE

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