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Noticia Criminis
Legitimidade:
- Destinatários:
Delegado.
Membro do Ministério Público (pode noticiar diretamente ao MP).
OBS: Postura do MP – primeira alternativa albergada ao MP é requisitar a instauração
do Inquérito (art. 5º, II do CPP), a segunda alternativa dada ao membro do MP é
instaurar o PIC, que nada mais é do que um procedimento investigativo criminal. A
terceira alternativa albergada ao MP seria requerer o arquivamento dessa peça de
informação que lhe foi apresentada – caso entenda que o fato que foi noticiado é
atípico, ou já está prescrito ou qualquer caso de não procedibilidade da informação. A
última alternativa dada ao membro do MP é oferecer denúncia, dispensando a
instauração de inquérito, se com a notícia crime já é apresentada com a necessária
justa causa (lastro indiciário mínimo) – nesse caso, o MP dispõe de 15 dias para o
oferecimento da denúncia, contados a partir da correspondente provocação (art. 46
do CPP).
Juiz. Poderá requisitar a instauração do Inquérito – Art. 5º,II do CPP. Melhor seria se
abrisse vista ao MP, para que esse decida o que fazer, já que é o titular da ação penal.
Segundo Rómulo Moreira, prestigiando o sistema acusatório, seria mais adequado que
o juiz abra vistas ao MP, para que delibere quanto ao melhor a ser feito.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data
em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver
solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16),
contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da
denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação.
§ 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do Ministério
Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que
aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
- Legitimidade Ativa quanto à noticia criminis.
Art. 5º, § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso
para o chefe de Polícia.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta,
verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem
ela ser iniciado.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
Art. 5º, LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove
legalmente sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes
garantias mínimas:
g) direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada;
SÚMULA 568 do STF: A identificação criminal não constitui constrangimento ilegal, ainda que o
indiciado já tenha sido identificado civilmente.
Art. 5º, LVIII da CF - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei;
Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos
autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a identificação criminal poderá incluir a coleta de
material biológico para a obtenção do perfil genético.
Art. 7o-B. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso,
conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
a. Relatório
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança
ou sem ela.
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
Segundo Luiz Flávio Gomes a descritividade do Relatório é mitigada na lei de tóxicos, pois o
delegado deve indicar as razões do enquadramento do tráfico e não no mero porte para uso –
Art. 52, I da Lei 11.343/06.
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária,
remetendo os autos do inquérito ao juízo:
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à
classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto
apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da
prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente;
b. Desdobramento procedimental
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial
oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo
a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.