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Rio de Janeiro
2019
Marcelle Pimenta Pinheiro
Rio de Janeiro
2019
PINHEIRO, M. P. A Compreensão Leitora nas atividades da prova B1 e B2 no
Exame DELE. RJ, 2019. Monografia (Especialização em Língua Espanhola
Instrumental para Leitura). Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. p. 88.
Banca examinadora:
_______________________________________
Prof.ª Drª Ana Cristina dos Santos - Orientadora
Instituto de Letras – Universidade Estadual do Rio de Janeiro
_________________________________________
Prof.º Dr.º Luciano Prado da Silva
Universidade Federal do Rio de Janeiro
________________________________________
Prof. Ms. Leandro Gomes Dias Bolivar
Instituto de Letras – Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Conceito: ______________
AGRADECIMENTOS
É chegada a hora de agradecer a todos aqueles que, de alguma forma, ajudaram essa
professora de espanhol a persistir. Se hoje estou colhendo os frutos da minha
determinação, frente às muitas dificuldades, de ter me graduado bacharel e professora
de Português-Espanhol, e concluir essa especialização, ambas na UERJ, muito devo:
A Deus, ao Único que é digno de receber toda honra e toda glória. Por me dar a vida,
a coragem de viver os sonhos que Ele plantou no meu coração.
À minha mãe, Lidia, e ao meu pai, Eldo, pelo amor incondicional, apoio, compreensão
e força em todos os momentos dessa grande jornada.
À Raquel, minha irmã, que pode compreender minha ausência, estresse, angústia,
além de me apoiar em todos os momentos.
À Profª Drª Ana Cristina dos Santos, pela dupla oportunidade. Primeiro, a do
reencontro com a sua orientação durante essa pesquisa que foi tão presente, humana,
flexível e divertida. Me orgulha dizer aos colegas que são de Espanhol que fui
orientada por você! O bom professor deixa marcas na vida de seus alunos. E segundo,
pela oportunidade de novamente recomeçar e retomar essas linhas que deixei
incompletas.
A todos os meus alunos, por tudo o que me ensinaram. Aos professores que
contribuíram para o meu crescimento nos vários espaços em que passei, desde o
ensino fundamental até à especialização, por serem inspiração a continuar lutando
por uma educação de qualidade a todos.
RESUMO
QUADRO 1: Síntese das finalidades das provas de compreensão leitora no nível B1e
B2 (Adaptado do folheto do Instituto Cervantes) 11
INTRODUÇÃO 10
2- PROFICIÊNCIA 25
3 - METODOLOGIA 37
4. - ANÁLISE E RESULTADOS 47
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS 60
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63
7- ANEXOS 67
10
INTRODUÇÃO
QUADRO 1: Síntese das finalidades das provas de compreensão leitora no nível B1e B2
(Adaptado do folheto do Instituto Cervantes)
1
https://examenes.cervantes.es/es/dele/que-es, acesso em 20/08/2018
12
estadual intercultural no Rio de Janeiro que aplica o exame aos seus alunos, no
terceiro ano do Ensino Médio. Tal experiência aponta que o perfil geral dos alunos de
Espanhol de ambas as instituições é o de pessoas preocupadas com sua formação
acadêmica e profissional. Em pesquisas informais feitas nos primeiros dias de aula
ministradas nos cursos livres e colégios, os alunos Uma grande parte desses alunos
deseja aprender o idioma pelos seguintes motivos: a) porque considera importante
para o seu currículo; b) porque necessita utilizá-lo em seu local de trabalho; c) ou
porque possui planos de fazer algum curso em um país de língua espanhola (muitas
vezes, uma graduação, uma pós-graduação ou parte dela) d) ou porque decidiu residir
em países hispanos para trabalho ou estudos.
Algumas empresas multinacionais possuem convênios com escolas de idiomas
2
e financiam os cursos de espanhol para os seus funcionários. Algumas empresas
brasileiras também o fazem e arcam com uma parte do valor do curso como forma de
incentivar o estudo do idioma pelos seus colaboradores. O colégio estadual carioca
ministra seus doze tempos de Língua Espanhola como língua estrangeira obrigatória,
a fim de preparar seus alunos a aplicarem o exame e alcançarem o nível B2.
Quando entram num curso de idiomas, os alunos querem dominar o idioma,
além de buscar um documento que ateste o seu conhecimento. Os cursos livres em
geral fornecem um diploma quando os alunos completam os vários semestres de
curso. No entanto, o mercado de trabalho nem sempre valoriza esses certificados, e
dá uma maior credibilidade aos certificados internacionais.
Através da reflexão sobre esses perfis de alunos, que estão no mercado de
trabalho ou que ainda não entraram, mas que já estão preocupados em construir um
bom currículo na área de línguas estrangeiras, mais especificamente, no idioma
Espanhol, surgiu a proposta de discutir o referido tema neste trabalho de pesquisa.
Por apresentarem um prestígio e status para aqueles que o possuem, os
exames de proficiência tem por “objetivo outorgar um certificado que atesta os
conhecimentos do idioma ou no idioma (...) [que] está atrelada à aprovação no referido
exame” (SANTOS, 2012, p.13).
2
https://www.ccaa.com.br/convenios/ acesso em 15/03/2019
13
Desse modo, a pesquisa busca dar resposta à pergunta sobre qual perspectiva
de leitura é encontrada a partir dos enunciados das provas de compreensão leitora e
seleção textual.
O estudo deteve-se, portanto, na análise qualitativa interpretativa de
documentos usados para fins avaliativos. Moita Lopes (1996, p.21 e 22) afirma que a
metodologia de pesquisa de base interpretativista está centrada na “análise do
produto final do usuário da língua (ou seja, a análise da produção escrita e oral e do
desempenho em compreensão escrita e oral). ”
No primeiro capítulo, intitulado Leitura: da decodificação ao modelo
interacional, tem-se a fundamentação teórica dos conceitos de compreensão leitora
segundo a professora Acquaroni Muñoz (2000), leitura, modelo de leitura ascendente
e modelo de leitura descendente segundo a professora Junger (2002), teoria de
esquemas segundo a autora Kleiman (1996) e ( 2001), Rumelhart (1977 apud
CAMPOS 2008). De forma a se associar a estas dimensões de leitura, tem–se a
proposta de Solé (1998), Moita Lopes (1998) e Junger (2005) de que a leitura é um
processo e interação entre leitor e o texto, denominado de modelo de leitura
interacional ou interacionista. Ainda tratava da Avaliação de Leitura no exame DELE,
em que descreve que por trás de uma teoria, exame, material didático tem-se uma
metodologia subjacente, segundo Abreu (2011) e Almeida Filho (2013), a avaliação
de compreensão leitora deve seguir parâmetros conforme Alderson (1998 apud
Santos 2013), Bordón (2004) e (2014), Pacheco e Pacheco (2004). Tais conceitos são
necessários porque a leitura e a compreensão leitora são fundamentais para o exame
de proficiência linguística, pois é uma das habilidades linguísticas que uma pessoa
pode desenvolver.
Aborda-se, no segundo capítulo, Proficiência, como o resultado de uma
aprendizagem, uma finalidade, uma meta, definida de maneira objetiva ou
padronizada segundo Scaramucci (2000). O primeiro subcapítulo intitulado, Diploma
de Español como Lengua Extranjera, tratou do histórico da formação do Instituto
Cervantes segundo Santos (2012), Marco Comum Europeu de Referencia, de acordo
com Figueira (2008), e o surgimento do DELE. No segundo subcapítulo, nominado de
Parceria Brasil e Espanha através do Instituto Cervantes apontou um histórico da
relação entre os dois países no aspecto educativo, e assim escalrecer como se
constrói uma política linguística em expansão.
14
texto, mas sim da maior ou menor capacidade do leitor para atualizar os esquemas
mentais mais adequados no momento de inferir informação significativa do texto e ir
antecipando, à medida que avança a leitura, seu possível conteúdo através da
geração de hipóteses.
Esses dois modelos de processamento são insuficientes para dar conta dos
níveis de significação contidos num texto. Por isso, a teoria dos esquemas de acordo
com Kleiman (2001) acrescenta um nível à compreensão leitora relacionado aos
conhecimentos que o leitor possui estão guardados na memória de longo-prazo, e
geralmente são sobre assuntos e eventos típicos de sua cultura, podendo ser
modificado conforme o conhecimento do mundo.
Dentro da teoria dos esquemas, a ação de compreender um texto se define
como um processo interativo entre o conhecimento prévio, anterior que o leitor possui,
que se encontra armazenado em esquemas, juntamente ao texto.
O termo schema (RUMELHART, 1977, apud CAMPOS, 2008), indica que o
conhecimento que uma pessoa carrega consigo, ordenado em padrões inter-
relacionados e construídos por meio de experiências prévias, guiando o leitor à
medida que faz sentido em novas experiências. Sendo assim, quando um leitor diz
que compreendeu o texto, na realidade ele modificou o seu espaço mental para
acomodar essa nova informação, ou seja, é a interação da informação nova com a
antiga que é responsável pela compreensão de um texto. (ANDERSON; PERSON,
1998 apud CAMPOS, 2008). O modelo de leitura de esquema sugere que a
compreensão de um texto significa realizar uma combinatória entre o conhecimento
esquemático do leitor, o conhecimento prévio, e a língua, codificada sistematicamente
(CAMPOS, 2008).
Entretanto, um novo enfoque, por meio da Linguística Aplicada, a partir do
referencial teórico sociointeracionista, põe o leitor, o texto e o autor, no plano da
interação social dos sentidos pela leitura. Na perspectiva de Vygotsky sobre
aprendizagem “[...] que se dará nessa interação consiste na leitura com compreensão”
(1978 apud KLEIMAN, 2001, p. 10). Neste momento, o aprendizado da leitura é
possível a partir da interação de sujeitos cooperativos que têm objetivos comuns
Os sujeitos que cooperam na interação de uma leitura são o leitor e o autor. E
é no - e a partir do - texto, o lugar em que ambos constroem seus conhecimentos
vividos, observados, aprendidos, experimentados em circunstâncias variadas. E
17
assim a leitura pode ser definida também como uma prática social que remete a outros
textos e outras leituras.
Isabel Solé (1998, p.22) define leitura como “(...) um processo de interação
entre o leitor e o texto; neste processo tenta-se satisfazer [obter informação pertinente
para] os objetivos que guiam sua leitura”. É observável na definição que o conceito de
interação entre leitor e texto é valorizado para a escritora corroborando com a ideia
de leitura interacional.
Segundo Solé (ibdem), este processo se replica em consequências, como
envolver a presença de um leitor que age, que processa e examina o texto. Da mesma
forma, “implica que sempre deve existir um objetivo para guiar a leitura; em outras
palavras, o ato de ler é para algo, para alcançar alguma finalidade” (SOLÉ, 1998, p.
22). O processo de leitura sempre “envolve a compreensão do texto escrito” (SOLÉ,
1998, p. 23).
Com esta visão interacional da linguagem e princípios estes que são
compartilhados por Kleiman (1996), Moita Lopes (1996) e Solé (1998) foram feitas as
análises dos modelos de provas do exame DELE níveis, B1 e B2. Entretanto, sua
essência não foi elaborada para a decodificação de sinais, mas sim para a construção
de sentidos num contexto. A partir deste novo modelo interacional, o conceito de
leitura é redefinido como ato comunicativo em que ler é
(...) todo e qualquer material está em primeiro lugar marcado por um conceito,
por uma filosofia de ensino, por uma abordagem de ensinar que também
contempla um conceito de língua, de aprender língua(s) e uma expectativa
de como devem proceder professores de línguas se quiserem de fato mediar
com sucesso o adquirir ou aprender exitoso de quem já vai crescendo no seu
poder de expressar e compreender os sentidos de uma língua-alvo em uso.
3
“independientemente de como haya adquirido (aprendido) los conocimientos para hacerlos”
(Bordón, 2006, p. 44).
21
4
Mientras que para las destrezas de interpretación: comprensión oral y escrita es posible recurrir a
pruebas indirectas y con respuestas cerradas (como las de selección múltiple) que sin embargo,
resulten válidas porque requieren la puesta en marcha de estrategias de interpretación que suponen la
implicación de destrezas o microdestrezas que se adoptarían en situaciones de uso real de la lengua,
aunque en el examen la interpretación se formule en términos indirectos, que por otra parte, es, a veces,
la única forma posible de hacerlo.(BORDÓN, 2006, p.50)
22
PROVAS OBJETIVAS
Itens de seleção Consiste em uma pergunta, seguida de várias alternativas que se
múltipla apresentam como possíveis soluções, das quais somente uma
será correta.
Teste close Consiste em preencher espaços no intuito de uma compreensão
global do texto, conhecimentos linguísticos, entre outros.
Ordenar um texto O texto apresenta-se desordenado e cabe ao examinando
fragmentado reorganizá-lo
Relacionar imagens Consiste em combinar as colunas com o seu correspondente
ou enunciados
atender aos aspectos globais do texto. Evitar a reprodução literal e exposição de ideias
individuais.
Para resumir as ideias por aqui apresentadas, consonantes com Alderson
(2005 apud Abreu 2011), Bordón (2006) e Pacheco e Pacheco (2004) Eguiluz
Pacheco (2008), entende-se que a leitura em exames de proficiência deve ser
apresentada como um processo ativo e interativo. Nele se relacionam os
conhecimentos de língua, os conhecimentos de mundo e conhecimentos
acadêmicos/científicos e a organização dos discursos. É de responsabilidade dos
elaboradores a produção de exames convergirem nesse objetivo, e assim
apresentarem modelos válidos de textos baseados no contexto de uso real e produzir
itens de acordo com essas propostas.
O trabalho com a avalição de compreensão não é um dos mais fáceis, e ao
formulador de questões se apresenta um grande desafio: procurar textos adequados,
bem escritos, que atendam a demanda temática, de ordem estrutural, tipológica, e
com a finalidade primária de avaliar o candidato na modalidade língua estrangeira.
Em síntese, ficou exposto que nos exames de domínio do idioma para a
compreensão leitora, deve-se priorizar a concepção interativa de leitura, relacionando-
a ao conjunto de conhecimentos contextuais (de mundo, linguísticos) além da
organização discursiva. E assim fica evidente a capacidade de uma pessoa quando
faz o uso de uma língua estrangeira, no uso global da língua como umas de suas
destrezas. Define-se então a proficiência, que será a temática do próximo capitulo.
25
2- PROFICIÊNCIA
se na maior parte das situações que possam surgir durante uma viagem, por exemplo,
em lugares onde se fala a língua em questão. Também o usuário deve produzir textos
simples e correntes sobre temas que lhe são familiares ou de recorrência pessoal. Por
último, o usuário deve ser capaz de descrever acontecimentos, experiências, desejos,
bem como justificar de maneira breve as suas opiniões ou dar explicações sobre seus
planos.
O conceito de proficiência é divergente ao conceito de rendimento. Segundo
Scaramuci (2000), este está associado ao uso passado da língua, tem as suas
questões com fundamentos no programa, nos materiais e no currículo educacional de
uma escola ou curso. Já a proficiência ou situação de uso está relacionada ao uso
futuro da língua, pois está aliada ao aporte teórico, e para um conceito de avaliação
em que "as suas especificidades são definidas com base em uma análise de
necessidades do público alvo em relação ao uso da língua” (SCARAMUCI, 2000,
p.15).
5
la elaboración de las pruebas, la constitución de los tribunales examinadores, el establecimiento del
calendario general y la puesta en marcha de cuantas acciones requiera el procedimiento de obtención
y expedición de los Diplomas de Español como Lengua Extranjera. Todas estas actuaciones se llevarán
a cabo a través de las unidades administrativas correspondientes.
6
Capaz de dar em quantidade e qualidade um impulso abrangente e maior ao conhecimento do
Espanhol.
28
7
la difusión del Español, incardinándola en el marco general de la acción exterior del Estado. En orden
a su más eficaz actuación realizará por sí o coordinará las competencias hasta ahora ejercidas en este
campo por otros órganos de la Administración y de manera singular por los Ministerios de Asuntos
Exteriores, Educación y Ciencia y Cultura. (BOE 7/1991)
29
8
Real decreto 11137/2002
9
http://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/diccio_ele/diccionario/nivelesreferencia.htm Acesso em
20/11/2018.
10
Disponível em http: //www.alte.org Acesso em 20/11/2018.
30
11
"donde se descríbalo que los alunos son realmente capaces de hacer en la lengua extranjera"”
12
Marco Común Europeo de Referencia para las lenguas: aprendizaje, enseñanza, evaluación.
Disponível em htpp://cvc.cervantes.es_enzenanza.biblioteca_ele_marco_cvc_mec.pdf Acesso em
10/10/2018
13
https://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/plan_curricular/. Acesso em 13/01/2019
14
https://marcoele.com/plan-curricular-del-instituto-cervantes-niveles-de-referencia-para-el-espanol/
Acesso em 11/01/2019
15
“ garantizar la coherencia con las descripciones que se desarrollan para otras lenguas europeas”
http://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/plan_curricular/introduccion.htm .Acesso em
20/11/2018.
16
www.https://www.cervantes.es/lengua_y_ensenanza/recursos_espanol/informacion.htm Acesso em
14/08/2018
31
Já nos exames dos níveis C1 e C218, a estrutura muda para a seguinte ordem:
●Prova 1: Uso da língua, compreensão leitora e auditiva
●Prova 2: Destrezas integradas: compreensão auditiva e de leitura y
expressão e interação escrita
●Prova 3: Destrezas integradas: compreensão leitora e expressão e interação
oral
17
https://examenes.cervantes.es/es/dele/que-es. Acesso em 10/01/2019
18
https://examenes.cervantes.es/es/dele/que-es. Acesso em 10/01/2019
32
B1 B2
compreender os pontos principais de compreender o essencial de textos
textos orais e escritos nas variedades orais e escritos de complexidades, mesmo que
normatizadas da língua e que não sejam tratem sobre temas abstratos, se apresentem
excessivamente localizadas, sempre que em diversas variedades do espanhol ou
tratem sobre assuntos conhecidos, já estejam tenham um caráter técnico, principalmente, si
relacionados com o trabalho, o estudo ou a vida tratam sobre áreas de conhecimento
cotidiana; especializado que se tem acesso;
desenvolver-se na maioria das situações interagir com todo tipo de falantes com um
e contextos que se inscrevem estes âmbitos de grau suficiente de fluência e naturalidade, de modo
uso; e que a comunicação não suponha esforços por
parte de nenhum interlocutor; e
para produzir textos simples e produzir textos claros e detalhados sobre
coerentes sobre temas conhecidos ou que assuntos diversos, incluídos aqueles que supõem
sejam do interesse pessoal, tais como as uma análise dialética, debate ou defesa de um ponto
descrições de experiências, acontecimentos, de vista.
desejos, planos e aspirações ou a expressão de
opiniões.
QUADRO 5: Descrição dos objetivos específicos da prova de compreensão leitora nos níveis B1
e B2 (grifo nosso)
Alguns termos foram grifados para marcar as diferenças existentes entre seus
objetivos no que diz respeito à: a) compreensão: o que se exige no nível B1 são textos
com variedades normatizadas da língua e temática cotidiana; em confronto com o
nível B2 que requer textos que apresentem complexidade nos seus temas de
variedade linguística; b) interação: no nível B1 é necessário desenvoltura frente a
situações e contextos de uso; no nível B2 há um imperativo para que se apresente a
todo tipo de falante de maneira natural e fluente, sem aparentar esforços por parte do
19
https://examenes.cervantes.es/es/dele/como. Acesso em 10/01/2019
20
https://examenes.cervantes.es/es/dele/examenes/b1. Acesso 10/01/2019
21
https://examenes.cervantes.es/es/dele/examenes/b2 Acesso em 10/01/ 2019
33
22
el español como producto anhelado por extranjeros ansiosos de aprenderlo y con ello incrementar
su capital cultural; el español como instrumento publicitario, como imagen de marca que hace un
producto más apetecible; y el español como basamento de la identidad panhispánica que invita y
legitima las inversiones e intervenciones españolas en las Américas” (DEL VALLE, 2005, p. 35).
23
“Estas empresas promovem os DELE porque a aquisição e o desenvolvimento do espanhol
constituem um importante ativo para o trabalhador e para a empresa”.
24
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5117-reino-da-espanha Acesso em 25/01/2019
35
25
http://www.cee.se.gov.br/arquivos/Resolucao_003-2009-CEE__22-12-2009.pdf Acesso em
20/01/2019
26
http://www.lanacion.com.ar/723852-brasil-necesitara-230000-docentes-de-espanol. Acesso em
16/11/2018.
27
https://brasilia.cervantes.es/br/sobre_nossos_centros_brasil_espanhol.htm.Acesso em 15/11/2018.
36
28
http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/documents/214072/6020f348-7658-436f-ad51-b5b9f53a2fb7.
Acesso em 13/11/2018.
29
http://www.cervantes.es/sobre_instituto_cervantes/direcciones_contacto/sedes_mundo.htm. Acesso
em 20/11/2018.
30
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5117-reino-da-espanha. Acesso em 27/01/2019
31
http://www.erasmusplus.gob.es/. Acesso em 27/01/2019
32
https://www.grupotordesillas.net/pt/membros/. Acesso em 27/01/2019
37
3 - METODOLOGIA
33
Anexo 10.1, p. 46 http://www.rj.gov.br/web/seeduc/exibeconteudo?article-id=2225757. Acesso em
17/07/2018.
34
"expresa de forma comprensible la idea principal que quiere dar a entender; utiliza con flexibilidad un
lenguaje amplio y sencillo para expresar gran parte de lo que quiere; es capaz de mantener una
conversación o un debate, pero a veces puede resultar difícil entenderle cuando intenta decir
exactamente lo que quiere; se expresa comprensiblemente, aunque sean evidentes sus pausas para
realizar cierta planificación gramatical y léxica y cierta corrección, sobre todo en largos períodos de
producción libre." (MCER, 2002, p.50)
39
A visão que se tem deste usuário neste nível é que sua ação é mais
independente e relacionada ao seu conhecimento e estratégias linguísticas. Este
usuário não é um técnico da língua, mas sim um usuário que conhece e consegue
interagir com ela em situações corriqueiras e de trabalho também. O MCER ao
escalonar os níveis de referência, descreve as possibilidades de uso e de interação.
Por entender que a prova é um instrumento de comprovação do aprendizado,
e especificamente, de proficiência, focalizou-se o trabalho com as provas B1 e B2,
investigando a relação que se estabelece com a língua mediante observação do
processo de compreensão leitora dos enunciados, e entender que a compreensão
deve ser feita de maneira interativa como um processo que vai além da decodificação.
Nesta pesquisa, é então, objeto de análise, o seguinte corpus:
1.Enunciados de compreensão de texto das provas de compreensão de
texto nível B1 e B2.
2.Os textos usados nas provas de compreensão leitora nos respectivos
níveis.
35
e enfrenta las situaciones menos corrientes en el transporte público, a las típicas situaciones que
suelen surgir cuando se realizan reservas para viajes a través de una agencia o cuando se está
viajando; participa en conversaciones sobre asuntos habituales sin haberlo previsto; es capaz de
plantear quejas; toma la iniciativa en una entrevista o consulta (por ejemplo, sabe cómo iniciar un nuevo
tema), aunque aún se le nota que depende del entrevistador durante la interacción; sabe cómo pedir a
alguien que aclare o desarrolle lo que acaba de decir.(MCER, 2002, p.50)35
40
site com finalidades interativas36 na qual o usuário tem acesso ao “modelo 0” da prova
nível B1 e B2, onde ele pode fazer as atividades propostas por cada prova
(compreensão leitora e auditiva, expressão escrita e oral) numa tentativa de simular a
prova; no site do exame DELE 37também é possível baixar um “modelo 0” de prova
nível B1 e B2, além de sites de escolas de idiomas, como Tía Tula38. Sabe-se que o
exame passou por reformulações a partir de 2013, talvez seja esse o motivo de não
se encontrar facilmente materiais dos anos anteriores.
No presente estudo, tinha-se como plano inicial a análise de pelo menos quatro
modelos de provas de anos diferentes, visando uma observação e descrição
comparativa documental. Entretanto ao iniciar os trabalhos via internet, para busca de
materiais, o que se encontrou foram sites que apresentavam modelos de provas com
apenas uma habilidade, e não correspondia ao que se precisava, ou modelos que já
se possuía mediante esta busca; além da impossibilidade de baixar, e o grande
trabalho que seria formatar as provas encontradas no site da instituição.
Na época, foram encontrados modelos de provas dos anos 2008, 2009, 2012 e
2013, e de diferentes datas de convocatória. Após a leitura comparativa dos materiais
encontrados, verificou-se que tanto os modelos de 2008 e 2009, como os de 2012 e
2013, apresentavam aspectos semelhantes na sua estrutura de texto, enunciados.
Os modelos de 2009 e 2013 eram os mais adequados para o trabalho de
pesquisa, porém, foi conseguido o material mais recente por contato pessoal com um
colaborador do Instituto Cervantes do Rio de Janeiro que gentilmente o cedeu.
Verificou-se que seria de melhor aproveitamento, e também por questões de tempo
de estudo, a escolha dos modelos de provas dos anos 2016 e 2017, um exame cada,
pelas marcas distintas que ambos apresentavam, distância temporal entre ambos, e
pelo tempo de consolidação da reformulação que o exame havia passado no ano de
2013. Em resumo, a coleta dos modelos de provas foi retirada de documentos como
fontes primárias e escritas.
Vale informar que o plano inicial do trabalho de pesquisa era analisar, em
separado, cada prova dos níveis B1 (2016) e B2 (2017), seus dados coletados. Em
seguida, o estudo de cada avaliação, e depois verificar se a compreensão leitora
36
https://cvc.cervantes.es/ensenanza/dele/default.htm, acesso em 15/12/ 2018
37
https://examenes.cervantes.es/sites/default/files/dele_b1_modelo0.pdf, acesso em 15/12/2018
38
http://blog.tiatula.com/2010/03/modelos-de-examen-dele.htmlAcesso 15 /12/ 2018
41
Nas provas coletadas, foi observado diferença no número de itens por Tarea,
como pode ser visto na planilha abaixo:
Nível B1 Nível B2
Tareas Número de itens Tareas Número de itens
Tarea 1 6 Tarea 1 6
Tarea 2 6 Tarea 2 10
Tarea 3 6 Tarea 3 6
39
Vide página 30 do presente trabalho.
42
Tarea 4 6 Tarea 4 14
Tarea 5 6
4. - ANÁLISE E RESULTADOS
Os resultados das análises do corpus serão apresentados para verificar até que
ponto os enunciados de questões dos modelos de prova analisados corroboram para
a compreensão do texto de maneira interativa. Além disso, os resultados indicam
também uma análise dos gêneros textuais presentes nas Tareas, apontando quais as
habilidades de leitura são avaliadas.
DELE B1 PRUEBA 1
COMPRENSIÓN DE LECTURA
TAREA 2
INSTRUCCIONES
Usted va a leer seis textos en los que unas personas dicen qué tipo de deporte les gustaría hacer en un
gimnasio. Relacione las personas (1 – 6) con los textos que informan sobre los programas (A – J). HAY TRES
TEXTOS QUE NO DEB RELACIONAR.
Tarea 1 B1
40
Vide ANEXO B - 1 PROVA B1 2016
49
Sobre o enunciado, essa questão, de acordo com Viana (1976 apud ABREU
2011), está relacionada a duas variações ao item de múltipla escolha: item de resposta
múltipla que consiste em apontar dentre um conjunto as alternativas corretas ou falsas
conforme o solicitado; item negativo (as alternativas apresentam várias respostas
corretas e, no caso da prova, três incorretas). Depois de examinar as alternativas, é
necessário verificar qual código sintetiza a resposta. Ao examinando é requerido
etapas para marcar a resposta correta.
Assim como definiria Alderson, Clapham e Wall (1998 apud SANTOS 2013), na
questão de transferência de informação, o objetivo “é a transferência de informação
do texto para um quadro, tabela, questionário ou mapa. Essas atividades são comuns
em provas nas quais se tentam inserir questões que tenham semelhança a atividades
do mundo real. ” Os autores afirmam que este tipo de questão apresenta dificuldades
ou problemas para o examinando quando não ele tem conhecimento, por exemplo, da
leitura de mapas, e assim a pontuação por aspectos linguísticos é relegada aos
aspectos enciclopédicos.
No que se refere à compreensão do texto, a sua concepção de leitura percorre
um caminho que passa pela ação de inferir seus significados, num processo que
capacita o leitor na atualização de esquemas mentais mais adequados no momento
de deduzir a informação significativa do texto e ir antecipando, à medida que avança
a leitura, seu possível conteúdo através da geração de hipóteses. Todo o trabalho
com imagens, relações entre textos, leitura de mundo encaminha para a concepção
psicolinguística de leitura que considera a relação entre leitor-autor-texto como parte
essencial no processo leitor.
No plano da Diversidade Genérica, isto é, como os gêneros textuais se
apresentam nas provas, as produções textuais usadas são classificadas como
Depoimento e Anúncio, segundo Costa (2012). Como foi mencionado, o primeiro texto
não apresenta título, fonte, referência ao país de origem. Então, pode se dizer que, de
maneira interpretativa, tais ausências estejam relacionadas à finalidade da atividade
usadas para o examinando extrair a ideia principal e extrair informações. Conclui-se
que tal finalidade não é suficiente para alcançar a perspectiva interacional de leitura,
pois o examinando precisa mostrar que entende o texto.
51
Tarea 2 B1 e Tarea 1 B2
Tarea 3 B1 e Tarea 2 B2
linhas / dez linhas com as perguntas referentes aos textos, ou melhor, as três
entrevistas/ quatro relatos de viagem, situados na página seguinte.
As duas Tareas 341 apresentam uma tríade na sua estrutura visual: planilha,
imagem e texto, o que provoca uma estratégia de leitura para a busca da resposta da
pergunta. No caso desta, o examinando deve ler as perguntas, primeiramente, e
depois, ler a entrevista de cada pessoa, e no final, marcar a pergunta relacionada à
pessoa. Uma atividade relativamente simples, se não fosse o estilo de perguntas
propostas no enunciado em que elas encaminham o leitor a procurar exatamente as
vozes daquelas pessoas que de maneira explícita manifestam seus desejos,
vontades, gostos, frustrações, além de abstrações como acusar, fazer comentários,
por exemplo.
Para responder de maneira correta a atividade, é necessário ao examinando
ler o texto nas suas entrelinhas, ou seja, os sentidos dos textos além dos sentidos que
se apresentam na sua linearidade, identificar as intenções do autor, encontrar outros
sentidos.
41
Vide anexo ANEXO B - 1 PROVA B1 2016, ANEXO B - 2 PROVA B2 2017
54
Tarea 4 B1 e Tarea 3 B2
42
Vide anexo ANEXO B - 1 PROVA B1 2016
56
Tarea 5 B1 e Tarea 4 B2
43
La capacidad del candidato para producir las palabras que faltan en el texto da cuenta de la amplitud
de sus conocimientos y de su grado de control lingüístico en comprensión lectora, gramática y
vocabulario.
57
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
44
https://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/plan_curricular/. Acesso em 13/01/2019
45
https://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/antologia_didactica/enfoque_comunicativo/fruns02.
htm Acesso em 16/01/2019
62
conceitos do que é saber ler, pouco faz referência aos níveis do MCER, porém
evidencia uma perspectiva de língua em pontos mais históricos e tradicionais do que
o seu uso real, conjugado aos aspectos culturais, históricos e políticos do discurso.
É notória a evolução em torno dos estudos da língua, suas pontes com a
Linguística Aplicada e outras ciências. O ensino de LE/L2 certamente acompanha
seus passos e quando aplicados, respeitam seu referencial teórico e metodológico.
Sendo assim, este trabalho traz à tona a necessidade de pesquisas futuras que
investiguem as demais provas de Compreensão Leitora nos outros níveis A1/A2,
C1/C2 do Exame DELE. Além da análise dos seus enunciados, mas também dos seus
itens, seria de proveito analisar textos empregados nas atividades, seus elementos
contextuais, seus gêneros discursivos a fim de verificar de que forma esse material é
utilizado nas provas de compreensão leitora. Também seria necessário analisar as
notas atribuídas às tarefas de compreensão leitora no evento de correção, de modo a
investigar como esta habilidade tem sido efetivamente avaliada no DELE / IC. Por fim,
ao analisar o exame de proficiência linguística, este trabalho coloca em pauta a
necessidade de aprofundar o que o Diploma de Espanhol como Língua Estrangeira
entende por tais conceitos, a fim de identificar, especialmente, o que é avaliar leitura
nas provas de compreensão leitora.
A partir da análise empreendida neste trabalho, verificou-se que as atividades
de compreensão leitora inseridas no exame do Diploma de Espanhol como Língua
Estrangeira DELE, nos anos 2016 e 2017, nos níveis B1 e B2, mais especificamente
os enunciados das suas provas, e descreveu o exame como sendo um instrumento
que avalia a compreensão leitora, primordialmente, sob a perspectiva de concepção
linguística da leitura ou compreensão literal da leitura.
O modelo interacional, ou a concepção psicolinguística da leitura e a concepção
sociodiscursiva/ interativa/ interacionista da leitura, entretanto, é pouco, ou quase
nada contemplado nas atividades do exame de Compreensão Leitora. Verifica-se no
final do trabalho de análise dos enunciados das duas provas escolhidas que boa por
parte dessas atividades propõem ao examinando uma leitura de base interacionista e
ativa, demostrando assim que a Instituição e seus elaboradores têm uma dialética
com as tendências da leitura mais atuais. Entretanto a manutenção de enunciados e
atividade que propõem uma atividade metalinguística, ou seja, de base gramatical nos
remete à uma teoria da linguagem, e, visão de língua tradicionais.
63
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEL VALLE, José. La lengua, patria común: política lingüística, política exterior
y el post-nacionalismo histórico. In: WRIGHT, Roger. & RICKETTS Peter (orgs.).
Studies on Ibero-Romance Linguistics dedicated to Ralph Penny. Hispanics
Monographs, Estudios Linguísticos. Juan de la Cuesta, Newark, Delaware, 2005,
p.391 - 415.
SANTOS, Lilian Reis dos. DELE e CELU: Duas Visões Sobre a Proficiência em
Espanhol como Língua Estrangeira. 2012. 142 f. Dissertação (Mestrado em Estudos
Linguísticos, área de concentração Estudos da Linguagem). Instituto de Letras,
Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2013.
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8639310/6904.
Acesso em:1 de out. de 2018.
7- ANEXOS