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Alterações cadavéricas
1. Conceito
São alterações bioquímicas, estruturais e morfológicas que ocorrem no corpo do animal
após sua morte.
Deve-se conhecer bem as alterações cadavéricas para poder diferenciá-las das causas
patológicas anteriores à morte. Também é importante saber a quanto tempo o animal morreu
(cronotanatognose).
2. Importância
Evita que se confundam as alterações decorrentes da morte e as lesões provocadas em
vida pelas doenças.
Possibilita a cronotanatognose (estimativa da hora da morte; do grego kronos- tempo;
thanatos- morte; e gnosis- conhecimento) em casos de medicina veterinária legal.
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3. 3. Estado de nutrição – quanto maior o teor de glicogênio muscular, mais tempo levará o
rigor mortis para se instalar. De maneira oposta, quanto mais bem alimentado estiver o animal,
maior e mais gordo ele deverá apresentar-se, e assim menor dissipação das demais alterações
cadavéricas.
3. 4. Causa mortis – patologias que causam hipertermia e gasto energético muito grande
(logicamente anteriores à morte) favorecem o aparecimento das alterações. Intoxicação por
estricnina, traumatismo no SNC, tétano.
b. Mediatas ou tardias
Livor mortis ou hipóstase cadavérica
Algor mortis ou frialdade cadavérica
Rigor mortis ou rigidez cadavérica
Coagulação do sangue
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Pseudoprolapso retal
Pseudo-melanose
Enfisema cadavérico
Maceração
Coliquação
Redução esquelética
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mudam, uma vez que a gravidade agora agirá em outro sentido. Porém, essa mudança não será
total (deixando vestígios nas zonas primitivas de aparecimento) se algum tempo se passou depois
da morte: é a chamada fixação das hipóstases. Os livores cadavéricos surgem entre três a cinco
horas após a morte, atingindo o máximo de intensidade entre 12 e 14 horas. Para diferenciar livor
de hemorragia: se o acúmulo de sangue for por alteração post mortem, ao comprimir o órgão ele
demora a voltar ao normal. Se for por hemorragia, ele retorna logo ao normal.
5. 4. Coagulação do sangue
Após a morte, o sangue perde a fluidez, uma vez que os fatores que favorecem a
coagulação sobrepujam, em muito, os anticoagulantes que passam a não atuar. Os coágulos são
encontrados no coração e nos grandes vasos, e podem ser confundidos com trombos (que são
formados antes da morte e podem ser a causa dela). O coágulo é liso, brilhante e elástico. É
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encontrado sempre solto, não aderido. O trombo é friável (quebra fácil), seco, opaco e está
sempre aderido a parede dos vasos e no endocárdio.
5. 9. Pseudoprolapso retal
Exteriorização da ampola retal, sem alterações circulatórias (congestão, edema,
hemorragias). Aparece em decorrência da intensa produção de gás.
5. 10. Pseudomelanose
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A pseudomelanose é a presença de manchas esverdeadas ou verde-acinzentadas próximas
ao trato gastrintestinal e na parede intestinal. Isso ocorre pela degradação do conteúdo
gastrintestinal, liberando ácido sulfídrico, que associado ao ferro da hemoglobina origina o
sulfureto de ferro, acarretando a coloração verde.
5. 12. Maceração
Maceração é o desprendimento das mucosas dos órgãos por ação de enzimas proteolíticas
geradas pela proliferação bacteriana. A mucosa ruminal, mesmo sem a putrefação (a ação das
bactérias) já se desprende.
5. 13. Coliquação
Coliquação é a liquefação das vísceras, que ficam amorfas.
6. Fases de putrefação:
Cromática ou coloração
Gasosa
Coliquativo
Esqueletização
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6. 2. Fase Gasosa (2º- 8º dia):
A ação bacteriana produzirá muitos gases e o cadáver flutuará.