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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.

PECULATO-
DESVIO E QUADRILHA. COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E
JULGAR O FEITO. CONSUMAÇÃO DO CRIME PREVISTO NO
ARTIGO 312 DO CÓDIGO PENAL NO MOMENTO EM QUE O
FUNCIONÁRIO EFETIVAMENTE DESVIA O DINHEIRO, VALOR
OU OUTRO BEM MÓVEL. CONDUTAS IMPUTADAS AO
RECORRENTE PRATICADAS EM BRASÍLIA. TRANSFERÊNCIA
INDEVIDA DOS RECURSOS OCORRIDA NO AMAPÁ.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO.
DESPROVIMENTO DO RECURSO.
1. O crime de peculato-desvio consuma-se no momento em que o
funcionário efetivamente desvia o dinheiro, valor ou outro bem móvel.
Precedente.
2. No caso dos autos, embora a assinatura do convênio e o repasse das
respectivas verbas tenha se dado em Brasília, o certo é que o desvio dos
valores ocorreu com a sua efetiva transferência, sem a execução do
objeto do acordo, à IBRASA, localizada no Amapá, o que revela a
competência do Juízo Federal neste último Estado para processar e julgar
o feito.
3. Recurso desprovido.
(STJ – RHC 36755/AP 2013/0092997-2 Relator: Min. Jorge Mussi, Data
de Julgamento: 16\12\2014 T5 - QUINTA TURMA Data de Publicação:
--> 03\02\2015 --> DJe 03\02\2015)

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. IMPUTAÇÃO DO


CRIME DE PECULATO-DESVIO. DEPUTADO FEDERAL QUE
NOMEOU EMPREGADO DOMÉSTICO COMO SECRETÁRIO
PARLAMENTAR. CONSUMAÇÃO DO DELITO. MOMENTO DO
EFETIVO DESVIO DO DINHEIRO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
FEDERAL DO DISTRITO FEDERAL.
1. Conforme dispõe o art. 70 do Código de Processo Penal, "a
competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o
último ato de execução".
2. Imputando-se a prática, em tese, do crime previsto no art. 312, caput,
segunda parte, do Código Penal, o momento consumativo ocorre quando
o funcionário público efetivamente desvia o dinheiro, valor ou outro bem
móvel, independente da obtenção da vantagem indevida.
3. Verifica-se que todos os atos responsáveis pelo desvio da verba
pública foram realizados no Distrito Federal, quais sejam, a indicação do
nome do empregado particular do denunciado como secretário
parlamentar, a sua nomeação e inclusão na folha de pagamento da
Câmara dos Deputados, ocasião em que passou a receber a remuneração
correspondente ao cargo, deixando, contudo, o órgão legislativo federal
de receber a devida contraprestação (assessoria parlamentar),
evidenciando-se a competência do Juízo suscitante para processar e
julgar o feito.
4. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da
12ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, o suscitante.
(STJ – CC 119819/DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/08/2013, DJe 20/08/2013)

Peculato na modalidade desvio (crime material). Ausência de prejuízo


(caso). Tipicidade (não-ocorrência). Súmula 7 (aplicação).
1. O crime de peculato na modalidade desvio (art. 312, caput, segunda
parte, do Cód. Penal) é crime material. Em outras palavras, consuma-se
com o prejuízo efetivo para a administração pública.
2. Na hipótese, afirmou o acórdão recorrido inexistir tal prejuízo.
Para se chegar a conclusão diversa, necessário seria o reexame vedado
pela Súmula 7.
3. Agravo regimental a que se negou provimento.
(STJ – AgRg no Ag 905635/SC, Rel. Ministro NILSON NAVES,
SEXTA TURMA, julgado em 16/09/2008, DJe 24/11/2008.VIDE
INFORMATIVO DE JURISPRUDÊNCIA N. 526)

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