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UNITRI - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO

GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GUSTAVO SANTOS MARTINS

PROCEDIMENTOS E APLICAÇÃO DA AUDITORIA


CONTÁBIL

UBERLÂNDIA/MG
2016/01
1

PROCEDIMENTOS E APLICAÇÃO DA AUDITORIA


CONTÁBIL

GUSTAVO SANTOS MARTINS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Graduação da UNITRI – Centro
Universitário do Triangulo como requisito
parcial para obtenção do título de bacharel em
Ciências Contábeis, sob a orientação do Prof.
Eurípedes Venâncio da Silva.

UBERLÂNDIA/MG
2016
2

PROCEDIMENTOS E APLICAÇÃO DA AUDITORIA


CONTÁBIL

GUSTAVO SANTOS MARTINS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação da UNITRI – Centro


Universitário do Triângulo, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em
Ciências Contábeis.

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ____/___/_______

_______________________________________
Prof. Eurípedes Venâncio da Silva
Orientador

UBERLÂNDIA/MG
2016
3

DEDICATÓRIA

Minha formação profissional não seria concretizada sem o essencial apoio de meus
pais Francisco Messias Martins e Eleuza Maria Santos Martins, que sempre estiveram comigo
em toda minha trajetória e me ajudaram a concluir mais esse objetivo de vida. Sempre com
honestidade e comprometimento me ensinaram a persistir e lutar por meus objetivos,
buscando força maior em Deus que é o pai te todos nós. Por esta razão, dedico e reconheço á
vocês minha enorme gratidão.
4

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força, para superar as dificuldades.


A esta universidade e seu corpo docente, direção e administração, pela oportunidade
de que hoje desfruto de um horizonte superior.
Ao orientador Eurípedes Venâncio, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas
suas correções e incentivos.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
E a todos que diretamente ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu
muito obrigado.
5

EPÍGRAFE

“Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de
coragem. ” Peter Drucker
6

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo tratar sobre a importância da auditoria interna dentro de
uma organização e suas ferramentas de controle que auxiliam os gestores a identificar a
eficácia e a eficiência das atividades operacionais da empresa. Destaca-se que a Auditoria
Interna é indispensável para alcançar o sucesso empresarial, visto que as empresas necessitam
de ferramentas que as auxiliem no seu processo de gestão, detectando e prevenindo possíveis
falhas, bem como avaliando e examinando as atividades desempenhadas pela mesma. A
implantação do controle interno contribuirá com a identificação, prevenção e correção de
perdas que venham a comprometer a empresa. Um sistema eficiente de controle interno
quando bem aplicado, tende a harmonizar o processo de gestão. Através deste estudo foram
abordados alguns temas sobre o conceito de auditoria, objetivos da auditoria interna,
avaliação dos controles internos, a importância dos sistemas de controles e objetivos,
aplicação e análise dos controles no setor financeiro.

Palavras Chaves: Auditoria; Controle Interno; Auditor; Parecer; Planejamento.


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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9
1. AUDITORIA ....................................................................................................... 10
1.1. ORIGEM E EVOLUÇÃO ........................................................................................ 10
1.1.1. História da Contabilidade e Origem da Auditoria ............................................ 10
1.1.2. A Origem da Auditoria nos Países Desenvolvidos ........................................... 11
1.1.3. A Origem da Auditoria no Brasil ..................................................................... 12
1.1.4. Evolução Histórica da Auditoria ...................................................................... 13
1.1.5. A Auditoria na Era da informação .................................................................... 13
1.2. ASPECTOS GERAIS DA AUDITORIA ................................................................. 14
1.2.1. O que leva uma empresa a contratar um auditor .............................................. 14
1.2.2. O papel da Auditoria......................................................................................... 15
1.2.3. O Papel do Auditor ........................................................................................... 16
1.2.3.1. Características necessárias para ser um auditor ............................................ 16
1.2.3.2. Formação necessária para ser um auditor ..................................................... 17
1.2.3.3. Principais atividades do Auditor................................................................... 17
1.2.3.4. Áreas de atuação e especialidades ................................................................ 17
1.2.4. Ferramentas de auditoria .................................................................................. 18
1.2.4.1. Ferramentas generalistas............................................................................... 18
1.2.4.2. Ferramentas especializadas........................................................................... 18
1.2.4.3. Ferramentas de utilidade geral ...................................................................... 19
1.2.5. Controles Internos ............................................................................................ 19
1.2.5.1. Aspectos relevantes do controle interno ....................................................... 22
1.2.5.2. Tipos de Controle Interno existente.............................................................. 22
1.2.6. Testes de Auditoria ........................................................................................... 24
1.2.6.1. Testes de Observância .................................................................................. 24
1.2.6.2. Testes Substantivos ...................................................................................... 25
2. AUDITORIA INTERNA ................................................................................... 26
2.1. ORIGEM E CAUSA DO SURGIMENTO DA AUDITORIA INTERNA .............. 26
2.2. CARACTERÍSTICAS DO AUDITOR INTERNO ................................................. 27
2.2.1. Avaliação de Perfil ........................................................................................... 28
2.2.2. Conhecimentos do Auditor Interno .................................................................. 28
2.2.3. Características Específicas do Auditor Interno ................................................ 29
2.3. AUDITORIA E CONTROLE INTERNO................................................................ 30
3. CONTROLE INTERNO NO SETOR FINANCEIRO ................................... 32
3.1. SETOR FINANCEIRO ............................................................................................ 32
3.1.1. Funções do Setor Financeiro ............................................................................ 33
3.1.1.1. Planejamento ................................................................................................ 33
3.1.1.2. Aquisição e controle de recursos .................................................................. 34
3.1.1.3. Distribuição de recursos ............................................................................... 35
3.2. DIVISÕES INTERNAS DE UM SETOR FINANCEIRO ...................................... 35
3.2.1. Controladoria .................................................................................................... 36
3.2.2. Tesouraria ......................................................................................................... 36
3.2.3. Contabilidade .................................................................................................... 36
3.3. APLICAÇÃO DO CONTROLE INTERNO NO SETOR FINANCEIRO .............. 37
3.3.1. Controle no recebimento de numerários ........................................................... 38
3.3.2. Controle no pagamento de numerários ............................................................. 38
3.3.3. Controle das disponibilidades ........................................................................... 38
3.3.3.1. Controle de caixa .......................................................................................... 39
8

3.3.3.2. Controle de bancos ....................................................................................... 39


3.3.3.3. Controle de clientes ...................................................................................... 39
3.3.3.4. Controle das contas a pagar .......................................................................... 40
4. ANÁLISE E SUGESTÕES AO SETOR FINANCEIRO................................ 41
4.1. CONTROLE NO RECEBIMENTO DE NUMERÁRIOS ....................................... 42
4.2. CONTROLE NO PAGAMENTO DE NUMERÁRIOS .......................................... 42
4.3. CONTROLE DAS DISPONIBILIDADES .............................................................. 43
4.3.1. Controle de caixa .............................................................................................. 43
4.3.2. Controle de bancos ........................................................................................... 44
4.3.3. Controle de clientes .......................................................................................... 44
4.3.4. Controle das contas a pagar .............................................................................. 45
CONCLUSÃO......................................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 48
9

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo de demonstrar a importância de uma auditoria interna
dentro de uma organização. As empresas estão cada vez mais obrigadas a tornarem seus
processos com custos mais baixos, a concorrência acirrada e consequentemente, a redução de
suas margens de lucros exige que as empresas tomem medidas para viabilizar os processos,
reduzindo, não somente os custos de produção, mas, também os custos de gestão e
operacionais.
Estamos vivendo um momento em que gerir recursos com economia, eficiência e
eficácia é muito importante para a sobrevivência de uma empresa. Desta maneira, exige se
cada vez mais profissionais capacitados que tenham facilidade para se adaptar as constantes
mudanças da legislação e economia brasileira.
Diante dessa mudança, um grande número de empresas está cada vez mais optando
pelo controle interno, que graças à globalização e a tecnologia oferecerem números precisos e
controles eficientes que auxiliam em uma tomada de decisão frente ao mercado, cada vez
mais disputado. Os chamados controles de gestão asseguram que os planos traçados pelos
gestores sejam executados como o planejado.
Após uma avaliação feita com a aplicação e análise do controle interno no setor
financeiro de uma empresa comercial ficou ainda mais evidenciado que o controle interno tem
a função de dar suporte ao trabalho de auditoria, corrigindo os problemas encontrados e
prevenindo que surja ocorrências futuras que distorcem os dados para a gestão da
organização.
10

1. AUDITORIA

Em um primeiro momento faz necessário compreender os conceitos gerais sobre a


auditoria contábil que por sua vez é o tema macro deste trabalho. Além disto, será apresentado
alguns pontos dos quais vale citar: a origem e evolução da auditoria contábil, fatores que
levam uma empresa a contratar um auditor, papeis da auditoria, testes da auditora e por fim os
controles internos. A imagem abaixo demonstra de forma ilustrativa o significado amplo da
auditoria nas organizações.

Figura 1 - Auditoria Contábil

Fonte: Scriptcase

1.1.ORIGEM E EVOLUÇÃO

Neste primeiro sub tópico do capítulo um, apresenta a história da contabilidade,


origem da auditoria, origem da auditoria nos países desenvolvidos, origem da auditoria no
brasil, evolução histórica da auditoria e a auditoria na era da informação.

1.1.1. História da Contabilidade e Origem da Auditoria

A contabilidade surgiu como uma parte do conhecimento humano, em função da


necessidade básica do homem de contar seus rebanhos, produtos de sua pesca ou caça, cujo
objetivo seria garantir o resultado positivo da equação entre necessidade de recursos a
disponibilidade para subsistência.
O homem é naturalmente ambicioso, e por isso a necessidade de contabilizar seus
recursos iniciou-se desde o início da civilização. Alguns teóricos preferem dizer que a
necessidade de contabilizar, ou seja, a contabilidade existe, pelo menos desde 4.000 anos
11

antes de cristo, entre os antigos criadores de ovelhas, surge uma idéia. Havendo um pequeno
monte de pedras ao seu lado, o homem separa uma pedra para cada cabeça de ovelha,
executando assim o que o contabilista chamaria hoje de inventário.
Desde o período primitivo a contabilidade se desenvolveu, sempre em função das
modificações das relações econômicas ocorridas no mundo, marcadas por períodos definidos.
Há mais de 6.000 anos o comércio já era intenso, o controle religioso sobre o Estado já era
grande e poderoso, daí derivando grande quantidade de fatos a registrar. Motivando, também
o desenvolvimento da escrita contábil.
Em cada período da história, as relações entre homem e sua disponibilidade de
recursos sempre foi fonte para evolução dos conceitos contábeis, que sempre procurou
quebrar os paradigmas proporcionados por cada um destes períodos, e hoje volta a enfrentar
um novo desafio, em função do nascimento de uma nova sociedade, cuja economia está
baseada no conhecimento.

1.1.2. A Origem da Auditoria nos Países Desenvolvidos

A origem da auditoria nos países desenvolvidos segundo documentos históricos afirma


que os imperadores romanos nomeavam altos funcionários para supervisionar todas as
operações financeiras de seus administradores provinciais e lhes prestar contas, verbalmente.
A palavra auditoria tem origem no latim, vem de “audire”, que significa ouvir.
No século II, na França, os barões realizavam a leitura pública das contas de seus
domínios, na presença dos funcionários designados pela Coroa. Enquanto, na Inglaterra, por
ato do Parlamento, o rei Eduardo outorgava direito aos barões para nomear seus
representantes oficiais. Ele próprio ordenou que as contas do testamento de sua falecida
esposa fossem conferidas.
A aprovação destes auditores era atestada em documentos que constituíram os
primeiros relatórios de Auditoria. O termo auditor originou-se no final do século XIII, na
Inglaterra, sob o poder deste rei que mencionava este termo sempre que se referia ao exame
das contas, alegando que se estas não estivessem corretas, iria punir seus responsáveis.
A Inglaterra, empregando o mercantilismo, dominando os mares e controlando o
comércio, mantendo grandes companhias comerciais e instituindo impostos sobre o lucro
dessas empresas para desenvolver a riqueza nacional e firmar-se como uma das grandes
potências mundiais, em fins do século XVII, foi o país que mais desenvolveu a auditoria. Mas
12

somente, séculos depois, em seguida a crise do ano de 1929, a auditoria, neste país, começou
a prosperar.

1.1.3. A Origem da Auditoria no Brasil

Já a origem da auditoria no Brasil, surgiu na época colonial, quando o juiz era a pessoa
de confiança do rei, designada pela Coroa portuguesa para conferir o recolhimento dos
tributos ao tesouro, reprimindo e punindo fraudes. E no decorrer do sistema capitalista, a
expansão comercial e a forte concorrência, despertaram nas empresas, antes familiares, a
necessidade de aumentar suas instalações, investir em tecnologia e aperfeiçoar os controles e
procedimentos internos, como por exemplo, a redução de custos, com a intenção de tornar
seus produtos mais competitivos no mercado.
Para a realização desses objetivos, tornou-se necessário atrair recursos de terceiros,
por meio de empréstimos em longo prazo e abertura do capital social a novos acionistas. Os
investidores precisavam obter informativos sobre a situação financeira e patrimonial e a
gestão dos recursos da empresa para avaliar a segurança, o grau de liquidez e a rentabilidade.
Assim, as demonstrações contábeis tornaram-se os informativos mais importantes, e
para maior segurança, os investidores passaram a exigir que as demonstrações fossem
examinadas por profissionais independentes e de capacidade técnica reconhecida, a exemplo
do que já era realizado nos Estados Unidos da América, na Inglaterra e em outros países
desenvolvidos.
No ano de 1931, através do Decreto nº 20.158, a profissão de guardador de livros
passou a ser regulamentada, no que se incluía a função de auditor. E no ano de 1945, por
ocasião da lei nº 7.988, foi criado o curso de Ciências Contábeis, de nível superior, e de
Técnico, de nível médio, tomando a Auditoria uma prerrogativa daquele profissional. Até
então, os trabalhos de auditoria, no Brasil, eram escassos e necessários apenas para o controle
administrativo e à formulação de pareceres sobre balanços, ainda como atos formais.
Com o final da segunda guerra mundial, os escritórios estrangeiros, acompanhando as
instalações de empresas no país, convenceram o empresariado nacional sobre a importância
do trabalho de auditoria, e no ano de 1976, com o advento da Lei nº 6.404, o parecer do
auditor independente nas demonstrações contábeis das companhias abertas tornou-se
obrigatório e impulsionou a auditoria brasileira.
13

1.1.4. Evolução Histórica da Auditoria

Em linhas gerais, a causa da evolução da auditoria, que é decorrente da evolução da


contabilidade, foi a do desenvolvimento econômico dos países, do crescimento das empresas
e expansão das atividades produtoras, gerando crescente complexidade na administração dos
negócios e de práticas financeiras.
Por meio destes fatos históricos, verifica-se que o surgimento da auditoria se apoiou na
indispensável necessidade de confirmação, por parte dos usuários, sobre a realidade
econômica e financeira do patrimônio das empresas investigadas, essencialmente, no
surgimento de grandes empresas distribuídas ao desenvolvimento econômico que permitiu a
participação acionaria na formação do capital de muitas empresas, gerando crescente
complexidade na administração dos negócios e de práticas financeiras.
Logo, a veracidade das informações, o correto cumprimento das metas, a aplicação do
capital investido de forma lícita e o retorno do investimento foram às preocupações
fundamentais que exigiram a opinião de alguém não-vinculado aos negócios e capaz de
confirmar, de modo independente, a qualidade das informações prestadas, ocasionando assim,
o desenvolvimento do profissional de auditoria. E embora, cronologicamente, haja indícios da
existência desta profissão desde o século XIV, esta é, na verdade, uma função nova que vem
experimentando excelente desenvolvimento em diversos níveis de especialização.
No entanto, como a auditoria provém da Contabilidade, ainda é indicado o conjunto de
dados históricos que permitem a comparação entre estas duas atividades. Com o
conhecimento da evolução dos fatos criadores do trabalho de auditoria, verifica-se que esta se
estabeleceu pelo exame científico e sistêmico dos registros, documentos, livros, contas,
inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas, sujeitos as normas
apropriadas de procedimentos para investigar a veracidade das demonstrações contábeis e o
cumprimento não somente das exigências fiscais como dos princípios e normas de
contabilidade e sua aplicação uniforme.

1.1.5. A Auditoria na Era da informação

No decorrer das últimas décadas, o ritmo das mudanças, no mundo, se caracterizou


pela rapidez que afetou profundamente as organizações, seja em sua estrutura, cultura ou
comportamento. As organizações passaram por três fases durante o século XX: a era
industrial clássica, a era industrial neoclássica e a era da informação.
14

Enquanto nas duas primeiras foram destacadas as tarefas, as pessoas, a tecnologia e o


ambiente, na última e atual, devido às mudanças e transformações, ocorrem em um contexto
globalizado e dinâmico, em que a competitividade se dá em nível mundial, as relações
comerciais ignoram fronteiras e culturas nacionais e a informação imediata faz com que as
organizações necessitem ser ágeis, flexíveis e rápidas em suas respostas aos desafios cada vez
mais complexos e, ainda, provoca diversidade em relação à composição humana dentro das
organizações e incentiva a modificação nas funções das pessoas que nelas trabalham, de
forma direta ou indireta.
Neste sento, as mudanças que estão ocorrendo nesta era, e em que todos já estão
aprendendo a viver, afetam, ainda, as classes profissionais em geral, obrigando-as a
repensarem seus métodos e propósitos.
Assim, como outras áreas de produção que precisam acompanhar a evolução
econômica para adaptar-se as novas demandas do mercado de trabalho, a função da auditoria
começa a ser reavaliada, não somente como instrumento tradicional capaz de revelar erros,
falhas e até fraudes organizacionais à alta administração, mas fundamental para indicar
sugestões e soluções preventivas e educativas. E quando bem aplicada, permitir o
desenvolvimento da sensibilidade dos administradores para diagnosticar problemas e ajudar a
gestão, melhorando o desempenho de seus funcionários e do trabalho de auditoria, além de
influenciar, positivamente, no funcionamento geral da organização.

1.2.ASPECTOS GERAIS DA AUDITORIA

Neste segundo sub tópico do capítulo um, contempla os fatores que levam uma
empresa a contratar um auditor, o papel da auditoria, o papel do auditor, ferramentas da
auditoria, controles internos e os testes da auditoria.

1.2.1. O que leva uma empresa a contratar um auditor

Os principais motivos que levam uma empresa a contratar um auditor são:


• Obrigação legal (empresas de capital aberto);
• Medida de controle interno;
• Imposição para realizar operações e financiamentos junto a instituições financeiras;
• Imposição de fornecedores;
15

• A fim de atender às exigências do próprio estatuto ou contrato social;


• Para efeito de aquisição de empresas;
• Para efeito de incorporação, fusão e cisão de empresas;
• Para fins de consolidação das demonstrações contábeis.

1.2.2. O papel da Auditoria

A auditoria pode ser definida como um conjunto de ações usadas para assessorar e
prestar consultoria para a organização. Os procedimentos são verificados através de controles
internos que dão margem para o auditor opinar e aconselhar visando à melhoria da empresa.
A auditoria compreende todos os processos internos e não apenas o setor financeiro da
organização. Ela funciona como uma consultoria que atende às necessidades dos sócios
investidores, dos acionistas ou, mesmo, do Estado, a fim de que a empresa evolua e cumpra as
normas legais.
Ao fim do processo, o auditor emite o Parecer da Auditoria, junto às Demonstrações
Financeiras ou Contábeis. Normalmente, a auditoria acontece durante um período,
aproximadamente entre três meses a um ano, de acordo com a exigência da avaliação a que a
empresa se submete ou da própria legislação.
A auditoria pode ser realizada de acordo com o conhecimento do auditor e sua
confiança nos controles internos e contábeis, abrangendo todas as unidades operacionais,
apenas parte delas ou ainda apenas as áreas de risco.
Também pode ser feita em profundidade, sendo esta desde o início das negociações ou
apenas auditando os riscos embutidos nesse processo, contando com todos os documentos,
registros e sistemas utilizados no desenvolvimento. E pode ser feita de forma permanente, em
períodos sazonais durante o exercício social, o que reduz os custos, ou de forma eventual, que
não tem uma periodicidade fixa e, portanto, precisa sempre de ambientação e planejamento
dos auditores.
O trabalho de auditoria contábil é fundamental, pois é através dele que a empresa
elimina os riscos de fraudes e garante a efetividade dos controles organizacionais. É também
por meio desta que se controla o que está sendo feito em cada segmento da empresa,
mantendo uma boa postura perante o Estado e a própria organização.
16

1.2.3. O Papel do Auditor

Auditor é o profissional que examina cuidadosamente com o objetivo de averiguar se


as atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor estão de acordo com as
disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se estas foram implementadas com
eficácia e se estão adequadas à consecução dos objetivos.

1.2.3.1.Características necessárias para ser um auditor

É muito importante, na profissão de auditor, exercer as funções com honestidade,


sempre de acordo com as leis e os interesses dos clientes. Além disso, outras características
interessantes são:
• Integridade;
• Responsabilidade;
• Confiabilidade;
• Organização;
• Ética;
• Flexibilidade;
• Dedicação;
• Estar em constante atualização;
• Postura crítica;
• Segurança diante problemas;
• Capacidade de lidar com o stress do trânsito;
• Disciplina;
• Comprometimento;
• Honestidade;
• Disponibilidade para viagens;
• Ter conhecimentos básicos de informática.
17

1.2.3.2. Formação necessária para ser um auditor

Para trabalhar na área de auditoria é preciso ter diploma de graduação de curso


superior em Ciências Contábeis. O profissional para exercer a profissão deve estar registrado
no Conselho Regional de Contabilidade (CRC de sua região).

1.2.3.3. Principais atividades do Auditor

As principais atribuições do auditor são:


• Elaborar e analisar demonstrações contábeis de empresas de diversos segmentos;
• Revisar procedimentos de controle interno;
• Elaborar relatórios;
• Negociar em Bolsa de Valores;
• Avaliar o ambiente de controle interno;
• Auditar as contas com o objetivo de emitir um parecer dos auditores independentes;
• Prestar contas das entidades de direto público.

1.2.3.4. Áreas de atuação e especialidades

O auditor pode atuar tanto no setor público como no privado, principalmente nas
multinacionais. Suas especializações são:
• Contador geral;
• Controlador;
• Contador judicial;
• Contador de Prefeituras e outros órgãos da administração indireta;
• Oficial contador;
• Auditor independente ou externo: profissionais da mais alta importância por
exercerem o papel de controladores externos;
• Auditor trabalhista;
• Auditor fiscal (ICMS e IPI);
• Auditor tributário (IRPJ, CSSL, PIS, Cofins e outros impostos);
• Auditor gerencial (controles internos e área financeira);
• Auditor ambiental.
18

1.2.4. Ferramentas de auditoria

As ferramentas de auditoria são instrumentos que o auditor possui para atingir suas
metas, definidas no planejamento de auditoria, independentemente do tipo de auditoria
praticada.
As ferramentas de auditoria podem ser classificadas em generalistas, especializadas e
de utilidade geral. Essas categorias são apresentadas a seguir.

1.2.4.1.Ferramentas generalistas

As ferramentas generalistas de auditoria são softwares que podem processar simular,


analisar amostras, gerar dados estatísticos, apontar duplicidade e outras funções que o auditor
desejar.
• As vantagens do uso desse tipo de ferramenta são:
o O software pode processar diversos arquivos ao mesmo tempo;
o Pode processar vários tipos de arquivos em vários formatos;
o Permite integração sistêmica com vários tipos de softwares e hardwares;
o Reduz a dependência do auditor em relação ao especialista de informática.

• As desvantagens são:
o Como o processamento das aplicações envolve gravação de dados em separado
para serem analisados em ambientes distintos, poucas aplicações poderiam ser
feitas em ambiente online;
o Se o auditor precisar rodar cálculos complexos, o software não poderá dar esse
apoio, pois tal sistema, para dar assistência generalista a todos os auditores,
evita aprofundar as lógicas e matemáticas muito complexas.

1.2.4.2.Ferramentas especializadas

As ferramentas especializadas de auditoria são softwares desenvolvidos especialmente


para executar certas tarefas em uma circunstância definida. O software pode ser desenvolvido
pelo próprio auditor, pelos especialistas da empresa auditada ou por um terceiro contratado
pelo auditor.
19

A principal vantagem do uso desse tipo de ferramenta é que ela atende a demandas
mais específicas, como crédito imobiliário, leasing, cartão de crédito e outras funções que
exijam tarefas especializadas no segmento de mercado. Outra vantagem, é que o auditor que
consegue desenvolver um software especializado numa área muito complexa, podendo utilizar
isso como uma vantagem competitiva.
• As principais desvantagens dessas ferramentas são:
o Pode ser muito caro, uma vez que seu uso será limitado ou restrito a apenas um
cliente;
o As atualizações deste software podem transformar-se em um problema.

1.2.4.3.Ferramentas de utilidade geral

Outros softwares, embora não específicos para a atividade de auditoria, também vêm
sendo utilizados com esse propósito, sendo possível citar como exemplos as planilhas
eletrônicas, como Excel, softwares de gerenciamento de banco de dados, como Access e
MySQL, ferramentas de Business Intelligence, como Business Objects e softwares
estatísticos.
As ferramentas de utilidade geral são softwares utilitários utilizados para executar
algumas funções muito comuns de processamento, como sortear arquivos, sumarizar,
concatenar, gerar relatórios, etc. Esses programas não foram desenvolvidos para executar
trabalhos de auditoria, portanto, não tem recursos tais como verificação de totais de controles,
ou gravação das trilhas de auditoria.
A grande vantagem desse tipo de ferramenta é que elas podem ser utilizadas como
“quebra-galho” na ausência de outros recursos.

1.2.5. Controles Internos

Todas as empresas independentemente de seu porte, possuem controle interno dos


mais variados tipos, se faz necessário nestas empresas verificar se estes controles são
adequados ou não há empresas nas quais estão inseridos, pois estes visam aumentar a
eficiência das operações e das informações.
O controle interno de uma empresa é formado por controles contábeis e
administrativos, os quais possuem a função de proteger os ativos e salvaguardar o patrimônio
das empresas, prevenindo erros e procedimentos ilegais ou fraudulentos dentro destas
20

empresas. A maioria dos procedimentos ilegais ou fraudes são detectadas pelos próprios
funcionários da empresa no momento em que realiza suas funções habituais. Outras vezes,
faz-se necessário que haja uma auditoria, a fim de detectar as mesmas.
Sendo assim, um sistema de contabilidade, que não esteja apoiado por adequado
controle interno, poderá fornecer informações distorcidas aos seus gestores, podendo levar ao
gestor a tomar decisões erradas para as empresas.
O controle interno deve ser adequado à empresa, trazendo uma boa relação
custo/benefício, e, para isto, deve este ser estruturado pela administração da empresa, de
forma a propiciar uma razoável margem de segurança, garantindo que os objetivos e metas
sejam alcançados ao menor custo possível, sendo então eficaz e eficiente.
Controles internos eficientes permitem cumprir os objetivos da empresa de maneira
correta e em tempo certo, utilizando o mínimo de recursos, pois são capazes de realizar a
interligação de diversos setores, prestando assim, grande auxílio aos gestores no controle e
fiscalização.
A utilização do controle interno nas empresas vem possibilitando que estas cheguem a
um maior desenvolvimento, tendo uma nova realidade, a difícil missão de permanecer ativa
no mercado, que, a cada dia, torna-se mais competitivo, devido à abertura dos mercados,
realizada pela revolução digital. Os empresários de maior visão percebem que o Controle
Interno é uma ferramenta de extrema relevância para a alavancagem de seus negócios,
trazendo consigo auxílio direto à administração destas empresas.
Os benefícios dos controles internos são ainda mais amplos, pois diante da eficiência e
eficácia alcançada pelo uso dos controles, podem auxiliar uma empresa a se lançar em novos
mercados, de forma mais competitiva e arrojada, pois ao obter um melhor controle, poderá
fornecer um melhor serviço a seus clientes.
Para que o controle interno venha a realizar o seu objetivo maior se faz necessário que
haja um ambiente de controle favorável, ou seja, deve ser realizada a implantação de um
sistema de controle interno, e para isto, devem ser seguidos alguns princípios conhecidos
como “princípios de controles internos”, nos quais rezam conceitos e diretrizes básicas para a
implantação dos mesmos.
A implantação de um sistema de controle ou mesmo a revisão e o aprimoramento de
um sistema já existente é uma atividade complexa, que requer a observância de algumas
diretrizes básicas:
• Primeira: Cada empresa deverá desenvolver seu próprio sistema de controles;
21

• Segunda: Por melhor que seja, nenhum sistema de controles poderá compensar ou
neutralizar as incompetências dos executivos da empresa;
• Terceira: Complexidade dos sistemas de controles internos não representa garantia de
eficácia e eficiência;
• Quarta: Devem ser fixados prazos realistas e exequíveis no processo de implantação
do sistema de controles;
• Quinta: É decisiva a participação das pessoas na implantação ou aprimoramento dos
controles internos e na futura manutenção e operacionalização sistêmica;
• Sexta: Sistemas complexos e impraticáveis são inúteis;
• Sétima: No processo de implantação ou reformulação devem ser consideradas
também as perspectivas futuras da empresa.

Diante do exposto, percebe-se que o controle interno, após ser implementado na


empresa, possui o objetivo de assegurar a continuidade da mesma, através da melhoria
constante das operações e das diversas formas de informações, as quais, necessariamente
terão que possuir qualidade para que possam ser confiáveis.
Informações confiáveis ou corretas são as grandes bases para uma acertada tomada de
decisão por parte dos gestores, os quais visam ao crescimento da empresa.
A avaliação do sistema de controle interno é relevante na realização dos trabalhos de
auditoria, na qual é realizada pelo auditor que visa determinar a natureza, a época e extensão
dos procedimentos de auditoria.
O auditor executa os seguintes passos na avaliação do controle interno:
• Levanta o sistema de controle interno;
• Verifica se o sistema levantado é o que esta sendo seguido na prática;
• Avalia a possibilidade de o sistema revelar de imediatos erros e irregularidades;
• Determina o tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria.

Somente após a realização destes passos o auditor poderá avaliar se o tipo de controle
utilizado pode servir de base para a realização dos trabalhos de auditoria. Podendo com isto,
tornar a auditoria mais rápida e eficiente, pois pode se beneficiar de um custo menor na
realização da auditoria.
22

1.2.5.1.Aspectos relevantes do controle interno

As normas de auditoria geralmente aceitas, referentes ao trabalho no campo,


estabelecem que o auditor deve avaliar o sistema de controle interno da empresa auditada, a
fim de determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria.
Percebe-se que os controles internos possuem grande relevância no auxílio da
realização dos trabalhos de auditoria, pois estes facilitam o acesso dos auditores às
informações dos diversos setores da empresa, nas quais irão propiciar subsídios para que este
possa avaliar a necessidade de maior ou menor quantidade de exames e análises a serem
realizados.
Um sistema de contabilidade que não esteja apoiado em um controle interno eficiente
é, até certo ponto, inútil, uma vez que não é possível confiar nas informações contidas em
seus relatórios. Com esta afirmação, concluímos que os controles internos servem de base ou
início para a realização de uma auditoria nas empresas, elevando assim, a importância destes
para com a gestão das empresas.
Para o bom funcionamento de um sistema de controles internos se faz necessário que
haja dentro das empresas um bom conjunto de métodos e procedimentos, os quais serão
adotados na proteção do patrimônio líquido e operacional destas empresas, prevenindo, desta
forma, a ocorrência de fraudes e o correto registro contábil das transações, promovendo
também a eficiência operacional.

1.2.5.2.Tipos de Controle Interno existente

O controle interno de uma empresa se decompõe em dois grupos de controle: os de


natureza contábil e os de natureza administrativa.
Os controles contábeis compreendem o plano de organização e todos os métodos e
procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que os
compõem. São compreendidos como:
• Segregação de funções: Cria independência entre as funções de execução operacional,
custodia dos bens patrimoniais e sua contabilização;
• Sistema de autorização: Controla as operações através de métodos de aprovações, de
acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos;
• Sistema de registro: Compreende a classificação dos dados dentro de uma estrutura
formal de contas, existência de um plano de contas que facilita o registro e preparação
23

das demonstrações contábeis e a utilização de um manual descritivo para o uso das


contas.

Podemos então concluir que os controles internos de natureza contábil abrangem


dentro da empresa todos os sistemas, métodos e procedimentos. Estes por sua vez são
utilizados dentro dos diversos setores, com o propósito de salvaguardar o patrimônio das
empresas como: bens, direitos e obrigações, como também, a verificação de todos os registros
contábeis da empresa, a fim de avaliar se os mesmos se encontram devidamente corretos.
Podemos destacar como exemplos destes controles contábeis o sistema de aprovações
e autorizações de transações, como também, a segregação de tarefas, nas quais reduzem
drasticamente o risco do cometimento de fraudes dentro da empresa por parte de funcionários.
Além disto, a realização de controles sobre informações e bens físicos da empresa
também podem ser exemplo de controle contábil, pois realiza vistoria e compara com os
dados obtidos com os dados da contabilidade, para saber a real situação dos dados da
empresa. Sempre que se trabalhar com a contagem de bens físicos deve-se ter o cuidado para
que este controle sobre informações e bens físicos seja realizado por pessoas nas quais não
trabalhem diretamente com os estoques, a fim de não facilitar a ocorrência de fraudes.
Com relação aos controles administrativos, compreendem um plano de organização e
todos os métodos e procedimentos utilizados para proporcionar eficiência às operações, dar
ênfase à política de negócios da empresa, bem como seus registros financeiros. São
compreendidos como:
• Normas salutares, que observam práticas saudáveis aos interesses da empresa no
cumprimento dos deveres e funções;
• Pessoal qualificado, que esteja apto a desenvolver suas atividades, sendo estes bem
instruídos e supervisionados por seus responsáveis.

Ficando, assim, evidente que nos controles internos de natureza administrativa a


atenção é mais voltada aos sistemas, métodos e procedimentos adotados pela administração da
empresa, mas com o propósito diferenciado dos controles contábeis, pois os controles
administrativos visam à eficiência e à eficácia das operações realizadas pela empresa.
Podemos também incluir como controle administrativo a constante procura pela
obediência das normas e diretrizes da empresa na qual visa à ordem na execução das
operações realizadas nos diversos setores da empresa. Além disto, constituem a prática do
24

controle administrativo a realização de controles das atividades, avaliações de desempenho e


treinamento de pessoal.
O principal meio de controle de que dispõe uma administração é a contabilidade. Esta,
entretanto, através da escrituração, registra os fatos após sua ocorrência (controle
consequente), enquanto em outros meios de controle são utilizados para constatar a ocorrência
no momento em que ela se verifica (controle concomitante), existindo ainda aqueles que
prevêem a ocorrência do fato por antecipação (controle antecedente). Os controles também se
classificam também por sua tempestividade.
• Os controles consequentes são os que apenas registram fatos já ocorridos e que não
mais poderão ser alterados pela gestão, não sendo mais possível evitar algum tipo de
intempérie dentro da empresa;
• Os controles concomitantes fazem o acompanhamento direto no momento em que os
fatos estão ocorrendo, dando a oportunidade ao gestor de que possa tomar medidas de
emergência, a fim de evitar prováveis danos à empresa;
• Os controles antecedentes são os que podem ser mais analisados e proporcionam aos
gestores à oportunidade de antever fatos que trarão danos ou prejuízos a empresa.

Todos os tipos de controle citados acima possuem sua relevância dentro da


administração da empresa, mas cabe ao gestor a avaliação e escolha do tipo que trará um
melhor acompanhamento das atividades da empresa.

1.2.6. Testes de Auditoria

Em todas as fases do trabalho de auditoria, o auditor se dedica a obter as evidências


necessárias para formular sua opinião sobre a fidelidade das demonstrações contábeis que
estão sendo examinadas. Assim procede, aplicando certos testes, que lhe proporcionam
alcançar seus objetivos. Os dois tipos de testes de auditoria são: testes de observância e testes
substantivos.

1.2.6.1.Testes de Observância

Os testes de observância visam à obtenção de uma razoável segurança de que os


controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive
quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade.
25

O objetivo do teste de observância é proporcionar razoável segurança de que os


procedimentos de controle interno estão sendo executados na forma prescrita. A segurança
proporcionada por tais testes é essencial se o auditor pretende depender dos procedimentos
definidos pelo sistema para determinar a natureza, oportunidade e extensão dos testes
substantivos de classes específicas de transações ou de saldos.

1.2.6.2.Testes Substantivos

Os testes substantivos são aqueles empregados pelo auditor, com a finalidade de obter
provas suficientes e convincentes sobre as transações, saldo e divulgações nas demonstrações
financeiras, que lhe proporcionem fundamentação razoável para a emissão do relatório,
dividindo-se em:
• Testes dos detalhes das transações e saldos: por esse modelo de testes pode-se
verificar as contas do razão. O auditor se interessa principalmente em averiguar se
existe documentação adequada em relação ás partidas incluídas nas demonstrações
financeiras e se estas estão devidamente avaliadas;
• E procedimentos de revisão analítica: Correspondem a uma modalidade de testes
substantivos de elemento econômico-financeiros por meio de análise e comparação do
relacionamento entre eles.

Em síntese, os testes substantivos têm por finalidade validar os saldos apresentados


nas demonstrações contábeis.
26

2. AUDITORIA INTERNA

Neste segundo momento, capítulo dois, será demonstrado a origem e causa do


surgimento da auditoria interna, características do auditor interno e a auditoria e os controles
internos. A imagem abaixo ilustra a posição da auditoria interna no organograma de uma
organização, ou seja, a mesma é um meio de apoio a gestão.

Figura 2 - Organograma Empresarial

Presidência

Auditoria Interna

Diretoria RH Diretoria FIN Diretoria MKT

Fonte: Elaboração Própria

2.1.ORIGEM E CAUSA DO SURGIMENTO DA AUDITORIA INTERNA

A auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo


examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas,
contábeis, financeiras e operacionais da entidade.
Como sempre existiram investidores em busca de aplicação rendosa para o capital,
assim como quem possuísse ou produzisse bens que atraem os investimentos disponíveis, as
atividades de conferir se, com o capital investido, foram adquiridos ou produzidos os bens ou
serviços desejados e se estes renderam o lucro esperado, neste sentido surge à necessidade de
uma auditoria interna.
No exterior a auditoria interna surgiu por volta dos anos oitenta, mais especificamente
em 1854 com a entidade “WORSHIPFUL PEWTERS GO”, que nomeou quatro de seus
27

membros para examinar suas contas e o desempenho dos demais na extração, transporte e
venda de minério.
Já em 1923 nos EUA, o saudoso auditor interno Bradford Cadmus iniciava sua longa
carreira, mas só em 1941 a auditoria interna, passou a vigorar efetivamente naquele país.
Naquele ano, 24 auditores internos fundaram em New York, o “THE INSTITUTE OF
INTERNAL AUDITORS”, convictos de que a profissão de auditor interno fazia parte de um
trabalho à parte e diferente e que uma organização formal era capaz de promover uma
aplicação mais efetiva da auditoria interna aos problemas da administração de negócios.
Já no Brasil em 1967 o Instituto dos Auditores internos do Brasil em São Paulo, SP,
adotou a versão em português do lema “Progresso pelo intercâmbio”.
Com o desenvolvimento da indústria e do comércio, verificou-se que os auditores
internos tinham, na realidade, funções mais amplas, além da conferência de valores e
documentos. Desta maneira transformando-se em conferentes e revisores da Administração,
de força atuante para obter controles internos funcionais, análise de contas de despesas e
rendas e até nos setores de produção, colaborando com a Administração para um melhor
desempenho em todos os setores da entidade.
Além de facilitarem as tarefas dos auditores públicos, os auditores internos são
indispensáveis para as organizações de médio e grande porte, pois não representa “luxo” para
estas entidades e sim uma necessidade.

2.2.CARACTERÍSTICAS DO AUDITOR INTERNO

Auditoria interna presta ajuda a administração, com vistas a possibilidade de eliminar


inconvenientes ao desempenho da gestão. No entanto, por ser empregado da empresa, o
auditor interno perde sua independência profissional.
As responsabilidades da auditoria interna, na organização, devem ser claramente
determinadas pelas políticas da empresa. A autoridade correspondente deve propiciar ao
auditor interno livre acesso a todos os registros, propriedades e pessoal da empresa que
possam vir a ter importância para o assunto em exame.
O auditor interno deve sentir-se à vontade para revisar e avaliar diretrizes, planos,
procedimentos e registros. As responsabilidades do auditor interno devem ser:
• Informar e assessorar a administração e executar as responsabilidades de maneira
condizente com o Código de Ética do Instituto dos Auditores Internos;
28

• Coordenar suas atividades com a de outros, de modo a atingir com mais facilidade os
objetivos da auditoria em benefício das atividades da empresa.

Assim, no desempenho de suas funções, um auditor interno não tem responsabilidade


direta nem autoridade sobre as atividades que examina. Portanto, as revisões e avaliações
feitas por um auditor interno nunca eximem outras pessoas da empresa das responsabilidades
que lhes cabem.

2.2.1. Avaliação de Perfil

Para avaliação do perfil do auditor interno, o método que se sugere consiste em avaliar
tanto o perfil psicológico do candidato, quanto seus conhecimentos técnicos, mediante a
aplicação de testes e entrevistas.
Neste sentido, o setor de recursos humanos da empresa pode prestar valiosa ajuda pelo
que se recomenda discutir em detalhes, o perfil do profissional desejado.
As condições básicas em que o candidato deve ser avaliado são:
• Inteligência;
• Habilidades para tratar com pessoas de todos os níveis;
• Competência Técnica.

2.2.2. Conhecimentos do Auditor Interno

No que se refere ao nível de inteligência do candidato, os testes devem ser orientados


para avaliar qualidades básicas do Auditor como: capacidade de julgamento e atenção, rapidez
de raciocínio abstrato e lógico, habilidade para lidar com séries numéricas, capacidade de
memorização, alto volume de produção, e finalmente, habilidade de expressão verbal e
escrita.
No que se refere à habilidade para tratar com pessoas, os testes deverão avaliar o nível
de ajustamento da personalidade e do temperamento do candidato, para apontar aquele que
seja firme sem ser agressivo e que seja agradável sem ser bajulador, enfim, aquele que revele
potencial para ser bem-sucedido no trato com pessoas. Sinais de impulsividade, emotividade e
agressividade exagerada, serão também detectadas pelos testes.
Quanto à competência técnica do candidato, avaliá-la é uma tarefa mais do Gerente de
Auditoria Interna do que do setor de Recursos Humanos.
29

Sem embargo, o Gerente de auditoria poderá preparar e fornecer ao Setor de Recursos


Humanos, um teste sobre aspectos técnicos a que deseja submeter o candidato, incluindo
questões sobre Contabilidade, Teoria de Auditoria, Técnicas de Auditoria, Matemática
financeira, Estatística, Processamento de dados, Legislação Tributária, Teoria da
Administração e outras matérias, conforme pretenda seja o perfil do profissional desejado.
Vale destacar que o nível e o teor das questões assim como a ponderação da
importância atribuída a cada matéria poderão variar, de um Setor ao seu próprio
entendimento, quanto ao tipo de conhecimento que o Auditor deve ter.
Pesquisas revelaram as seguintes áreas gerais como “Corpo de Conhecimento do
Auditor Interno”:
• Contabilidade e Finanças;
• Auditoria;
• Ciências do Comportamento;
• Comunicações;
• Sistemas Eletrônicos de Processamento de Dados;
• Economia;
• Aspectos Legais dos Negócios;
• O Processo Administrativo e as Atividades Gerenciais;
• Métodos Quantitativos;
• Sistemas e Métodos.

2.2.3. Características Específicas do Auditor Interno

Não podemos deixar de ter em mente, que no momento da admissão, o que na


realidade fazemos é tentar visualizar o potencial do candidato, e nestes termos, por algumas
qualidades que são de fato importantes para o Auditor.
No entanto, é certo que o encarregado em avaliar o candidato, deverá se preocupar em
observar se estão presentes no candidato, qualidades que serão particularmente exigidas do
futuro Auditor.
Características do Auditor Interno:
• Curiosidade;
• Atitude Crítica;
30

• Atenção (no sentido de considerar todas as possíveis fontes de informação e todas as


inter-relações);
• Persistência;
• Energia;
• Autoconfiança;
• Coragem;
• Habilidade para julgar corretamente;
• Integridade (qualidades que fazem os outros confiarem nas informações e conclusões
do Auditor).

2.3.AUDITORIA E CONTROLE INTERNO

As normas de auditoria estabelecem que o auditor deve avaliar o sistema de controle


interno da empresa auditada afim de determinar a natureza, época e extensão dos
procedimentos de auditoria.
Passos do auditor para avaliação do controle interno:
• Levantar o sistema de controle interno;
• Verificar se o sistema levantado é o que está sendo seguido na prática;
• Avaliar a possibilidade de o sistema revelar erros e irregularidades;
• Determinar tipo, data e volume dos testes de auditoria.

O sistema de controle interno funciona como se fosse um “filtro” para deter erros e/ou
irregularidades. A qualidade do sistema de controle interno é que vai determinar o volume de
teste que o auditor vai aplicar.
Esta definição se aplica na tabela e gráfico abaixo que por sua vez significa que:
Quanto mais forte for o sistema de controle interno menor o volume de testes. Quanto mais
fraco for o sistema de controle interno maior o volume de testes.
31

Tabela 1 - Avaliação do Sistema x Volume de Testes


Avaliação do Sistema Volume de Testes
2 8
3 7
4 6
5 5
6 4
7 3
8 2
Fonte: Elaboração Própria

Figura 3 – Avaliação do Sistema x Volume de Testes

A
Volume x avaliação
V 10
9
A
8
L 7
I 6

A 5
4
Ç
3
à 2
O 1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

VOLUME
Fonte: Elaboração Própria

Portanto se a avaliação do sistema for de nota 2, exige-se volume de testes 8 e se a


avaliação do sistema for nota 8 exige-se volume de testes 2, conforme explicado
anteriormente e apresentado na tabela e gráfico acima.
32

3. CONTROLE INTERNO NO SETOR FINANCEIRO

A terceira etapa, capítulo três, aborda um estudo de caso fictício aplicado ao setor
financeiro. Neste estudo, será demonstrado as funções, divisões de um Setor financeiro e por
fim a aplicação dos controles internos neste setor. A imagem abaixo denota o tipo de trabalho
que será realizado nesta subárea da organização.

Figura 4 - Controle Interno

Fonte: TRT

3.1.SETOR FINANCEIRO

Por lidar com dinheiro, o setor financeiro é sempre visto com respeito. Em uma
empresa de pequeno porte, geralmente quem controla o dinheiro é o dono do negócio. Em
uma organização de grande porte, a direção financeira é responsável pela política financeira e,
portanto, fica diretamente vinculada à direção geral.
Em uma empresa de maior porte, o setor financeiro costuma ter uma divisão interna,
criada em função da variedade dos serviços que precisa realizar. Logicamente, há variações de
estrutura de uma empresa para outra. No entanto, de modo geral, as atividades são
praticamente as mesmas, pois todas precisam movimentar dinheiro, controlar entradas e
saídas, cobrar de quem está devendo e não se esquecer de pagar suas obrigações.
Neste aspecto, o setor financeiro é responsável pela administração dos recursos
financeiros da empresa. Isso significa assessorar a empresa como um todo, no sentido de fazer
com que os ganhos por ela obtidos sejam suficientes não só para cobrir todos os gastos do dia-
a-dia, mas também para gerar lucros e assim garantir o seu desenvolvimento no futuro.
Por isso o setor financeiro é um setor fundamental para qualquer empresa, seja ela
grande ou pequena pública ou privada e tenha ou não fins lucrativos.
33

Portanto, o trabalho na área financeira exige habilidade para a matemática, além de


raciocínio lógico e concentração. Afinal, esse é um setor que lida com registro e
movimentação de valores, pagamentos, cálculos variados e, não é preciso dizer, qualquer erro
pode representar um prejuízo para a empresa.

3.1.1. Funções do Setor Financeiro

Para que uma empresa continue a se desenvolver e crescer, é fundamental aplicar o


dinheiro de forma eficiente, distribuindo-o por todos os setores. Cabe então ao setor
financeiro lidar com os recursos da empresa.
Quanto às funções do setor financeiro, geralmente se dividem em planejamento
financeiro, aquisição e controle de recursos e distribuição de recursos. Veremos cada uma
dessas funções detalhadamente a seguir.

3.1.1.1.Planejamento

O planejamento no setor financeiro tem como objetivo, de modo geral, fazer com que
as metas estabelecidas pela direção de uma empresa sejam alcançadas. Para que isso aconteça,
é preciso definir:
• Como realizar as ações necessárias;
• Quando elas precisarão ser executadas;
• Por quem serão feitas;
• Quanto isso vai custar.

No último item, cabe ao setor em análise verificar as alternativas de investimento,


observando qual delas é a menos onerosa e estabelecendo o montante de recursos que será
investido. Em síntese, o planejamento financeiro precisa apresentar a fonte dos recursos, ou
seja, de onde sairá o dinheiro necessário para se realizar o que foi planejado.
Algumas possibilidades seriam:
• Utilizar uma parte dos lucros da empresa. Nesse caso, em vez de distribuir o lucro aos
acionistas ou sócios, esse dinheiro é guardado para ser aplicado no investimento;
• Efetuar um empréstimo bancário. Porém, muitas vezes, em função das taxas e dos
juros cobrados, pode não ser uma boa opção;
34

• Dispor de mais dinheiro por parte dos sócios. Dependendo da sua importância para o
crescimento do negócio, seria possível que os sócios se interessassem em empregar
mais dinheiro no negócio;
• Vender algum bem de seu patrimônio. Nesse caso, seria importante analisar se a venda
desse bem não iria trazer algum prejuízo à realização das atividades da empresa. Por
exemplo, não seria interessante a empresa vender o automóvel que faz a entrega dos
produtos nos domicílios dos clientes, se ela não tiver outro veículo para realizar o
trabalho.

Cabe também ao setor financeiro analisar a viabilidade de um projeto ou de um


investimento específico. Isso porque, às vezes, tem-se a intenção de se realizar uma atividade
e, após estudo e análise, verifica-se que é impossível realiza-la por muitas razões, dentre elas
a questão financeira.
Outra função deste setor é apresentar alternativas à proposta do projeto em discussão.
Muitas vezes não há dinheiro para construir uma nova fábrica, mas, com menos recursos,
pode-se ampliar as instalações da fábrica atual. Talvez não haja condições financeiras para
adquirir máquinas novas; no entanto, podem-se obter recursos para consertar o maquinário
existente.

3.1.1.2.Aquisição e controle de recursos

Qualquer empresa, seja grande e com muitas filiais ou mesmo uma unidade de menor
porte, realiza rotineiramente operações que visam manter o seu negócio em dia. São
pagamentos de contas, impostos, compras de mercadorias e produtos. Portanto, cabe à
administração financeira não deixar que faltem recursos para as atividades rotineiras.
No entanto, uma organização não pode se contentar em pensar somente no agora. Ela
precisa ter uma visão também de longo prazo. Neste sentido, o processo de aquisição e
controle de recursos deve considerar a questão do tempo. Se uma empresa pretende ampliar
suas instalações, ela precisa destinar parte dos seus recursos do dia-a-dia para viabilizar essa
intenção.
35

3.1.1.3.Distribuição de recursos

Todos os setors de uma empresa necessitam de recursos. Sendo assim, para que o setor
comercial possa vender, é necessário ter mercadorias no estoque. Contudo, para que elas
estejam no estoque, é preciso compra-las. E, para que as compras sejam efetuadas, é preciso
pagar por elas.
Existe uma palavra muito utilizada na área financeira: otimizar. Esse termo significa
“tornar ótimo". Otimizar os recursos financeiros consiste em aplicá-los de modo eficaz.
Nesta perspectiva, não se pode esquecer que em cada setor da empresa há pessoas que
precisam fazer o seu trabalho direito, da maneira correta e obedecendo aos prazos
estabelecidos. Se isso não ocorrer, prejuízos podem surgir. Nesse caso, muitas vezes é preciso
realizar treinamentos e elaborar regras claras para que não haja confusão entre os setores ou
setors sobre a responsabilidade de cada um.

3.2.DIVISÕES INTERNAS DE UM SETOR FINANCEIRO

O setor financeiro é subdivido em controladoria, tesouraria e contabilidade conforme


figura abaixo.

Tabela 2 - Divisão do Setor Financeiro

Setor Financeiro

Controladoria Tesouraria Contabilidade

Fonte: Elaboração Própria


36

3.2.1. Controladoria

Como o próprio nome sugere, a controladoria executa o trabalho de supervisão e


controle das questões financeiras. Por conta disso, ela precisa estar envolvida com todos os
demais setores da empresa. Dentre as principais atribuições da controladoria, podemos citar:
• Estabelecimento e manutenção de relações internas com todas as áreas da empresa,
inspecionando e prestando orientação em assuntos financeiros;
• Análise da situação econômica e financeira da empresa, por meio da busca de formas
eficazes de investimento;
• Planejamento e controle do orçamento da empresa;
• Acompanhamento e fiscalização dos registros efetuados pela contabilidade.

3.2.2. Tesouraria

A tesouraria é o setor responsável pela administração do caixa da empresa. Qualquer


pagamento ou recebimento realizado deve passar pelo seu controle.
Na tesouraria, as saídas e as entradas de dinheiro da empresa são controladas e
registradas diariamente. Esse registro é chamado de Movimento Diário de Caixa.
A tesouraria controla ainda os saldos bancários das contas correntes da empresa, visto
que muitos pagamentos podem ser feitos por meios eletrônicos e não por dinheiro vivo.

3.2.3. Contabilidade

A contabilidade tem como atribuição registrar e controlar todas as operações


realizadas pela empresa. Por essa razão, para realizar uma boa administração financeira é
fundamental conhecer a estrutura do sistema contábil. Os dados e as informações fornecidos
pela contabilidade servirão de base para a análise e as futuras decisões da administração
financeira.
Além disto, cabe a contabilidade lidar com a conferência de documentos, o arquivo,
acompanhamento dos valores a pagar, ou seja, guias de pagamento, faturas, pagamentos a
fornecedores, recolhimento de impostos, além do controle de contas a receber - relatórios de
cobrança, depósitos e pagamentos de clientes.
37

Atualmente a maioria das empresas estão informatizadas, por isso é necessário


conhecer os principais programas de computação usados nessa área e, especificamente, no
setor contábil. Entretanto, apesar do avanço da tecnologia, os principais documentos contábeis
são ainda identificados como livros. Isso ocorre porque, após um período de registros, é
necessário imprimir e encadernar essas folhas em forma de livro, identificando claramente o
nome da empresa, o tipo de registro e o período a que se refere.

3.3.APLICAÇÃO DO CONTROLE INTERNO NO SETOR FINANCEIRO

O controle interno no setor financeiro é de extrema importância, pois através dele a


administração da empresa poderá verificar se todos os procedimentos estipulados estão sendo
seguidos. Como também, verificar a organização do planejamento das entradas e saídas de
recursos financeiros.
Geralmente as funções exercidas pelo setor financeiro são a abertura e o fechamento
do caixa, controle das contas a pagar e a receber, lançamento, conferência e realização das
entradas e saídas do caixa e conferência do extrato bancário. Os pagamentos efetuados
costumam serem as faturas de fornecedores, despesas com água, luz, telefone, IPTU, folha de
pagamento dos funcionários, encargos, entre outros tributos.
Normalmente as empresas utilizam um sistema eletrônico para o controle das contas a
receber e a pagar, cadastro de funcionários e clientes, controle dos estoques e cadastro dos
fornecedores. Também consta no sistema a possibilidade de controlar todas as entradas e
saídas de dinheiro no caixa.
Para o controle das contas a receber e a pagar, o programa faz uma relação de todas as
contas por ordem de vencimento, tanto as contas a pagar como as contas a receber. Os
clientes, funcionários e fornecedores devem ser todos cadastrados por ordem alfabética
contendo todos os dados necessários para cada um deles.
O controle dos estoques no sistema ocorre por meio dos lançamentos de todas as
entradas de produtos e a baixa realizada no momento das saídas, sempre baseado em
documentos comprobatórios. A cada movimentação no caixa é realizado o lançamento
compatível, apresentando toda a movimentação de entradas e saídas ocorridas, o qual será
comparado com o que há no caixa e com todas as notas fiscais lançadas.
38

3.3.1. Controle no recebimento de numerários

O recebimento dos numerários pode ser efetuado em carteira, ou seja, os clientes


efetuam o pagamento diretamente no caixa da empresa ou ainda por cobrança via bancária.
Quando o cliente realiza o pagamento através de cartão de crédito, o funcionário
fornece ao cliente uma nota fiscal no valor recebido. Ao final do dia, obrigatoriamente, o
funcionário faz a transmissão do lote para o banco e para sua conferência retira um relatório
dos recebimentos. Este relatório deve ser conferido com as entradas ocorridas no extrato
bancário, com o propósito de se fazer o controle dos pagamentos efetuados.

3.3.2. Controle no pagamento de numerários

As duplicatas referentes aos pagamentos de numerários da empresa são recebidas pelo


sócio, que as confere e as repassa para o funcionário do setor financeiro. O funcionário do
setor organiza essas contas por ordem de data de vencimento, faz o lançamento das mesmas
no programa utilizado pela empresa e depois as guarda, conforme a data de vencimento em
uma pasta.
Os pagamentos das contas são efetuados pelo próprio funcionário do setor financeiro,
o qual possui cheques em brancos e assinados por um dos sócios. Após o pagamento das
contas, o funcionário guarda os comprovantes dos pagamentos junto ao caixa do dia. A
negociação de como será feito o pagamento aos fornecedores é realizada na hora da compra
pelos sócios, sendo, normalmente, de trinta e sessenta dias.
A folha de pagamento dos funcionários é feita pela contabilidade e enviada à empresa.
O funcionário do setor financeiro recebe a folha de pagamento, faz a revisão dos valores e os
repassa para os sócios aprovarem. Após a autorização feita pelos sócios, o próprio funcionário
do setor é quem faz os pagamentos dos salários aos funcionários, inclusive o seu próprio
salário.

3.3.3. Controle das disponibilidades

O Controle de disponibilidades abrange o controle de caixa, bancos, clientes e de


contas a pagar.
39

3.3.3.1.Controle de caixa

O valor que foi fechado o caixa do dia anterior é o saldo inicial do caixa do dia, ou
seja, a abertura do caixa do dia é realizada com o saldo final do dia anterior. A contagem
física do caixa é realizada pela conferência do dinheiro comparando com o saldo apresentado
pelo programa, verificando todas as entradas e saídas realizadas.
Na hipótese de não fechar o valor constante no caixa com o valor apresentado pelo
programa, o funcionário pega todos os documentos relacionados às entradas e saídas do dia e
verifica onde está o erro. Não achando o erro, o funcionário faz um adiantamento em seu
nome no valor correspondente para cobrir o valor que está faltando e sanar o erro cometido.
O funcionário faz o lançamento de todas as entradas e saídas de recursos financeiros
que ocorrem diariamente no caixa. A conferência do valor, constante no documento com o
valor lançado, é realizada pelo próprio funcionário do setor, com o intuito de evitar o extravio
de documentos.

3.3.3.2.Controle de bancos

Os avisos bancários devem ser recebidos pelos sócios e, normalmente, pelo


funcionário do setor financeiro é o próprio funcionário quem faz a conferência do saldo dos
extratos bancários. Essa conferência é realizada através da comparação do extrato com os
lançamentos de todas as entradas e saídas ocorridas no banco. Não fechando os valores, o
funcionário verifica através dos documentos comprobatórios onde o lançamento foi realizado.
Os cheques à vista, recebidos de pagamentos efetuados pelos clientes, são depositados
no banco. Enquanto os cheques a prazo, recebidos dos clientes, são utilizados para desconto
para a realização de pagamentos.
Já com relação aos depósitos são feitos sempre pelo sócio conforme a necessidade da
empresa, ou seja, conforme as contas a pagar da empresa. Normalmente não se deposita
dinheiro e sim cheques, sendo o dinheiro utilizado para pagamentos gerais.

3.3.3.3.Controle de clientes

Em função da empresa não emitir fatura, o controle dos clientes é realizado através
dos lançamentos feitos no programa e também através das notas fiscais. Por ser um cenário de
40

pequena empresa acaba levando vantagem a seu tamanho, pois, consegue manter um
relacionamento íntimo e de fidelização com sua clientela mais facilmente.
O funcionário do setor financeiro verifica, diariamente, quais as notas fiscais vencidas
e que não foram pagas e as repassa para serem cobradas. As cobranças dos clientes são
realizadas pelos sócios e por um funcionário do atendimento.

3.3.3.4.Controle das contas a pagar

As contas a pagar são compromissos assumidos pela empresa, representadas por


compra de mercadorias, insumos para produção, máquinas, serviços, salários, impostos,
aluguel, empréstimos, contribuições, entre outros. O controle das contas a pagar deve ser uma
tarefa de rotina da empresa, pois normalmente envolve com grande quantidade de dinheiro.
Para o controle das contas a pagar, o funcionário verifica quais as contas irão vencer
na semana seguinte e soma os valores dessas contas para obter o valor total das obrigações a
vencer. Mesmo com essa previsão, o funcionário verifica todos os dias quais são as contas a
pagar. As contas a pagar da empresa são somadas e repassadas ao sócio para a conferência e a
autorização do pagamento.
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4. ANÁLISE E SUGESTÕES AO SETOR FINANCEIRO

Por fim, no capítulo quatro, contempla a análise, sugestão e contribuições ao setor


financeiro de uma empresa comercial com a utilização de controles internos nos respectivos
pontos destacados anteriormente. A figura abaixo demonstra as considerações do autor deste
trabalho perante ao exposto no capítulo anterior.

Figura 5 - Estudo de caso

Fonte: Aguas de Cascais

Em uma avaliação do controle interno, o que se examina é a organização dos controles


e também a execução deles. São, pois, objeto de exame o plano de organização, as normas de
trabalho, as rotinas de serviços, o fluxo dos documentos, todos os meios utilizados pela
empresa ou instituição para proteger seu patrimônio e seus fins.
Os exemplos de controle interno citados no capítulo anterior apresentam algumas
deficiências que precisam ser melhoradas para não comprometer o funcionamento e
crescimento da empresa. Em virtude dos estudos realizados, verificou-se que não há, no setor
financeiro da empresa, a segregação de funções, havendo apenas um funcionário para realizar
todas as atividades.
Essas atividades são o recebimento e pagamento de numerários, além do
gerenciamento do setor. Não havendo a segregação de funções, poderá ocorrer de um
funcionário agir de má fé, ou seja, apresentar atitudes que possam prejudicar a empresa e
beneficiar a si próprio, colocando seus interesses pessoais à frente dos interesses da empresa.
Nesta perspectiva, seria conveniente dividir entre mais pessoas as funções desse setor.
Sugere-se que o funcionário do atendimento fique responsável pelos recebimentos de
recursos, os pagamentos sejam feitos por um dos sócios e o funcionário do setor fique com a
função de fazer os lançamentos das entradas e saídas do caixa.
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Além disso, recomenda-se também, que o controle interno do setor fique sob a
responsabilidade dos sócios e que eles fiquem responsáveis de fazer a conferência de todos os
lançamentos de entradas e saídas com os documentos comprobatórios e com o que realmente
foi efetuado.

4.1.CONTROLE NO RECEBIMENTO DE NUMERÁRIOS

Na avaliação realizada, verificou-se que não é aconselhável que o mesmo funcionário


que possui a função de recebimento dos numerários faça os lançamentos dos mesmos. Com
essa situação poderá acontecer de o funcionário receber uma quantia e fazer o lançamento de
outra. Por isso, ressalta-se a importância da conferência do que foi recebido com o que consta
no documento.
Para uma maior segurança para a empresa, sugere-se que os recebimentos de
numerários sejam efetuados somente pelo outro funcionário do atendimento. O funcionário do
setor financeiro fique apenas com a função de realizar os lançamentos desses recebimentos e a
conferência sob a responsabilidade dos sócios.
A empresa ao trabalhar somente com o recebimento em carteira, corre o risco de ter os
seus recebimentos de clientes não efetuados ou recebimentos efetuados com atrasos abusivos,
comprometendo a margem de ganho da empresa sobre os seus produtos e serviços. Então,
para criar uma situação de mais segurança, recomenda-se que a empresa faça que o
recebimento a prazo de seus clientes seja efetuado através de faturamento via bancário.
Apesar das tarifas bancárias, a empresa obtém uma maior segurança em relação aos
recebimentos de numerários.

4.2.CONTROLE NO PAGAMENTO DE NUMERÁRIOS

Ao avaliar o pagamento de numerários, constatou-se que não é recomendado que o


próprio funcionário que controla as contas a pagar da empresa realize os pagamentos. Isso
poderá trazer prejuízos à empresa, pois existe a possibilidade de ocorrer o pagamento de
contas inexistentes, ou contas com o valor maior do que o realmente devido. Neste sentido, é
recomendável que os pagamentos das contas da empresa sejam efetuados somente por um dos
sócios.
Com um adequado controle, não haveria a necessidade de o funcionário do setor
possuir cheques assinados em branco, pois, controlando os pagamentos do dia, o cheque pode
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ser preenchido na hora por um dos sócios. Além disto, é conveniente que se faça por um dos
sócios à conferência do valor pago com o que foi preenchido no cheque. Não se recomenda
deixar cheques em branco assinados, ainda mais sem conferir quais foram os seus destinos,
mesmo que o funcionário seja de extrema confiança.
Por fim, sugere-se que um dos sócios da empresa realize o pagamento da folha dos
funcionários, juntamente com o funcionário do setor, realizando a conferência do que está
sendo pago com o que é devido pagar.

4.3.CONTROLE DAS DISPONIBILIDADES

O Controle de disponibilidades, conforme apresentado anteriormente, abrange o


controle de caixa, bancos, clientes e de contas a pagar.

4.3.1. Controle de caixa

A respeito do controle de caixa, observou-se que a contagem física, ou seja, a


conferência do valor que há no caixa com o valor que iniciou o caixa do dia mais a
movimentação do dia, nem sempre é realizada pelo funcionário. A não realização desta
contagem física poderá implicar num descontrole total do caixa, onde os sócios não terão mais
ciência do real valor que deveria constar no caixa. Além do mais, a falta do controle poderá
deixar o montante existente no caixa a mercê de más intenções.
Recomenda se então que esta contagem física seja sempre efetuada na abertura e no
fechamento do caixa do dia. Esta conferência deverá ser realizada pelo funcionário do setor
juntamente com o sócio. Sugere-se que seja feita da seguinte maneira: verificar qual o valor
que abriu o caixa do dia, conferir todas as entradas e saídas que movimentaram o caixa,
verificar qual valor correto deve constar no caixa comparando com os documentos
comprobatórios.
Aconselha-se também que na abertura e no fechamento do caixa sejam realizados
juntamente com os sócios. Para a abertura do caixa, o funcionário junto do sócio, faça a
conferência do valor que foi fechado o caixa do dia anterior com o valor constante no caixa do
dia. Para o fechamento do caixa, o funcionário junto do sócio, verifique o valor que abriu o
caixa do dia juntamente com as entradas e saídas ocorridas durante o dia, conferindo com o
saldo que há no caixa no momento.
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No caso de não fechar o valor constante no caixa com o valor que deveria constar no
caixa, deverá ser realizada novamente a contagem física juntamente com a verificação da
documentação correspondente. Se, mesmo assim, o valor do caixa continuar faltando deverá
ser feito um adiantamento em nome do funcionário do setor no valor correspondente para
sanar a falta existente.

4.3.2. Controle de bancos

No que tange aos controles bancários, identificou que a conferência do extrato


bancário nem sempre é realizada pelo funcionário do setor. Baseado nisso, sugere-se que a
conferência do extrato bancário seja realizada uma vez por semana pelo sócio. Neste sentido,
o sócio deverá pegar o extrato bancário e conferir com os documentos relativos à
movimentação da conta bancária (comprovantes de depósitos, cheques emitidos, entre outros),
juntamente com os lançamentos efetuados das operações.
A conferência do saldo do extrato bancário é de suma importância, pois através dela o
funcionário terá o controle de quanto há no saldo do banco e de quanto irá entrar de contas.
Também é de grande importância que se faça a conferência do que foi lançado com o que está
apresentado no extrato bancário.
A falta da conferência do extrato bancário poderá ocasionar no descontrole do saldo
existente, podendo a empresa entrar em uma situação negativa por apenas falta de
planejamento e controle.

4.3.3. Controle de clientes

No controle de clientes ficou claro que as cobranças da empresa são realizadas pelos
sócios, além de um funcionário do atendimento. Para uma melhor organização, recomenda-se
que as cobranças sejam realizadas apenas pelo funcionário do atendimento. Dessa forma, o
funcionário do setor repassará as cobranças para apenas uma pessoa, não correndo o risco de
por engano pedir para duas pessoas cobrarem o mesmo cliente.
O cliente a ser cobrado duas vezes por pessoas diferentes poderá ficar com a
impressão de desorganização por parte da empresa e falta de comunicação entre seus
funcionários. As cobranças até podem ficar sob a responsabilidade de três pessoas, desde que
o controle dessas cobranças seja consolidado num único sistema e haja a comunicação entre
as pessoas envolvidas nas cobranças.
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4.3.4. Controle das contas a pagar

O controle de contas a pagar possibilita a identificação dos seguintes elementos:


• Identificar todas as obrigações a pagar;
• Priorizar os pagamentos, na hipótese de dificuldade financeira;
• Verificar as obrigações contratadas e não pagas;
• Não permitir a perda de prazo, de forma a conseguir descontos;
• Não permitir a perda de prazo, de forma que implique no pagamento de multa e juros;
• Fornecer informações para elaboração do fluxo de caixa;
• Conciliação com os saldos contábeis.

Por fim, no contas a pagar foi mapeado que apesar do funcionário do setor ter um bom
controle das contas a pagar, a falta de um controle maior e um planejamento do caixa faz,
muitas vezes, no vencimento da conta não haver o dinheiro suficiente para o seu
cumprimento. Essa falta de planejamento traz a preocupação por parte dos sócios e até mesmo
por parte do funcionário do setor em buscar alternativas para poder pagar as contas vencidas.
Sugere-se que além do controle que é realizado das contas a pagar da empresa, seja
realizado um planejamento do caixa. Este planejamento deverá ser feito pelo funcionário
através da comparação das contas a pagar com as contas a receber de clientes. Dessa forma,
ficará uma situação mais organizada e tranquila, não tendo o risco de no vencimento das
contas não haja disponibilidades suficientes para o pagamento.
A empresa, ao adotar um sistema de controle adequado ao setor, terá uma maior
segurança e credibilidade nas informações geradas e obtidas.
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CONCLUSÃO

Pretendeu-se com este trabalho, demonstrar a importância da auditoria interna no


processo decisório das organizações. A pesquisa bibliográfica foi de fundamental importância
para se alcançar o objetivo proposto.
Além disto, o estudo permitiu concluir que o papel do auditor e da auditoria interna,
não se restringe apenas como instrumento tradicional capaz de revelar erros, falhas e até
fraudes organizacionais à alta administração. A auditoria é fundamental para indicar sugestões
e soluções preventivas e educativas, antecipando fatos visando à eficiência e eficácia dos
controles internos da empresa, contribuindo para o crescimento da organização empresarial,
visando à missão da entidade como um todo.
Neste sentido, para enfrentarem desafios e tomarem a melhor decisão, as empresas
devem manter um sistema de controle interno que envolva um processo de planejamento, de
forma a garantir à gestão a integridade da organização. A chave para a solução destes
problemas pode estar na criação de auditorias internas.
Esta atividade deve estar em mudança constante, acompanhando a evolução da
organização e focando o interesse da gestão. Desta maneira, a auditoria interna contribui no
processo decisório, pois tendo um conhecimento abrangente da entidade auditada pode propor
melhorias, ajudando assim os administradores a alcançar os objetivos de eficiência e eficácia
das rotinas e operações envolvidas.
Além do mais, com o trabalho realizado, percebeu se também que o controle interno
possui um papel de grande relevância no contexto geral da empresa. O bom desempenho da
empresa depende de um conjunto de fatores, que juntos podem influenciar de maneira
positiva ou negativa a permanência da empresa na concorrência do mercado.
Cada vez mais a concorrência está se tornando um fator de grande preocupação para as
empresas, pois ela faz com que a permanência no mercado seja apenas daquelas empresas que
melhor se adaptarem às exigências diárias. Empresas com uma melhor organização e
qualidade de suas atividades, produtos e serviços, possuem grandes chances de sucesso no
atual mercado em que estão inseridas.
Nesta perspectiva, um controle interno adequado e eficiente no setor financeiro faz
com que os administradores da empresa não enfrentem maiores problemas em manter o seu
patrimônio protegido. É preciso ter capacidade e responsabilidade em implantar um sistema
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de controle, pois é através de sua avaliação que se visualiza se os objetivos e metas propostos
estão sendo seguidos.
Diante do que foi exposto, verificou-se que para uma empresa obter o seu sucesso é
preciso que todos trabalhem em equipe na busca da concretização das metas traçadas. Os
resultados positivos vêm com mais facilidade quando todos os membros da empresa
trabalham com os mesmos objetivos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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