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Descrição
Agente Etiológico
Modo de transmissão
No caso das formas infecciosas transmissíveis, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das
vias respiratórias, havendo necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, por exemplo) ou
contato direto com as secreções do paciente.
Manifestações clínicas
A meningite é uma síndrome que se caracteriza por: febre, cefaléia intensa, vômitos e sinais de
irritação meníngea, acompanhadas de alterações do líquido céfaloraquidiano. Em crianças maiores e
adultos, o início da doença geralmente é súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas, vômitos e rigidez
de nuca, acompanhada, em alguns casos, por exantema petequial. Associam-se sinais de irritação
meníngea como sinais de Kerning e Brudzinski positivos.
No início da doença, podem surgir delírio e coma. Dependendo do grau de comprometimento
encefálico (meningoencefalite), o paciente poderá apresentar também convulsões, paralisias, tremores,
transtornos pupilares, hipoacusia, ptose palpebral e nistágmo. Casos fulminantes com sinais de choque
podem ocorrer.
Em crianças de até nove meses, as meningites poderão não apresentar os sinais clássicos de
irritação meníngea. Outros sinais e sintomas permitem a suspeita diagnóstica, tais como: febre,
irritabilidade ou agitação, grito meníngeo (criança grita ao ser manipulada, principalmente, quando se
flete as pernas para trocar a fralda) e recusa alimentar, acompanhada ou não de vômitos, convulsões e
abaulamento da fontanela.
Diagnóstico Laboratorial
Tratamento
O tratamento com antibiótico deve ser instituído tão logo seja possível, preferencialmente logo
após a punção lombar. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte,
como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.
A meningite bacteriana aguda é uma emergência infecciosa, e não deve ter seu tratamento
postergado. É importante lembrar que a principal causa de morte, neste subgrupo de
meningites, é devido ao choque séptico. Portanto, as medidas para evitá-lo devem ser tomadas de
imediato.
Aspectos Epidemiológicos
As meningites têm distribuição mundial e sua expressão epidemiológica varia, de região para
região, dependendo principalmente da existência de aglomerados populacionais, fatores climáticos (as
meningites bacterianas têm maior incidência nos períodos de inverno e as virais no período de verão),
agentes circulantes, falta de acesso à infra-estrutura adequada de serviços de saúde. Os surtos estão
relacionados à Neisseria meningitidis.
Durante a década de 90 foram notificados, em média, 28.000 casos/ano de meningites, de todos
os tipos, no Brasil, sendo que 18% desses corresponderam à meningite meningocócica (média de
5.000 casos anuais).
Vigilância Epidemiológica
A população deve ser informada quanto ao risco de adoecer, principalmente quando se trata de
doença meningocócica e Haemophilus influenzae, seus principais sinais e sintomas, e como proceder
frente a um caso suspeito, mediante técnicas pedagógicas disponíveis e meios de comunicação em
massa. A informação diminui a ansiedade e contribui para evitar o pânico.
Para todo caso suspeito de meningite bacteriana1, utilizar o kit de coleta para o diagnóstico
laboratorial, distribuído pela VE.
As cepas devem ser sempre encaminhadas a vigilância, que a seguir as enviará para o Instituto
Adolfo Lutz (IAL/SP), que é o Laboratório de Referência Nacional para as meningites bacterianas,
onde serão realizados os seguintes estudos complementares: confirmação de espécies, sorogrupo e
subtipo, caracterização molecular, e controle da resistência de cepa.
• Cultura: exame de alto grau de especificidade, podendo ser realizado com diversos tipos de
fluídos corporais, mais comumente líquor e sangue. O seu objetivo é identificar a espécie da bactéria.
• Outros exames: alguns métodos vêm sendo utilizados, principalmente nos laboratórios de
pesquisa como PCR, ELISA e Imunofluorescência, cujos resultados ainda se encontram em avaliação
e, portanto, não são preconizados na rotina diagnóstica.
• Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR): a detecção do DNA bacteriano pode ser obtida
por amplificação da cadeia polimerase, que permite a identificação do agente utilizando primers
específicos de regiões conservadas e variáveis do agente. A sensibilidade e a especificidade atingem
valores superiores a 95%. O teste entretanto ainda não é rotineiro.
Além dos métodos supracitados, há outros inespecíficos que são utilizados de forma
complementar. São eles: técnicas radiográficas complementares: Tomografia Computadorizada, Raios
X, Ultrassonografia, Angiografia Cerebral e Ressonância Magnética.
O diagnóstico específico de surtos e de alguns casos suspeitos de meningite viral (reação pós-
vacinal), é de extrema importância para a Vigilância Epidemiológica.
A seguir estão descritas as normas de coleta dos espécimes, os exames laboratoriais disponíveis
e as suas interpretações. Para isso, é necessário que a coleta seja realizada no ato da entrada do caso
suspeito na Unidade de Saúde, no primeiro atendimento.
Deve ser utilizado o kit completo de coleta, para casos suspeitos de meningite viral,
distribuído pela VE, constituído de:
• 1 frasco de polipropileno com tampa de rosca para LIQUOR;
• 2 frascos de polipropileno com tampa de rosca para SORO;
• 1 coletor universal para FEZES.
Observações
• Estes exames são realizados a partir de contato com VE, no máximo de 20 amostras por
surto.
• Todas as amostras devem ser identificadas com nome, tipo de espécime e data de coleta.
Devem ser individualmente acondicionadas em sacos plásticos e enviadas ao laboratório, em
condições adequadas de transporte (caixas isotérmicas com gelo reciclável e, preferencialmente, em
gelo seco para o transporte de líquor).
• O material deve chegar no prazo de 12 a 24 horas após a coleta.
• O tempo de procedimento técnico para o isolamento de vírus e sua identificação é de 30 dias
contados, à partir da entrada da amostra no laboratório regional.