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INTRODUÇÃO 14
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 16
1.1 Conforto ambiental 18
1.1.1 Iluminação 18
1.1.2 Ventilação 20
1.1.3 Acústica 22
1.2 Cores e percepção ambiental 23
2 A CIDADE DE BURITAMA E O INSTITUTO DE OLHOS 29
3 REFERÊNCIAS PROJETUAIS 33
3.1 Hospital Sarah Kubitschek, Salvador, Brasil 34
3.2 Karolinska Solna University Hospital, Estocolmo, Suécia 38
3.3 Centro Brasileiro de Visão, Brasília, Brasil 42
4 ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS 45
4.1 Visadas / Instituições de saúde 46
4.2 Uso e ocupação do solo 48
4.3 Cheios e vazios 49
4.4 Gabarito de altura 50
4.5 Vegetação 51
4.6 Topografia 52
4.7 Ventos dominantes / Orientação solar 53
4.8 Sistema viário 54
5 O PROJETO 55
5.1 Reformulação espacial 56
5.2 Concepção da implantação 58
5.3 Partido arquitetônico 60
5.4 Caracterização do público alvo 61
5.5 Setorização, acessos e programa de necessidades 61
5.6 O projeto 67
5.6.1 Hospital Oftalmológico de Buritama + Setor administrativo 67
5.6.2 Praça + Lanchonete 77
CONSIDERAÇÕES FINAIS 81
REFERÊNCIAS 83
PRANCHAS 86
PRANCHA 1 - Análises + Justificativa
PRANCHA 2 - Implantação + Partido + Princípios norteadores
PRANCHA 3 - Planta baixa
PRANCHA 4 - Planta de cobertura
PRANCHA 5 - Cortes
PRANCHA 6 - Fachadas
INTRODUÇÃO
O Hospital Oftalmológico de Buritama-SP, conta com infraestrutura para receber os pacientes dos 40 municípios per-
tencentes ao DRS2 - Araçatuba. O programa de necessidades foi pré estabelecido a partir das normas e exigências
da área hospitalar, o reduzido número de leitos está relacionado à baixa permanência necessária para convales-
cença nas cirurgias dos olhos.
O projeto tem como objetivo a substituição do atual departamento de oftalmologia da Santa Casa de Buritama - SP
mais conhecido como Instituto de Olhos, o único da região nessa especialidade médica.
O projeto conta com estacionamento privativo para pacientes, médicos e funcionários, lanchonete e uma ampla pra-
ça contemplativa para usofruto da população.
O atual departamento de oftalmologia da santa casa de Buritama (Instituto de Olhos), segundo uma estimativa le-
vantada pela própria Santa Casa de Buritama (2012) o número de atendimentos girava em torno de 10 mil pacien-
tes. Em meados de 2013 e 2014 o Ministério da Saúde realizou alguns cortes de verbas que eram direcionadas ao
instituto onde ocasionou a saída de vários médicos e uma queda drástica na qualidade do serviço prestado.
Os hospitais especializados mais próximos que atendem a um grande número de pacientes estão na cidade de São
José do Rio Preto que fica a 101 km de Buritama, e Bauru, que fica a 217 km.
15
1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Quando se trata de um ambiente hospitalar é de suma importância levar em consideração os fatores da iluminação
natural / artificial, mobiliário, conforto térmico, acústico, cor dentre outras. Góes (2010, p. 48) acredita que é dever
do arquiteto que for projetar uma unidade de saúde, pensar que a permanência por si só já é angustiante e, estan-
do-se doente, o quadro é mais sério ainda.
O uso da cor em ambientes hospitalares vai além do fator estético, existem vários pesquisadores realizando estudos
sobre como a cor pode afetar nossa mente e nossas emoções. Segundo Frank H. Mahnke Apud João Carlos de Oli-
veira César a forma com que entendemos as questões das percepções cromáticas em sendo a cor como uma forma
de energia que afeta nosso funcionamento e também influi na mente e nas emoções.
O projeto foi iniciado a partir dos levantamentos de dados físico climáticos do local a ser implantado, aproveitando
a topografia, árvores já existentes, luz natural e os ventos dominantes, alguns ambientes que requer tratamentos es-
peciais como os centros cirúrgicos e áreas de descontaminação foram necessário o uso de recursos artificiais.
17
1.1. – CONFORTO AMBIENTAL
Segundo Oscar Corbella (2011, p. 25) “pode-se dizer que uma pessoa está confortável com relação a um ambiente
quando pode percebê-lo sem incômodo" para tanto é papel de o arquiteto conhecer o clima do local e como cada
material reage do ponto de vista térmico, lumínico e acústico. Oscar trata o externo de um edifício como uma
«membrana» que é utilizada para conseguir um ambiente interno mais confortável.
Seguindo estes conceitos, e se bem trabalhados conseguimos chegar o mais próximo possível do conforto ambiental.
1.1.1 - Iluminação
A iluminação é de suma importância quando se trata de um ambiente hospitalar, ela pode trazer para os pacientes
vários benefícios, ela pode trazer sensações positivas e negativas, tudo vai depender de como ela será trabalhada,
isso é definido a partir da tonalidade da luz, a luz fria (tonalidade azul) faz com que o ambiente torne-se de curta
duração, a luz quente (tonalidade amarela) são para ambientes de longa permanência, pois acalmam e trazem a
sensação de relaxamento como mostra na figura abaixo.
18
Figura 1 – Temperaturas e tonalidades de lâmpadas
A respeito da incidência solar no projeto de arquitetura, existem várias estratégias para obtenção de luz natural,
desde que levando em consideração as especificidades locais de cada proposta. A orientação do edifício em rela-
ção á trajetória solar; a criação de pátios, praças e jardins; controle e proteção de aberturas laterais com uso de
janelas, brises e vegetação, são algumas das estratégias que podem ser pensadas pelos arquitetos.
Segundo Costa (2010), a luz natural em obras arquitetônicas é capaz de promover a reação do olhar e do sensiti-
vo, transformando edificações em espaços marcantes. Nesse sentido, Costa (2010, p. 02) afirma:
“Cada momento que a luz natural penetra no espaço é único. Ela nos leva a apreciar
o interior, transformando-o em espaço vivo, com fluidez e identidade própria. (...) Co-
mo parte de um espaço contemporâneo, dinâmico, que permite evoluções e alternân-
cia na sua percepção, a luz deve contribuir para uma linguagem que pode seduzir
que pode revelar um espaço circunstancial, efêmero, e que pode parecer imutável,
mas que se apresenta em constante movimento”.
1.1.2 – Ventilação
A ventilação natural é uma das soluções mais importantes que determinam o conforto ambiental térmico para o clima
subtropical de Buritama SP. Utiliza-se uma estratégia de resfriamento através da perda de calor por meio da renova-
ção do ar. A ventilação natural pode ser obtida de várias formas, dentre elas a unilateral; quando só possui uma
20
abertura, cruzada; quando o ambiente possui aberturas em faces diferentes ou por efeito chaminé; acontece quando
há diferença de temperatura no ar de um cômodo. O ar em contato com as superfícies se aquece e sobe, havendo
uma abertura mais baixa e outra mais alta, o ar quente tende a sair por esta e é renovado por outro a mais frio, que
entra pela abertura inferior, como pode ser observado na figura abaixo.
Figura 2 – Exemplos de Ventilação
O desempenho da ventilação depende de dois fatores, o primeiro é o fator fixo que está diretamente relacionado à
forma e as características construtivas da edificação; a forma e a posição dos edifícios e espaços abertos do entor-
no; à localização e orientação do edifício; e a posição, tamanho e tipo de abertura, o segundo fator está relacio-
nado à direção, velocidade e a frequência dos ventos e à diferença de temperaturas internas e externas.
21
Algumas soluções que contribuem para a permeabilidade das correntes de ar é a integração dos espaços por meios
de praças e jardins, a utilização de grandes aberturas (em faces que possuem grande incidência solar, utilizar
métodos para amenizar como cobogós, brises e arborização).
1.1.3 – Acústica
As questões relacionadas ao conforto acústico se apresentam como um dos principais fatores determinantes para um
bom projeto arquitetônico, que muitas vezes as escolhas de materiais e técnicas construtivas estão diretamente
ligadas.
O conforto acústico acontece quando o ambiente permite uma boa fala e a ausência de sons indesejáveis no
ambiente (ruídos). Um ambiente pode depender de uma boa absorção sonora, de um eficaz isolamento acústico ou
ambos simultaneamente.
Segundo Solon do Valle (2009, p. 216), “condicionamento acústico consiste em criar uma sonoridade agradável
dentro de um ambiente, controlando a reverberação e os ecos, consertando problemas modais e promovendo uma
resposta frequente adequada no tipo de utilização”. Ainda neste contexto outro fator para trabalhar é o tempo de
reverberação ótimo (Tro), onde define qual o tempo de reverberação adequado para cada ambiente e atividade,
a reverberação é medida em segundos e busca o equilíbrio entre os materiais absorventes (figura 3) que servem
para reduzir a energia do som refletido por uma superfície do mesmo ambiente e os refletores (figura 4) que são
placas rígidas e planas que refletem sem absorver; podem ser considerados “espelhos” para a reflexão do som.
22
Figura 3 – Material absorvente. Figura 4 – Material Refletor
Fonte – http://skumacustics.com (acesso em 22 set. 2017) Fonte – http://scielo.br (acesso em 22 set. 2017)
Existem outros métodos para trabalhar com paredes, pisos e tetos, a escolha dos materiais influencia na qualidade
do isolamento do ambiente como também na estética, devemos trabalhar sempre com a relação custo-benefício.
Em relação a ruídos, devem ser seguidas as normas da NBR 10152 – níveis de ruído para conforto acústico e a NBR
12179 – tratamento acústico em recintos fechados, onde nos disponibilizam os coeficientes de absorção de cada
material.
23
Teóricos como Newton e Goethe afirmam que cor é um fenômeno que esta diretamente relacionado à existência da
luz, ou seja, se a luz não existisse, não existiriam as cores. Um simples exemplo é a cor preta que é percebida quando
algo absorve praticamente toda a luz (ausência de cores), e o branco já é percebido em algo que reflete
praticamente todas as faixas de luz (todas as cores).
O uso de cores em ambientes hospitalares podem provocar diversas sensações nos pacientes, visitantes e
funcionários, não somente como fator decorativo, a cor tem poder de mudar um ambiente e o modo como as pessoas
o veem, ela pode ser trabalhada na parede, no teto, no chão, nas vestimentas e nos móveis. Hoje vários
pesquisadores estão estudando a maneira com que cada pessoa se comporta em relação à determinada cor.
Segundo Matarazzo (2010, p. 24), afirma que um dos maiores problemas para a recuperação de saúde dos
pacientes é o stress hospitalar, e o ambiente físico é responsável pelo seu agravamento. O bem-estar mental é
necessário para o bem-estar fisiológico, portanto o ambiente físico se bem planejado e executado colabora para a
cura. A cor hoje deve ser trabalhada como um elemento importante ao se projetar ambientes hospitalares, pois ela
pode proporcionar tranquilidade e bem-estar e, se não for usada adequadamente, pode transmitir sensações
erradas como inquietação e estresse para o espaço.
24
Luiz Cláudio Rezende Cunha (2004, p. 58) afirma que:
“O ser humano possui facilidade para se adaptar às mais diversas situações
ambientais, por isso, em muitos hospitais, o que acontece é uma aceitação dos
funcionários e pacientes às instalações, mesmo não contando com o auxílio destas
para o desempenho de suas atividades, o que provoca uma queda na
produtividade. Portanto, nos hospitais, onde pessoas são por diversas vezes,
atendidas com risco de vida, as equipes trabalham sobtensão, e os fatores ambientais
não podem ser mais um motivo de estresse”.
Apesar de alguns profissionais da área de saúde questionar os efeitos que as cores podem proporcionar para os
pacientes, vários arquitetos e urbanistas já utilizam técnicas para humanizar os ambientes hospitalares como exemplo,
o arquiteto João Filgueiras Lima, mais conhecido como Lelé, responsável pelos projetos dos hospitais da rede Sarah
Kubitschek, presente em várias capitais brasileiras, ele utiliza desde o início do projeto materiais e técnicas que
ajudam na iluminação e ventilação natural, amplos espaços verdes, além de utilizar painéis coloridos como, por
exemplo, o do artista plástico Athos Bulcão (figura 5) não somente como fator estético, mas pensando na
setorização, na qualidade do espaço e na cura.
25
Figura 5 - Painéis rede sarah por Athos Bulcão
Fonte: http://www.archdaily.com.br
Para João Carlos de Oliveira Cesar (2003) afirma que, os dois aspectos são fundamental na definição de uma pale-
ta cromática nas áreas de tratamento de saúde, é a manutenção e a assepsia. A manutenção é definida pelo menor
número de cores de preferência apenas um, facilitando a aquisição do produto e a realização do serviço, a assep-
sia produz uma necessidade visual de ser utilizado somente cores claras proporcionando uma uniformização dos es-
paços, como pisos, paredes, e tetos com tons próximos. 26
Segundo Isadore Rosenfeld (apud João Carlos de Oliveira Cesar, p. 179) descreve assim o uso do branco nas áreas
de tratamento de saúde:
“Superfícies em hospitais costumam ser de um branco ‘proverbial’ tanto quanto o
branco pode ser, de forma que a sujeira se mostra e pode ser prontamente removida.
A limpeza em hospitais manifesta-se de diversas formas e o branco é seu símbolo.
Algumas das perdas com preocupação com limpeza são louváveis, mas não a perda
do mortalmente branco o qual tem sido associado com hospitais, com seus ‘homens de
branco’. Esses ‘homens de branco’ tradicionalmente persistem, até o dia de hoje, mas
nas primeiras décadas desde o século (XX), o branco nas paredes foi substituído por
um bege (straw-tan). Essa cor dizia-se ser salubre, por que lembrava a cor do sol. A
luz da cor ‘straw-tan’ das paredes dos hospitais também concorria com grande
entusiasmo com o ultravioleta, ‘sleeping porches’ e exposição à face sul”.
Ainda sobre a questão do branco João Carlos de Oliveira Cesar (2003 p. 180) defende:
“Os arquitetos sensíveis de hoje passam muito tempo estudando luz natural, artificial e
cores adequadas a todas as situações do hospital. Ao mesmo tempo eles mantém em
mente a necessidade de se manter o todo sinfônico do hospital numa chave
harmônica”.
Segundo Frank H. Mahnke (apud João Carlos de Oliveira César, p. 182) é considerado um erro o uso do branco
denotando higiene e limpeza, segundo ele o branco não tem efeito psicoterapêutico, nos leva a pensar numa
prática médica sem emoção, ao invés de um cuidado humano envolvente, ele conclui dizendo “vida é cor – não
isolamento”.
27
[...] a cor exerce uma função tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de
construir. A cor é vista: impressiona a retina. E sentida: provoca uma emoção. É
construtiva, pois, tendo significado próprio, tem valor de símbulo e capacidade,
portanto, de construir uma linguagem própria que comunique uma idéia”.
No Brasil para a elaboração de projetos de iluminação em ambientes hospitalares, o profissional deve estar atento às
recomendações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), através da NBR 5413 Iluminância de interiores,
no item 5.3.28 Hospitais.
28
2 - A CIDADE DE BURITAMA E O INSTITU-
TO DE OLHOS
Figura 6 – Localização Buritama
Buritama (figura 6), município localizado a aproximadamente 542 km da capital, conta
com uma área de 326,638 km² e 16.449 habitantes segundo dados do IBGE (2016). O
nome Buritama teve origem do vocabulário indígena “terra dos buris” devido a grande
quantidade de palmeiras buriti encontradas na região por volta de 1892, pelas famílias
colonizadoras provindas de Minas Gerais atraídas pelo solo fértil e pelos lençóis de
águas, somente em 1948 passou a ser município e em 2017 ganhou o status de municí-
pio de interesse turístico.
Segundo dados da Folha da Região1 (2007), em fevereiro de 2006 o governo federal fez uma readequação no sis-
tema de cirurgias eletivas (quando se pode escolher a melhor data para a realização da cirurgia, após a realiza-
ção de vários exames), durante o período de 8 meses os atendimentos foram suspensos para a elaboração e apre-
sentação do projeto que foi realizado pela direção do hospital, sendo assim o ministério da saúde reduziu de 140
cirurgias mensais de cataratas para 48 cirurgias mensais, uma redução de 66%, e de 180 cirurgias de retinopatia
diabética para 58 cirurgias mensais, uma redução de 68%.
2
Segundo dados da santa casa de Buritama (...) em julho de 2013 o Ministério da Saúde editou a portaria GM/MS
1.554 que passou a responsabilidade de entrega dos colírios do glaucoma para a Secretaria do Estado da Saúde
1 - Disponível em: <http://http://www.folhadaregiao.com.br/2.633/fila-do-instituto-de-olhos-tem-4-5-mil-1.76006> Acesso em: 3 abril 2017.
2 - Disponível em: <http://www.santacasaburitama.com.br/noticia.php?id=551> Acesso em: 3 abril 2017.
31
impossibilitando o Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de Buritama continuasse a entrega dos medica-
mentos para quase 4.000 pacientes portadores de glaucoma.
O Instituto Oftalmológico oferecia o tratamento de glaucoma e a entrega dos colírios desde 2002 a partir de uma
decisão da CIB – Comissão Intergestores Biparte, as Secretaria de Estado de São Paulo em abril de 2014 a santa
casa não poderia mais autorizar o Departamento de Oftalmologia atender os portadores de glaucoma para entre-
ga dos colírios, de abril a novembro foi concedido uma liminar via judicial para que continuasse a distribuição, porem
em novembro a Secretaria de Estado de São Paulo cancelou a liminar.
Com a diminuição da quantidade de cirurgias mensais, o corte de verbas destinadas à distribuição de colírios, oca-
sionou a saída de vários médicos, e um aumento considerável na fila de espera para consultas e consequentemente
cirurgias, em 2007 foi criado a Unidade Móvel Oftalmológica, um trailer adaptado pertencente ao Instituto Oftalmo-
lógico de Buritama que realizou quase dez mil atendimentos em oito meses de funcionamento na cidade de Araçatu-
ba.
Segundo dados da Folha da Região (2007) desde 1998, quando o ministério da saúde criou a Campanha Nacional
de Cirurgias Eletivas, o instituto de olhos de Buritama já realizou 100 mil consultas e 30 mil cirurgias de catarata, hoje
este número é muito maior, em 2002 foi credenciado como Centro de Referência em Oftalmologia pelo Ministério da
Saúde o que possibilitou a oferecer tratamento de portadores de glaucoma e a distribuição gratuita de medicamen-
tos.
32
3 - REFERÊNCIAS PROJETUAIS
3.1 – HOSPITAL SARAH KUBITSCHECK, SALVADOR, BRASIL.
Ficha Técnica:
Projeto elaborado por João Filgueiras Lima mais conhecido como Lelé, que ficou conhecido especialmente pelo con-
junto de hospitais para a Rede Sarah Kubitschek, o arquiteto se familiarizou com o uso de técnicas construtivas in-
dustrializadas, econômicas e de fácil manipulação, é muito comum em seus projetos o uso da argamassa armada e
peças metálicas que se repetem ao longo do projeto, o seu primeiro projeto da Rede Sarah foi o de Brasília – DF em
1994, e oito anos depois foi projetado o de Salvador – BH (figura 9), neste momento já possuía sua própria fábrica
34
de peças pré-fabricadas possibilitando a plasticidade, tanto nos desenhos dos sheds (figura 10 e 11), muros e
outros componentes.
Figuras 10 e 11 – Sheds Metálicos
A Implantação define-se a partir de vários estudos de insolação e principalmente ventilação natural, ao longo do
tempo Lelé desenvolveu várias técnicas para solucionar tal problema.
35
A ventilação natural Lelé trabalha além dos sheds, com galerias semi-enterradas (figura 12 e 13), as aberturas estão
orientadas no sentido dos ventos dominantes (nordeste), e na ausência dos ventos, ventiladores nas entradas das
galerias são acionados.
Figura 12 – Planta nível semi-enterrado
36
Figura 13 – Entrada das galerias
O que define a volumetria do hospital basicamente é a horizontalidade e os sheds repetidos em varias linhas para-
lelas, o projeto esta situado em uma área de mata atlântica nativa, e lelé trouxe esta forte referência para adentro
do projeto, com uso de jardins que entrelaçam setores e corredores. O projeto também conta com várias obras do
artista plástico Athos Bulcão, responsável por vários painéis (figura 14) e pinturas externas (figura 10).
37
Figura 14 – Painel por Athos Bulcão
A escolha do projeto como referência projetual deu-se pela utilização de elementos pré-moldados, a utilização de
pátios e jardins que entrelaçam o projeto tanto interno quanto externo, a iluminação e ventilação natural e a utili-
zação de cores.
O hospital foi projetado para atingir a mais alta classificação de Eco construção, e é conhecido por ser o primeiro
hospital a alcançar o certificado LEED Gold.
A escolha do projeto como uma referência projetual se da principalmente pela a forma e utilização das cores não
somente como setorização, como também participante no processo da cura, a maneira como a acessibilidade foi
41
desenvolvida com a utilização de rampas com inclinação abaixo do exigido pelas normas locais e por último e não
menos importante a setorização e a sustentabilidade.
O Hospital de Olhos CBV (figura 18), está localizado na Avenida L2 Sul (próximo à Esplanada dos Ministérios e do
Aeroporto Internacional de Brasília) o projeto foi elaborado com tecnologia de ponta e dentro dos padrões técni-
cos. O terreno possui 12.500 m², dentre eles mais de 6000m² são de construção.
Os ângulos fortes da composição arquitetônica reproduzem o dinamismo e modernidade da capital federal. Tradu-
zindo inovação e tecnologia, a construção está de acordo com a ecologia local, amenizando os efeitos do clima
43
seco característico da região, combinando brises em chapas de aço perfuradas, alvenarias duplas com tijolos
aparentes, espelhos d’água e panos de vidro.
Os distintos volumes horizontais têm sua uniformidade atenuada pela inserção de aberturas verticais nas lajes, que
permitem uma comunicação espacial, no sentido horizontal, entre os três volumes. Os prédios de consultórios, exames
complementares e hospital e serviços de apoio.
O hospital é equipado com aparelhos de última geração, para garantir mais qualidade, segurança e eficiência nos
serviços prestados.
Apesar de toda a área técnica, dispõe de estacionamento para 300 carros, anfiteatro com 70 lugares e cyber
café.
O projeto foi certificado de Acreditação nível 3 (Excelência), concedido pela ONA – Organização Nacional de
Acreditação, que promove a implantação de um processo permanente de avaliação e de certificação da
qualidade dos serviços de saúde.
Trata-se de uma referência por ser um dos melhores Hospitais Oftalmológicos do país, e a maneira como a
setorização foi resolvida interligando praças, jardins, marquises e espelhos d’água entre os três blocos.
44
4 - ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS
A análise e diagnóstico do entorno auxiliaram no entendimento das características físico climáticos relevante na
área de estudo, levantando as condicionantes, deficiências e potencialidades, contudo será possível conhecer o
terreno e analisar as deficiências e planejar soluções.
Podemos analisar no mapa (Figura 20) a existência três UBS (unidades básicas de saúde), distribuídas de modo que
cada uma beneficie um bairro diferente, o mesmo pode dizer para as unidades educacionais, temos um único CAPS
(Centro de Atenção Psicossocial) para atendimento de toda a população e o Hospital Municipal que possui dois
anexos, a Santa Casa de Misericórdia e o Departamento de Oftalmologia de Buritama, mais conhecido como
Instituto de Olhos.
Foram realizadas varias visitas de campo, para um melhor entender do funcionamento do Departamento de
Oftalmologia e Buritama, foi analisado que os ônibus chegam aproximadamente às 7 horas da manhã e muitas das
vezes ficam até o período da tarde, hoje em dia, nenhum dos três (Hospital Municipal, Santa Casa e o Instituto
Oftalmológico) oferece o serviço de alimentação (somente para os funcionários e para os internos), nem tem a
disposição uma lanchonete, é incomodo para os pacientes a necessidade de locomoção para o centro da cidade
para se alimentarem.
46
Figura 20 – Visadas / Instituições de saúde
1
4
a
lmeid
Rua
Gen
de A
eral
Glicé
rio
into
no P
cilia
Pres
Rua
A
Área do Projeto
Comercial
0m 50m 100m 200m
Residencial
Fonte: Google Earth Pro (2017), Modificado pelo autor.
48
4.3 - Cheios e vazios
Figura 22 – Cheios e vazios
A
Área do Projeto
Cheios
0m 50m 100m 200m
Vazios
Fonte: Google Earth Pro (2017), Modificado pelo autor.
49
4.4 – Gabarito de altura
Figura 23 – Gabarito de altura
A
Área do Projeto
1 Pavimento
0m 50m 100m 200m
2 Pavimentos
Fonte: Google Earth Pro (2017), Modificado pelo autor.
50
4.5 – Vegetação
Figura 24 – Vegetação
A
Área do Projeto
0m 50m 100m 200m Manchas de vegetação
373 m
375 m 376 m
374 m
378 m
379 m 376 m
389 m
380 m
369 m 377 m
378 m
385 m
379 m 392 m
377 m
369 m
370 m 384 m
381 m
393 m
376 m 394 m
378 m 372 m
372 m
A 376 m
375 m 378 m
382 m
379m
371 m 374 m
377 m
378m
374 m
379 m 370 m
366 m
367 m
365 m 364 m
399 m
385 m
384 m
369 m
386 m
365 m 397 m
366 m
367 m
A
Área do Projeto
0m 50m 100m 200m
Fonte: pt-br.topographic-map.com/places/Buritama-2773873/ Fonte: Google Earth Pro (2017), Modificado pelo autor.
(Acesso em 07 set. 2017). 52
4.7 – Orientação solar / Ventos dominantes
Figura 27 – Orientação solar / Ventos dominantes
O L
tos predominantes (figura 27) vêm do noroeste e tem veloci-
dade média de 5,4km/h. A
Figura 28 – Climograma de Buritama
A
Área do Projeto
Sentido dos Ventos
0m 50m 100m 200m
Dominantes
Fonte: pt.climate-data.org/location/34923/ (cesso em 07 set. 2017) Fonte: Google Earth Pro (2017), Modificado pelo autor.
53
4.8 – Sistema viário
Figura 29 – Sistema viário
as
Rua
ereir
Barão
do R
io Bran
co
os P
SP – 461 uma importante ligação da região, a Rodo- Rua
Rua D
Flor
iano
a
Peixo
lmeid
via Deputado Roberto Rollemberg, passa por Buritama, t o
de A
criando um elo entre o Sul e o Norte do Rio Tiête, in-
iras
Rua
rui B
to
arbo
terligando as cidades de Araçatuba e Votuporanga. A
Pere
s a
o Pin
Os sentidos das vias próximo ao terreno são todas de Rua
Dos
ilian
Gen. Rua
Maria
Glic Flor
ério
Rua
inda
c
sentido duplo com exceção das Ruas Floriano Peixoto
Pres
Rua
Bráz
Gen.
Glic
e Rui Barbosa, que são as duas principais ruas do ério
slau
Rua
Rua
iras
e
Gen.
Venc
Glic
centro da cidade. ério
Pere
Rua
Dos
Rua
XV d
Rua
e No
ve mbro
Rua
Afo
nso
Pena
Ruas Principais:
A Vias de Duplo Sentido Rua Presciliano P. de
Área do Projeto
0m 50m 100m 200m
Almeida
Vias de Sentido Único Rua General Glicério
Fonte: Google Earth Pro (2017), Modificado pelo autor.
54
5 - O PROJETO
Para projeto ser elaborado, primeiro foram realizadas todas as análises das condicionantes, deficiências e poten-
cialidades do entorno, a elaboração dos princípios norteadores de projeto e o acompanhamento diário do funcio-
namento do atual Instituto Oftalmológico, foi essencial para a elaboração do programa de necessidades e do pro-
jeto.
O projeto baseou-se também no conforto ambiental, com ênfase no conforto acústico e térmico, buscando alternati-
vas para um projeto mais sustentável.
56
Figura 30 – Córrego palmeirinha
378
376 m 378 m
369 m
5 377 m 379 m
378
370 m 2 375 m
3 374 m
373 m 1
371 m
372 m
370 m
O partido arquitetônico do projeto foi norteado pela hospitalidade, pois se documenta "hospital” no vocábulo
português pela influência da língua francesa “hôpital” que foi derivado da forma culta do latim “hospitale”,
diretamente relacionado à hóspede. O hospital vai trabalhar este conceito de várias formas, o primeiro está no
próprio significado da palavra, hospitalidade no dicionário define como receber ou cuidar de alguém que não
pertence aquele ambiente, o projeto trouxe o uso das cores de modo deixar o ambiente mais aconchegante e
também para auxiliar no processo da cura, no interior do edifício, foi trabalhado com jardins que conectam os
ambientes, deixando-os mais arejados e confortáveis.
A praça entra como um fator importante para o partido arquitetônico, uma vez que os pacientes que buscam
tratamentos oftalmológicos tendem a vir acompanhados, e por passarem uma boa parte do dia esperando pelo
atendimento a praça entra como um lugar para distração e contemplação para aliviar as longas horas de espera.
60
5.4 - Caracterização do público alvo
Em relação ao Hospital, o público alvo é bastante variado, segundo estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Ge-
ografia e Estatística) de 2010 a deficiência que mais afeta os brasileiros é a visual, atinge cerca de 35,8 milhões de
brasileiros e que é 35% mais frequente nas mulheres, a faixa etária predominante é de 20 até 48 anos.
Já a praça e juntamente com a lanchonete são disponíveis para usufruto de toda população.
De forma geral o complexo divide-se em quatro construções: A primeira construção, o Hospital Oftalmológico; A se-
gunda construção, o Setor administrativo, que faz conjunto com o Hospital; A terceira construção, a lanchonete, que
está localizada dentro da praça e a quarta construção a pequena guarita. Os acessos aos edifícios foram ilustra-
dos na figura 33 a seguir:
61
Figura 33 – Setorização e fluxo
0 40 80 160
1 Hospital Oftalmológico
2 Passarela
3 Lanchonete / Bar
4 Estacionamento
378
5 Praça
Acesso Estacionamento
Acesso hospital
Acesso Praça / Lanchonete
4
5
2
3
1
HOSPITAL OFTALMOLÓGICO
AMBIENTE ÁREA M² ÁREA MÍN. M² (SEG. RDC-50) OBSERVAÇÕES
Espera / Recepção 213.16m² 64.00m² -
W.C 27.73m² 2.88m² 1 por sexo
Same - arquivo 1 16.80m² 15.00m² -
Same - arquivo 2 20.70m² 15.00m² -
Salas de exames coletivos 31.50m² A depender do equipamento utilizado 2 unidades
Salas de exames individuais 28.80m² A depender do equipamento utilizado 7 unidades
Espera / Observação 94.05m² 64.00m² -
Posto de Enfermagem + W.C + -
71.89m² 6.00m² 1 para cada 12 leitos
Farmacia
Apartamentos 1 leito 30.37m² 10.00m² 6 unidades
Apartamentos 2 leitos 44.17m² 14.00m² 5 unidades
Roupa limpa 11.55m² --- - 63
Roupa Suja 13.36m² --- -
Dep. limp. / utilidades 20.13m² 7.20m² -
Estar médico + W.C 37.47m² 19.76m² -
Lavagem e descontaminação 21.80m² 4.80m² + 1.20m² por torneira -
DML (dep. mat. de limpeza) 6.60m² 3.60m² -
Esterilização 21.80m² --- -
W.C Feminino 30.90m² 2.88m² -
W.C Masculino 23.34m² 2.88m² -
Utilidades 27.64m² 14.00m² -
Área de escovação 27.64m² 4.80m² + 1.20m² por torneira -
Centro cirúrgico 26.16m² 20.00m² 4 unidades
Observação / posto de enfer. 126.90m² --- -
Fonte: Elaborado pelo Autor, (2017).
Os ambientes que constituem a segunda construção, (Setor administrativo) foi divididos em duas partes:
· Espaços públicos: a espera e recepção.
· Espaços semipúblicos: SAME, administração geral, sala de reuniões, recursos humanos, sala do diretor e a
copa.
O programa de necessidades pode ser observado na Tabela 2, a seguir:
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Tabela 2 – Programa de necessidades: Setor administrativo
SETOR ADMINISTRATIVO
AMBIENTE ÁREA M² ÁREA MÍN. M² (SEG. RDC-50) OBSERVAÇÕES
Espera / Recepção 55.00m² --- -
Arquivo 18.90m² --- -
Administração geral 80.00m² 5.50m² por pessoa -
Recursos humanos 25.60m² 12.00m² -
Diretor 12.16m² 12.00m² -
Copa 14.56m² 5.76m² -
Sala de reuniões 19.32m² 2.00m² por pessoa -
Fonte: Elaborado pelo Autor, (2017).
Os ambientes que constituem a terceira construção, (Lanchonete) foi dividido duas partes:
· Espaços públicos: área livre e sanitários.
· Espaços privados: caixa, câmera fria, cozinha e depósito.
O programa de necessidades pode ser observado na Tabela 3, a seguir:
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Tabela 3 – Programa de necessidades: Lanchonete
LANCHONETE
AMBIENTE ÁREA M² ÁREA MÍN. M² (SEG. RDC-50) OBSERVAÇÕES
Área livre 296.03m² --- -
Caixa 23.00m² --- -
Câmera Fria p/ bebidas 7.50m² --- -
Cozinha 36.80m² --- -
Depósito 12.00m² --- -
W.C 24.67m² --- 1 por sexo
Fonte: Elaborado pelo Autor, (2017).
O ambiente que constitui a quarta construção, (Guarita) foi estabelecida como espaço privado:
· Espaço privados: banheiro unitário, guarita.
O programa de necessidades pode ser observado na Tabela 4, a seguir:
GUARITA
AMBIENTE ÁREA M² ÁREA MÍN. M² (SEG. RDC-50) OBSERVAÇÕES
Guarita + W.C 28.49m² --- W.C unitário
Fonte: Elaborado pelo Autor, (2017).
66
5.6 – O projeto
O projeto foi realizado para melhor receber os pacientes e visitantes, ele conta com o Hospital Oftalmológico de
Buritama junto com o setor administrativo, e a Praça, que conta com uma lanchonete, ambas para usufruto de toda
população.
O projeto possui total infraestrutura para atender a todos de modo eficaz, o paciente ao chegar ao hospital en-
contra uma ampla sala de recepção com total o conforto e comodidade para a espera do atendimento, na recep-
ção se encontra os sanitários masculino e feminino e dois SAMES (serviço de arquivo médico e estatística). Após o
paciente fazer um prévio cadastro ele aguarda ser chamado para a sala de consulta coletiva, onde será analisa-
da a questão sobre lentes e pingar colírios, depois encaminhados para os consultórios individuais onde serão diag-
nosticados, após esta etapa se houver necessidade de uma intervenção cirúrgica o paciente aguarda em uma sala
de observação (existe um acesso direto da recepção para pacientes que já possuem cirurgias marcadas), desta
sala temos acesso a três áreas diferentes, o primeiro vai para as salas de roupa limpa, roupa suja e um DML (depósi-
to de material de limpeza), o segundo vai para o posto de enfermagem e para os apartamentos e o terceiro para
os centros cirúrgicos como podemos observar melhor no fluxograma (figura 34).
67
Figura 34 - Fluxograma
75
Figura 42 – Passarela de transição Hospital / Praça
76
5.5.1 – Praça + Lanchonete
78
Figura 45 – Vista Lanchonete
79
Figura 46 – Perspectiva praça 03
80
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao Propor a construção de um novo Hospital Oftalmológico para a substituição do antigo Instituto de Olhos, foram
analisados os aspectos técnicos das normas pensando sempre no conforto dos pacientes que irão utilizar os serviços.
O principal objetivo foi restaurar o antigo prestígio do Instituto, antes dos cortes de verbas, para isso foi pensado na
questão da hospitalidade, o projeto visa amenizar o desconforto e o medo causado ao paciente. Assim o ambiente
hospitalar deve ser aconchegante.
Quando se trata de um projeto hospitalar, não devemos pensar que necessariamente sua arquitetura seja fechada,
escura e com tons pastéis, hoje no Brasil contamos com vários arquitetos que vem mudando esta triste realidade, co-
mo um ícone neste sentido tem o Lelé, que trata seus ambientes hospitalares como únicos, fazendo o uso de novos
métodos construtivos e utilizando a cor não somente denotando a setorização, e sim como um fator determinante no
processo da cura.
As diretrizes projetuais e a fundamentação teórica nortearam o projeto, para que ele atendesse e respeitasse, tanto
as normas existentes, quanto o entorno do projeto.
Os objetivos de projeto foram alcançados, no projeto do HOB (Hospital Oftalmológico de Buritama) e também na
praça, que foi de suma importância para a concretização do partido arquitetônico, deixando o ambiente mais “hos-
pitaleiro” para quem irá frequentar.
Vale salientar que novos projetos podem ser feitos de modo aprofundar ainda mais o tema.
82
82
REFERÊNCIAS
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PRANCHAS