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GESTÃO E TECNOLOGIA
EM CONSTRUÇÃO NAVAL
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Tópicos Especiais em Instalações Propulsoras
Conteúdo
Índice de Figuras ...............................................................................................4
Prefácio ...............................................................................................................6
5. Desempenho do Sistema Propulsor ............................................................8
5.1 Introdução ..........................................................................................8
5.2 Questão Ilustrativa ............................................................................9
5.3 Procedimento para Projeto da Instalação Propulsora – Revisão
................................................................................................................12
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Índice de Figuras
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GESTÃO E TECNOLOGIA EM
CONSTRUÇÃO NAVAL
Prefácio
O presente texto tem como finalidade servir como roteiro para a disciplina
Tópicos Especiais em Instalações Propulsoras, programada para o Curso de
Pós-Graduação Latu Sensu em Gestão e Tecnologia em Construção, oferecido
pelo Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica da
USP à Marinha do Brasil.
O programa cobre um conjunto de tópicos relevantes para projeto e análise das
instalações propulsoras de navios. O texto propõe Questões ou Exemplos
Ilustrativos, no início de cada capítulo com uma motivação para orientar a
leitura do texto. São também incluídas questões no final dos capítulos para que
os alunos possam testar a absorção dos conceitos expostos e a sua aplicação
em questões não necessariamente imediatas.
O programa da disciplina é semelhante ao de PNV5753, oferecido no programa
de pós-graduação em engenharia naval e oceânica da EPUSP, mas o texto é
elaborado com características particulares para o presente curso, tendo em
vista a programação de aulas específica do presente curso.
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Tópicos Especiais em Instalações Propulsoras
CAPÍTULO 5
5.1 Introdução
Em capítulos anteriores do curso foram abordados diversos tópicos que
proporcionam ao aluno conhecimentos necessários, para selecionar o motor
mais adequado à instalação propulsora de um navio. Neste capítulo será
analisado o problema de integração motor – hélice – casco para condições
diferentes das de projeto. O exame deste tópico em todos seus detalhes
procura dar ao aluno uma perfeita compreensão do comportamento do sistema
propulsor. A análise que será feita pressupõe a existência de um sistema
propulsor (motor, hélice e, eventualmente, rotor) já definido para o navio, mas
as conclusões podem servir como orientação para a escolha do sistema,
especialmente quando o navio apresentar condições particulares de operação.
Assim, para um dado navio, o melhor hélice é selecionado em função dos
requisitos de velocidade do navio e dos motores disponíveis no mercado. Neste
procedimento também é escolhido o motor (motor mais redutor) mais
conveniente sob os aspectos técnico e econômico.
A seleção deste sistema é feita, via de regra, para uma única condição de
operação, que consiste em fornecer a potencia necessária para que o navio se
desloque com velocidade de serviço (Vs) em condições médias de casco e mar
. No entanto, em muitos casos, deseja-se também saber como o sistema
propulsor comporta- se em outras condições, diferentes das de projeto. Este
comportamento depende de uma inter relação entre três elementos: casco,
hélice e motor.
Assim, deseja-se saber como uma modificação das características de qualquer
um destes elementos influi sobre as respostas dos outros dois. Por exemplo, se
o navio está com deslocamento parcial qual a potência, e correspondente
rotação do sistema propulsor necessária para manter a velocidade Vs? Ou, de
outra forma, ao se manter a mesma injeção de combustível no motor qual a
velocidade que o navio atinge e qual a rotação do hélice? As respostas a estas
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∆R T
=α 1 .n (5.1)
RT
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Item (a)
Para a análise deste item, considere-se o valor do coeficiente de avanço para a
prova de mar realizada após a reforma, (J12)PM :
(J12)PM = Vs (1-w)/ (N12)PM D (5.2)
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Item (b)
O problema de projeto da instalação propulsora, envolvendo a integração entre
casco hélice e motor, foi tratado considerando a seleção de um hélice de uma
dada série sistemática. Para tanto, a integração casco – hélice, referente à
igualdade de forças, recorreu ao uso dos coeficientes adimensionais do hélice.
dimensionais. Isto não só é possível, como será visto neste capítulo, como é
conveniente.
Portanto, para responder este item, bem como ao item c, é necessário
desenvolver as bases do procedimento. Apresenta-se antes a revisão do
procedimento de projeto da instalação propulsora e a formulação das equações
do movimento.
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F = T – RT (5.9)
em que:
T é o empuxo gerado pelo hélice;
RT é a resistência aumentada (devido à operação do hélice) ao avanço.
RT = RT /(1-t) (5.10)
RT é a resistência ao avanço;
[1/ (1-t)] é o coeficiente de aumento da resistência (t é conhecido
tradicionalmente como coeficiente de redução do empuxo).
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e
M = Qm - Qp - Qat. = 0
ou:
Qm ( N , mcomb ) = Qp(Va, N) + Qat. (5.18)
5. 5 Curvas Características
O procedimento que é descrito a seguir baseia-se na interação entre casco,
hélice e motor, empregando curvas características dimensionais para cada um
destes elementos. Assim, de forma diversa da utilizada no projeto, quando se
fez uso de curvas adimensionais do hélice extraídas dos diagramas de séries
sistemáticas e adimensionalizou-se a curva de resistência do casco, efetua-se
agora a dimensionalização das curvas do hélice para determinar as soluções
da equação (5.7). Para obtenção das soluções da equação (5.11), que efetua a
integração entre demanda de potência do conjunto casco hélice e a potência
fornecida pelo motor, será efetuada a dimensionalização da curva de constante
de torque do hélice.
São apresentadas, a seguir, as curvas características dos três elementos:
casco, hélice e motor.
a) Curvas Características do Casco.
As curvas características do casco são as curvas de resistência ao avanço m
função da velocidade. Assim, é necessário conhecer a curva de resistência
para calado de projeto e condições médias de casco e mar. Alem disto, é
necessário ter uma estimativa da variação do coeficiente de resistência total,
cT, em função de mudanças do estado de limpeza do casco (de sua
rugosidade) e de alterações das condições do mar. Outra característica
necessária é a relação entre a resistência de reboque do navio para condição
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onde:
(KT)0 é o valor de KT para J = 0;
b é o coeficiente angular da (suposta) reta KT(J);
C1(N) e C2 (N), para um dado hélice são funções exclusivas da rotação:
C1 (N) = ρ N2 D4 (5.24)
C2 (N) = N D (5.25)
Se for fixado o valor da rotação, N = N1, então C1(N1) e C2(N2) são constantes.
Pode-se, portanto, expressar a seguinte relação:
T = C1 (N) KT = C1 (N) [(KT)0 – b Va / C2 (N) D ] (5.26)
Em particular, para N = N1 tem-se:
T = T0(N1) - b'(N1) Va (5.27)
onde:
T0(N1) = C1(N1) (KT)0 (5.28)
b'(N1) = C1 (N1) b / C2 (N1) (5.29)
Repetindo-se o processo para outros valores da rotação, podem-se transportar
para o novo gráfico todas as informações contidas no diagrama KT = KT(J).
Falta apenas um esclarecimento quanto à posição relativa entre as diversas
curvas T = T(Va)N=cte. Isto é, deseja-se saber para uma dada modificação,
aumento da rotação, por exemplo, se as curvas se afastam ou se aproximam
da origem. Com este objetivo, considerem-se dois valores de rotação, N1 e N2,
sendo N2=2N1
A conclusão que se vai obter é mais ou menos intuitiva, mas é preferível
estabelecê-la analiticamente através de uma prova matemática.
Para as rotações consideradas, N1 e N2, resultam:
T0(N1) = C1(N1) (KT)0 = ρ N12 D4 (KT)0
b'(N1) = C1 (N1) b / C2 (N1) = ρ N1 D3 b
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T Va
= f (5.30)
ρN D
2 4
ND
ou
Va
T = ρN 2 D 4 f (5.31)
ND
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onde:
(KQ)0 é o valor de ( KQ) para J = 0;
d é o coeficiente angular da (suposta) reta KQ(J);
C3(N) e C2 (N), para um dado hélice, são funções exclusivas da rotação:
C3 (N) = ρ N2 D5 (5.37)
Se for fixado o valor da rotação, N = N1, então C3(N1) e C2(N2) são constantes.
Pode-se, portanto, expressar a seguinte relação:
Q = C3 (N) KQ = C3 (N) [(KQ)0 – d Va / C2 (N) D ] (5.38)
ou
PA = C4(N) [(KQ)0 – d Va / C2 (N) D ] (5.39)
onde:
C4(N) = 2π ρ N3 D5
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onde:
PA 0 (N1) = C3(N1) (KQ)0 = 2π ρ N3 D5 (KQ)0 (5.41)
d'(N1) = C4 (N1) d / C2 (N1) = 2π ρ d N2 D5 (5.42)
É possível mostrar, como foi feito para as curvas de empuxo, que as curvas de
potência do hélice PA se afastam da origem à medida que se aumenta a
rotação.
Em uma forma mais concisa, a partir da curva (ou do polinômio) da constante
de torque, KQ, em função do coeficiente de avanço, J, podem-se determinar as
curvas, parametrizadas em rotação, de potência absorvida pelo hélice, ou seja,
função PA = PA (Va) N = cte tem o mesmo aspecto da função K Q = g (J ) .
Q Va
=g (5.43)
ρN D
2 5
ND
ou
(
Q = ρN 2 D 5 g )
Va
(5.44)
ND
(
PD = 2πρN 3 D 5 g )
Va
(5.45)
ND
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A Figura 5.7 mostra que só existe uma rotação do hélice que assegura que o
navio se desloque a uma determinada velocidade. Assim, para que o navio
apresente uma velocidade V1 é preciso que o hélice esteja girando a uma
rotação N1, pois nesta condição o empuxo do hélice, já corrigido pelo
coeficiente de redução, iguala a resistência de reboque do casco. É evidente
que para obter esta velocidade desejada é necessário que o motor forneça a
potência requerida pelo hélice para operar nesse ponto.
Precisa-se, portanto, exprimir em termos de potência este primeiro resultado da
integração casco – hélice. Com este objetivo são transportadas para o gráfico
PD vs Va, mostrado na Figura 5.8, as informações obtidas nessa integração.
Neste caso, como mencionado anteriormente, efetua-se uma alteração de
escala, colocando a potência requerida em função da velocidade do navio.
Do gráfico anterior já se conhece a correspondência entre os valores de
velocidade do navio e de rotação do hélice. Transportando, então, aqueles
pontos para este gráfico, obtém-se, como resultado, a curva de potência
requerida em função da velocidade do navio. Alem disto, determina- se a que
rotação deve ser fornecida esta potência. Este gráfico é bastante expressivo
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Admitindo- se que as curvas (lineares) KT(J) são paralelas para P/D diferentes,
isto é:
KT (P/D) = KTo (P/D) - b J
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Pode- se perceber, pelo que foi exposto, que o gráfico da Figura 5.12 permite
analisar o desempenho de sistemas com hélice de passo variável. Em alguns
casos, no entanto, é necessário recorrer a outros diagramas para se obter um
entendimento perfeito do problema. Convém ainda observar que o
procedimento básico, usado para hélice de passo fixo, poderia ser generalizado
para propulsor com passo controlável. Um exame da Figura 5.13, porém,
mostra que tal procedimento seria insatisfatório, uma vez que para cada valor
do passo seria necessário desenhar uma curva T(Va)N = cte. Assim, uma
generalização da Figura 5.10 seria de reduzida utilidade em virtude da
quantidade enorme de curvas necessárias.
Para emprego na análise de sistemas propulsores com hélice de passo
controlável, portanto, é melhor trabalhar com o diagrama de potência versus
rotação do motor. Apresenta-se na Figura 5.15 uma modificação do diagrama
apresentado na Figura 5.12, demarcando a região de operação do motor.
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Figura 5.14 Integração Casco hélice para sistema com passo controlável.
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Referências Bibliográficas
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Lista de Exercícios
1ª Questão
A instalação propulsora de um navio de cabotagem, que tem velocidade de
serviço Vs, é constituída por um motor de potência normal Y, à rotação Ns,
acoplado diretamente a um hélice de passo fixo.
Em um trecho de uma viagem o navio utilizou 70% de sua potência normal
para atingir a velocidade Vs.
a) Apresentar um procedimento para determinar o deslocamento que o navio
apresentava nesta situação. Admitir que, para uma dada velocidade, a
resistência à propulsão varia com o deslocamento da seguinte forma:
b) Como se determina a máxima velocidade que poderia ser atingida com este
deslocamento?
c) Descrever o procedimento para determinar o menor deslocamento do navio
que permitiria manter a velocidade Vs em condições médias de casco e mar?
Admitir que o motor tenha, como limite inferior de operação, uma pressão
média efetiva igual a 30% do valor de serviço. Admitir as hipóteses que julgar
necessárias para a resolução da questão, tendo o cuidado de justificá-las.
2ª Questão
A instalação propulsora de um barco pesqueiro foi projetada para a condição
de corrida livre na qual a embarcação, em condições médias de casco e mar,
deve ter uma velocidade de 8 nós. Não foi considerado o requisito da condição
de arrasto, na qual a uma velocidade de 3 nós o barco tem que puxar uma
rede.
A instalação é composta por um motor de potência normal 600 kW a 1200 rpm
acoplado através de um redutor de razão 5:1 a um hélice de passo fixo.
Descrever os procedimentos para se determinar:
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3ª Questão
A instalação propulsora de um navio, que apresenta 2 velocidades distintas de
operação, é constituída por 4 motores acoplados através de embreagens e
redutor a um único eixo propulsor.
Dois motores (M1) são de 6 cilindros, 4 tempos com potência normal 2500 kW
à rotação 750 rpm. Os outros motores (M2) são de 8 cilindros, 4 tempos com
potência normal 8500 HP à rotação 900 rpm.
Para a velocidade de operação mais baixa 16 nós, operam apenas os motores
M1 e o hélice absorve potência 5000 kW à rotação 125 rpm.
Para a velocidade de operação mais alta, 24 nós, operam apenas os motores
M2 e o hélice absorve a potência 17000 kW à rotação150 rpm.
Deseja-se saber:
a) O hélice do navio é de passo fixo? Justificar a resposta.
b) Se na condição de baixa velocidade, um dos motores M1 for desacoplado do
sistema propulsor, qual a máxima velocidade que o navio pode atingir,
admitindo que seja mantido o mesmo passo do hélice? Que modificação no
passo você recomenda para aumentar a velocidade nesta condição?
c) Se um dos motores M1 sofrer avaria, e houver interesse de manter o navio
na velocidade de 16 nós, você aconselharia a utilização de um dos motores
M2? Justificar a resposta.
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CAPÍTULO 6
VIBRAÇÕES DE NAVIOS EXCITADAS POR MOTORES DIESEL
6.1 Introdução
Em capítulos anteriores a preocupação foi com o projeto da instalação
propulsora, do ponto de vista de minimização da potência instalada, da análise
de seu desempenho em diferentes condições de operação e de uma avaliação
global do uso de energia abordo.
Este capítulo apresenta uma abordagem do problema de vibração da estrutura
do navio causada pelo emprego de motores diesel de propulsão. Uma
compreensão perfeita deste problema é, contudo de considerável importância
na adequada seleção do motor principal.
O problema está relacionado com o princípio de operação do motor e se refere
ao balanceamento dos esforços de inércia das partes móveis de um motor.
Sabe-se que, pelo próprio princípio de operação, os diversos componentes do
motor são submetidos a acelerações periódicas, que como conseqüência,
podem introduzir esforços alternados às fundações do motor. A solução deste
problema é conhecida como balanceamento de inércia e consiste em procurar
um arranjo geométrico para o eixo de manivelas do motor, de modo que se
consiga anular os esforços alternados. Esta solução nem sempre a possível,
pois a configuração do eixo depende do tipo do motor (dois ou quatro tempos)
e ou numero de cilindros. Quando o motor selecionado para o navio não for
completamente balanceado há transmissão de esforços para as fundações do
motor, e daí ao duplo fundo e ao casco do navio. Em consequência pode-se
excitar vibrações locais (painéis) ou vibrações generalizadas - vibração de todo
o casco. A ocorrência de um processo vibratório prejudicial depende não
apenas da transmissão dos esforços, mas também da frequência com que os
esforços são transmitidos. Se a frequência de excitação for próxima de uma
das freqüências naturais do sistema (painel, viga-navio) o sistema entrara em
vibração.
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(6.1)
onde:
x representa o deslocamento (linear ou angular do sistema);
e são, respectivamente, a primeira e segunda derivadas de x em relação ao
tempo (velocidade e aceleração);
m representa a inércia do sistema;
k representa a rigidez do sistema;
c representa o amortecimento do sistema;
F0 é a amplitude de um esforço oscilatório aplicado ao sistema;
ω é a freqüência do esforço aplicado.
A equação 6.1 representa um oscilador harmônico de um grau de liberdade,
submetido a uma excitação. Embora seja possível obter diretamente a solução
desta equação, considere-se a equação homogênea associada, em que se
admite que o sistema tenha amortecimento nulo:
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m + kx = 0 (6.2)
Pode-se mostrar que a resposta deste sistema tende para zero com o tempo
(assim, a resposta em regime permanente é nula):
onde
ωd = ωn ( 1 - ζ)1/2 (6.7)
onde:
( F0 / ωn2 ) representa a resposta estática do sistema quando aplicada uma
força F0 ;
Φ é a defasagem entre a resposta do sistema e a excitação;
F. M. é o fator de magnificação da resposta, dado por:
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sentido), o cilindro deve ser acelerado para cima. Se a massa do cilindro for 50
vezes maior que a massa do pistão, a aceleração imprimida ao cilindro deve
ser 50 vezes menor que a aceleração do pistão.
Agora, considere-se o sistema mecânico como formado apenas pelas partes
moveis do motor, ou seja, pistão, haste, cruzeta, biela e eixo de manivelas.
Durante a rotação, essas partes possuem uma aceleração perfeitamente
definida (d/ dt) V, na direção vertical e horizontal. A equação (6.15) permite
determinar o valor da força F atuando sobre essas partes, e consequentemente
o valor da reação ( - F ) sobre as partes estacionárias.
A equação (6.15) é algumas vezes escrita:
Σ(m dV/dt) = F (6.16)
A expressão (- rn dV /dt ) é chamada "força de inércia", e o teorema afirma que
a força externa atuando sobre o sistema é igual à soma de todas as forças de
inércia das partes moveis. Estas diferentes forças de inércia podem dar origem
a momentos.
Considere-se um motor com dois cilindros verticais, e com as duas manivelas
formando ângulo de 180º. Enquanto um pistão é acelerado para baixo o outro
é acelerado para cima, e as duas forças de inércia formam um binário que
tende a fazer o motor oscilar em torno de um eixo lateral. Analogamente, as
forças de inércia horizontais ou laterais das duas manivelas são iguais e
opostas, formando um binário que tende fazer o motor oscilar em torno de um
eixo vertical.
A equação 6.15 é suficiente para a determinação das propriedades de inércia
do motor, que será examinado para a análise do balanceamento dos esforços.
Uma tendência a fazer o motor oscilar em torno do eixo de manivelas também
pode existir mesmo em um motor de um único cilindro. Se o pistão se mover
para baixo por um empurrão na biela é claro que este esforço vai provocar um
torque em torno do eixo de manivelas. Como a aceleração do pistão é
alternada, este torque de inércia também é alternado. Embora esta questão
esteja mais relacionada com o problema de vibração torcional, que será tratado
no próximo capítulo, um equacionamento do problema é apresentado aqui.
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e consequentemente:
cos = [( 1 – ( r/l)2 – sen2 ωt ]1/2 (6.22)
A partir das equações 6.19, 6.20 e 6.22, pode-se obter a expressão exata para
o deslocamento xp em termos do ângulo ωt:
xp = r (1 - cos ωt) + l [( 1 – ( r/l)2 – sen2 ωt ]1/2 (6.23)
Por causa da raiz quadrada, esta fórmula não é muito conveniente para
prosseguir nos cálculos. Pode-se, no entanto, efetuar uma simplificação
considerando que o 2º termo dentro da raiz é muito pequeno. Em motores
usuais r/l é menor que ¼, de forma que o termo é o segundo termo é menor
que 1/16. Portanto, a raiz é da forma: (1 – δ)1/2 com δ << 1.
Expandindo em série de potência e considerando apenas o termo linear obtém-
se:
(1 – δ)1/2 = 1 – δ/ 2 (6.24)
Considerando δ < 1/ 16, o erro cometido com esta aproximação é menor que
1/256. A equação (6.7) se transforma, então, em:
xp = r (1 - cos ωt) +r/ 2l sen2 ωt (6.25)
Uma simplificação ainda pode ser feita na equação 6.25, usando a identidade
trigonométrica:
cos 2ωt = 1 - 2 sen2 ωt (6.26)
ou seja:
sen2 ωt = (1 - cós 2ωt) / 2 (6.27)
c = r ω sen ωt (6.32)
c = r ω2 cos ωt (6.33)
yc = - r sen ωt (6.34)
ý c = - r ω cos ωt (6.35)
ÿc = r ω2 sen wt (6.36)
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ou seja:
X = (malt + mrot ) r ω2 cos ωt malt r2/l ω2 cos 2ωt (6.38)
A equação 6.40 mostra que o torque de inércia que atua sobre o eixo de
manivelas é oscilatório e tem 3 componente, com freqüências múltiplas da
freqüência angular do eixo. Este resultado será utilizado no capítulo 7 para o
estudo das fontes de excitação de vibração torcional.
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Item 3
A questão que, em geral, excita vibração da estrutura do navio é o
desbalanceamento dos momentos de inércia. Como já mencionado, alguns
motores não são completamente balanceados. Se o motor selecionado para
uma dada aplicação tem um desbalanceamento que possa causar vibração
severa no navio, e isto depende da proximidade entre a freqüência do esforço
desbalanceado e uma dada freqüência natural do navio, existe solução para o
problema. Os fabricantes de motores Diesel de propulsão marítima podem
fornecer o motor equipado com compensadores de momentos, primários ou
secundários. A decisão de aquisição de um motor convencional ou de um
motor especial, equipado com compensador de momentos, é decisão do
projetista ou do estaleiro. São eles que sabem se o motor escolhido, que
apresenta desbalanceamento de momentos, pode ou não excitar vibração local
ou de todo o casco. Afinal são eles que dispõem de informações sobre as
freqüências naturais da estrutura do navio, bem como de seus modos de vibrar.
A Figura 6.9 mostra o esquema de compensadores de momentos primários
empregado pela MAN B&W em seus motores. Consistem em massas
convenientemente dimensionadas e posicionadas, que giram com a mesma
velocidade angular do eixo de manivelas.
A Figura 6.10 Mostra um motor dotado de um tipo de compensador de
momentos secundários utilizado pela MAN B&W.
Item 4
Em continuação ao raciocínio do item anterior, pode-se afirmar que um motor
com esforços de inércia desbalanceados só causará problema sério de
vibração se duas condições forem satisfeitas:
i) A freqüência dos esforços é igual ou bem próxima de uma
freqüência natural de vibração da estrutura;
ii) O motor vai ser instalado em uma posição onde o esforço
aplicado introduz uma quantidade de energia significativa no movimento
vibratório.
É mais fácil efetuar uma verificação da primeira condição, pois existem
diversos métodos de cálculo de freqências naturais. É mais difícil fazer
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Em prova de mar, com casco limpo e mar calmo, como a potência requerida é
menor, o motor pode operar com uma rotação inferior a de projeto para que o
navio se desloque com velocidade de serviço. Portanto, há uma redução da
freqüência de excitação, que pode fazer com que ela se distancie da freqüência
natural de vibração do casco do navio, fugindo assim da região de ressonância.
É possível ainda que o navio tenha feito a prova de mar com deslocamento
parcial. Nestas condições, a potência requerida para que o navio atinja a
velocidade seria ainda menor e a rotação do motor seria mais baixa. Precisa
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Figura 6.8 Curvas dos 2 primeiros modos de vibração vertical da viga navio
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Referências Bibliográficas
Den Hartog, J.P., Mechanical Vibrations, Mc GrawHill BookCompany Inc, 1956.
Pounder, C.; Pounder's Marine Diesel Engines and Gas Turbinesηη, 6th edition.
London, 1984.
CAPÍTULO 7
7.1 Introdução
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O hélice tem rotação de projeto de 100 rpm absorvendo 15.000 kW. Está
previsto, porém, que o hélice opere em outras condições.
Em uma destas condições, o motor trabalha a 94 rpm, fornecendo potência de
12.500 kW. Verificou-se, nesta situação, um problema sério de vibração
torcional que não havia sido previsto pelo estudo de vibração realizado.
O estudo de vibração torcional apresentou os seguintes resultados:
i) primeira freqüência natural 282 com;
ii) curva do modo de vibrar linear com os seguintes valores
(relativos) de amplitude: A1 = 1,0; A6 = 0,5; Ah = -0,5
iii) coeficiente de amortecimento no hélice 0,06 N.m/(rad/seg)
a) Deseja–se saber qual deveria ser a amplitude de vibração no hélice quando
o motor opera a 94 rpm.
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Como visto no capítulo anterior, seção 6.3, três são as condições necessárias
para a ocorrência de vibrações em um sistema; a primeira delas é a existência
de um esforço oscilatório aplicado ao sistema.
Como as vibrações torcionais no eixo de manivelas são excitadas pela não
uniformidade do torque motor, é necessário proceder a um exame das
propriedades desse torque. Sabe-se que ele é composto de duas partes, uma
devida à pressão do gás no interior do cilindro e outra devida às forças de
inércia. No capítulo anterior já foi desenvolvida uma expressão para
representação do torque de inércia produzido em um cilindro. Embora não
tenha sido enfatizado naquela exposição, é evidente que o torque de inércia
tem média zero, possuindo três componentes harmônicos, com freqüências
múltiplas da freqüência angular do eixo do motor.
O sistema propulsor do navio é acionado por um motor Diesel, constituído por
um conjunto de cilindros, cada um executando um ciclo termodinâmico. Pode-
se, imediatamente, perceber que o torque produzido em cada cilindro não é
constante. Mesmo que a soma dos torques dos diversos cilindros produza um
torque motor com menor flutuação, o torque final é oscilatório.
A Figura 7.1 ilustra o diagrama pressão volume em um motor de dois tempos,
onde estão esquematizados os processos do ciclo. Percebe-se a grande
variação de pressão ao longo do ciclo; pode-se, então, prever que o torque
produzido pela pressão do gás não é constante.
Para entender como a pressão do gás gera um torque no eixo de manivelas do
motor é apresentada a Figura 7.2. Seja P a força devida à pressão do gás que
atua sobre o pistão, a qual é variável ao longo de um ciclo motor (tempo ou
ângulo do eixo de manivelas). A pressão do gás não somente atua sobre o
pistão como exerce uma força sobre o cabeçote do cilindro. A força P é
transmitida através da (haste, cruzeta) biela ao pino da manivela (força4).
Desprezando o atrito, a força1, é equilibrada da pelas forças 2 e 3. As forças 1
2 e 3 representadas na figura são as que estão atuando na cruzeta; à força 3
corresponde uma força de compressão na conectora enquanto a força 2 possui
um reação na guia da cruzeta ou na carcaça dirigida para a direita, de
magnitude P / cosΦ. A força 3, de magnitude P/cosΦ, é transmitida através da
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Algumas observações devem ser feitas sobre a equação 7.1. A primeira diz
respeito ao número de termos considerados na prática para representação do
torque. A partir de uma curva de torque obtida experimentalmente, aplica-se
uma análise harmônica e são identificados os termos (harmônicos) mais
significativos da série. Para alguns motores 10 termos são suficientes, mas
nunca se utiliza mais que 20 harmônicos.
A outra observação se refere à freqüência fundamental do torque. Para
motores de 2 tempos o ciclo termodinâmico se completa em uma rotação do
eixo do motor. Portanto a freqüência fundamental do torque é igual à
frequência angular do eixo de manivelas Ω. Para motores de 4 tempos a
freqüência fundamental do torque é metade da freqüência angular do motor.
Esta observação foi feita porque, normalmente quando se representam os
torques harmônicos que atuam sobre o eixo, eles são expressos em função da
frequência angular do motor. Em conseqüência para motores de 2 tempos as
tabelas dos coeficientes incluem apenas harmônicos inteiros, enquanto para
motores de 4 tempos aparecem harmônicos múltiplos de ½.
Em síntese, o torque motor tem duas componentes, uma devido à inércia e
outra devida à pressão do gás. O torque médio produzido pelo cilindro tem
origem exclusivamente na pressão do gás, visto que o torque de inércia tem
apenas componentes oscilatórios. O termo B0 da série de Fourier corresponde
ao torque médio que, evidentemente, pode ser calculado diretamente do
diagrama de pressão do cilindro.
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A Figura 7.5 ilustra as curvas dos dois primeiros modos de vibração torcional
par o sistema representado na Figura 7.4. O primeiro modo corresponde à
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motor de 4 tempos, teria então 5 300 ignições por minuto por cilindro. Portanto,
o harmônico de ordem 1 em termos da freqüência fundamental do torque ( ou
de ordem ½ em termos de freqüência angular do eixo, referência que é
adotada daqui em diante)) está em ressonância com o primeiro modo de vibrar.
Neste caso diz-se que 10.600 rpm é a velocidade crítica de ordem 1/2 no
primeiro modo. Analogamente, a 2 650 rpm pode ocorrer vibração do eixo a
5.300 rpm, excitada pelo segundo harmônico do torque. Esta rotação 2.650
rpm é denominada velocidade crítica de ordem 2. Podem-se levantar as
demais velocidades críticas para o primeiro modo considerando-se todos os
harmônicos relevantes. O processo se repete para o segundo modo de vibrar e
outros que tenham interesse.
Convém observar que muitas das velocidades críticas, no caso de sistemas
propulsores, ocorrem fora da faixa de rotações de operação.
É importante assinalar também que a maioria das chamadas “velocidades
críticas” não são perigosas, pois é muito pequeno o trabalho introduzido na
vibração. Se a energia introduzida é pequena, como foi mostrado no capítulo 6,
a amplitude de vibração também será pequena, mesmo que o amortecimento
também seja baixo.
O objetivo, então, é calcular a energia introduzida nas diferentes velocidades
críticas e determinar quais são as velocidades perigosas. O procedimento que
será empregado para esta finalidade é uma generalização do conceito
desenvolvido para um grau de liberdade e que foi descrito no capítulo 6. A
equação 6.15 é reproduzida abaixo.
(E.I.)T = Σ (π (F0)j (x0)j sen Φj (7.2)
Assim, o trabalho total realizado por ciclo é determinado pela somatória dos
trabalhos introduzidos em um dado modo de vibração natural por um
harmônico do torque atuando nos diversos cilindros. Em cada cilindro a energia
introduzida é dada por:
E.I.jn = π Mjl0 Aji sen Φjl (7.3)
onde:
Mjl0 é a amplitude do harmônico lj atuando no cilindro j;
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Considerando a Figura 7.7, observa-se que Aji sen Φjl é a projeção horizontal
do vetor Aji . O trabalho realizado pelo harmônico do torque em um cilindro é
obtido multiplicando a projeção horizontal de Aji por π Mjl0. Portanto, o trabalho
realizado em todos os cilindros (graus de liberdade) é obtido multiplicando-se a
projeção horizontal do vetor resultante da soma dos vetores Aji por π Mjl0.
Haverá um ângulo de fase, Ψl, neste resultado, que dependerá do valor
adotado para Φj1, defasagem entre deslocamento e harmônico do torque no
primeiro cilindro.
Os ângulos Φj1 ou Ψl são desconhecidos e sua determinação exata para cada
freqüência está fora de cogitação. Contudo, pode-se afirmar que na
ressonância Ψl deve ser igual a 90 graus, o que pode ser compreendido da
seguinte forma. Na ressonância a amplitude (considerada como função da
frequência) é máxima. Logo, o trabalho (energia) dissipado pelo amortecimento
é máximo. Mas, este trabalho é igual ao trabalho introduzido pela excitação,
representado na Figura 7.7b. Assim, o ângulo de Ψl é tal que torna esse
trabalho máximo, isto é Ψl deve ser igual a 90 graus. Portanto, não se necessita
dos vetores de linha dupla da Figura 6.7 para a determinação do trabalho
introduzido. Basta desenhar os vetores em estrela com as fases dos torques Mjl
e as magnitudes dos deslocamentos angulares Aji. A soma vetorial dessa
estrela, multiplicada numericamente por π vezes a amplitude do torque Mjl, é
igual ao trabalho realizado pelo harmônico do torque de ordem l em todos os
cilindros do motor por ciclo de vibração. Pode-se, portanto, reescrever a
equação 7.3:
E.I.jn = π Mjl0 Σv Aji (7.5)
onde Σv indica uma somatória vetorial de Aji usando os ângulos de fase dos
harmônicos do torque.
Para um motor com cilindros em linha, o problema termina aí, mas para um
motor em V com duas bancadas, ainda ha algo a determinar. As duas
bancadas operam no mesmo eixo de manivelas e usualmente a ordem de
ignição é a mesma em cada bancada. Seja um motor em V com angulo αv
entre as duas bancadas. Para calcular a energia introduzida pelo harmônico
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Figura 7.8 Diagrama vetorial das amplitudes para diversos harmônicos do torque
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Figura 7.10 Curvas dos dois primeiros modos de vibração torcional do sistema
modelado na Figura 7.9
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torque médio produzido pelo cilindro. Para o exemplo acima não são
apresentadas as amplitudes dos harmônicos.
Referências Bibliográficas
Den Hartog, J.P., Mechanical Vibrations, Mc GrawHill BookCompany Inc, 1956
Lista de Exercícios
1ª Questão
O eixo propulsor de um navio opera numa faixa de 90 a 120 rpm. A instalação
é composta por um motor de média rotação, acoplada ao eixo através de um
redutor de razão 5/1. O motor é de 6 cilindros, 4 tempos com ordem de ignição
1,3,5,6,4,2.
Sabe-se que o conjugado absorvido pelo hélice varia com o quadrado da
rotação. Sabe-se também que a relação entre a amplitude do harmônico de
ordem n e o conjugado médio em cada cilindro é dada por:
Cn / C0 = 1, 0/n + 0,3
A primeira frequência natural para vibração torcional do sistema propulsor,
referida à rotação do eixo do motor, é de 1.800 cpm. Para esse modo a curva
de vibrar pode ser considerada linear com as seguintes amplitudes relativas
para os cilindros extremos:
A1 = 1,0 A6 = -0,5
Deseja-se saber qual é a velocidade crítica mais perigosa dentro da faixa de
rotação do eixo propulsor.
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