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(ALUNO)1
Resumo
Este artigo aborda a prática de leitura na escola e da leitura na formação do aluno, como ser leitor. O
objetivo é mostrar as dificuldades que os alunos têm em fazer uma leitura e como as instituições
escolares deixam a desejar nesse quesito. Além disso, mostrou a precariedade das bibliotecas
escolares em relação ao ensino e o quanto elas são importantes para o aprendizado do leitor. Tem
como objetivo também, mostrar o incentivo da leitura em sala de aula e uso da Internet, por parte do
professor, fazendo com que o aluno tenha motivação e interesse em ler e pesquisar; focando ainda a
importância da formação do docente. Para desenvolver esse artigo foram utilizados os métodos
bibliográfico e empírico. Logo, foram feitas pesquisas em textos teóricos, como os Pcn‟s, e textos de
autores como Martins, Freire, culminando com a pesquisa de campo com alunos de uma escola
privada.
Palavras-chave: Leitura. Aluno. Professor. Sala de aula. Biblioteca.
Introdução
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Artigo apresentado ao Instituto Superior de Educação da Faculdade Alfredo Nasser como Trabalho de
Conclusão de Curso, sob orientação da Profª Ms. Patrícia Espíndola Borges.
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Acadêmica do 8º Período do Curso de Letras.
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mudanças de consciência acerca do modo como esse nível de leitura deve ser
encarado; partindo, assim, do professor o incentivo em sala de aula, mostrando a
estes alunos que a leitura pode ser feita individualmente e em grupo; e que a escola
contribui para o desenvolvimento do ser humano e a transformação da sociedade.
Para desenvolver este trabalho foi utilizado pesquisas teóricas e pesquisa
empírica numa escola privada, na qual foi analisada uma sala de aula do 8º ano do
Ensino Fundamental para identificar as dificuldades mais recorrentes dos alunos
quanto a leitura. Este trabalho está estruturado em dois capítulos. O primeiro está
dividido em tópicos o qual abrange: escola e biblioteca escolar; leitura em sala de
aula; por que o aluno não gosta de ler?; os leitores do ensino público e ensino
particular; leitura através da Internet; a importância da formação do professor. E, por
último, vem a análise empírica.
Maria Helena Martins (1986) também afirma que o ato de ler vai além da
escrita. “Enfim, dizem os pesquisadores da linguagem, em crescente convicção:
aprendemos a ler lendo. Eu diria vivendo”. (MARTINS, 1986, p14). É notável que
tanto para Martins (1986) quanto para Freire (2008) a experiência do mundo que
precede a leitura é antes de tudo viver, cada pessoa tem sua experiência de mundo
e, ao ler, muitos se identificam na leitura escrita.
A prática da leitura da palavra é um fator que deve ser realizado, na sala de
aula e na biblioteca, fazendo uso de livros didáticos e literários, revistas, jornais,
entre outros, a fim de transformar em qualidade a relação textual com o mundo
leitor. O incentivo à leitura deve partir do professor em sala de aula, dos pais e da
sociedade, pois assim os alunos passarão a buscar leituras individualizadas. Dessa
forma, o texto quando lido com intenção de compreendê-lo tem o poder de
transformar o leitor passivo em um leitor crítico e agente capaz de modificar e formar
conceitos. Por isso é importante o uso da biblioteca escolar, a qual deve ser
amplamente explorada pelos professores para que os alunos tomem gosto pelas
leituras diversas, a qual pode ser vista como propagadora da função social do ato de
ler.
Mesmo que o espaço seja pequeno, é preciso que o aluno tenha esse contato
com o livro na biblioteca: frequentá-la para fazer pesquisa, estudar e também locar
livros para ler no seu dia a dia. Porque a escola é o lugar de aprendizagem
permanente, é preciso aproveitar das coisas boas que lá existem. O ambiente da
biblioteca deve ser confortável, arejado, limpo, organizado, pois esse espaço físico
também incentiva o aluno a ler, mesmo não sendo um espaço grande.
Com isso a biblioteca serviria como suporte de auxílio para a leitura em sala
de aula. Pois, a partir do momento em que o aluno passar a frequentar a biblioteca,
seu interesse pela leitura também passará a ser maior e, sem dúvida, esses alunos
lerão com mais liberdade, tanto individualmente, no dia-a-dia, como em sala de aula.
Este deve ser um compromisso de todos os professores da escola, assim, a
biblioteca se transformaria num grande espaço ativo para melhorar os índices de
leitura.
Sabe-se, conforme Freire (2008), que é praticando a leitura que se aprende
ser um bom leitor, já que
É preciso que essa prática de leitura comece na escola, pois muitos alunos
não têm esse hábito de ler em casa, por isso a escola tem o papel fundamental de
incentivar a leitura na educação. Desse modo, a escola é a porta do conhecimento
que fornece as condições básicas para o aprendizado permanente.
A biblioteca é um ambiente propício para a leitura, condição indispensável ao
desenvolvimento social e a realização individual do homem. E sabe-se que a escola
representa a única oportunidade de ler que muitos alunos têm, talvez, única
oportunidade de contato com os livros que são identificados como livros didáticos.
Portanto, é necessário propiciar na biblioteca a leitura viva, diversificada e criativa,
representando a forma de pensar, de agir e sentir de cada aluno.
Mesmo aquela escola que não tem uma biblioteca adequada para a leitura, é
possível que o aluno leia em sala de aula, com o auxílio e motivação do professor,
visto que, toda escola tem pelo menos um lugar onde os livros são depositados, isto
é, um lugar que por muitos são chamados de biblioteca e que é esquecido pelo
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corpo docente. Cabe ao professor selecionar tais livros e levar para suas aulas, ou
levar textos que condizem com a realidade e faixa etária da turma incentivando-a a
leitura.
criar condições de leitura trata-se de dialogar com o leitor sobre sua leitura, ou seja,
sobre o sentido que ela dá: seja a algo escrito, quadro, coisas, sons, imagens,
ideias, situações reais ou imaginárias. Dessa maneira, o aluno que lê mais ou que
passa a ter o hábito de ler revelará um desempenho melhor, pois posicionará diante
dos fatos, acontecimentos e será capaz de selecionar os textos que atendem uma
necessidade sua, interpretando, analisando e produzindo com eficácia.
Segundo Paulino (2001, p.156), “as leituras, em sua diversidade, mobilizam
emoções, incitam reflexões, transmitem conhecimentos, envolvendo, como se viu,
diferentes saberes. Se os textos se diversificam, também as leituras devem ser
diferentes”. Assim, a leitura em sala de aula deve ser variada, isto é, diferenciar
quanto ao gênero: notícias de jornal, poemas, contos, poesias e tantos outros.
Essa prática da leitura em sala de aula só terá um bom desenvolvimento se o
professor tiver o hábito de ler. É preciso que antes de levar um texto para seus
alunos, primeiro que ele tenha conhecimento, ou seja, prepare antes suas aulas de
leitura, pois só assim ele será mais tolerante tanto para avaliar quanto para
selecionar os textos a serem lidos. Lembrando que o professor de qualquer
disciplina, desde Educação Física a Matemática é, antes de tudo, um professor de
leitura, pois essa não é uma tarefa exclusiva do professor de Português. O professor
de matemática, por exemplo, ao passar problemas para os alunos responderem,
estes tem que fazer uma interpretação de leitura para resolverem tais exercícios.
Com isso, para ter uma ótima interpretação é preciso antes de tudo fazer uma boa
leitura.
A maioria dos alunos não gosta de ler e há alguns fatores que servem para
comprovar isso. No ambiente familiar, por exemplo, diversos pais não leem e não
estimulam os filhos à leitura, porque eles também não foram incentivados para tal.
Com isso, são poucas as famílias que tem o hábito de leitura em casa. Na família
brasileira só se fala de livros quem teve a oportunidade de ter nascido em meio a
eles e os que falam de leitura e de escola falam com a vontade de quem pertence à
classe que se apossa de livros desde criança. O ambiente escolar deveria ser o local
de maior motivação à leitura, mas o sistema de ensino valoriza e foca muito mais a
gramática e esquece de estimular os alunos a ler um bom livro, revistas, gibis,
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repitam com seus filhos o que seus pais lhes passaram. Dessa maneira, é possível
modificar o conceito de que o aluno não gosta de ler, assim, a leitura será a ponte
para o processo educacional eficiente. Essa motivação deve acontecer desde a
Educação Infantil, porém nunca é tarde para incentivar os estudantes já
adolescestes à leitura, pois lendo o sujeito fica mais forte como indivíduo, mais
integrado no mundo, mais curioso, mais ligado aos acontecimentos.
Assim, é primordial que o professor ao sugerir uma obra fale a seus alunos
sobre o autor, o porquê de lê-lo e, se necessário, contextualizar a história, poder
compará-lo com a época e o cotidiano em que vivem. Mostrar que todo livro traz na
capa, nas primeiras ou últimas páginas o nome do autor, do ilustrador, da editora, do
ano em que foi publicado e das imagens, enfim, devorar, enxergar o livro como um
todo, fazendo com que o aluno perceba que tais informações são essenciais e que
essa é a primeira leitura que se faz de um livro. Com isso, o professor está criando
situações que estimulam os alunos a gostar de ler, e esses educandos jamais
esquecerão de procurá-las toda vez que buscar uma leitura.
A leitura tem que dar sentido ao mundo, assim como as aulas tem que ter
sentido para os alunos. Conforme Lajolo (2002, p. 15) “Ou um texto dá um sentido
ao mundo, ou ele não tem sentido nenhum. E o mesmo se pode dizer sobre nossas
aulas”. Dessa forma, é preciso que o professor esteja preparado para estar em sala,
por isso, ao levar um texto ou indicar um livro, primeiro ele precisa estar interagindo
a leitura, ter conhecimento do que está passando com os seus discentes e não
simplesmente indicar algo que não conhece, porque o aluno poderá questioná-lo e
se o professor não leu antes, não saberá tirar as dúvidas de sua turma. Poderá levar
novidades, por exemplo, textos de jornais ou revistas de fatos atuais, fazer debates,
seminários em sala de aula, pôr a turma para participar, compartilhar suas ideias e
fazer com que o aluno participe também. Valorizar a participação em sala quando o
aluno expuser seu ponto de vista.
É importante que o professor estimule sua turma e mostre-a que a leitura é
uma prática social, fazendo com que os leitores percebam que precisam ler não
somente para compreender, mas também para se comunicarem, adquirir
conhecimentos e ampliar horizontes em relação ao mundo, e que, quanto mais
praticar mais qualidade vai ter a sua leitura.
É na sala de aula que professores e alunos têm a oportunidade de trocar
conhecimentos, de construir uma aprendizagem sólida e coletiva. Mas para isso o
professor deve ter consciência de sua missão de educador e de profissional
responsável pelo sucesso de seus alunos fora do ambiente escolar. É claro que o
professor, precisa também, do auxílio dos pais, estes mesmo não sendo leitores
precisam estar presentes na vida escolar de seus filhos. Dessa forma, se pais e
professores trabalharem juntos haverá educação de qualidade, pois ambos podem
estimular o aluno ao prazer de ser leitor. Assim, aquele educando que aperfeiçoa-se
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Para verificar a teoria apresentada neste artigo, foi realizada uma pesquisa
com alunos de ensino básico, com objetivo de levantar dados concretos sobre a
leitura. Foram escolhidos, aleatoriamente, quinze (15) alunos do 8º ano do Ensino
Fundamental de uma Escola privada em Goiânia. A pesquisa foi realizada no 2º
semestre de 2010, a qual foi feita através de questionários que foram respondidos
por esses estudantes, sendo seis do sexo masculino e nove do sexo feminino na
faixaetária entre 13 a 16 anos. Foi interessante observar que todos que colaboraram
com o trabalho demonstraram interesse e disponibilidade. Foram usadas questões
objetivas na elaboração do questionário. O resultado apresentado pelos alunos
participantes será analisado a seguir.
A primeira pergunta feita foi sobre o gosto pela leitura. Dos quinze alunos que
responderam a questão, três deles disseram que gostam de ler; três responderam
que não e nove disseram que às vezes. Quando questionados sobre o hábito de
leitura, por prazer, três responderam que sim, costumam ler por prazer; seis
responderam que não e seis disseram que às vezes. Ao perguntar se a leitura deve
ser obrigatória na escola, doze alunos responderam que sim; somente três
responderam que não.
A quarta pergunta feita foi sobre o que a leitura traz ao leitor. Nessa questão,
sete desses alunos responderam que a leitura traz conhecimento e cultura; dois
responderam que traz conhecimento, cultura e prazer; três marcaram apenas uma
alternativa, que a leitura traz conhecimento; um disse que traz distração e prazer;
um diz trazer conhecimento e distração e um alega trazer cultura e distração.
Ao perguntar como a leitura deveria ser avaliada na escola, os alunos
também marcaram mais de uma opção nesta questão: um respondeu que a leitura
deveria ser avaliada na escola através de trabalho, prova e debate; quatro disseram
que apenas em debate; três alunos marcaram três alternativas: prova, debate e
teatro; um marcou debate e teatro; quatro alunos marcaram prova e debate; um
respondeu trabalho e debate; um debate e seminário.
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leitura é fundamental, pois ao ser motivado pelo docente o estudante passa a ter
mais incentivo a ler. Esse questionário respondido pelos alunos segue em anexo
para confirmação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abstract
This article describes the development of a reading room at school, which works as the first process
for educational development. The goal is to show the difficulties that students have to do a reading
and the lack of education in schools. Furthermore, it shows the precariousness of school libraries in
relation to teaching and how the library is important for the reader's learning; It also aims to show the
encouragement of reading in the classroom and Internet use by the teachers, making the student to
have the motivation and interest in reading and researching; also focuses the importance of training
teachers. Theoretical writings and empirical research in a private school were used to develop this
article.
Key-words: Reading. Students. Teacher. Class room. Library.
REFERÊNCIAS
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.
PAULINO, Graça. Tipos de textos, modos de leitura. São Paulo: Formato, 2001.