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Desde que Abel foi morto por Caim, os escolhidos e preferidos por Deus nunca mais

pararam de sofrer. Essa é uma tônica que se repete ao longo de toda a história do
povo hebreu, dos sofrimentos no Egito e as crônicas dos patriarcas. Jó é um
exemplo bíblico de sofrimento. Nem mesmo Jesus Cristo deixou de sofrer, muito
menos seus apóstolos e santos, passando por São Pedro e São Paulo, Santo Inácio
de Antioquia e os mártires cristãos dos primeiros séculos. Santa Joana D'Arc, uma
simples camponesa adolescente e analfabeta que pela graça de Deus foi feita
general de um exército que levou Carlos VII a ser coroado em Reims, na França.
São Thomas More foi preso decapitado por recusar fidelidade ao rei Henrique VIII.
Edith Stein morreu em um campo de concentração nazista durante a Segunda
Guerra, até chegar em São Pio de Pietrelcina que apanhava todas as noites do
demônio, e passou a vida inteira sofrendo com as chagas de Cristo nas mãos.

Estas pessoas de todas as partes e de todos os tempos fazem parte da Igreja


Católica. Pessoas cujo coração espera e ama a Cristo. Através da vida dos Santos,
Deus se mostra e nos lembra de Sua existência. A Igreja Católica possui em sua
história o sangue, suor e lágrimas dos mártires e santos, e do próprio Deus,
Jesus, que subiu o monte carregando sua cruz, e nos últimos momentos, bradou aos
céus, confome a história narrada no evangelho de Mateus: Deus meu, por que me
desamparaste ?

Quando eu saí da cegueira do ateísmo para abraçar a fé católica, foi essa constante
mão de Deus guiando os Santos e a Igreja ao longo da história que fizeram as
escamas caírem dos meus olhos. Foi a retirada de Átila, o Huno, do caminho de
Roma após conversar com o papa São Gregório Magno. Foi a Igreja da sobriedade
das catedrais, que resistiram às guerras, uma era glacial e toda a destruição dos
séculos. Foi a Igreja do modelo de virtude guerreira dos Cavaleiros Templários que
prega São Bernardo de Claraval. Foi a Igreja da Inquisição e das Cruzadas, que
através de mentiras propagadas através dos séculos, hoje servem como episódios
negativos na história da Igreja. Foi a beleza dos vitrais, da filosofia e do canto
gregoriano da Idade Média. Em resumo, foi o mistério e a força do brilho que
emana das portas da Igreja, que se manteve em pé sempre fiel à tradição herdada
dos primeiros apóstolos, que me trouxeram à casa de Deus. Jesus disse a Pedro
que ele era PEDRA, e sobre esta pedra ele edificaria sua Igreja, e as portas do
inferno nunca prevaleceriam contra ela.
O encontro de casais com Cristo não me trouxe nada disso. Pelo contrário. O
encontro me lembrou o encontro de jovens com Cristo, do qual eu participei em uma
Igreja Evangélica, que na ocasião me fez explicitamente querer me afastar de
qualquer igreja ou fé, abraçando o relativismo moral tão vigente em nossa
sociedade. Após este encontro de jovens, eu caminhei na direção oposta até chegar
ao ateísmo niilista, caindo em qualquer conto de fadas que procurava destruir a
igreja Cristã, principalmente a Igreja Católica, conhecida como a instituição mais
malévola de toda a história.

Passei dias refletindo e sentindo uma enorme culpa, pois apesar de tudo, as
intenções do ECC eram boas, e todas as pessoas dedicaram um enorme tempo e
trabalho para a realização do evento. Eu não conseguia deixar de pensar que havia
algo errado em mim, na minha fé, na minha forma de viver o cristianismo. Mas eu
simplesmente não conseguia deixar de associar o ECC com o EJC protestante de
uma década atrás, e com isso, o meu afastamento da fé em Cristo.

Hoje estou maduro pra escrever sobre o assunto, e que apesar de ainda não estar
totalmente livre das correntes na consciência, refletir o que creio ser o meu problema
com o ECC:
1 – A religião, tanto no ECC, quanto no EJC protestante, me pareceram relegadas
ao campo dos sentimentos, emoções e subjetividade. O que serve para a satisfação
do sentimento religioso, serve para manter a existência em equilíbrio. A fé pareceu
um pedaço de argila que pode ser moldada à vontade. Deus parece um meio para
satisfazer nossas próprias vontades e superar dificuldades.
2 – Não houve um encontro de minha parte no EJC com a Fé e a Razão na vida de
um casal, em relação ao sacrifício, morte e na ressurreição de Cristo, na comunhão
dos santos , na ressurreição da carne e na vida eterna. Tudo pareceu, através das
músicas, das palestras, uma tentativa de que se fossem afetadas as emoções das
pessoas ali presentes, onde Deus simplesmente auxilia a superar dificuldades e
formar uma família feliz e saudável. Não que Deus não faça isso, mas Deus ficou
relegado a essa função materialista, a meu ver, durante todo o encontro. Desde as
músicas entremeadas com frases de efeito e emotivas, que no final foi coroada com
uma valsa, contato com parentes, que terminavam em rosas, e colocando nossa
cama como paraíso, em uma clara alusão sexual. O Paraíso se transformou na
cama do casal.
3 – Jesus sofreu no caminho do calvário. Maria sempre se fez obediente a Deus e
viu seu próprio filho morrer na Cruz. O sangue dos mártires e dos santos, e todo
meu caminho de conversão citado acima se resumiu em músicas de ritmo pop rock,
entremeadas com frases e tonalidades vocais de efeito, para que tudo terminasse
em pétalas de rosas jogadas na cama do casal, com pegadas dizendo: essas
pegadas os levarão ao paraíso.

4 – Momentos de reflexão extremamente breves, e todos voltados para mostrar que


Deus é bom e perdoa, sem nenhum espaço para um ensinamento de oração mais
profunda e em silêncio. Faltou espaço para a contemplação do Deus que perdoa,
mas que também pune severamente os que não conseguem largar o pecado.
Gregório, o Sinaíta, diz que a alma se rejubila com a visita e misericórdia de Deus,
mas também teme e estremece ao pensar na presença dele, por causa de seus
numerosos pecados. Não foi a simples tolerância que fez a Igreja sobreviver, mas o
ensino rigoroso dos desígnios de Deus e de seus mandamentos para a disciplina do
espírito.

Ainda poderia discorrer sobre diversos outros pontos que me desagradaram, mas já
não acho mais necessário nesse momento. Creio que o principal foi abordado.
Senhor Jesus Cristo, tende piedade de mim, pecador.

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