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net/publication/323205310

SISTEMA DE GERENCIAMENTO WEB PARA ENGENHARIA CLÍNICA:


PROPOSTA DE ARQUITETURA E IMPLEMENTAÇÃO

Article · November 2017


DOI: 10.18816/r-bits.v7i2.11623

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6 authors, including:

José Micael Delgado Barbosa Marcel da Câmara Ribeiro Dantas

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SISTEMA DE GERENCIAMENTO WEB PARA A ENGENHARIA
CLÍNICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES:
UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA
WEB MANAGEMENT SYSTEM FOR THE CLINICAL ENGINEERING OF ONOFRE LOPES
UNIVERSITY HOSPITAL: PROPOSAL OF ARCHITECTURE

Ana Cecília Sá Fernandes


Bacharel em Ciências e Tecnologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Engenheira
Biomédica (UFRN). Especialista em Informática na Saúde (UFRN). aceciliasaf@gmail.com.
Thales Barros de Castro
Bacharel em Ciências e Tecnologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Engenheiro
de Computação e Automação (UFRN). thalescast@gmail.com.
José Micael Delgado Barbosa
Bacharel em Ciências e Tecnologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Pesquisador
no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS). micael.delgadob@gmail.com.
Marcel da Câmara Ribeiro Dantas
Engenheiro de Computação e Automação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Pesquisador no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS). ribeirodantasdm@gmail.com.
João Henrique Vieira da Silva Neto
Graduação em Administração pelo Centro Universitário de Brasília e Especialização em Analise de Sistema
pelo Policentro Consulprev Informática Associados Ltda. jhvsn1@gmail.com
Prof. Dr. Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim
Doutor em Engenharia Elétrica e de Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). Professor Adjunto da UFRN lotado no Departamento de Engenharia Biomédica e Professor
Permanente do Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica e de Computação (PpgEEC/UFRN).
Coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica em Saúde e do Laboratório de Inovação Tecnológica em
Saúde (LAIS). ricardo.valentim@ufrnet.br

RESUMO
funcionamento cada vez mais complexos,
O avanço tecnológico propiciou o surgi- tornou indispensável a presença de um
mento de novas técnicas e novos produtos profissional especializado, o Engenheiro
com o objetivo de melhorar a qualidade Clínico. Por se tratar de um setor com flu-
de vida do ser humano. A ampliação do xos de alta complexidade e que demandam
parque tecnológico nos Estabelecimentos cautela, o setor de Engenharia Clínica exige
Assistenciais de Saúde, através da aqui- um controle eficaz de todos os dados pro-
sição de tecnologias com princípios de venientes desses fluxos de gerenciamento,
SISTEMA DE GERENCIAMENTO WEB PARA A ENGENHARIA CLÍNICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE
LOPES: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA

tornando o uso de sistemas informatizados single web system, of all management


uma ferramenta necessária e útil. Nesse con- processes and flows that involve the Clinical
texto, o trabalho em evidência consiste em Engineering department of the Onofre Lopes
propor a arquitetura de um software com University Hospital. Based on this issue, it
o objetivo principal de promover a infor- was modeled a management web platform
matização e a centralização, em um único that saves the equipment, the industry
sistema web, de todos os processos e fluxos work order registered information and that
de gerenciamento que envolvem o setor de provides consultations to generate analysis
Engenharia Clínica do Hospital Universitário report. The modeling of the management
Onofre Lopes. Assim, foi modelada uma pla- system will allow a reduction in time spent
taforma web de gerenciamento que salva as during registration, query, analysis, data
informações cadastradas acerca dos equi- editing, also will make the management
pamentos, das ordens de serviço do setor process less complicated and more fluid, in
e que fornece consultas para a geração de addition to organizing the data more clearly
relatórios para análises. A modelagem do and simply.
sistema de gerenciamento possibilitará uma
diminuição no tempo gasto com cadastro, KEYWORDS: Clinical Engineering,
consultas, análises, edição de dados e tor- Management, Computerised Systems,
nará o processo de gerenciamento menos University Hospital.
complicado e mais fluido, além de organizar
os dados de forma clara e simples.

Palavras-chave: Engenharia Clínica, INTRODUÇÃO


Gerenciamento, Sistemas Informatizados,
Hospital Universitário. Considerada pelo Ministério da Saúde
como uma subárea da Engenharia Biomédica,
a Engenharia Clínica atua diretamente nos
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
ABSTRACT desenvolvendo atividades baseadas em
métodos de engenharia e em conhe-
Technological advances have generated cimentos de gerenciamento aplicados
new techniques and new products in order aos Equipamentos Médico-Hospitalares
to improve the quality of life. The technology (EMH) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
park expansion in Health Care Facilities, Joseph Dyro citou em seu livro The Clinical
through the acquisition of technologies Engineering Handbook que, dentro do com-
by complex operating principles, has plexo ambiente de um hospital moderno,
made essential the presence of a skilled a Engenharia Clínica está preocupada
professional, a Clinical Engineer. Due to the não somente com o funcionamento dos
fact that this sector is considered as high EMH mas também com as interações dos
complexity streams which require caution, mesmos com os medicamentos e com os
the Clinical Engineering sector demands procedimentos que comumente ocorrem.
a data effective control which comes from Tais interações devem ser compreendidas
these management flows, making the use e geridas pela Engenharia Clínica para que
of computer systems a necessary and useful se possam garantir um cuidado efetivo e
tool. This project consists in proposing an seguro do paciente (BRONZINO, 1995).
architecture of a software which proposes Ainda nesse contexto, Calil e Teixeira
computerization and centralization, in a (1998) afirma que o avanço da tecnologia

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propiciou o surgimento de novas técnicas e através da aquisição de tecnologias cada


novos produtos com o objetivo de melho- vez mais inovadoras, algumas com princí-
rar a qualidade de vida do ser humano. A pios de funcionamento bastante complexos,
área da saúde tem sido beneficiada já que tornou indispensável a presença de um pro-
esse avanço tecnológico possibilitou mais fissional especializado (FILHO; CALDAS;
precisão, rapidez e segurança nos proce- NETO, 2015). Cabe a ele a responsabilidade
dimentos médicos. Diante desse cenário, de gerenciar e assessorar o processo como
a importância da Engenharia Clínica ficou um todo: desde a aquisição da tecnologia
evidente devido o crescente vazio entre o através do melhor custo-benefício, até o
conhecimento tecnológico aplicado e falta recebimento dos Equipamentos Médico-
de profissionais de saúde que, por ques- Hospitalares (EMH) que fizeram manutenção
tão de formação, não estavam aptos a externa ao hospital. Em outras palavras, o
prestar a assistência e o acompanhamento alto valor agregado em EMH por conta do
tecnológico adequado aos Equipamentos crescente avanço tecnológico, exigiu cada
Médico-Hospitalares. vez mais uma gestão especializada e de qua-
Através de uma pesquisa realizada no lidade, dando espaço para uma introdução
Hospital das Clínicas da Universidade Federal efetiva da Engenharia Clínica no mercado
de Uberlândia (HCU-UFU), é possível enten- de trabalho (SILVA; FERREIRA, 2015).
der de forma quantitativa a importância da Algumas organizações têm tentado
EC nos Estabelecimentos Assistenciais de fornecer uma definição adequada para
Saúde. Dentre os resultados encontrados, descrever o Engenheiro Clínico, aquele
destaca-se a redução de aproximadamente profissional diretamente relacionado
20% nas manutenções corretivas e de cerca à Engenharia Clínica. Para o Colégio
de 65% no montante global de gastos com Americano de Engenharia Clínica (American
contratos. A economia gerada pela gestão College of Clinical Engineering - ACCE), o
em Engenharia Clínica, para a instituição, foi Engenheiro Clínico pode ser descrito como
de aproximadamente 2 milhões de reais no “aquele que aplica e desenvolve os conheci-
ano estudado e a economia acumulada em mentos de engenharia e práticas gerenciais
um período de nove anos foi de 7,6 milhões às tecnologias de saúde, para proporcionar
de reais. Concluiu-se que a gestão em uma melhoria nos cuidados dispensados
Engenharia Clínica na instituição possibili- ao paciente”. A definição que a Associação
tou uma redução significativa nos custos por para o Avanço da Instrumentação Médica
meio da formação e capacitação de uma (Association for the Advancement of
equipe própria, da redução dos custos com Medical Instrumentation - AAMI) original-
contratos e melhor planejamento das manu- mente aplica para embarcar profissionais
tenções (SOUZA; MILAGRE; SOARES, 2012). certificados descreve um Engenheiro Clínico
Diga-se que o destaque da Engenharia como sendo um profissional “que traz aos
Clínica dentro dos Estabelecimentos serviços de saúde facilidades a nível de
Assistenciais de Saúde também ocorre, educação, experiência e realização que lhe
pois, a mesma possibilita uma interface permitirá de forma responsável, eficaz e
entre os processos de aquisição de novos segurança gerenciar a interface com os dis-
equipamentos, os usuários e os pacientes. positivos médicos, instrumentos, sistemas e
Portanto, é um elo necessário, visto que ela usuário mesmo durante o atendimento ao
está no início, no meio e no fim de um pro- paciente” (BRONZINO, 1995).
cesso de aquisição de novas tecnologias em Já de acordo com a Associação Brasileira
saúde (ANTUNES et al., 2002). de Engenharia Clínica (ABEClin), as princi-
A ampliação do parque tecnológico nos pais atribuições de um Engenheiro Clínico
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde nos Estabelecimentos Assistenciais de

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Saúde se baseiam em: dirigir, gerenciar, Sendo assim, será possível promover a
coordenar, supervisionar e orientar tecni- informatização e a centralização, em uma
camente os serviços de Engenharia Clínica única plataforma web, até então fragmen-
(ABEClin, 2016). tadas em planilhas no Excel, de todos os
Em se tratando da estrutura funcional processos de gerenciamento que envolvem
do setor de Engenharia Clínica do Hospital o setor de Engenharia Clínica do Hospital
Universitário Onofre Lopes (HUOL), pode-se Universitário Onofre Lopes (HUOL). O obje-
afirmar que se subdivide em três segmentos: tivo principal é tornar o controle dos fluxos
Oficina de Engenharia Clínica, que executa de gerenciamento por parte da chefia de
as manutenções corretivas e preventivas; Engenharia Clínica mais rápido, eficiente e
Central de Equipamentos, responsável pelos o acesso mais viável e simples, permitindo,
empréstimos, transporte e instalação dos dessa forma, o acesso das informações tanto
Equipamentos Médico-Hospitalares (EMH); pela chefia como para os demais segmentos
e Chefia do Setor de Engenharia Clínica, do setor de Engenharia Clínica do HUOL.
que solicita e gerencia as manutenções e Nesse sentido, o trabalho em evidência
todas as atividades referentes aos EMH visa propor a arquitetura de um sistema de
(CONTRERAS, 2015). De forma resumida, a unificação gerencial, no qual será possível:
chefia solicita os serviços de manutenção aos
EMH para que a oficina, juntamente com a • O cadastro de ordens de serviço, de
central, execute o serviço solicitado. Diante contratos, de fornecedores, de novos
disso, pode-se dizer que a chefia monitora e equipamentos adquiridos;
fiscaliza todas as atividades realizadas e que,
de certa forma, gerencia todos os fluxos que • A geração de relatórios com
interligam esses três segmentos. informações de custos gerais (custo
Atualmente, o controle das informa- de equipamento parado, custo diário
ções pela chefia de Engenharia Clínica do por leito parado, custo de acessórios/
Hospital Universitário Onofre Lopes, no equipamento), qualidade (número
que se referem aos Equipamentos Médico- de ordens de serviço por mês,
Hospitalares, bem como às ordens de ordens de serviço fechadas/abertas,
serviço (internas e externas) realizadas, é reparos repetidos, total de ordens
feito através de planilhas do software Excel, de serviço por setor), tempo (tempo
presente no pacote Office da Microsoft. de equipamento parado, horas de
Dentre as características das planilhas uti- manutenção corretiva, tempo médio
lizadas destaca-se que as mesmas não entre falhas);
são integradas entre si, são cadastradas a
nível local, são numerosas, não possuem • O acesso a informações de inventário,
ferramentas automáticas para geração de contrato, tempo de garantia, tudo isso
relatórios com indicadores de controle e de de forma fácil e simples.
qualidade, nem um mecanismo de busca de
equipamento pelo inventário. O sistema será proposto como um Caso
Diante desse cenário, foi identificada a de Uso no setor de Engenharia Clínica do
necessidade da automatização de um sis- Hospital Universitário Onofre Lopes e os
tema para abertura e controle das ordens dados previamente existentes nas palhinhas
de serviço, que engloba os chamados de do Excel serão incluídos no mesmo. Serão
manutenção e outros serviços prestados, analisados os possíveis benefícios gera-
além da realização de outras funções não dos, os resultados esperados e obtidos, e
existentes no setor até o momento, como a as possíveis modificações que poderão ser
geração de relatórios. implementadas para melhorias no sistema.

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LOPES: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA

REFERENCIAL TEÓRICO novos equipamentos que irão compor o


parque tecnológico do Estabelecimento
A ENGENHARIA CLÍNICA Assistencial de Saúde (EAS), até o rece-
bimento e controle dos EMH que fizeram
Segundo Antunes (et al., 2002), a manutenção externa ao EAS. Também, é
Engenharia Clínica tem papel fundamental competência do setor, indicar, elaborar e
na gestão de tecnologias voltadas para a controlar os contratos de manutenção pre-
área da saúde, englobando conhecimen- ventiva e corretiva, contratos de garantia e
tos estratégicos e técnicas gerenciais com gerenciar o inventário dos EMH.
a finalidade de proporcionar mais confia- O setor de Engenharia dentro de um
bilidade tanto às pessoas que manuseiam Estabelecimento Assistencial de Saúde está
essas tecnologias como àquelas que usu- em contato com diversos setores e estabele-
fruem diretamente das mesmas. cimentos, desde o próprio paciente, aquele
Acresça-se a isso, o gerenciamento que vai usufruir diretamente da tecnologia,
dos Equipamentos Médico-Hospitalares até a administração hospitalar, assim como
(EMH) pelo setor da Engenharia Clínica é é ilustrado a seguir na Figura 1.
um trabalho intenso, uma vez que conta
desde o planejamento para aquisição de

Figura 1 - Interações entre a Engenharia Clínica e os demais setores de um Estabelecimento Assistencial de Saúde.
Adaptado de: ANTUNES et al., 2002.

Baseando-se na Figura 1, é possível no decorrer de seu tratamento. Uma má


deduzir que a interação entre a Engenharia gestão desses equipamentos, dentre
Clínica e os pacientes exige, de forma outros fatores devido a falta de manuten-
direta, eficiência e segurança, já que a vida ção adequada, pode gerar riscos direto à
desses pacientes está diretamente rela- vida de tanto quem usufrui diretamente dos
cionada, dentre outros aspectos, com o mesmos (os pacientes) como de quem os
bom funcionamento dos Equipamentos manuseia (profissionais da área de saúde).
Médico-Hospitalares que serão utilizados

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LOPES: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA

Já a interação entre a Engenharia Clínica Assistencial de Saúde (alguns estabeleci-


e os vendedores, ainda de acordo com mentos não podem manter os custos de um
a Figura 1, indica exigências técnicas e sistema informatizado, adotando o telefone
confiança, já que são tais vendedores que for- como única forma de abertura de chamado).
necerão as melhores opções para aquisição A partir daí, é aberto um chamado de manu-
dos Equipamentos Médico-Hospitalares. tenção corretiva no setor de Engenharia
Confiança, acima de tudo, para fornecer o Clínica, e só então os técnicos responsáveis
que foi acordado pelo contrato, para forne- se dirigirem ao local solicitado.
cer os melhores equipamentos, realizar as Dando continuidade ao fluxo da solici-
calibrações e manutenções de forma ade- tação de manutenção, a mesma pode ou
quada e de acordo com as normas técnicas. não ser feita pelo técnico ou por alguém
Outra importante interação se dá entre da equipe de Engenharia Clínica. Isso só
o setor de Engenharia Clínica e a admini- ocorrerá caso o equipamento não tenha
tração hospitalar. Um bom relacionamento contratos de manutenção, não esteja na
entre esses dois segmentos garante um garantia e sua manutenção possa ser reali-
maior poder de argumentação por parte da zada internamente. Se o serviço for realizado
Engenharia Clínica na hora de se discutir a por alguém da equipe interna de manu-
necessidade de aquisição de um equipa- tenção do Estabelecimento Assistencial
mento ou não, por exemplo. de Saúde, será preenchida uma Ordem
de Serviço (OS) para fins de controle, indi-
cando o serviço realizado, o equipamento,
por quem foi realizado, a data de realiza-
ATRIBUIÇÕES ção, dentre outras informações necessárias.
É atribuída ao setor de Engenharia Clínica Após o preenchimento da OS, o chamado
a responsabilidade por todos os procedi- é cadastrado como finalizado e resolvido.
mentos que envolvem os Equipamentos Esse é o fluxo padrão para realização de
Médico-Hospitalares (EMH), como por manutenção de qualquer Estabelicimento
exemplo o acompanhamento de sua vida Assistencial de Saúde. O controle das
útil, participação do processo de licitação em Ordens de Serviço e o controle de chamados
caso de estabelecimentos públicos, forneci- podem ser feitos de três formas diferentes:
mento de treinamento aos usuários e aos manualmente, em planilhas do Excel ou em
técnicos de manutenção, gerenciamento sistema informatizados, dependendo de
dos contratos de Manutenção Corretiva cada Estabelicimento Assistencial de Saúde
e Manutenção Preventiva, e avaliação da (alguns estabelecimentos não podem man-
obsolescência dos EMH. ter os custos de um sistema informatizado,
No que tange à solicitação de atendi- adotando a forma manual ou as planilhas
mentos de manutenção, ao ser identificado do Excel como única forma de controle das
um problema de funcionalidade em algum Ordens de Serviço e dos chamados).
Equipamento Médico-Hospitalar, o pro- Outra importante atribuição do setor é
fissional responsável pelo setor solicitante a elaboração de rotinas de manutenção e
entra em contato com o setor de Engenharia cronogramas de manutenções preventivas –
Clínica de forma imediata. Esse contato conjunto de operações tais como inspeção
para comunicar o ocorrido e solicitar a geral, troca de peças e acessórios, lubrifica-
manutenção pode ser feito via telefone, ção, calibração, testes de desempenho e de
via sistemas informatizados ou até mesmo segurança para se aumentar a vida útil do
pessoalmente, em casos mais urgente, equipamento e a segurança oferecida pelo
dependendo de cada Estabelecimento mesmo. O cronograma de manutenções é

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baseado nas recomendações do fabricante
do equipamento, quando existentes, que • Coordenar os serviços de
por sua vez devem estar de acordo com as manutenção dos Equipamentos
rotinas pré-estabelecidas pelos órgãos de Médico-Hospitalares;
fiscalização (MEDEIROS, 2015).
Também, é de competência do setor, • Gerenciar os recursos humanos do
o cadastro dos equipamentos adquiridos setor de Engenharia Clínica;
e o controle da saída e entrada dos mes-
mos para manutenções externas e para • Encaminhar processos de aquisição de
outras finalidades. Conhecido como inven- materiais/contratação de serviços do
tário do Estabelecimento Assistencial de setor de Engenharia Clínica;
Saúde (EAS), a manipulação e a consulta
dessa listagem de Equipamentos Médico- • Garantir o funcionamento adequado
Hospitalares do EAS podem ser feitas através e seguro das instalações físicas e dos
de planilhas do Excel ou através de sistema equipamentos instalados no hospital;
informatizados e personalizados para cada
estabelecimento (alguns estabelecimentos • Exigir dos técnicos resolutividade das
não podem manter os custos de um sis- solicitações de manutenção recebidas;
tema informatizado, adotando as planilhas
do Excel como única forma de controle do • Supervisionar as atividades dos
inventário). Na maioria dos casos, esses técnicos e executar/acompanhar o
sistemas englobam tanto o cadastro e con- serviço quando necessário;
trole de chamados de manutenção como
de Ordens de Serviço e do inventário. Em • Relacionar pedidos de material,
alguns casos, englobam também o cadastro acessórios e peças de reposição para
de contratos de manutenção, de empresas garantir eficiência e continuidade no
prestadoras de serviços e de cronogramas funcionamento dos Equipamentos
de manutenções corretivas e preditivas. Médico-Hospitalares;

• Elaborar e garantir o plano de


manutenção preventiva nos
A ENGENHARIA CLÍNICA equipamentos críticos conforme
NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO programado;
ONOFRE LOPES • Elaborar parecer técnico de
A estrutura funcional do setor de equipamentos;
Engenharia Clínica do Hospital Universitário
Onofre Lopes (HUOL) subdivide-se em três • Informar à Divisão de Logística e
segmentos: Chefia do Setor de Engenharia Infraestrutura os equipamentos,
Clínica, Central de Equipamentos e Oficina de sistemas e instalações necessários
Engenharia Clínica/Técnicos de Manutenção, e pertinentes para a execução das
podendo-se afirmar que a Chefia é responsá- atividades, sugerindo a solução mais
vel por todos os fluxos de gerenciamento que adequada e economicamente viável.
interligam as três subdivisões.
Segundo o Plano de Gerenciamento de Ainda de acordo com o Plano de
Equipamentos e Procedimentos Opera- Gerenciamento de Equipamentos e
cionais por Contreras (2015), as principais Procedimentos Operacionais por Contreras
atribuições da chefia baseiam-se em: (2015), as principais atribuições da Oficina de

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Engenharia Clínica/Técnicos de Manutenção • Realizar atendimento e manutenções


em Equipamentos Médico-Hospitalares nos horários em que não há técnico da
baseiam-se em: Engenharia Clínica;

• Executar todas as ações de segurança


• Executar as manutenções corretivas e e biossegurança no decorrer das
preventivas no âmbito da Engenharia atividades;
Clínica;
• Informar à chefia de Engenharia Clínica
• Executar todas as ações de segurança os casos em que seja necessário
e biossegurança no decorrer das atendimento de técnico especializado;
atividades;
• Realizar manutenções preventivas
• Informar à chefia de Engenharia Clínica programadas.
os casos em que seja necessária a
contratação de serviços externo de
manutenção; Os processos internos de gerenciamento
da Engenharia Clínica baseiam-se, primor-
• Informar à chefia de Engenharia Clínica dialmente, nas ordens de serviço e nos
os casos em que ocorreram eventos Equipamentos Médico-Hospitalares asso-
adversos/quebra por utilização ciados a essas ordens. Através da Figura 2, é
inadequada dos equipamentos; possível visualizar de forma mais dinâmica o
fluxo de gerenciamento para manutenções
• Documentar a execução dos serviços realizado no setor de Engenharia Clínica do
técnicos (manutenções, instalações, Hospital Universitário Onofre Lopes.
etc.) nos formulários específicos bem
como no software de manutenção do
hospital (MV 2000 Sistemas);

• Responsabilizar-se pela boa


conservação da estrutura física,
equipamentos e ferramentas utilizadas
na execução das atividades.

Já a Central de Equipamentos, por


Contreras (2015), fica responsável por:

• Realizar empréstimos de
equipamentos dos equipamentos
disponíveis aos diversos setores
solicitantes do Hospital Universitário
Onofre Lopes;

• Fazer o transporte adequado e


posterior instalação de equipamentos
para uso nos setores solicitantes;

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LOPES: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA

Figura 2 - Fluxograma de abertura de chamados de manutenção no Hospital Universitário Onofre Lopes. Adaptado de:
CONTRERAS, 2015.

Para manutenções corretivas, após rece- Serviço Externa para a empresa responsá-
ber solicitação de atendimento pelo setor vel (fabricante, representante autorizado
- solicitação pode ser feita pelo Sistema MV ou empresa credenciada para manutenção)
2000 controlado pela chefia (sistema utili- que devidamente efetivará a manutenção
zado entre a Engenharia Clínica e demais no equipamento com defeito (representado
setores para abertura de chamados de na Figura 2 pelo fluxo de “NÃO” após o
manutenção corretiva) ou por telefone losango com a pergunta: “A MANUTENÇÃO
diretamente na oficina para os casos mais PODE SER EXECUTADA?”). Após a empresa
simples - o técnico se desloca até o setor e efetuar a manutenção, a mesma emite
identifica o Equipamento Médico-Hospitalar uma ordem de serviço com as informações
com defeito (representado na Figura 2 pelos sobre a manutenção realizada. O setor de
dois primeiros retângulos do fluxo após Engenharia Clínica recebe essa ordem,
o balão de INÍCIO). A partir daí é identifi- preenche a Ordem de Serviço Externa
cada a necessidade de manutenção ou não. cadastrada com os dados da ordem emitida
Caso não seja, o técnico faz as orientações, pela empresa e finaliza o chamado.
os ajustes necessários e encerra o chamado Se não houver contrato mas o técnico
(representado na Figura 2 pelo fluxo de não puder realizar a manutenção por falta
“NÃO” após o losango com a pergunta: de conhecimento técnico necessário, a prio-
“É NECESSÁRIO MANUTENÇÃO?”). Se for ridade será enviar o Equipamento Médico
necessária a manutenção, será analisado Hospitalar ao representante autorizado ou
se a mesma pode ser executada ou não, empresa credenciada pelo fabricante, que
dependendo se o Equipamento Médico- deverá ser solicitado orçamento de manu-
Hospitalar e tiver contrato de garantia ou de tenção corretiva, para posterior aprovação e
manutenção (representado na Figura 2 pelo solicitação junto à Divisão de Infraestrutura e
fluxo de “SIM” após o losango com a per- Logística Hospitalar (também representado
gunta: “É NECESSÁRIO MANUTENÇÃO?”). na Figura 2 pelo fluxo de “NÃO” após o
Caso tenha o contrato, a manutenção losango com a pergunta: “A MANUTENÇÃO
não poderá ser executada pelo técnico PODE SER EXECUTADA?”).
do hospital, sendo aberta uma Ordem de

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Na possibilidade de não haver contrato • Não possuem ferramentas automáticas


e o técnico poder executar a manutenção, para geração de relatórios e
é aberta uma Ordem de Serviço Interna e se indicadores de controle e de
avalia: é necessário adquirir peças ou com- qualidade ou ainda um mecanismo
ponentes? Caso sim, o técnico solicita peças de busca de equipamento pelo
e/ou acessórios necessários e, quando dis- inventário, ferramentas primordiais
ponível, realiza a manutenção, os testes de para um fluxo de gerenciamento
desempenho e finaliza o chamado (represen- complexo e que, muitas vezes, exige
tado na Figura 2 pelo fluxo de “SIM” após o cautela.
losango com a pergunta: “É NECESSÁRIO
ADQUIRIR PEÇAS OU COMPONENTES?”).
Se não houver necessidade de peças, rea-
liza-se direto a manutenção e finaliza-se o SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
chamado (representado na Figura 2 pelo
fluxo de “NÃO” após o losango com a per- SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
gunta: “É NECESSÁRIO ADQUIRIR PEÇAS
NA SAÚDE
OU COMPONENTES?”).
Nos tempos atuais, o controle das infor- O Sistema de Informação (SI) pode ser
mações pela chefia de Engenharia Clínica
do Hospital Universitário Onofre Lopes, no descrito como conjunto de métodos orga-
que se referem aos Equipamentos Médico- nizados, que disponibilizam informações
Hospitalares, bem como às Ordens de em prol de dar suporte a tomadas de deci-
Serviço (internas e externas) realizadas, são sões (LUCAS, 2008). O SI coleta, armazena,
feitas através de planilhas do software Excel, processa e disponibiliza informações, admi-
presentes no pacote Office da Microsoft. nistrando e provendo o acesso às essas
Dentre as características das planilhas utili- requeridas informações aos utilizadores,
zadas, destacam-se: visando o alcance dos objetivos de uma
organização (BLUM, 1992). Dessa forma,
é necessário garantir a autenticidade das
• Não são integradas entre si, então bases de dados, a partir de etapas pré-de-
campos comuns a duas planilhas terminadas é possível possuir um controle
diferentes precisam ser atualizados maior de todas as informações existentes
manualmente em ambas planilhas, no sistema.
aumentando o tempo gasto com Paim et al. declaram que, nos aspectos
cadastros; intrínsecos, os atributos de qualidade são
inerentes ao produto-informação (dado,
• São cadastradas a nível local, ou seja, documento ou texto) que ao serem trata-
seu acesso fora dos computadores dos em termos precisos e identificáveis,
da chefia de EC não é possível. Nem podem ser mensurados e quantificados. A
mesmo a oficina de EC tem acesso definição teórica para o termo “qualidade
ao controle das manutenções pelas da informação” ainda não obteve consenso,
ordens de serviço; sendo este considerado uma categoria
multidimensional, visto como um conceito
• São numerosas, fazendo com que o multifacetado (LIMA, 2009). Observam-se,
controle das mesmas torne o processo nas diversas metodologias, distintas visões
de gerenciamento mais demorado e do objeto analisado, conforme a sua abor-
custoso; dagem utilizando diferentes métodos de

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LOPES: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA

análise da qualidade da informação. • Oportunidade: grau em que os dados


Alguns estudos avaliaram mais de uma ou informações estão disponíveis no
dimensão de qualidade, sendo relacionados local e a tempo para utilização de
em cada uma delas. Segundo Lima (et al, quem deles necessita;
2009), o informação, conforme a dimensão
de qualidade, pode ser analisada conforme • Validade: grau em que o dado ou
as seguintes definições conceituais: informação mede o que se
pretende medir.

• Acessibilidade: grau de facilidade e A crescente utilização da informática na


rapidez na obtenção dos dados ou área de atendimento ao paciente fez surgir
informações (regras claras definindo o termo Informática em Saúde. A informa-
preço, permissões e onde obtê-los), ção em saúde se tornou um instrumento
no trato (instrumentos para manuseio indispensável no correto funcionamento das
e formato) e na compreensão instituições de saúde. Gerada em grande
da informação; volume cotidianamente, esses dados essen-
ciais precisam ser adquiridos, transferidos,
• Clareza metodológica: grau no qual armazenados, recuperados e resumidos,
a documentação que acompanha o com isto necessitando de serem geridos por
SIS (instruções de coleta, manuais de sistemas de informação computadorizados
preenchimento, tabelas de domínios desenvolvidos para esse gerenciamento
de valores de variáveis, modelos de (HANNAH, 2009).
dados etc.) descreve os dados sem Pode-se dizer que um Sistema de
ambiguidades, de forma sucinta, Informação em Saúde (SIS) é um instru-
didática, completa e numa linguagem mento capaz de coletar, processar, analisar e
de fácil compreensão; transmitir informações relacionadas à saúde
e que são essenciais para o planejamento,
• Cobertura: grau em que estão organização, operação e avaliação dos ser-
registrados no SIS os eventos do viços de saúde respectivos a sua utilização
universo (escopo) para o qual (COLLAZOS e BRASIL, 2008; OMS, 2006).
foi desenvolvido;

• Completitude: grau em que os


registros de um SIS possuem valores SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
não nulos; GERENCIAIS NA

• Confiabilidade: grau de concordância


ENGENHARIA CLÍNICA
entre aferições distintas realizadas em O principal benefício proporcionado
condições similares; pela tecnologia aos Sistemas de Informação
é a habilidade de processar um enorme
• Consistência: grau em que variáveis volume de dados e informações, simul-
relacionadas possuem valores taneamente, tornando a disponibilização
coerentes e não contraditórios; destas, praticamente imediata. Contudo,
toda essa potencialidade nada resolverá se
• Não-duplicidade: grau em que, no os sistemas (rotinas, processos, métodos)
conjunto de registros, cada evento não permanecerem muito bem analisados e
do universo de abrangência do SIS é coordenados (JUNGER, 2015).
representado uma única vez;

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LOPES: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA

Diante disso, Oliveira (2008), define os não podem ser utilizados no processo de
Sistemas de Informações Gerenciais como tomada de decisões. Para isso acontecer,
sistemas que transformam dados avulsos em tais dados precisam antes passar por um
informações úteis que auxiliam nos proces- processo de conversão e de transformação,
sos decisórios da empresa. Com esse tipo fazendo com que se tornem efetivamente
de sistema, o gestor pode se firmar numa informações. É neste processo que os
base sólida de administração para coletar Sistemas de Informações Gerenciais atuam:
informações e tomar as melhores decisões compilam os conjuntos de dados em infor-
possíveis, objetivando sempre maximi- mações processadas que serão utilizadas
zar os benefícios e minimizar os prejuízos nas tomadas de decisões. O fluxograma de
(EICHSTAEDT e DEGENHARDT, 2009). um Sistema de Informação Gerencial pode
Ainda de acordo com Oliveira (2008), ser ilustrado na Figura 3, na qual é possível
os Sistemas de Informações Gerenciais identificar que as informações relevantes
tornam-se indispensáveis pois, na grande para decisões, sejam elas de fontes internas
maioria das empresas que utilizam Sistemas ou externas, auxiliam na tomada de decisão
de Informação, há muitos dados que estão final que acarretará na ação corretiva neces-
à disposição, mas são dados que por si sária para determinada situação.

Figura 3 - Fluxograma dos Sistemas de Informações Gerenciais. Fonte: OLIVEIRA, 2008.

Ainda é afirmado por Oliveira (2008), que • Melhoria nos serviços realizados
os Sistemas de Informações Gerenciais, e oferecidos;
sob determinadas condições, trazem como
principais benefícios para as empresas as • Melhoria na tomada de decisões, por
seguintes questões: meio do fornecimento de informações
mais rápidas e precisas;
• Redução de custos das operações;
• Melhoria na estrutura organizacional,
• Melhoria no acesso às informações por facilitar o fluxo de informações;
propiciando relatórios mais precisos e
rápidos, com menor esforço; • Otimização na prestação dos seus
serviços aos clientes;
• Melhoria na produtividade, tanto
setorial quanto global; • Redução da mão-de-obra burocrática.

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LOPES: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA

A implantação dos Sistemas de dos Equipamentos Médicos Hospitalares,


Informações Gerenciais acaba sendo uma além de servirem como base para o levan-
necessidade para as diversas organizações tamento de indicadores de desempenho e
e setores já que traz consigo diversas faci- de qualidade.
lidades de operação e de organização dos A estrutura de um CMMS baseia-se
dados armazenados. Essas funcionalidades, basicamente em três partes, sendo a pri-
na nossa atualidade, são imprescindíveis meira delas os campos e as tabelas. Um
visto que num cenário onde o tempo está campo é um único pedaço de informação
cada vez mais escasso, quanto mais automa- acerca de um objeto, como por exemplo:
tizado e informatizados forem os sistemas o campo Número de Série ou o campo
de controle de dados para tomada de deci- Fabricante do objeto Equipamento. Uma
sões, mais benefícios eles trarão para seus tabela é uma coleção de campos relaciona-
setores de aplicação (MIRANDA, 2010). dos ao mesmo objeto em questão, como
A Organização Mundial de Saúde (OMS) por exemplo, a tabela Equipamento que
definiu em uma série técnica sobre dis- contém todos os campos com os dados
positivos médicos que um Sistema de referentes àquele Equipamento Médico
Gestão de Manutenção Computadorizada Hospitalar em específico.
(Computerized Maintenance Management A segunda parte baseia-se nos módu-
System - CMMS) é um software para com- los do CMMS, ou melhor explicando,
putador que contém uma base de dados em um conjunto de tabelas e telas de
repleto de informações sobre todas as ope- dados. Por exemplo, o módulo Inventário
rações de manutenção do Estabelecimento contém todas as tabelas referentes aos
Assistencial de Saúde (EAS) (WHO, 2011), Equipamentos Médicos Hospitalares, como
ou seja, todas as atividades relacionadas às a tabela de Equipamento, a tabela de Saída
ordens de serviço internas de um EAS. de Equipamento, dentre outras.
O CMMS é usado para automatizar a A terceira e última parte são as buscas
documentação das atividades relaciona- e os relatórios. A busca permite ao usuá-
das com dispositivos médicos, incluindo o rio adicionar, recolher e analisar os dados a
planejamento dos Equipamentos Médicos partir de uma seleção de campos, tabelas e
Hospitalares, a gestão de inventário, os pro- módulos. Já os relatórios gerados podem
cedimentos de manutenções preventivas e ser pré-definidos através de padrões ou
corretivas, o controle de peças de reposi- podem ser personalizados para uma aplica-
ção, os contratos de serviço, dentre outros. ção ou uso particular (WHO, 2011).
Os dados coletados podem ser analisados Em suma, um CMMS por ser entendido
e utilizados para a gestão da tecnologia, como um Sistema de Informação Gerencial
garantia de qualidade, controle de ordens voltado para a Engenharia Clínica. São con-
de serviço e orçamentação do Equipamento siderados Sistemas de Informação Gerencial
Médico Hospitalar (WHO, 2011). já que transformam dados avulsos em infor-
Ainda, segundo a Organização Mundial mações úteis que auxiliam nos processos
de Saúde, o CMMS é composto de cam- decisórios e são voltados para a Engenharia
pos, tabelas e módulos preenchidos com Clínica porque os dados inseridos estão
dados do setor de Engenharia Clínica. relacionados com Equipamentos Médicos
Usando um CMMS, tais dados podem ser Hospitalares e suas rotinas de manutenções.
acessados, manipulados e analisados por
meio de interfaces amigáveis - o software.
Os relatórios podem ser gerados a partir do
sistema para ajudar a tomar decisões acerca

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LOPES: UMA PROPOSTA DE ARQUITETURA

METODOLOGIA O sistema proposto foi modelado


tomando como base a arquitetura de
A proposta deste trabalho foi a de mode- um Sistema de Gestão de Manutenção
lar um software cujo intuito principal é Computadorizada (do inglês, CMMS -
promover a informatização e a centralização, Computerized Maintenance Management
em uma única plataforma web, de todos os System), definida pela Organização Mundial
processos de gerenciamento que envol- de Saúde (WHO, 2011), e foi a arquitetura
vessem o setor de Engenharia Clínica do escolhida por ser o padrão utilizado nos sis-
Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). temas aplicados à indústria de manutenção
A fim de projetar um sistema de gerencia- hospitalar. Essa arquitetura já foi explanada
mento, foi necessário criar um modelo que com detalhes anteriormente.
atendesse a real necessidade do setor, ou Baseado em tal arquitetura, o sistema
seja, um sistema que possibilitasse o con- será dotado de três módulos para inserir
trole organizado das informações. informações no banco de dados, sendo eles:
O levantamento dos requisitos e a mode- Cadastros, Inventário e Ordens de Serviço.
lagem do sistema ocorreram mediante No módulo de Cadastros, serão inseridos
encontros semanais no setor de Engenharia no sistema os dados que serão utilizados
Clínica do HUOL, em que os presentes - como base para os demais cadastros. No
Rafael Cavalcanti Contreras, Engenheiro módulo de Inventário constarão todos os
Clínico do setor, e Ícaro Fernando Fonsêca dados sobre os Equipamentos Médico-
Braga, servidor terceirizado do setor, avalia- Hospitalares (EMH). Por fim, no módulo de
ram os avanços da modelagem e sugeriram Ordens de Serviço constarão as informações
possíveis modificações para o aprimora- sobre os serviços de manutenção realizados
mento do mesmo. nos EMH. O sistema ainda conta com os
A linguagem escolhida para mode- módulos de Autenticação e Administração,
lar o sistema foi a UML - Linguagem de que serão descritos posteriormente.
Modelagem Unificada (do inglês, UML Por meio da Figura 4, é possível ilustrar
- Unified Modeling Language), uma lingua- os módulos do sistema, descritos anterior-
gem padrão para a elaboração da estrutura mente, e suas respectivas relações. Ainda
de projetos de software. O programa uti- de acordo com a arquitetura CMMS, será
lizado para desenvolver os diagramas do possível, através do sistema, a consulta de
modelo é o disponível em uma plataforma dados e a geração de relatórios (que não
online no draw.io. são definidos como módulos em si).

PARÂMETROS DO SISTEMA
Com a finalidade de obter as informa-
ções necessárias para a modelagem do
sistema de gerenciamento da Engenharia
Clínica (EC), utilizou-se como estudo de
caso os dados que o setor de EC do Hospital
Universitário Onofre Lopes utilizam para o
controle dos fluxos de gerenciamento que
se referem ao inventário dos Equipamentos
Médicos Hospitalares e às ordens de ser-
viço realizadas.

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Figura 4 - Esquema da arquitetura dos módulos do sistema. Fonte: Autoria Própria.

O módulo de Administração criará os respectivas interações serão descritas com


perfis de acesso e determinará permissões detalhes posteriormente.
de acesso para cada perfil criado. Após Através da Figura 5, é possível visualizar os
isso, haverá a autenticação no sistema, no módulos do sistema, suas respectivas tabe-
qual o usuário, através de seu perfil, poderá las e ligações. O termo <<extend>> significa
ter acesso aos cadastros e às consultas, de dizer que a tabela só será cadastrada caso
acordo com as permissões atribuídas no tenha uma tabela anterior associada a ela.
módulo de Administração. Após realizar o Já o termo <<include>> significa que uma
cadastro das informações-base no módulo tabela contém informações de outra tabela,
de Cadastros, o usuário realiza o cadastro do mas não necessariamente que precisa des-
equipamento no módulo Inventário e, por sas informações para ser cadastrada. Esses
fim, o cadastro das informações de manu- termos são padrões da linguagem UML, por
tenção no módulo de Ordens de Serviço. isso foram utilizados. Por exemplo, a gera-
Mas o usuário também poderá inserir um ção de relatórios será feita de acordo com
equipamento em um cadastro-base reali- a inclusão de equipamentos ou de ordens
zado anteriormente, como por exemplo: de serviço como parâmetros. Cada elipse
cadastrar um contrato de manutenção sem representa o cadastro de uma tabela, junta-
equipamento e, após isso, cadastrar um mente com a consulta dos dados inseridos.
equipamento associando o contrato a ele; O profissional que irá controlar o sistema
ou cadastrar um equipamento sem contrato está representado pelo ator: Profissional de
associado e, após isso, criar um contrato Engenharia Clínica, e o ator Administrador
associando a ele todos os equipamentos. O terá acesso ao cadastro dos dados, consulta
usuário não poderá cadastrar uma ordem de e, exclusivamente a ele, é dada a permissão
serviço sem associar um equipamento a ele, de exclusão dos dados inseridos.
mas um equipamento pode está associado
a várias ordens de serviço distintas.
O módulo Cadastros conta com o
cadastro das seguintes tabelas: Contratos,
Aquisição e Fornecedores. O módulo
Inventário conta com o cadastro da tabela
de Equipamentos. Já o módulo Ordens de
Serviço com as tabelas de Ordem de Serviço
Externa, Ordem de Serviço Interna e Saída
de Equipamentos. Todas as tabelas e suas

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Figura 5 - Diagrama dos casos de uso do sistema. Fonte: Autoria Própria.

De acordo com as Figura 6 e 7, é possível


observar a interação entre todas as tabelas
que compõe os módulos do sistema, bem
como seus campos de cadastro e os tipos
dos dados inseridos nesses campos. Cada
retângulo representa uma tabela e cada
linha do retângulo um campo associado à
tabela. A expressão <<enumaration>> sig-
nifica que o campo é do tipo escolha, ou
seja, as opções mostradas no retângulo
equivalem às opções de escolha disponíveis
para o usuário.
Por fim, de acordo com a Figura 8, é pos-
sível observar as sequências de operações
que se desencadeiam durante a utilização
do sistema. Usuário, Sistema e Banco de
Dados são os três cenários principais, e
essas sequências de operações se desenca-
deiam de acordo com esses cenários.

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Figura 6 - Diagrama de relacionamento entre as tabelas e seus respectivos campos no sistema – módulos de Cadastros e
Inventário. Fonte: Autoria Própria.

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Figura 7 - Diagrama de relacionamento entre as tabelas e seus respectivos campos no sistema – módulo de Ordens de
Serviço. Fonte: Autoria Própria.

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Figura 8 - Diagrama que exibe a sequência de operações do sistema. Fonte: Autoria Própria.

MÓDULO DE AUTENTICAÇÃO Engenharia Clínica do Hospital Universitário


Onofre Lopes. Nele, estão inclusas as
O módulo de autenticação é o respon- ações de login e logout, além de técnicas
sável por permitir o acesso ao sistema de segurança para preservar o sistema de
por parte dos profissionais do setor de possíveis ataques como CSRF (Cross Site

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Request Forgery), um ataque que se apro- do equipamento), Ano do Pregão (referente


veita de um usuário conhecido ao sistema ao processo de compra do equipamento),
para enviar comandos não autorizados por UASG (Unidade Administrativa de Serviços
este usuário (DANTAS, 2016). Essas técnicas Gerais) e Fornecedor (todas as opções de
de segurança serão definidas, em especial, fornecedores já foram cadastradas anterior-
pela linguagem utilizada para desenvolver o mente na tabela Fornecedor). Todos esses
sistema, já que essas técnicas estão inclusas campos estão relacionados aos dados da
em tais linguagens. aquisição de uma compra para determina-
dos equipamentos. Há ainda a opção de
inserir, ou não, os equipamentos associados
àquela aquisição. É possível visualizar de
MÓDULO DE CADASTROS forma clara todos esses campos através da
Através desse módulo, são inseridos Figura 6 mostrada anteriormente.
no SGDB (Sistema de Gerenciamento de E por fim, os campos da tabela Contrato
Banco de Dados) os cadastros das tabe- baseiam-se em: Número do Contrato
las Fornecedores, Contratos e Aquisição. (número referente ao contrato de manu-
Apesar dos demais módulos também rea- tenção/garantia do equipamento), Início da
lizarem cadastros, o nome foi determinado Vigência do Contrato (a partir de que data
como “Cadastros” por logística do fluxo, o contrato se inicia), Fim da Vigência do
já que são cadastros-base que podem Contrato (a data que o contrato de manuten-
anteceder a abertura de chamados de ção finaliza), Fornecedor (todas as opções
manutenção e de inserção de equipamen- de fornecedores já foram cadastradas ante-
tos no inventário. riormente na tabela Fornecedor), Cobertura
Os campos da tabela Fornecedor são os (se o contrato cobre ou não peças de reposi-
únicos que não possuem chave estrangeira, ção), Manutenção (os tipos de manutenção:
ou seja, que não estão associados às outras preventiva, corretiva ou preditiva, que o con-
tabelas para poderem ser cadastrados. trato cobre), Periodicidade (de quanto em
Tais campos baseiam-se em: Razão Social quanto tempo as manutenções preventivas
(nome registrado em cartório da empresa), serão realizadas), Valor Global (valor total
Nome Fantasia (nome popular da empresa, do contrato de manutenção) e Valor Mensal
não sendo necessariamente o nome regis- (quanto de custo mensal aquele contrato irá
trado), CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas gerar para o hospital). Todos esses campos
Jurídicas), E-mail (e-mail da empresa para estão relacionados aos dados do contrato
contato), Telefone (telefone da empresa de compra ou de garantia para determina-
para contato), Responsável (nome da pessoa dos equipamentos. Há ainda a opção de
responsável ao se entrar em contato com a inserir, ou não, os equipamentos associa-
empresa) e Site (site oficial da empresa for- dos àquele contrato. É possível visualizar de
necedora do serviço). É possível visualizar forma clara todos esses campos através da
de forma clara todos esses campos através Figura 6 mostrada anteriormente.
da Figura 6 mostrada anteriormente.
Já os campos da tabela Aquisição
baseiam-se em: Número do Processo MÓDULO DE INVENTÁRIO
(número do processo da aquisição), Taxa de
Depreciação (o quanto em porcentagem o Por meio do inventário dos Equipamentos
equipamento perde de valor com o passar Médico-Hospitalares, é possível definir o
dos anos), Número da Nota Fiscal (gerado âmbito de atuação da Engenharia Clínica.
pela compra do equipamento), Número do Neste módulo, são registrados os seguintes
Pregão (referente ao processo de compra campos da tabela Equipamento: Nome do

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Equipamento, Fabricante, Modelo, Origem previamente sem informações de Aquisição,


do Patrimônio (se é da Universidade Federal por não ser um campo obrigatório. As
do Rio Grande do Norte ou da Empresa chaves estrangeiras foram adotadas para
Brasileira de Serviços Hospitalares), Número facilitar o fluxo dos dados e tornar o sistema
do Patrimônio, Número de Série (número automático e mais fluido.
de identificação específico de cada equi- Da mesma forma, acontece com o campo
pamento, já vem de fábrica), Localização dados do contrato (tabela Equipamento)
(em qual setor se encontra o equipa- quando, após inserir o número do
mento), Integridade Física (escolher dentre contrato (tabela Contrato), associa-se auto-
as opções: boa, aceitável e ruim), Status maticamente todos os dados de contrato ao
(escolher dentre as opções: ativo, alienado Equipamento Médico-Hospitalar que está
e manutenção), Classificação da Função do sendo cadastrado, sendo o fluxo contrário
Equipamento (será explanado com mais também possível, assim como já foi mencio-
detalhes posteriormente), Classificação nado anteriormente.
do Risco de Uso na Aplicação Clínica (será Em se tratando dos campos: Classificação
explanado com mais detalhes posterior- da Função do Equipamento, Classificação
mente), Classificação da Necessidade ou do Risco de Uso na Aplicação Clínica e
Requisito de Manutenção (será expla- Classificação da Necessidade ou Requisito
nado com mais detalhes posteriormente), de Manutenção, retirados de Contreras
Ano de Fabricação, Data de Aquisição, (2015) e apresentados a seguir nas Tabelas
Registro Anvisa (número do registro Anvisa), de 1 a 3, é possível fazer o cálculo auto-
Acessórios (acessórios que acompanham mático pelo sistema do índice de Gestão
a aquisição do equipamento), Data de de Equipamento (GE) e, dependendo do
Garantia, Dados da Aquisição (número do valor calculado, pode-se definir se o equi-
processo e valor da aquisição), Dados do pamento será ou não incluído no inventário.
Contrato (dados do contrato de manuten- Em suma, o GE é um índice importante
ção associado ao equipamento) e Manuais para definir a necessidade de se incluir ou
(manuais, no formato eletrônico, de funcio- não o Equipamento Médico-Hospitalar no
namento do equipamento). inventário. O critério de inclusão será base-
Os campos dados da aquisição e dados ado no risco, associado ao seu uso. Ainda
do contrato têm como chave estrangeira segundo Contreras (2015), serão incluídos
o número do processo de aquisição e o no programa os Equipamentos Médicos
número do contrato, respectivamente. Uma Hospitalares cujo índice GE for igual ou
chave estrangeira, assim como já foi citado, superior a 12.
funciona como um campo que estabelece o
relacionamento entre duas tabelas. Sendo
assim, após inserir o número do processo GE = FE + RI + RM equação (1)
de aquisição (tabela Aquisição) no campo
dados da aquisição (tabela Equipamento), Cálculo Índice Gestão de Equipamento, no
o sistema automaticamente puxa do banco qual:
de dados todos os campos ligados àquela
aquisição e associa ao Equipamento Médico- GE = Índice Gestão de Equipamento
Hospitalar que está sendo cadastrado. Mas FE = Função do Equipamento (Tabela 1);
o fluxo oposto também é possível, ou seja, RI = Risco de Uso na Aplicação Clínica
ao cadastrar a tabela Aquisição, é possível (Tabela 2);
inserir os equipamentos associados àquela RM = Necessidade ou Requisito de
Aquisição, equipamentos esses cadastrados Manutenção (Tabela 3).

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Tabela 1 – Pontuação da Função do Equipamento

DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO PONTUAÇÃO

Suporte à vida 10

Cirurgia e cuidados intensivos 9

Terapia física e tratamento 8

Monitoramento cirúrgico ou intensivo 7

Monitores fisiológicos/Diagnóstico imagem 6

Laboratório analítico 5

Acessórios de laboratório 4

Sistemas computacionais e equipamentos


3
associados

Outros equipamentos relacionados 2

Tabela 2 – Pontuação do Risco de Uso na Aplicação Clínica

DESCRIÇÃO DO RISCO DE USO PONTUAÇÃO

Possibilidade de morte do paciente 5

Possibilidade de lesão ao usuário ou paciente 4

Terapia inapropriada ou falso diagnóstico 3

Danos ao equipamento 2

Não há riscos significativos 1

Tabela 3 – Pontuação da Necessidade ou Requisito de Manutenção

NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO PONTUAÇÃO

Extensiva: calibração de rotina e substituição de peças 5

Acima da média 4

Média: verificação de desempenho e testes de


3
segurança
Abaixo da média 2

Mínimo: inspeção visual 1

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MÓDULO DE ORDENS DE SERVIÇO


Em se tratando dos campos referentes
As ordens de serviço são solicitações de às ordens de serviço externas, já ilustrados
serviços de manutenção para os equipamen- anteriormente na Figura 7 mostrada ante-
tos cadastrados no inventário. A diferença riormente, pode-se dizer que baseiam-se
entre a ordem de serviço interna e a externa em: Nome do Equipamento (todas as
é que um serviço externo é solicitado opções de Equipamentos já foram cadas-
somente se o equipamento tiver contrato tradas anteriormente no módulo Inventário,
ou estiver na garantia. Para os demais casos, na tabela Equipamento), Dados do
solicita-se a ordem de serviço interna. Fornecedor (todas as opções de fornecedo-
Neste módulo, são registrados os cam- res já foram cadastradas anteriormente no
pos das ordens de serviço internas, externas módulo Cadastros, na tabela Fornecedor),
e de saída de equipamento. Os campos Pessoa de Contato (pessoa representante
referentes às ordens de serviço internas, da empresa responsável pela manutenção
já ilustrados anteriormente na Figura 7, externa), Data do Chamado (quando o equi-
baseiam-se na tabela com os seguintes pamento quebrou), Data do Atendimento
campos: Equipamento (todas as opções de (quando a empresa foi até o hospital efetuar
Equipamentos já foram cadastradas ante- a manutenção), Previsão de Entrega, Serviço
riormente no módulo Inventário, na tabela Solicitado (escolher dentre as opções:
Equipamento), Acessórios do Equipamento, Manutenção Preventiva, Manutenção
Data de Saída do Equipamento (data que Corretiva, instalação, treinamento ou cali-
o equipamento saiu do setor e foi para a bração), Acessórios, Recebido por (após
manutenção interna), Data de Retorno (data a realização da manutenção, qual a pes-
que o equipamento voltou ao setor con- soa do setor que recebeu o equipamento
sertado), Defeito Relatado (defeito que foi consertado), Data de Devolução (quando
descrito pelo setor ao abrir o chamado de o equipamento foi consertado), Horário,
manutenção), Serviço Solicitado (escolher Falha Relatada (defeito que foi descrito
dentre as opções: Manutenção Preventiva, pelo setor ao abrir o chamado de manuten-
Manutenção Corretiva, instalação, treina- ção), Serviço Executado (quem executou o
mento ou calibração), Falha Apresentada conserto do equipamento), Valor (quanto
(o real defeito que foi identificado pela foi o conserto), Vencimento da Garantia,
manutenção), Descrição Detalhada da Status (escolher dentre as opções: aberto,
Falha (descrição do defeito com detalhes), atendimento remoto, agendado, não
Execução do Serviço (quem executou o agendado, aguardando peça, aguardando
conserto do equipamento), Status (escolher atendimento, aguardando orçamento ou
dentre as opções: aberta, em atendimento, finalizado) e Arquivo (campo para inserir
aguardando peça ou fechada). Por meio dos um relatório de manutenção emitido pela
campos data de saída e data de retorno, é empresa executora do serviço). Os cam-
possível fazer o cálculo automático das horas pos de tempo atendimento e de tempo
técnicas (cálculo expresso através da equa- parou são calculados através dos campos
ção 2 a seguir), isto é, calcular o número de data do chamado + data do atendimento
dias entre a saída do equipamento e seu para tempo atendimento (cálculo expresso
retorno e transformar esse valor em horas. através da equação 3 a seguir) e data do
chamado + data de devolução para campo
tempo parou (cálculo expresso através da
Horas Técnicas = (Data de Retorno – Data de
Saída do Equipamento) * 24 horas equação 4 a seguir). É possível fazer o cál-
culo das horas, calculando o número de dias
equação (2) entre as datas descritas e transformando
esse valor em horas.

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Tempo de Atendimento = (Data do consertar, casos que não geram uma ordem
Atendimento – Data do Chamado) * 24 horas de serviço mas que precisam ser registradas
no sistema por motivos de controle.
equação (3)

Tempo que Parou = (Data de Devolução –


Data do Chamada) * 24 horas MÓDULO DE ADMINISTRAÇÃO
O módulo de administração tem influ-
equação (4)
ência sobre todos os outros módulos do
sistema, pois permite que se criem novos
Vale salientar que, também se usuários e que se atribuam a eles algu-
engloba nesse módulo, a tabela Saída mas ou todas as permissões de acesso aos
de Equipamento com os seguintes cam- demais módulos do sistema. Ele por si só já
pos, já ilustrados anteriormente na Figura permite acesso, sem restrições, a todos os
7: Equipamento (todas as opções de cadastros, listagens e buscas, além de per-
Equipamentos já foram cadastradas ante- mitir que sejam excluídos itens das listagens
riormente no módulo Inventário, na tabela que no sistema, acessando pelos demais
Equipamento), Acessórios do Equipamento, módulos, não é permitido.
Data de Saída do Equipamento (data que
o equipamento saiu do setor e foi para a
manutenção), Data de Retorno (data que RELATÓRIOS E INDICADORES
o equipamento voltou ao setor conser-
tado), Defeito Relatado (defeito que foi DE ENGENHARIA CLÍNICA
descrito pelo setor ao abrir o chamado de
manutenção), Serviço Solicitado (escolher Todos os dados cadastrados e salvos no
dentre as opções: Manutenção Preventiva, banco de dados podem ser acessados com
Manutenção Corretiva, instalação, treina- a finalidade de gerar relatórios de análise.
mento ou calibração), Falha Apresentada O usuário entrará no sistema, na área de
(o real defeito que foi identificado pela Relatórios, e escolherá os parâmetros nos
manutenção), Descrição Detalhada da quais ele quer extrair informações para aná-
Falha (descrição do defeito com detalhes), lise. Exemplo: escolher o módulo Inventário,
Execução do Serviço (quem executou o a tabela de equipamentos, os campos nome
conserto do equipamento), Status (escolher do equipamento e setor (e seus respectivos
dentre as opções: aberta, em atendimento, valores), e o parâmetro de data. O sistema
aguardando peça ou fechada). Por meio dos indicará, através de um arquivo gerado,
campos data de saída e data de retorno, quantas vezes aquele equipamento esco-
é possível fazer o cálculo automático das lhido como parâmetro quebrou no setor
horas técnicas (cálculo expresso através da escolhido como parâmetro no período tam-
equação 2 explicada anteriormente), isto é, bém definido como parâmetro. Com esses
calcular o número de dias entre a saída do arquivos gerados, ou seja, com os rela-
equipamento e seu retorno e transformar tórios gerados, será possível a análise de
esse valor em horas. todos os indicadores de referência (tempo
Os campos são semelhantes aos campos e qualidade, por exemplo) baseados nos
da tabela Ordem de Serviço Interna, mas as parâmetros definidos pelo usuário.
tabelas se diferem porque em alguns casos Tais relatórios, após essa análise, pos-
o setor empresta equipamento ou manda sibilitam a geração de indicadores de
equipamento sem contrato para averiguar os desempenho, de acordo com os parâme-
problemas e a partir daí fazer licitação para tros estabelecidos pelo usuário na hora

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da solicitação no sistema. Os indicadores na realização de procedimentos gerenciais,


podem ser aplicados tanto para os equipa- principalmente em se tratando de fluxos com
mentos cadastrados (quantidade de vezes alta complexidade, como é o caso do setor
que equipamento Y quebrou em um perí- em questão.
odo de tempo de seis meses, por exemplo), Partindo dessa questão, foi modelada
como para as ordens de serviço cadastradas uma plataforma web para gerenciamento,
(quantidade de ordens de serviço que setor aplicada no setor de Engenharia Clínica do
X abriu no período de um mês, por exemplo). Hospital Universitário Onofre Lopes. O sof-
Os indicadores de desempenho podem tware modelado possibilitará uma diminuição
ser de tempo ou de qualidade, de acordo no tempo gasto com cadastro, consultas,
com a demanda, esclarecendo, de acordo análises, edição de dados, tornará o processo
com o que está sendo solicitado. Eles podem de gerenciamento menos complicado e mais
ser, por exemplo: número de ordens de ser- fluido, e organizará os dados de forma mais
viço abertas, número de ordens de serviço clara e simples.
fechadas, tempo de atendimento, número de Adicionalmente, por ser uma plataforma
ordens de serviço abertas por equipamento, web e possibilitar o acesso aos dados pelos
tempo de paralisação do equipamento. três segmentos da Engenharia Clínica do
O uso de indicadores possibilitará ao Hospital Universitário Onofre Lopes, a inte-
setor criar rotinas de manutenções pre- gração dos subsetores permitirá uma melhor
ventivas e preditivas, de cronogramas de comunicação sobre os serviços efetuados
treinamento, ou seja, ações mais preventivas pelo setor como um todo.
que corretivas. Por exemplo: foi constatado No que se refere à arquitetura do sistema
que no setor X, o equipamento Y registrou proposto, a plataforma web modelada pos-
três vezes mais ordens de serviço abertas sui todos os recursos necessários para um
que no setor Z no mesmo período de tempo sistema de gerenciamento voltada para a
devido ao mau uso. Sendo assim, foi cons- Engenharia Clínica (EC), de acordo com a
tatada a necessidade de cronogramas de literatura consultada e demais adaptações
treinamentos para os funcionários do setor. solicitadas pelos profissionais do setor de
Além disso, essa ferramenta indica cami- EC do Hospital Universitário Onofre Lopes
nhos ou áreas com maior probabilidade e (HUOL). O sistema não poderia ser utilizado
necessidade para melhoria ou redução de no setor de EC de outros hospitais pois sua
custos, além de indicar o ajuste de rotinas modelagem possui algumas peculiarida-
de manutenção do setor para aumentar a des que são características do HUOL, como
eficiência dos serviços prestados. É impor- por exemplo, informações sobre licitação e
tante que qualquer crescimento ou inovação pregão, que são características de estabeleci-
a ser incorporado em determinado proce- mentos públicos, não sendo possível aplicar a
dimento seja feito somente após a análise estabelecimentos privados.
detalhada daqueles indicadores (SOUZA; No mais, integrar o sistema com os demais
MILAGRE; SOARES, 2012). setores do hospital seria de grande valia.
Atualmente, a modelagem do sistema é pro-
posta somente para acesso dos profissionais
da Engenharia Clínica. Ampliando o acesso
CONSIDERAÇÕES FINAIS aos demais setores do hospital, possibilitaria
os cadastros dos chamados de manutenção
A partir deste trabalho, pode-se concluir diretamente no sistema pelos responsáveis do
que é de fundamental importância a utiliza- setor solicitante, chamados esses que seriam
ção de um software de gerenciamento no analisados pela chefia de Engenharia Clínica
setor de Engenharia Clínica (EC), com o obje- antes mesmo de direcionar o técnico ao setor
tivo de se obter um maior controle e eficácia que abriu o chamado. Exemplificando, ao

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constatar que um carro de anestesia parou de


funcionar, o responsável pelo setor solicitante
entraria no sistema e abriria um chamado
de manutenção para o setor de Engenharia
Clínica do Hospital Universitário Onofre
Lopes. Tal chamado seria visto pela oficina,
pela central de equipamentos e pela chefia.
A chefia, a princípio, analisaria todos os cha-
mados de manutenção anteriores que foram
abertos para aquele equipamento e discutiria
qual a melhor forma de conduzir a situação:
se seria fazer um novo contrato de manuten-
ção ou suspender de vez seu uso, caso ele
não tivesse nenhum contrato de manutenção,
por exemplo.

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