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Todas as informações juntas nos permitem dar sentido ao mundo à nossa volta. Elas suportam
nossa habilidade de nos engajar e interagir com objetos, pessoas e ambientes. As sensações
nutrem o cérebro com todas as informações necessárias para sustentar nossas habilidades. Ao
nascimento o bebê apenas é capaz de integrar alguns estímulos básicos de tato, de movimento
e de sensação corporal. Conforme a criança se desenvolve ela experimenta novas sensações,
obtém aprendizados através delas e aprende como funcionar no mundo.
Ser capaz de interpretar o mundo é fundamental para estabelecer relações. Quando temos
dificuldade de processar informações, em qualquer nível, poderemos ter dificuldade de lidar
com nossa motricidade, com o equilíbrio, com os objetos que pegamos ou quando algo nos
toca, em compreender figuras e sons e até mesmo em nos alimentar.
Cada pessoa com TEA é única e pode ter dificuldades especificas em cada sentido, nas
diferentes esferas do processamento. De acordo com as respostas apresentadas alguns
estudos agrupam padrões comuns de alterações sensoriais.
Relações entre sinais precoces de TEA e alterações sensoriais incluem dificuldades em ajustar
os desafios sensoriais do ambiente, como “ignorar” sons de fundo, odores, luzes e até mesmo
a sensação das roupas no corpo em detrimento de prestar atenção em uma atividade
especifica. Também podem estar relacionadas à busca de movimentos, baixa percepção à dor,
dificuldade de perceber onde o corpo está no espaço, de compreender figuras se movendo à
frente e de tolerar a intensidade do contato na pele.
Na vida diária, essas dificuldades podem tanto influenciar tarefas básicas, pois precisamos do
tato e da percepção visual para sermos capazes de colocar uma camiseta corretamente, como
habilidades em brincadeiras motoras e mesmo engajar-se nas atividades escolares com
estímulos diferentes ao fundo.
A hiper ou hipo reatividade aos estímulos sensoriais é a forma mais comum de alteração
sensorial apresentada pelas pessoas com TEA. Alguns autores3 relatam relação entre as
alterações de modulação sensorial e as habilidades sociais, incluindo a comunicação social.
Um número considerável de crianças com TEA resiste a tocar em determinadas texturas pois
não conseguem modular a informação do sistema tátil adequadamente. As vezes elas podem
demonstrar desconforto para tocar em uma tinta na escola ou para manipular um alimento e
esse desconforto pode tornar as tarefas muito difíceis de serem realizadas.
As alterações de praxia também são muito comuns em pessoas com TEA e ficam mais
evidentes conforme a criança cresce, se torna adolescente e adulta. A praxia se refere à
habilidade de generalizar uma ideia sobre o que fazer, para formar um plano de ação e
executar uma tarefa. Assim, ela basicamente envolve três etapas: a ideação, o planejamento e
a execução. Muitas pessoas com TEA têm dificuldade em integrar todas as informações
sensoriais do ambiente e organizar possibilidades de ação de diferentes maneiras.
2. Ser um detetive sensorial identificando quais são os sistemas sensoriais que são mais
desafiadores e quais tem mais potencialidades. Para desenvolver estratégias que acessam as
áreas com dificuldades devemos considerar os sistemas sensoriais que são os pontos fortes;
Referências Bibliográficas