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Mais cedo ou mais tarde, todo nós, como cristãos, percebemos que nossa
vida com Cristo é um campo de batalha e não um parque de diversões, e
que, se não contarmos com a ajuda do Senhor, o inimigo que temos diante
de nós é muito mais forte do que nós. O apóstolo Paulo usa uma imagem
militar para ilustrar o conflito do cristão com Satanás. Ele próprio encontrava-
se acorrentado a um soldado romano (Ef 6:20), e, seus leitores estavam
acostumados com os soldados e seus equipamentos de guerra. Na verdade,
Paulo demonstra um gosto por ilustrações militares (2 Co 10:4; 1 Tm 6:12; 2
Tm 2:3; 4:7).
Nos últimos versículos de sua carta, Paulo trata de quatro verdades que, ao
serem compreendidas e aplicadas para nós, permitindo que vivamos de
modo vitorioso.
O capacete da salvação (v. 17). Satanás deseja atacar nossa mente, e foi
assim que derrotou Eva (Gn 3; 2 Co 11:1-3). O capacete da salvação refere-
se à mente controlada por Deus. É triste que muitos cristãos não considerem
o intelecto importante, quando, na realidade, ele tem papel crucial no
crescimento, no serviço e na vitória do cristão. Quando Deus controla a
mente, Satanás não consegue fazer o cristão se desviar. A pessoa de fé que
estuda a Bíblia e que aprende o significado das Escrituras não se deixará
enganar com facilidade. Precisamos ser "instruídos, segundo é a verdade em
Jesus" (Ef 4:21). Devemos "[crescer] na graça e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 3:18). Em todo lugar onde ministrava,
Paulo sempre ensinava aos recém convertidos as verdades da Palavra de
Deus, e era esse capacete que os protegia das mentiras de Satanás.
Quando nos sentamos com alguém de seitas, ambos com a Bíblia aberta, e
procuramos mostrar a verdade da Palavra de Deus, logo percebemos que
mentiras cegaram seu entendimento.
Se perguntarmos - Como foi que você se afastou de uma igreja que ensina a
Bíblia e se envolveu com essas crenças? Sua resposta nos deixará
pasmado. - Sabe, pastor, a culpa é da igreja. Eu não conhecia coisa alguma
da Bíblia, e a igreja também não me ensinou coisa alguma. Queria estudar a
Palavra, mas ninguém me explicou como fazê-lo. Um dia, ouvi um homem
pregando sobre a Bíblia no rádio e tive a impressão de que ele sabia o que
dizia. Comecei a ler sua revista e a estudar seus livros, e agora estou
convencido de que ele tem razão.
É triste que, ao receber esse homem, sua igreja não tenha lhe provido o
capacete da salvação. Se tivessem praticado a verdade encontrada em 2 Tm
2:2, ele não teria sido mais uma vítima da guerra espiritual.
A espada do Espírito (v. 17b). Essa espada é a arma ofensiva que Deus
nos dá. O soldado romano usava embainhada em seu cinto uma espada
curta para combates corpo a corpo. Hebreus 4:12 compara a Palavra de
Deus com uma espada pois é afiada e capaz de penetrar o ser interior da
mesma forma como a espada material trespassa o corpo. Quando a Palavra
nos convenceu do pecado, nosso coração foi "com pungido" (At 2:37). Pedro
tentou usar a espada para defender Jesus no Getsêmani (Lc 22:47-51), mas,
em Pentecostes, aprendeu que a "espada do Espírito" é muito mais
poderosa. Moisés também tentou conquistar pela espada (Êx 2:11-15), mas
descobriu que a Palavra de Deus, por si mesma, era suficiente para derrotar
o Egito.
Orar em todo tempo. É evidente que isso não significa "proferir orações o
tempo todo". Não somos ouvidos por causa de nossas "vãs repetições" (Mt
6:7). "[Orar] sem cessar" (1 Ts 5:17) significa estar sempre em comunhão
com o Senhor, estar conectado com ele a todo tempo. Ao orar, o ideal é
nunca dizer: "Senhor, colocamo-nos em tua presença...", pois, na verdade,
nunca deixamos a presença dele! O cristão deve orar "em todo tempo", pois
está sempre sujeito a tentações e a ataques do diabo. Um ataque surpresa já
derrotou mais de um cristão que se esqueceu de "orar sem cessar".
Orar com toda oração. Existe mais de uma forma de orar: oração, súplica,
intercessão e ação de graças (Fp 4:6; 1 Tm 2:1). O cristão que ora apenas
para pedir coisas para si está perdendo as bênçãos resultantes da
intercessão e da ação de graças. Na verdade, a ação de graças é uma
grande arma para derrotar Satanás. Assim como o louvor, a oração tem
poder transformador. A intercessão por outros pode trazer vitó ria em nossa
própria vida. "Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus
amigos" (jó 42:10).
Orar no Espírito. De acordo com o modelo bíblico, oramos ao Pai, por meio
do Filho e no Espírito. Romanos 8:26,27 mostra que a única maneira de orar
dentro da vontade de Deus é pelo poder do Espírito. De outro modo, nossas
orações podem ser egoístas e estar fora do que Deus deseja. No
tabernáculo do Antigo Testamento, antes do véu que dava acesso ao Santo
dos Santos, havia um pequeno altar de ouro em que o sacerdote queimava
incenso (Êx 30:1 - 10; Lc 1:1-11). O incenso retrata a oração e, para ser
queimado no tabernáculo ou templo, deveria ser preparado de acordo com
as instruções de Deus, não segundo alguma fórmula humana. O fogo do
altar retrata o Espírito Santo, pois é ele que "acende" nossas orações dentro
da vontade de Deus. É possível orar com fervor na carne e não se comunicar
com Deus. Também é possível orar tranquilamente no Espírito e ver a mão
de Deus fazer grandes coisas.
É interessante observar as palavras que Paulo usa para encerrar esta carta:
paz, amor, fé e graça! O apóstolo estava numa prisão em Roma e, no
entanto, era mais rico do que o imperador. Quaisquer que sejam nossas
circunstâncias, em Jesus Cristo somos abençoados com "toda sorte de
bênção espiritual"!