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1 Educação Esfincteriana

UFCD 3256 – Comportamentos Disfuncionais da Criança:


Formas de Atuação

Formador: Nuno Antunes


Objetivos
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 Compreender a evolução do controlo esfincteriano;


 Reconhecer a importância da educação esfincteriana;
 Identificar as diferentes problemáticas inerentes à
educação esfincteriana;
 Reconhecer diferentes estratégias para promoção do
controlo esfincteriano.

24-09-2013
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Portuguesa
O controlo dos esfíncteres
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Aprendizagem do controlo dos esfíncteres

2º ano - 4º ano de vida

Importante tarefa de desenvolvimento, que envolve a


participação ativa da criança mas também da família

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Requisitos necessários à aprendizagem
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do controlo esfincteriano
 Neuro-muscular – sistema nervoso
e muscular devem estar
suficientemente desenvolvidos.
 Cognitivo – a criança deve
compreender aquilo que se lhe
pede e o que se espera dela. Deve
estar consciente do seu ato e deve
poder manifestar as suas
necessidades por chamamentos e
aguentar até se sentar no bacio.
 Afetivo – a criança deve estar
afetivamente disposta a cooperar.
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Asseio das fezes
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 Aos 5, 6 meses de vida - redução rápida do número


de dejeções devido aos regimes alimentares e à
redução do número de refeições.
 A criança passa a fazer uma ou duas dejeções por
dia, por vezes à mesma hora.
 A defecação ainda não é consciente nem voluntária,
pelo que colocar a criança num bacio pode não ter
êxito.
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Asseio das fezes:
Condições para o êxito
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 A criança deve poder manter-se sentada em


segurança, o que ocorre por volta dos 9, 10 meses.
 Só por volta dos 12 meses é que a criança toma
consciência do ato de ir defecar, isto é, compreende o
que vai fazer.
 Só a partir dos 15 – 18 meses é que a criança
compreende que fazer as suas necessidades no bacio
dá prazer à mãe ou outro adulto.
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Asseio da urina
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 A criança tem de ter adquirido o controlo postural - andar e deslocar-


se facilmente – etapa do desenvolvimento dos15 – 18 meses.
 Consciência de que a bexiga está cheia e de que a pode esvaziar
quando quer
 durante o dia - entre os 12 e os 18 meses;
 durante a noite - 2 anos e meio a 3 anos.
 Até aos 5, 6 anos poderão ocorrer “acidentes noturnos”, sobretudo
nos rapazes.
 A criança tem de compreender o prazer que se sente e se proporciona
ao fazer as suas necessidades no bacio – fase anal Freudiana.
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Enurese: definição
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 Mição (in)voluntária e frequente (mais do que


duas vezes por semana), durante pelo menos 3
meses, numa idade em que já devia ter
ocorrido a aprendizagem do controlo dos
esfíncteres, e na ausência de outra patologia
orgânica.

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Enurese: definição
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 A. Mição repetida na cama ou na roupa (involuntária ou intencional);


 B. O comportamento é clinicamente significativo, manifestado por uma
frequência de duas vezes por semana, por pelo menos 3 meses
consecutivos, ou pela presença de sofrimento clinicamente significativo
ou prejuízo no funcionamento social, académico (ocupacional) ou outras
áreas importantes da vida do indivíduo;
 C. A idade cronológica é pelo menos de 5 anos (ou nível de
desenvolvimento equivalente);
 D. O comportamento não se deve exclusivamente ao efeito fisiológico
direto de uma substância (por ex., diurética) ou a uma condição
médica geral (por ex., diabetes, espinha bífida, epilepsia).

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Enurese: prevalência
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• Rapazes: 7%
10 anos • Rapazes: 1%
• Raparigas: • Rapazes: 3%
3% • Raparigas:
• Raparigas: 1%
2%
5 anos 18 anos
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Tipos de Enurese
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 Noturna: + frequente. Até aos 11 anos é predominante no


sexo masculino;
 Diurna: + frequente nas raparigas, sendo incomum a partir
dos 9 anos;
 Mista: combinação dos dois tipos acima, sendo mais comum
em crianças mais resistentes aos tratamentos e com maior
probabilidade de recaída.

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Enurese: Aspetos Psicológicos
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 A enurese pode ser considerada um problema biocomportamental, pois,


além da fisiologia implicada no molhar-se, é um comportamento
inadequado que nem sempre é causado por uma condição clínica, como
uma doença.
 Potenciais causas psicológicas:
 Medo do escuro;
 Medo de se levantar de noite;
 Reforço positivo à enurese (e.g. a criança vai dormir na cama dos pais após
molhar a sua cama, recebendo carinho e afeição);
 Ansiedade (e.g. entrada na escola, episódio traumático, bullying);
 Exposição a modelos violentos.

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Encoprese: definição
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 Passagem involuntária de fezes em momentos


inapropriados, ocorrendo pelo menos um episódio
por mês num período mínimo de 3 meses, em
crianças com idade mental e cronológica superior a
4 anos.

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Encoprese: tipos
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1. Com Obstipação e Incontinência por Hiperfluxo:


 As fezes são caracteristicamente (mas não invariavelmente) mal formadas
e o vazamento é raro ou contínuo, ocorrendo mais durante o dia. Apenas
quantidades pequenas de fezes são evacuadas quando o indivíduo
tenciona defecar, e a incontinência resolve-se após o tratamento da
obstipação.
2. Sem Obstipação e Incontinência por Hiperfluxo:
 A mais incomum. As fezes tendem a ser normais e consistentes e a
defecação involuntária é intermitente. As fezes podem ser depositadas
num local de destaque, o que está geralmente associado com a presença
de Perturbação de Oposição ou Perturbação do Comportamento ou pode
ser a consequência de estimulação anal.
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Critérios Diagnósticos da
Encoprese (DSM-IV-TR, 2006)
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 A. Emissão fecal repetida de fezes em locais inadequados (por ex.,


nas roupas ou no chão), involuntária ou intencional.
 B. Pelo menos um episódio por mês durante o mínimo de 3 meses.
 C. Idade cronológica de pelo menos 4 anos (ou nível de
desenvolvimento equivalente).
 D. O comportamento não se deve exclusivamente aos efeitos
fisiológicos diretos de uma substância (por ex., laxantes) ou a uma
condição médica geral, exceto através de um mecanismo envolvendo
obstipação.

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Educação esfincteriana:
O que não fazer?
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 Não começar a educação demasiado cedo;


nunca antes dos 10-12 meses para as fezes e
15 meses para a urina durante o dia.
 Não tentar obter o asseio durante a noite se a
criança não o conseguiu durante o dia.
 Não deixar a criança muito tempo no bacio; 4
a 5 minutos bastam.
 Não tentar provocar a defecação recorrendo
a supositórios; talos de couve, etc.
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Educação esfincteriana:
O que não fazer?
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 Não se deve deixar que a criança tenha


prisão de ventre, pois as fezes podem
tornar-se duras e magoar ou provocar
fissuras anais dolorosas que levarão a
criança a recear a evacuação.
 Não se deve associar às fezes ou à sua
evacuação a ideia de coisas imundas ou
repreensíveis, mesmo que o bebé toque
nessas matérias.
 Não se deve tentar pôr a criança na sanita
antes dos 3 anos e antes de um
desenvolvimento bem adquirida: a posição
pode ser desconfortável e assustadora.
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Educação esfincteriana:
O que não fazer?
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 Não se devem ralhar ou castigar


os inevitáveis “acidentes”.
 Aceitar até aos 3,4 anos os
“acidentes”.
 Não se deve ignorar a “revolta
do bacio” que poderá ocorrer
(mesmo) na criança que já tenha
adquirido o asseio.
 Não comparar nunca uma
criança com outra, mesmo que
seja um irmão.
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Educação esfincteriana:
O que fazer?
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 Devem-se encorajar os êxitos


com alegria, evitando-se
salientar os desaires, através
de um sistema de reforços, à
medida que vai conseguindo o
controlo.
 Ensinar ao bebé, enquanto ele
está no bacio, a mímica de
fazer força, que ele imitará
pouco a pouco.
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Educação esfincteriana:
O que fazer?
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Enurese
 Avaliar o modo como a criança perceciona as mições involuntárias, a reação da família,
o impacto da enurese na família, escola, amigos, etc.;
 O quarto da criança deverá sempre ficar o mais próximo possível da casa de banho,
de modo a facilitar o acesso;
 Deixar uma luz acesa;
 Não encorajar o uso de fraldas;
 Proteger o colchão;
 Utilizar um alarme urinário – Pipi Stop e calendário das noites secas;
 Estimular a criança a ingerir líquidos durante o dia para que possa reconhecer a
sensação de bexiga cheia e reduzir a ingestão de líquidos à noite.

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Enurese noturna: Pipi-Stop
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 Idade: Preferencialmente com crianças com mais de 8


anos;
 Duração média do tratamento: 8 a 16 semanas.
 Taxa de sucesso: em média 70%, com recaída de 10
a 40%. Geralmente, cura a 100% na 2ª vez;
 A decisão deve ser efetuada sempre consultando a
criança e obtendo o seu consentimento, tal como
consultando o médico e após recomendação deste.
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Educação esfincteriana:
O que fazer?
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Encoprese
 Retirar as fezes duras que estão no reto,
com auxílio de clisteres;
 Consulta e apoio médico e/ou psicológico;

 Dieta rica em fibras e com elevada


ingestão de água;
 Técnicas de biofeedback - a criança
aprende a relaxar o esfíncter durante o
esforço defecatório.
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Educação esfincteriana:
O que fazer?
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Durante o dia:
 Treino de retenção – é pedido à criança que aguente a
urina (ou as fezes) por um período cada vez maior,
sempre que manifeste vontade, de forma a estimular o
músculo, devendo ser elogiada por tal comportamento;
 Interrupção do jacto – para consciencializar a criança do
mecanismo muscular a realizar para reter a urina.

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Educação esfincteriana:
O que fazer?
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Durante a noite:
 Auto-monitorização das emissões noturnas;
 Reforço positivo pelos pais do comportamento
desejado;
 Levar a criança à casa de banho antes de ir dormir;

 Pode-se acordar a criança a meio da noite para


que está vá urinar.
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Bibliografia
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 Barros, L. (2004). Perturbações de eliminação na infância e na


adolescência. Lisboa: Climepsi.
 Butler, R. J. (1998). Night wetting in children: psychological aspects.
Journal of Child Psychology and Psychiatry, 39 (4), 453-463.
 www.educare.pt.
 APA (2006). DSM-IV-TR (2006). Lisboa.

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