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Há muito se tem estudado sobre a origem das dificuldades de aprendizagem, busca na qual contou
com a dedicação de médicos, psicólogos e educadores, dispostos a entender e atender pessoas com
necessidades educacionais especiais que comprometiam o ato de aprender.
Nesta busca constante, diversas teorias e experimentos foram realizados, e com o aprimoramento
dos estudos surge então a Psicopedagogia.
A Psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de
aprendizagem humana: seus padrões normais e patológicos considerando a influência do meio - família,
escola e sociedade – no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia.
(Associação Brasileira de Psicopedagogia).
Encontramos na literatura, no de 1920, como o surgimento do primeiro centro de psicopedagogia,
ligado ao pensamento psicanalítico de Lacan. Mas há também registros que datam o surgimento dos
primeiros centros psicopedagógicos, na década de 40, após a Segunda Guerra Mundial, sob a influência
dos psicanalistas franceses Juliette Boutonier e George Mauco, os quais buscavam utilizar conhecimentos
da psicologia, psicanálise e pedagogia para auxiliar no desenvolvimento de crianças com dificuldades de
comportamento e para aprender. Esses centros contavam com o trabalho de vários profissionais, entre eles
psicólogos, psicanalistas e pedagogos, porém era o médico que através das informações fornecidas por
toda a equipe quem realizava o diagnóstico e orientava o tratamento, visando corrigir as dificuldades
apresentadas pelo sujeito.
A partir da união das áreas citadas acima, surgiram grupos que se dedicaram a conhecer a criança
e todo seu contexto, na tentativa de entender a dificuldade de aprendizagem, de forma a planejar ações
reeducadoras mediante intervenções. Iniciava-se um olhar diferenciado para com aqueles que não
aprendiam, apesar de serem inteligentes e os que apresentavam algum tipo de deficiência.
Com o passar do tempo por influência européia, surge na Argentina, mais especificamente em
Buenos Aires, centros com equipes formadas por psicopedagogos que atuavam no diagnóstico e
tratamento dos problemas de aprendizagem.
O Brasil teve a Argentina como maior influência no surgimento da Psicopedagogia, e na década
de 70 iniciou seu desenvolvimento sob o mesmo enfoque médico-pedagógico desempenhado pelos
argentinos. Os problemas de aprendizagem eram identificados pela medicina como disfunção cerebral
mínima (DCM), não sendo consideradas questões sociopedagógicas.
Ainda hoje há a influência da medicina, na maioria das vezes quando o sujeito apresenta
dificuldades para aprender a família busca ajuda médica primeiramente. Os diagnósticos patologizantes
ainda contribuem para camuflar as mazelas educacionais, sendo depositada no sujeito toda a
responsabilidade do fracasso escolar. Se por um lado esses diagnósticos permitem à família a busca de
atendimento acadêmico especializado, por outro pode servir como desestímulo a família e aos
profissionais da educação, quanto ao investimento na aprendizagem, através de diferentes intervenções
que possibilitem a aquisição de conhecimentos.
A Psicopedagogia vem ganhando destaque nos estudos que tem desenvolvido sobre a prevenção,
diagnóstico e intervenção nos casos de dificuldades de aprendizagem. Desta forma ao longo dos anos
foram se instaurando cursos de especializações nesta área em instituições universitárias. A formação do
Psicopedagogo foi regulamentada pelo MEC em cursos de pós-graduação e especializações, com carga
horária mínima de 360 horas. O objetivo destes cursos é formar especialistas no processo de ensino-
aprendizagem, para que atuem nas áreas clínica, institucional e de pesquisa.
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Buscando a compreensão e possíveis intervenções acerca dos problemas de aprendizagem, a
Psicopedagogia conta com a contribuição de diversas áreas do conhecimento como a Pedagogia,
Psicanálise, Psicologia, Antropologia, Filosofia, entre outras.
No decorrer destes anos, mais especificamente em meados da década de 80, foi fundada a
Associação Brasileira de Psicopedagogia, a qual através do cadastro de associados luta pela consolidação
da identidade legal da profissão do psicopedagogo, conquista que permitirá a normatização da formação e
do exercício profissional, podendo ser estendido o atendimento à população de baixa renda, por meio dos
sistemas públicos de saúde e educação. A ABPp atua também na elaboração, publicação e revisão de
conhecimentos e tendências na área e a organização de eventos.
Assim desde de 1997, tramita em Brasília o Projeto de Lei no 3.124/97 do Deputado Barbosa
Neto, projeto este que regulamenta a profissão do Psicopedagogo e cria o Conselho Federal e os
Conselhos Regionais de Psicopedagogia. Há também o Projeto de Lei no 3.512/08 da Deputada Raquel
Teixeira, o qual “Dispõe sobre a regulamentação do exercício da atividade de Psicopedagogia.”
Enquanto é aguardada a regulamentação da profissão, a Associação Brasileira de Psicopedagogia,
orienta sobre a atuação do Psicopedagogo através de um Código de Ética,que visa os princípios, as
responsabilidades do Psicopedagogo, a relação com outras profissões, o sigilo profissional, as publicações
científicas, a publicidade profissional, os honorários, as relações com saúde e educação, a observância e o
cumprimento do Código de Ética e as disposições gerais. No ano 2000, o Conselho Nacional da ABPp,
aprovou as Diretrizes básicas da Formação de Psicopedagogos no Brasil e os Eixos Temáticos para
Cursos de Formação em Psicopedagogia, visando a consolidação e identidade da formação do
Psicopedagogo em âmbito nacional.
Em 2009, no VIII congresso Brasileiro de Psicopedagogia, realizado em São Paulo, foi escolhido
o Símbolo da Psicopedagogia, o qual representa a atividade profissional desta área, traduzindo toda a
grandeza da Psicopedagogia, através da simbologia da Fita de Möbius. A fita recebeu este nome porque
em 1858 o alemão Auguste Ferdinand Möbius, matemático e astrônomo, ao realizar um estudo sobre os
Poliedros, descobriu uma curiosa superfície, que ficou conhecida como Fita de Möbius. É uma fita
simples que tem duas dimensões com um lado apenas, uma simplicidade aliada à complexidade, que
transforma o finito em infinito. Assim é possível descrever o significado deste símbolo para a
Psicopedagogia, segundo Bombonatto como:
“Fita de Möbius com 3 voltas. Representa o olhar do Psicopedagogo. As
voltas estão dispostas de forma a representar a aprendizagem do indivíduo. O
círculo central representa o indivíduo em processo para a aquisição de
conhecimento, chegando ao fim com mudanças perceptíveis (círculo vermelho)”.
E é desta forma que ao longo do tempo a Psicopedagogia vem ganhando experiência e firmando-
se como especialista nos problemas de aprendizagem.
A Psicopedagogia atua em duas grandes áreas, a clínica e a institucional. Na clínica, o
Psicopedagogo realiza o diagnóstico clínico, através de diferentes instrumentos que permitirão identificar
a causa das dificuldades de aprendizagem. Essa avaliação busca conhecer o contexto em que o aprendiz
está inserido, ou seja, a escola, a família e o grupo social. A partir do diagnóstico, é proposto o tratamento
psicopedagógico, que se dá mediante diferentes instrumentos, como jogos, desenhos, brincadeira, etc.
Com a finalidade de ajudar o sujeito a organizar o seu modelo de aprendizagem. Na instituição, o papel
do psicopedagogo é o de auxiliar na elaboração do Projeto Político Pedagógico, planejamentos e planos
de aula, orientar os professores no desenvolvimento do trabalho com os alunos que apresentam problemas
de aprendizagem, diagnosticar e intervir nas questões relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem,
identificar alunos com dificuldades de aprendizagem e realizar os encaminhamentos necessários, orientar
os pais, alunos e professores.
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E neste contexto destacamos a contribuição valiosa de estudiosos brasileiros nesta área, entre
eles podemos citar: Beatriz Scoz, Edith Rubinstein, Maria Lúcia Weiss, Nadia Bossa, Simaia Sampaio,
Laura Monte Serrat Barbosa entre outros.
Edith Rubinstein destaca a importância do Psicopedagogo estar preparado para “ler nas entrelinhas”, ou
seja, que ele possa compreender as questões do sujeito e a sua relação com a aprendizagem, a partir de
seu próprio discurso.
Como a Psicopedagogia no Brasil foi fortemente influenciada pelos argentinos, podemos destacar
as contribuições de Alícia Fernandez, Sara Pain e Jorge Visca.
É preciso destacar que a Psicopedagogia na Argentina, tem algumas situações legais diferentes do
Brasil, como o uso de testes psicométricos, dentre os quais, alguns na legislação brasileira são
considerados de uso exclusivo do psicólogo.
E falando sobre a influência argentina na Psicopedagogia brasileira, é preciso destacar a
contribuição de Jorge Visca, na difusão da psicopedagogia brasileira. A seguir um pouco da história deste
mestre:
Jorge Pedro Luiz Visca, nasceu em 14 de maio de 1935, na cidade de Baradero, província
de Buenos Aires.
Cursou bacharelado no Colégio Nacional de San Pedro, Província de Buenos Aires e o
magistério na Escuela Normal de Profesores Mariano Acosta da Capital Federal.
Graduou-se em Ciências da Educação, na Facultad de Filosofia Y Letras da Universidad
Nacional de Buenos Aires e Psicologia Social Escuela Privada de Psicologia Social de
Enrique Pichon Rivière.
Fundou os Centros de Estudos Psicopedagógicos de Buenos Aires, Rio de Janeiro,
Curitiba, São Paulo e Salvador no Brasil.
Foi docente de cursos de pós-graduação na Universidade de Buenos Aires e na Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, Brasil, em especializações de Psicopedagogia.
Realizou numerosas publicações em seu país e no estrangeiro e participou de congressos
internacionais representando a Argentina.
Foi membro de jurados para eleição de docentes nas Universidades de Buenos Aires,
Lomas de Zamora e Comahue.
Foi membro do corpo editor de: Aprendizaje Hoy (Argentina) e Publicações
especializadas de Brasil: revista Brasileira de Pesquisa em Psicologia, Revista Psicologia
– USP e Revista Grupal da Federação Latinoamericana de Psicoterapia Analítica de
Grupo.
Publicou seu primeiro livro - Clínica psicopedagógica - em 1985, traduzido para o
português em 1987.
Criador da Epistemologia Convergente linha que propõe um trabalho clínico utilizando-
se da integração de três linhas da Psicologia: Escola de Genebra (Psicogenética de
Piaget), Escola Psicanalítica (Freud) e Psicologia Social (Enrique Pichon Rivière).
Faleceu em 2000.
Visca criou a Epistemologia Convergente, a qual partindo da contribuição das três linhas da
psicologia é possível entender e intervir nas dificuldades de aprendizagem. Essa união permite ao
psicopedagogo olhar o aprendiz em situação de aprender, considerando suas condições para raciocinar,
para desejar aprender, o vínculo afetivo despendido para situações de aprendizagem, a forma de aprender
e a comunicação com o outro.
O autor criou a EOCA (Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem), instrumento que visa
colocar o sujeito em situação de aprendizagem e intervenções que possibilitam o levantamento de
hipóteses sobre as ansiedades, a competência cognitiva e o funcionamento para proceder à aprendizagem.
As hipóteses levantadas é que permitiram a elaboração dos instrumentos para a investigação,
possibilitando uma avaliação psicopedagógica personalizada.
A Psicopedagogia estuda a aprendizagem. Mas afinal o que é aprender?
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Aprender hoje é mais que ser capaz de ler, escrever e contar, é aprender com entendimento, é
desenvolver capacidades para pensar e resolver problemas, o que requer um rico corpo de conhecimentos
acerca de determinado assunto.
Neste contexto o trabalho psicopedagógico precisa estar voltado a auxiliar as instituições escolares
a se reorganizarem para que a aprendizagem seja entendida para além da retenção de conteúdos, mas que
entendam sobre o desenvolvimento competente e humano de seus aprendizes.
Barbosa fala sobre o aprender a aprender para continuar o movimento de apropriação e de
construção do conhecimento. O sujeito aprende na interação com o outro. A Psicopedagogia não trabalha
com o sujeito isolado, mas com todo o seu meio, ou seja, o sujeito aprendiz, o professor aprendiz, a escola
aprendiz e a família aprendiz. Aprender a aprender significa aprender a pensar, a construir conhecimento
a partir dos conhecimentos já construídos, a usar a aprendizagem como uma ferramenta para outras
aprendizagens. Aprendizagem que só é possibilitada somente com a interação deste aprendiz com o
mundo no qual está inserido e com o conhecimento já estruturado. Tornando-o um aprendiz
problematizador.
Fernandez diz que para aprender é preciso haver dois personagens o ensinante e o aprendente e um
vínculo que se estabelece entre ambos.
E quando a aprendizagem não acontece?
Atualmente é muito comum ouvirmos da escola ou da família, a queixa de desmotivação para
aprender. Muitas podem ser as causas para não ter despertado o desejo de aprender. A Psicopedagogia
tem muito a contribuir nesta identificação, como dito anteriormente, uma avaliação psicopedagógica
precisa compreender o processo de aprendizagem do sujeito e os obstáculos postos frente ao aprender.
Visca (1993), identifica três tipos de obstáculos da aprendizagem, são eles:
Obstáculo Epistêmico – estrutura cognitiva defasada em relação à idade cronológica.
Obstáculo Epistemofílico – aparece frente ao novo conhecimento, caracterizando-se pela
falta de amor ao conhecimento e pode ser agrupado em três categorias medo à confusão,
medo ao ataque e medo à perda.
Obstáculo Funcional – Conjunto de obstáculos de causas emocionais e/ou causas
estruturais, por exemplo – dificuldade para discriminação visual, mesmo quando não há
problemas na visão.
Geralmente os problemas de aprendizagem se manifestam na fase escolar, mas como estamos em
processo contínua aprendizagem, as dificuldades podem surgir a qualquer tempo, assim a Psicopedagogia
atua não só com crianças e adolescentes, mas também com adultos.
Conhecer a causa do problema de aprendizagem requer do Psicopedagogo um amplo
conhecimento acerca do aprender e do desenvolvimento do ser humano. Pois as dificuldades de
aprendizagem podem não estar no sujeito e sim no meio em que ele vive, quer na escola ou no contexto
social. Mas vale lembrar que tão importante quanto conhecer as causas do não aprender é traçar
estratégias de superação para as dificuldades. Na maioria das vezes a intervenção requer a participação
ativa da família, da escola, além do aprendiz.
Um dos maiores desafios da Psicopedagogia na atualidade é fazer da sala de aula um espaço de
aprendizagem.
“Mesmo sabendo que a Psicopedagogia nasceu como uma prática clínica individual que serviu de
base para este setor do conhecimento, também se sabe que a tendência contemporânea orienta-se para a
assistência de grandes unidades, como as instituições e a comunidade, nas quais, se não é óbvia a
atenção individual e grupal, criam-se melhores condições que beneficiam o indivíduo e o grupo”. (Jorge
Visca).
Texto da profª Renata Adriana de Oliveira Campo, reelaborado pela profª Márcia Marussi.
Conceito da Psicopedagogia
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analisando-os e respeitando o Código de Ética da Psicopedagogia, garantindo uma postura socialmente
comprometida com a realidade brasileira.
Contextos da Psicopedagogia
Psicopedagogia Familiar, Empresarial, Hospitalar e Institucional. Seja qual for o contexto, a psicopedagogia
está voltada para a manutenção de um ambiente harmônico e à identificação e prevenção de insucessos
interpessoais e de aprendizagem (Schroeder, 2002).
Psicopedagogia Familiar: Ampliando a percepção sobre os processos de aprendizagem de seus filhos,
resgatando a família no papel educacional, complementar à escola, diferenciando as múltiplas formas de
aprender, respeitando as diferenças dos filhos.
Psicopedagogia Empresarial: Ampliando formas de treinamento, resgatando a visão do todo, as múltiplas
inteligências, trabalhando a criatividade e os diferentes caminhos para buscar saídas, a função humanística e
dos sentimentos na empresa, ao construir projetos e dialogar sobre eles.
Psicopedagogia Hospitalar: Possibilita a aprendizagem, de forma lúdica e as oficinas pedagógicas com os
pacientes.
Psicopedagogia Institucional: Prioriza diferentes projetos educacionais, realiza o diagnóstico da escola; busca
as definições de papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades, diante do aprender;
instrumentalização de professores, da equipe diretiva (coordenadores, supervisores e diretores) sobre
reflexões e análise a respeito das práticas pedagógicas e diante das diversas formas de aprender;
reprogramação curricular, implantação de programas e sistemas avaliativos; oficinas para vivências de novas
formas de aprender; análise de conteúdo e reconstrução conceitual; releitura, ressignificando a reintegração
do aluno no processo; o papel da escola no diálogo com a família.
A Psicopedagogia Institucional
O psicopedagogo institucional que atua na área terapêutica entra na instituição por meio de uma queixa –
sintoma da instituição e seu olhar estará voltado para a resolução do problema e a eliminação da queixa. O
psicopedagogo institucional que atua na área preventiva está presente de forma sistematizada, por vezes,
diariamente na instituição. Ao atuar de forma preventiva e terapêutica, posiciona-se para a compreensão dos
processos do desenvolvimento e aprendizagem, recorrendo a várias estratégias pedagógicas, objetivando se
ocupar do processo de apropriação do conhecimento. Contribui para a formação de relação saudável dos
alunos com o conhecimento, de modo a facilitar a sua apropriação e evitar que o processo de ensino e de
aprendizagem seja obstaculizado e cria planos de intervenção baseados no diagnóstico.
A Psicopedagogia na Instituição pode contribuir, desenvolvendo trabalhos que possibilitem a integração entre
o que se sabe e o que se faz; entre o que se sabe e o que se sente; entre o que se sente e o que se faz.
Pensa no trabalho coletivo, o sujeito cognitivo, afetivo, social e biológico, em movimento, relacionando-os
com os sujeitos, com sua história e com a história dos outros, aproveitando as experiências do próprio grupo
auxiliando- os em direção ao avanço.
Análise do Discurso; Análise de Atitudes; Intervenção; Avaliação das Intervenções; Implantação de Projetos
Preventivos ou de Intervenção.
Atribuições do Psicopedagogo
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Explicação da origem do sintoma; Análise do distanciamento dos parâmetros considerados aceitáveis;
Levantamento de hipóteses sobre os acontecimentos; Encaminhamentos.
Fazer com que o aluno vivencie uma amostragem da prática psicopedagógica, a fim de visualizar seu campo
de atuação profissional, e, ainda, sanar algumas dúvidas relacionadas à intervenção psicopedagógica
institucional propriamente dita.
Objetivos Específicos
Planejar as etapas para o diagnóstico institucional; Planejar a ação de intervenção psicopedagógica; Aplicar
os instrumentos psicopedagógicos na instituição, a fim de atender às demandas iniciais da instituição: queixa;
Conhecer uma realidade educacional e as possíveis intervenções de melhores adaptações à aprendizagem;
Elaborar propostas mais eficientes no que diz respeito ao ato de ensinar; Promover uma reflexão para os
profissionais da instituição, na perspectiva de repensar sua prática e realizar constantemente o exercício de
ação-reflexão- ação.
OBSERVAÇÃO
DIAGNÓSTICO
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ENTREVISTA
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aulas? Como é a conduta da criança na escola? A criança apresenta dificuldades e/ ou distúrbios
de aprendizagem? Quais são? Em que série começaram a surgir?
Após a entrevista com a família e/ou o responsável pelo aluno(a), o entrevistador sistematizará
os dados levantados no que diz respeito ao desenvolvimento e a aprendizagem do aluno, incluindo
tais dados no corpo da Avaliação Psicopedagógica no Contexto Escolar.
ANEXO 2
ENTREVISTA COM OS PAIS OU RESPONSÁVEIS
I – IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
Nome:
Escola:
Data de nascimento: / / Idade:
Naturalidade:
Nome do pai:
Profissão: Idade:
Nome da mãe:
Profissão: Idade:
Endereço residencial: Fone:
II – COMPOSIÇÃO FAMILIAR
ESTADO GRAU DE LOCAL DE
NOME IDADE SEXO INSTRUÇÃO
CIVIL PARENTESCO TRABALHO
Religião/credo?
Observações:
OBS: Anexar cópias dos laudos, exames, receitas médicas de uso contínuo, avaliações
anteriores que eventualmente o aluno tenha realizado.
III – QUEIXA OU MOTIVO DE ENCAMINHAMENTO
IV – ANTECEDENTES PESSOAIS
olidar um
relacionamento, posição da criança na ordem das gestações e dos nascimentos, abortos...)
MÃE: PAI:
exposição a Raio-X duração da gestação, medicamentos que fez uso, alguma intercorrência
orgânica ou emocional no transcorrer da gestação, traumatismos abdominais, trabalho de
parto prematuro, necessidade de fazer repouso e/ou usar medicação uterolítica, contato
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com doenças infecciosas, uso de medicamentos sem saber que estava grávida, entre
outras).
- indicação da mãe
ou fetal, muito rápido ou demorado, se a criança chorou logo, se nasceu roxa, se necessitou
de oxigênio, de incubadeira, houve incompatibilidade sangüínea, peso e tamanho ao
nascer, reflexos de sucção. Fez Teste do Pezinho, Apgar, icterícia, entre outros).
V – DESENVOLVIMENTO
apoio, quando engatinhou, quando ficou em pé com e sem apoio, quando caminhou com e
sem apoio, idade em que controlou os esfíncteres – vesical e anal diurno e noturno,
preferência manual).
VIII – MANIPULAÇÃO E HÁBITOS (Fez uso de chupeta, chupa o dedo, algum tique, morde os
lábios, rói unhas, auto-agressão, quando e por quanto tempo...)
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X – DINÂMICA FAMILIAR
:
-classe:
XIV – SEXUALIDADE
XV – OBSERVAÇÕES
Psicopedagogo(a)/Pedagogo(a):
Nome:
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Aluno B
Data de Nascimento: 05/05/1999 Idade: 11 anos
Série: 4ª série
Este relatório foi elaborado a partir de entrevista realizada com a mãe do aluno, informações dos
professores e registros da pedagoga da escola. Segundo a mãe, seu filho é bastante agitado em casa e
apresenta problemas psicológicos devido a traumas sofridos. Disse que o filho é difícil, violento.
Informou que no ano passado ele não aprendeu quase nada, que tem acompanhamento do conselho
tutelar e de psicólogo.
Aluna C
Data de Nascimento: 04/05/2001 Idade: 9 anos
Série: 2ª série
Os dados foram obtidos em entrevista realizada com o tio da aluna, uma vez que esta reside com ele e
com os avós. Não foi possível obter dados da mãe sobre a gestação, amamentação, sono, doenças na
infância, entre outros; pois a mãe não reside com a aluna. Segundo o tio, a menina apresenta
comportamento agressivo. Informou que o pai da menina a visita com pouca freqüência, mas quando a
vê, dá atenção e até mesmo a leva para a casa dele, onde mora com outra família, para que passem um
tempo juntos.O tio disse que a avó faz todas as vontades da menina e que ele se preocupa com sua
educação, que somente agora ela está reconhecendo o alfabeto completo e que sempre que possível
tira um tempo para orienta-la em suas tarefas escolares.
Após a realização da entrevista com a família, os outros anexos deverão ser preenchidos,
partindo para a análise das informações contidas na ficha preenchida pelos professores; análise das
informações contidas na anamnese; dos exames médicos e psicológicos (se houver); solicitação de
triagens auditiva e visual; análise do material escolar investigando o nível em que o aluno se encontra no
momento atual, a metodologia e as intervenções utilizadas pelo professor; análise junto à equipe
pedagógica, os professores, família e o aluno de quais são as reais interferências que estão
prejudicando o processo de ensino e aprendizagem; redefinir o problema e levantar hipóteses; realizar
(se necessário) outras observações sistemáticas e/ou aplicação de outros tipos de instrumentos.
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de exames complementares em caso de necessidade (oftalmológico, audiométrico, clínico geral,
pediátrico, dentista, entre outros).
O termo Avaliação aparece no Dicionário como “determinar o valor de” por meio de um processo de
apreciação, de ajuizamento ou de análise das características observáveis em pessoas, objetos, fatos ou
fenômenos. Com propriedade, Luckesi (1996) substitui a expressão “juízo de valor” por “juízo de qualidade”.
O termo valor acrescenta o aspecto quantitativo.
Tal observação reveste-se da maior importância, principalmente porque, tratando-se da avaliação que
se realiza na escola, constata-se que a maior parte da literatura diz respeito à aprendizagem do aluno e às
técnicas usadas, com o objetivo de aferir (medir) seu rendimento escolar.
A avaliação tem sido utilizada como aferição, como julgamento do aluno, atribuindo-se „valores‟ que,
supostamente, „medem‟ o que ele aprendeu, ou não, e que o promovem ou que o reprovam. Esta prática
tem sido veementemente criticadas por inúmeros autores (Demo,1988; Luckesi,1996 e 2000; Giné, 1998;
Melchior,1999; Hoffmann,1999 e 2001; Fonseca, 1999; Hadji, 2001; dentre outros) que entendem a
avaliação como parte integrante do projeto pedagógico da escola, como um de seus elementos constitutivos
e não como procedimento técnico referente aos desempenhos dos aprendizes, apenas.
Os referidos autores não defendem a idéia de abolir as práticas avaliativas, nem desconsiderar nelas a
importância das apreciações significativas para o sucesso do processo educacional. Mas, vale lembrar que
de um modo geral os professores preparam os exames (verificações) sob pressão: há que apresentar, de
tempos em tempos, as notas dos alunos (ou os conceitos), preenchendo-se fichas com os resultados das
medidas que, supostamente, informam sobre a aprendizagem.
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A avaliação diferentemente da verificação, envolve um ato que ultrapassa a obtenção da configuração
do objeto, exigindo decisão do que fazer ante ou com ele. A verificação é uma ação que “congela” o objeto;
a avaliação por sua vez, direciona o objeto numa trilha dinâmica de ação.
Com essa linha de raciocínio Luckesi sustenta que a escola brasileira opera com a verificação e não
com a avaliação da aprendizagem, o que precisa ser revisto em prol de uma pedagogia transformadora
(Melchior,1999).
Esta autora também ressalta esse viés, pois, em nossa cultura, os professores mostram-se mais
preocupados em atribuir notas ao desempenho dos alunos, como se a medida que expressa os resultados
fosse o mais importante aspecto da avaliação em vez de seu significado e, principalmente, sua função.
Enfatiza que a avaliação é elemento do processo de ensino e de aprendizagem e sugere que tenha
características que a tornem importante para melhorar a qualidade do referido processo.
As justas críticas aos procedimentos de avaliação como „determinar a valia de‟ por meio de notas ou
conceitos, têm gerado interpretações equivocadas, como a de se eliminar a avaliação das escolas e
promover, automaticamente, os alunos. Por esse procedimento deixam-se de analisar o que os educandos
desenvolveram, os conhecimentos que puderam construir e as necessidades que eles apresentam para
aprender, efetivamente.
Quando os autores citados, dentre outros que ressaltam que avaliar é preciso, mas com um outro
enfoque, que não o de seleção, o que pretendem sinalizar é a importância de mudarmos o entendimento
acerca das funções da avaliação.
Faz-se urgente ampliar sua abrangência envolvendo, além dos alunos, os demais integrantes do
processo de ensino e de aprendizagem. Igualmente importante conhecer aspectos dos contextos: social,
familiar e escolar, pela influência que exercem no referido processo. Para tanto, além de ampliar o recorte
do que deve ser avaliado, é fundamental a ressignificação dos procedimentos de análise e, principalmente,
a utilização das informações obtidas. Sob esse enfoque a avaliação deve ser diagnóstica, contínua e
formativa, colocando-se a serviço do fim que lhe dá sentido, inscrevendo-se na continuidade da ação
pedagógica.
Em outras palavras, avalia-se para conhecer e compreender a dinâmica existente entre todas as
variáveis em que circunscrevem o aluno, objetivando-se a melhoria das respostas educativas, de modo a
que atendam ao compromisso de contribuir com o desenvolvimento humano de todos os alunos.
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contato com outros profissionais;
testes e indicadores diagnósticos;
contribuição de outra opinião (equipe multiprofissional);
Depois de obtidos os dados é imprescindível uma leitura cuidadosa da(s) fala(s)
(criança/pais/escola/profissionais), com o objetivo de estudo e discussão do caso. Poderemos então
planejar uma nova postura metodológica na classe comum do ensino regular, ou um encaminhamento para
um dos programas da educação especial, com planejamento individual para cada aluno, intervenções
pedagógicas coerentes e com as flexibilizações (adaptações se necessário), sempre com vistas à
aprendizagem do aluno.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Existe, no mercado, uma série de instrumentos de avaliação já padronizados e que têm sua importância
e utilidade. Não se pretende desconsiderá-los, mas questionar o que permitem oferecer como subsídios à
prática pedagógica.
Sugere-se que as equipes de avaliação das escolas construam seus próprios instrumentos, como, aliás,
e felizmente, já ocorre em algumas redes de educação. Sob a forma de diários de classe, relatórios, fichas
ou similares contendo indicadores, os avaliadores registram suas observações para analisá-las em equipe
pela qual os professores devem fazer parte, sempre.
Os questionários também têm sido usados como instrumento de coleta de dados. Devem ser
rigorosamente construídos, estruturados ou semi-estruturados.
Quanto aos procedimentos de avaliação, pode-se considerar a observação, como o mais recomendado
para a coleta de informação e de análise dos dados do contexto educacional escolar.
As observações (sistemáticas ou ocasionais) devem envolver outros espaços de aprendizagem, além da
sala de aula: o recreio, a merenda, a chegada e saída da escola. Devem ser seguidas de registros,
recomendando-se que sejam feitos fora do contexto de observação mas, imediatamente após. É importante
ressaltar a importância dos registros e anotações diárias do professor, os chamados portfólios e demais
arquivos de atividades dos alunos e os diários de classe, em que vão sendo colecionadas as impressões
sobre o cotidiano do ensino e da aprendizagem.
Além das observações de comportamentos relacionais entre pessoas, cabem como procedimentos para
análise da trajetória acadêmica dos alunos:
- a análise da produção escolar dos alunos (seus cadernos, folhas de exercícios, desenhos e outros
trabalhos que realiza em sala de aula); a análise de documentos; entrevistas.
As provas também constituem opções de avaliação desejáveis, desde que haja o objetivo de analisar,
junto aos alunos e os seus pais, os sucessos e as dificuldades escolares. É importante também que os
alunos se auto-avaliem e nesse sentido o professor precisa criar instrumentos que os exercitem/auxiliem a
adquirir o hábito de refletir sobre as ações que realizam na escola e como estão vivenciando a experiência
de aprender.
A auto-avaliação deve levar o aluno a perceber o que conseguiu acrescentar ao que já sabia e conhece
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as suas dificuldades no sentido de assimilar novos dados e o que é preciso superar para ultrapassá-las.
É consensual a necessidade de rever e atualizar os conceitos e as práticas avaliativas tradicionais,
normativas, padronizadas e classificatórias, em uso nos sistemas educacionais, substituindo-as por outras
mais voltadas para a dimensão política e social da avaliação (Hoffmann, 2001).
No caso das necessidades educacionais especiais, os rumos da avaliação devem estar a serviço da
implementação dos apoios necessários ao progresso e ao sucesso de todos os alunos, bem como para a
melhoria das respostas educativas oferecidas no contexto educacional escolar e, se possível, no familiar.
Existe a necessidade de se levar em consideração às diferenças individuais, particularmente em se
tratando de pessoas com deficiências e com limitações decorrentes de transtornos globais do
desenvolvimento, transtornos funcionais específicos, além daquelas pessoas que apresentam altas
habilidades/superdotação. Na perspectiva da educação inclusiva, temos como princípios básicos e
norteadores que: (a) a avaliação é um processo compartilhado, a ser desenvolvido, preferencialmente, na
escola, envolvendo os agentes educacionais. Tem como finalidade conhecer para intervir, de modo
preventivo e/ou remediativo, sobre as variáveis identificadas como barreiras para a aprendizagem e para a
participação, contribuindo para o desenvolvimento global do aluno e para o aprimoramento das instituições
de ensino; (b) a avaliação constitui-se em processo contínuo e permanente de análise das variáveis que
interferem no processo de ensino e de aprendizagem, objetivando identificar potencialidades e
necessidades educacionais dos alunos e das condições da escola e da família.
A proposta, decorrente dos princípios acima, insere-se num novo paradigma para a avaliação, e que
está concretizado no trecho que se segue, extraído das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica: No decorrer do processo educativo deverá ser realizada uma avaliação pedagógica dos
alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, objetivando identificar barreiras que estejam
impedindo ou dificultando o processo educativo em suas múltiplas dimensões.
Essa avaliação deverá levar em consideração todas as variáveis: as que incidem na aprendizagem com
cunho individual; as que incidem no ensino, como as condições da escola e da prática docente, etc.
Ao contrário do modelo clínico tradicional e classificatório, a ênfase recai no desenvolvimento e na
aprendizagem do aluno, bem como na melhoria da instituição escolar.
Com base nessas recomendações que ressaltam as dinâmicas interativas e sua natureza contextual,
deduz-se que o processo avaliativo servirá para a tomada de decisões acerca do que é preciso fazer para
atender às necessidades identificadas, isto é, para construir caminhos que permitam a remoção de barreiras
para a aprendizagem e para a participação de todos os que compõem a comunidade escolar.
Ou, em outras palavras, a avaliação torna-se inclusiva, na medida em que permite identificar
necessidades dos alunos, de suas famílias, das escolas e dos professores. Mas, identificá-las, apenas, não
basta. Os dados levantados nas avaliações, além de servirem para a identificação das necessidades
educacionais especiais, devem oferecer subsídios para a indicação dos apoios e recursos pedagógicos, que
contribuam para a remoção das barreiras de aprendizagem e participação de todos os alunos.
ANEXO 1
FICHA DE REFERÊNCIA PEDAGÓGICA
(Profissionais da Escola)
I – Identificação do aluno:
Estabelecimento de Ensino:
Aluno:
D.N.: / / Idade : anos
Filiação: Pai
Mãe
II- Dados de Observação:
1. Queixa Principal (Relato do(s) Professor(es): fatores que têm contribuído para as dificuldades do
aluno):
1
1
III – Descrição cronológica (ano a ano) da vida escolar do aluno, observando-se possíveis
retenções e/ou desistências:
Ano Série Escola que frequentou
IV - Áreas a serem avaliadas: (descrever no espaço ao lado, dados relevantes a cada item
mencionado)
COMPORTAMENTO
HABILIDADES
1. Consciência corporal (esquema corporal e conceito) Sim ( ) não ( ) Obs.:
2. Memória e seqüência lógica – retenção de conteúdo Sim ( ) não ( ) Obs.:
3. Organização de idéias e pensamentos. Sim ( ) não ( ) Obs.:
4. Coordenação motora global Sim ( ) não ( ) Obs.:
5. Orientação espaço temporal Sim ( ) não ( ) Obs.:
6. Demonstra perseverança nas atividades propostas Sim ( ) não ( ) Obs.:
7. É criativo Sim ( ) não ( ) Obs.:
8. Realiza as atividades com ritmo adequado (inicia e Sim ( ) não ( ) Obs.:
termina no tempo previsto).
9. Comunica-se com clareza e seqüência lógica Sim ( ) não ( ) Obs.:
10. Seu vocabulário e linguagem estão apropriados para sua Sim ( ) não ( ) Obs.:
idade
11. Necessita de ajuda na execução das atividades Sim ( ) não ( ) Obs.:
12. Concentra-se nas atividades por tempo razoável Sim ( ) não ( ) Obs.:
13. É organizado quanto ao material escolar Sim ( ) não ( ) Obs.:
1
1
4. Emprega estruturas gramaticais variadas para expressar- Sim ( ) não ( ) Obs.:
se com razoável fluência
1
1
5.8 Emprega 'muletas' ao ler Sim ( ) não ( ) Obs.:
6. Hábitos posturais
6.1 Segura o livro muito perto dos olhos Sim ( ) não ( ) Obs.:
6.2 Move a cabeça ao longo da linha Sim ( ) não ( ) Obs.:
6.3 Segue a linha com o dedo Sim ( ) não ( ) Obs.:
6.4 Revela excessiva tensão muscular Sim ( ) não ( ) Obs.:
1
1
7. Tem noção de conceitos básicos (grande/ pequeno, Sim ( ) não ( ) Obs.:
maior/ menor, igual/diferente, grosso/fino, alto/baixo, em
cima/ embaixo, dentro/fora, curto/comprido, perto/ longe,
frente/atrás ).
8. Consegue diferenciar perímetro de área Sim ( ) não ( ) Obs.:
9. Faz cálculo de perímetro e área (sem uso de fórmulas) Sim ( ) não ( ) Obs.:
Local e Data:
, .
Equipe Pedagógica:
Nome: Função/Cargo:
ANEXO 3
INFORMAÇÃO SOCIAL
1. Qual é o seu nome?
2. Quantos anos você tem?
3. Qual a data do seu aniversário?
4. Como é o nome do seu pai? Idade? Trabalho?
1
2
8. O que você faz quando não está na
escola?
9. Qual teu esporte favorito?
10. Qual é o programa de televisão que você mais gosta?
11. Você gosta de música? (cantor, música)
12.Você costuma passear ?Onde?
13. Qual a sua comida preferida?
14.Você ajuda em casa? Que tipo de ajuda?
15. Qual o nome de seu colégio e a série que você freqüenta?
16. Você gosta de estudar? Porque?
17. O que você gosta de estudar e o que não gosta?
18. Qual é o nome do professor (a) de sua preferência
19. Qual é a matéria dele(a)?
20. Qual a profissão que você pretende seguir?
21. Qual é seu maior desejo?
22. Na sua opinião, o que o (mundo, país, estado, cidade,) está precisando fazer para se tornar
ainda melhor
ANEXO 4
OBSERVAÇÃO DO MATERIAL ESCOLAR
Identificação do aluno
Nome
Data de nascimento: / /
Caderno
Organização
2. Separa atividades de forma organizada? (com sinal, pula linha, traço, cores,...)
( ) sim ( ) não
3. Coloca títulos nos diferentes conteúdos ?
( ) sim ( ) não
4. Respeita margens?
( ) sim ( ) não
b) Limpeza
Faz uso da borracha?
( ) sim ( ) não
Cancela as atividades rabiscando?
( ) sim ( ) não
Mancha a folha quando apaga?
( ) sim ( ) não
Rasga a folha com a borracha?
( ) sim ( ) não
2
2
Dobra as pontas da folha do caderno?
( ) sim ( ) não
Faz riscos indevidos no caderno durante as atividades?
( ) sim ( ) não
c) Letra
A letra é:
( ) angulosa ( ) redonda
Tamanho da letra:
( ) pequena ( ) média ( ) grande
Separa adequadamente as palavras?
( ) sim ( ) não
Os espaços entre as letras na constituição das palavras são proporcionais?
( ) sim ( ) não
Usa letras caixa alta e manuscritas conjuntamente?
( )sim ( ) não
A pressão do lápis é adequada?
( ) sim ( ) não
Português
a) Ortografia
Letras:
( ) inversão ( ) troca de letras ( ) acréscimos ( ) omissão
Sílabas:
( ) inversão ( ) troca de letras ( ) acréscimos ( ) omissão
Palavras:
( ) inversão ( ) troca de letras ( ) acréscimos ( ) omissão
b) Gramática
Emprega adequadamente:
pontuação ( )sim ( ) não
acentuação ( )sim ( ) não
concordância gênero ( )sim ( ) não
concordância número ( )sim ( ) não
concordância grau ( )sim ( ) não
c) Produção escrita
Estrutura logicamente as idéias (introdução, desenvolvimento e conclusão)?
( ) sim ( ) não
Utiliza-se de vocabulário adequado a idade/série ?
( ) sim ( ) não
Apresenta idéias criativas, de acordo com o tema proposto?
( ) sim ( ) não
Matemática
a) Número
Faz inversão na escrita dos numerais?
( ) sim ( ) não
Estabelece relação número e quantidade?
2
2
( ) sim ( ) não
b) Operações
Resolve adição sem reagrupamento?
( ) sim ( ) não
Resolve adição com reagrupamento?
( ) sim ( ) não
Resolve subtração sem reagrupamento?
( ) sim ( ) não
Resolve subtração com reagrupamento?
( ) sim ( ) não
Resolve multiplicação?
( ) sim ( ) não
Resolve divisão?
( ) sim ( ) não
c) Resolução de problemas
Compreende a idéia principal do problema?
( ) sim ( ) não
Utiliza-se de estratégias para resolução do problema?
( ) sim ( ) não
Na resolução de problemas constrói o significado das quatro operações?
( ) sim ( ) não
Observações Complementares:
Local e Data:
,
Equipe Avaliadora:
Nome: Função/Cargo:
ANEXO 5
ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO
Identificação do aluno:
Nome
Data de nascimento: / /
Área Cognitiva: (Presta atenção nas aulas ou é dispersivo; realiza atividades de sala de aula de forma
independente ou necessita de ajuda do professor ou colegas; persiste na realização das tarefas ou desiste
diante da primeira dificuldade; necessita de explicações complementares para realização das atividades
propostas com vistas a assimilação/compreensão dos conteúdos; demonstra atitude positiva ou negativa
em relação aos conteúdos acadêmicas; apresenta facilidade na expressão verbal; demonstra criatividade
de pensamento; sensibilidade artística; demonstra preferência por algumas atividades específicas; resolve
problemas do seu cotidiano; entre outros.)
2
2
Área Afetiva: (Demonstra interesse e iniciativa para realização as atividades acadêmicas; reações diante
as frustrações; controla suas emoções; auto-imagem - positiva ou negativa, cuidados pessoais, aparência,
entre outros -; características de humor; ajusta-se as normas escolares; manifestações afetivas -
carinhoso, agressivo -entre outros)
Relacionamento Interpessoal: (Tem facilidade para fazer amigos; respeita os colegas e os professores; é
cooperativo; respeita as regras e normas estabelecidas; entre outros.)
Área Motora: (Coordenação global dinâmica e estática; coordenação motora fina; postura - sentar,
andar, entre outros -; apresenta agitação motora; tiques motores; entre outros).
Local e Data:
,
Equipe Avaliadora:
Nome: Função/Cargo:
2
2
_
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO EDUCACIONAL
ANEXO 6
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO NO
CONTEXTO ESCOLAR
Dados de Identificação
NRE: Município:
Estabelecimento de Ensino:
Nome do Aluno:
Data de nascimento: / / Idade:
Data de início da avaliação: / / Data final da avaliação: / /
Série: Turno: Repetência(s):
Professor (es):
Motivo do Encaminhamento
Colocar o motivo do encaminhamento, podendo a queixa ser da família ou da escola
(entrevista com os pais e/ou ficha da escola), Ex. “Dificuldade de aprendizagem e no
comportamento”. A equipe de avaliação (aluno/estgiário) não deverá acrescentar nenhum
dado que não esteja nas fichas.
Síntese das Áreas Avaliadas
Deverá seguir os seguintes passos:
- Sintetizar os dados relevantes da historia de vida do aluno, no que se refere ao
desenvolvimento da linguagem, motor, socio-afetivo, acadêmico, etc. Estes dados serão
colhidos das fichas de entrevista com os pais e da ficha preenchida pela escola, não colocar
dados sigilos ou que comprometam a conduta do aluno. COLOCAR APENAS OS DADOS
QUE CONTRIBUIRÃO PARA A SUA APRENDIZAGEM.
- Descrever o comportamento do aluno durante todo o processo avaliativo, incluindo as
observações realizadas. Levando-se em conta os comportamentos mais freqüentes, tanto
no aspecto positivo como negativo.
- Sintetizar o desempenho deste aluno apresentado em todas as áreas avaliadas:
Área Sócio-Emocional
Área Visomotora
Área Psicomotora
Conceitos
Linguagem receptiva e expressiva
2
2
Português
Matemática
Aspectos Psicológicos (a ser realizada pelo psicólogo)
Os dados descritos aqui darão a idéia geral deste aluno no que se refere ao desempenho
apresentado durante o processo avaliativo. SEMPRE INICIAR PELOS PONTOS
POSITIVOS E PELAS POTENCIALIDADES; depois descrever as dificuldades
apresentadas.
Procurar usar de uma linguagem clara e objetiva, não deixando margem para dúvidas ou
duplas interpretações.
Não usar siglas, terminologias técnicas ou de difícil compreensão, caso se faça necessário,
colocar o significado entre parênteses.
TODOS OS INSTRUMENTOS que foram utilizados, deverão ser descritos no seu aspecto
qualitativo. No caso dos testes formais não especificar o nome do teste, apenas as
características destes.
Todos os aspectos a serem descritos deverão fazer parte de um mesmo corpo deste item
(síntese das áreas avaliadas) e não separando por sub itens.
Medidas de Intervenção
Este tópico diz respeito às ações a serem desenvolvidas pelo professor, para tanto é
imprescindível apresentar uma linguagem clara, precisa e objetiva. Considerando que aqui
se estabelecerá as diretrizes para a ação do professor em relação ao trabalho pedagógico a
ser desenvolvido com este aluno, após a avaliação.
Todas as dificuldades levantadas no processo avaliativo deverão conter
sugestões/orientações de trabalho/atividades a serem desenvolvidas pelo professor.
Estas orientações deverão estar dentro das possibilidades de realização do trabalho do
professor, da escola e da família.
Encaminhamentos
Sugerir os atendimentos e recursos que se fizerem necessários para atendimento do
avaliando:
Pedagógico (classe comum com orientação para o professor; classe comum com apoio
pedagógico; classe comum com sala de recursos; classe especial; escola especial).
Outros (clínicos: médicos; psicólogo, fonoaudiólogo; fisioterapeuta...), conselho tutelar,
cursos profissionalizantes (oferecidos na comunidade), guarda mirim...).
Observações Complementares
Descrever neste campo as considerações que ainda se fizerem necessárias.
Local e Data:
, .
Equipe Avaliadora:
Nome:
2
2
LEMBRETE IMPORTANTE:
2
2
• boa postura do aluno, evitando-se os maneirismos comumente exibidos pelos que são
cegos;
• adaptação de materiais escritos de uso comum: tamanho das letras, relevo, softwares
educativos em tipo ampliado, textura modificada etc.;
• máquina braille, reglete, sorobã, bengala longa, livro falado etc.;
• organização espacial para facilitar a mobilidade e evitar acidentes: colocação de
extintores de incêndio em posição mais alta, pistas olfativas para orientar na localização de
ambientes, espaço entre as carteiras para facilitar o deslocamento, corrimão nas escadas etc.;
• material didático e de avaliação em tipo ampliado para os alunos com baixa visão e em
braille e relevo para os cegos;
• braille para alunos e professores videntes que desejarem conhecer o referido sistema;
• materiais de ensino-aprendizagem de uso comum: pranchas ou presilhas para não
deslizar o papel, lupas, computador com sintetizador de vozes e periféricos adaptados etc.;
• recursos ópticos;
• apoio físico, verbal e instrucional para viabilizar a orientação e mobilidade, visando à
locomoção independente do aluno.
2
2
REFERÊNCIAS
MANTOAN, M. T. E. (org.) A integração de pessoas com deficiência – contribuições para uma reflexão
sobre o tema. São Paulo: Memnon, 1997.
NUNES, L. & FERREIRA, J. Deficiência mental: o que as pesquisas brasileiras têm revelado. In:
SORIANO, E. M. L. de A. Tendências e desafios da educação especial. Brasília: MEC, 1994.