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CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

Luciano Garofalo Leite


Relatório do estágio supervisionado III – 2009/II

SUMÁRIO

Introdução – 3

Objetivos Gerais – 4

Objetivos Específicos – 4

Justificativa – 4

Observações – 5

Planejamento as aulas – 8

Relato das Práticas – 14

Anexos – 23

Bibliografia – 31

Material de Apoio – 31

Discografia - 32

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Introdução

O trabalho descrito neste relatório foi desenvolvido no instituto Esmeralda, uma


ONG administrada pela pedagoga Nara Beheregaray que funciona dentro da Escola
Estadual de Ensino Fundamental Mané Garrincha Ciepe Esportivo, localizado na Av.
Érico Veríssimo n°1255, no bairro Menino Deus, Porto Alegre, RS.
A ONG esta instalada em uma pequena sala que fica na biblioteca da escola, lá
são desenvolvidas atividades de artesanato, teatro, culinária e esportes com alunos do
ensino fundamental que apresentam problemas de hiperatividade e baixa auto-estima,
entre outros problemas de aprendizagem.
A ONG também realiza essas atividades com portadores de necessidades
especiais três vezes por semana (segunda, quarta e sexta) das 13h30m até as 17h30m.
Esses alunos especiais formam um grupo menos numeroso e foi com eles que
desenvolvi esta etapa do estágio III com 16 horas de observações e 16 horas de
regências.
Meu estágio foi desenvolvido com os alunos portadores de necessidades
especiais que freqüentam o instituto, são eles1: Cíntia (25 anos), Suzana (25), Thiago
(19), Ralph (32) e Vanessa (25). Todos apresentam algum tipo de psicose (segundo a
psicóloga da ONG Andréia Beheregaray) em diferentes níveis, têm dificuldades de
relacionamento e socialização assim como problemas cognitivos de aprendizagem e
coordenação motora.
Cíntia apresenta uma dificuldade notória para se expressar, não aceita ser tratada
inserida no grupo e exige uma abordagem mais individualizada, é extremamente
ciumenta, inventa dores para não realizar as tarefas e vive contando histórias fabulosas
em que sua cadela Nina é a protagonista.
Thiago é um garoto de mais ou menos dez anos de idade no corpo de um rapaz
de dezenove, gosta de brincar, jogar vídeo game e se preocupa muito com futebol. Em
seu entendimento, sua presença na ONG é para ajudar os demais alunos e sempre resiste
muito para efetuar as atividades junto aos colegas. Certa vez me disse que estava lá
apenas para operar o som e fazer a segurança da sala.

1
Nome dos participantes escolhidos pelo autor

3
Com relação a Thiago e Cíntia, Suzana é bem mais madura, toca flauta com
bastante desenvoltura, tem muita facilidade para desenvolver atividades manuais e se
mostra incomodada ao ser tratada de forma especial. É a mais calada do grupo.
Vanessa, aparentemente não apresenta nenhum tipo de deficiência ou
necessidade especial, somente após alguns minutos de conversa se percebe dificuldades
de dicção e discernimento sobre como a sociedade funciona, tem problemas de
aprendizagem, fixação de conteúdos e distinção entre o certo e o errado, se relaciona
muito bem com Thiago, demonstrou ter ritmo e coordenação motora ao dançar,
atividade essa que ela executa com muita satisfação.
Ralph chegou por ultimo no grupo, é deficiente visual, tem problemas para fixar
conteúdos e já vem tendo aulas de violão comigo a cerca de um ano, tem sérias
dificuldade com a coordenação motora e não aceita sua deficiência visual. É muito
prestativo e desenvolve toda e qualquer atividade com muito prazer demonstrando
grande satisfação em cantar e dançar.
Objetivos Gerais:
Desenvolvimento de atividades lúdicas que tenham a música como centro,
procurando desenvolver coordenação motora, senso crítico, inclusão social e
estreitamento com elementos musicais.
De acordo com Soares (2004), a idéia de educação musical não é
profissionalizar, e sim desenvolver a criação estética e artística, bem como desenvolver
o potencial criativo e favorecer a atenção, percepção de detalhes e memorização.
Objetivos Específicos:
Fixação das propriedades dos sons (altura, textura, volume), famílias de
instrumentos, ritmo, percepção e prática em grupo.
Justificativa:
A falta de profissionais capacitados para a educação especial é um dos principais
fatores contribuintes para a exclusão social. Segundo Gonçalves (2009) o processo de
inclusão escolar com portadores de necessidades especiais vem acontecendo de forma
lenta e desordenada. Observei que muitos adultos portadores de necessidades especiais
possuem a capacidade de desenvolver atividades não só no ambiente escolar, mas,
também dentro de suas comunidades, entretanto não o fazem por falta de estímulo, são
vistos pela sociedade como crianças e tratadas como tal. Assim esses indivíduos, muitas
vezes são privados do contato com a cultura e as realidades sociais. Meu trabalho foi
desenvolvido com jovens adultos, que embora nos lembrem crianças, são adultos e

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muitas vezes não se integram a sociedade por não serem tratados como tal, segundo
Freire (1999, 2005) o homem só se hominiza na medida em que se apropria da cultura.

Observações
As observações foram feitas nos dias nos dias 09/9, 11/9 , 14/9 e 21/9//2009.
Nos dias 9 e 11 de setembro passei quatro horas observando os alunos. Que
desenvolveram atividades de artesanato e esportes, dia 14/9 e 21/9 assisti (e também
tive que participar) das atividades de teatro que duraram cerca de duas horas.

09/9 – Apenas dois alunos compareceram para as atividades neste dia, que
começou às 13h 30m, Thiago e Cíntia, apenas no fim da tarde que o aluno Pedro
(9anos), que não tem nenhum tipo de problema cognitivo e não necessita de especial
atenção como os outros já citados, se juntou ao grupo.
Thiago e Cíntia passaram a tarde executando trabalhos de colagens em papel.
Seguindo a sugestão da monitora eles recortaram gravuras de revistas e jornais com
temas musicais, colavam em uma folha em branco e finalizavam com desenhos. Cíntia,
que é a mais calada se mostrou muito prestativa, reclamou que as revistas que ela tinha
não apresentavam muitas figuras relacionadas com música e resolveu desenhar alguns
instrumentos (anexos – imagem 2), por volta das 16 horas ela terminou o desenho de
um violão, uma flauta e um piano. Thiago parece se interessar apenas por futebol e só
queria desenhar campos de futebol e procurar gravuras que mostrassem jogadores ou
motivos de clubes esportivos (imagem 1), somente após muita insistência por parte das
monitoras ele fez o desenho de um teclado de piano(imagem 3), após as 16 o aluno
Pedro se juntou ao grupo, então ficamos até as 17hs 30min na biblioteca da escola lendo
histórias infantis, eu lia e eles ouviam atentamente uma história sobre ecologia, também,
lemos uma série de livros de trabalhos manuais com argila e papel machê.

11/9 – Sexta feira é dia das atividades esportivas, duas professoras de Ed. Física
estavam na ONG para dar uma aula de badminton, trata-se de um tipo de tênis jogado
com raquetes e uma espécie de peteca. Essa atividade ficou bem prejudicada em função
da incessante chuva que caia nesse dia. O badminton, então, ficou restrito a uma aula
teórica sobre como segurar a raquete e o material que é confeccionado a peteca.
Neste dia apenas Thiago e Cíntia estavam presentes. Ambos demonstraram
algum tipo de limitação na coordenação motora e não mostraram muito interesse no

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jogo de raquetes. Thiago fazia questão de deixar bem claro que não pretendia participar
de atividade alguma e que estava ali apenas para ajudar as professoras. Após ficar cerca
de duas horas explicando sobre como se joga, as professoras deram por encerradas suas
atividades e novamente passamos o resto da tarde na biblioteca lendo os livros sobre
trabalhos manuais, que depois de futebol é o tema que mais interessa o Thiago, Cíntia
sempre fala que não quer participar de nenhuma atividade, mas, acaba se envolvendo
com os trabalhos e termina por efetuar corretamente qualquer atividade proposta. Ela
também sempre se mostra mais desenvolta na ausência de Thiago.

14/9 – Dia das atividades de teatro.


A escola cedeu uma sala mais espaçosa no terceiro andar do prédio para essa
aula. A primeira atividade proposta pela professora de teatro foi um exercício com base
na reação ao toque, fazíamos um circulo e uma pessoa ficava no centro, os demais iam
tocando com o dedo no corpo de quem esta no centro e esta deveria reagir ao toque.
A segunda atividade proposta consistia em sentar em uma cadeira e encenar uma
situação com inicio, meio e fim, encenamos uma refeição, uma viagem de ônibus e um
assalto. Thiago não quis participar dessa atividade e ficou apenas fotografando os
demais. Em seguida cada um deveria se apresentar para o grupo como se fosse um
palestrante, falando sobre sua profissão, que ia sendo sugerida na hora pela professora,
eu fui um engenheiro, Cíntia uma pediatra e Thiago era um fotógrafo. A Cíntia parecia
estar se divertindo muito brincando de médico e receitava frutas e te mesmo cachaça
para problemas de dores de cabeça, Thiago, por sua vez, parecia não entender que se
tratava de uma encenação e ficou muito nervoso falando sobre a profissão de fotógrafo,
afinal ele estava fotografando as atividades, por isso ele pensou que estávamos falando
sério. A última atividade da tarde consistia em montar uma pequena peça, na verdade
um casamento, eu fui o padre e casei o Thiago com a monitora (imagem 5), nessa
atividade ele participou ativamente e se divertiu muito, Cíntia atuou junto com outra
monitora fazendo o papel de uma menina que queria que sua irmã varresse o chão da
sala. (imagem 4)

21/09 – Segundo dia das atividades de teatro


As atividades ocorreram na mesma sala que a ultima aula de teatro foi dada.
Neste dia Suzana se juntou ao grupo. Na primeira atividade executamos um jogo de
troca de energia. Após formar um circulo a professora esfregava as mãos para acumular

6
a energia e em seguida jogava esta energia para algum aluno, o lançamento da energia
era feito com uma sonora palma na direção do aluno que iria recebê-la e logo em
seguida lançá-la para outro aluno. Algumas variações nesta atividade foram sendo
propostas pela professora na medida em que o jogo avançava, começamos seguindo a
ordem em estávamos dispostos no circulo que formávamos e em seguida passamos a
fazer os lançamentos de forma aleatória.
Thiago que sempre demonstra resistência em participar das atividades, fez
muitas analogias deste jogo com esportes e acabou, assim como os demais se divertindo
muito com o jogo.
A segunda atividade deste encontro foi a representação de duas cenas simples,
Rapunzel e Cinderela (imagem 6). Cíntia se empenhava bastante em representar seus
papéis, Thiago já apresentou mais resistência com essa atividade, mas acabou
participando até o fim.

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Planejamento das aulas

23/09/2009 - Primeira aula prática.


O carro chefe desta atividade será a construção de instrumentos musicais,
pretendo assim, com essa atividade estreitar os laços dos alunos com seus instrumentos,
já os familiarizando com cada peça confeccionada.
Esta prática vem sendo utilizada por diversos educadores musicais envolvendo
jovens de diversas faixas etárias seja na escola ou em oficinas (Torres, 2000, p.61).
Optei por iniciar as regências com essa abordagem ao constatar no período de
observação certa resistência dos alunos para com tarefas inéditas, uma vez que nunca
tiveram aulas de música neste ambiente.

Objetivos: Apresentar as famílias de instrumentos (sopro, cordas, percussão).


Trabalhar as propriedades do som (volume, altura, textura).
Construir instrumentos musicais.

A aula será dividida em três momentos.


1 – Debate sobre as expectativas a respeito das aulas
2 – Apresentações de alguns instrumentos e definição de suas famílias
3 – Confecção de instrumentos (instrumentos de corda, tambores, chocalhos e kazoos2)

A aula começará com uma apresentação geral da atividade que será realizada,
questionarei dos alunos o que eles esperam das aulas de música, se eles escutam música
em casa, que tipo de música lhes agrada, se já tiveram aulas de músicas e o que acharam
dessas aulas.
Após esta breve conversa, apresentarei aos alunos alguns instrumentos (violão,
cavaquinho, flauta e pandeiro). Eles terão um tempo para manuseá-los e explorá-los
livremente, passado esse período, classificaremos cada instrumento de acordo com sua
família e definiremos as propriedades dos sons que cada um desses instrumentos
apresentam.
2
Instrumento de sopro que adiciona um zumbido na voz de quem o toca

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A terceira atividade do dia consistirá na confecção de instrumentos. Utilizando
latas de achocolatados serão feitos tambores, que serão tocados com baquetas, feitas
com varetas de madeira. Com embalagens menores e areia serão confeccionados
chocalhos. Com garrafas plásticas de refrigerante de tamanhos variados e sacos
plásticos, serão feitos os kazoos.
Além de construir os instrumentos, eles também devem decorá-los livremente,
pintando e colando figuras de acordo com o gosto de cada um.
As atividades musicais utilizando os instrumentos produzidos serão
desenvolvidas em encontros futuros.
Avaliação: Envolvimento de cada um na construção dos instrumentos e a
associação destes instrumentos com suas respectivas famílias.

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30/09/2009 – Segunda aula prática
Para este segundo encontro as audições de peças musicais serão priorizadas,
objetivando direcionar a concentração dos alunos para a música, uma vez observado que
estímulos visuais como gravuras de livros os mantém mais concentrados. Esta transição
do visual para o auditivo será feita de forma gradual, a cada encontro as audições vão
ficando menos atreladas às imagens. É importante salientar que estímulos visuais não
serão extintos das atividades, a pretensão aqui é somente equilibrar esses dois sentidos.

Objetivos: 1 - Agregar as atividades musicais na rotina deste ambiente, evitando assim


atrasos nos trabalhos em função do medo de errar ou da timidez.
2 - Dar continuidade ao trabalho de apresentação das famílias de
instrumentos.
3 - Concluir as atividades de construção de instrumentos musicais, desta vez
enfatizando os instrumentos de cordas.

A aula será dividida em três momentos.


1 – Seção de audição do cd que acompanha o livro Orquestra Tintim por
Tintim
2 – Construção e decoração de novos instrumentos.

3 – Seção de manuseio livre dos instrumentos.

A atividade começa com a audição e visualização da obra anteriormente citada,


ouve-se o cd enquanto as gravuras vão sendo visualizadas por todos. Terminada esta
etapa, será solicitado que cada um escolha a família de instrumento que mais gostou e
desenhe um instrumento desta família.
Terminada a audição e a execução dos desenhos, a montagem de instrumentos
será retomada. Desta vez serão confeccionados instrumentos de cordas utilizando
madeira (pregos e martelos serão manuseados pelos monitores), latas e fios de nylon ou
poliamida.

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Na ultima atividade deste encontro os alunos manusearão livremente os
instrumentos musicais, sejam os confeccionados por eles ou os que o estagiário levou.
Avaliação: Será avaliada a concentração dos participantes nas sessões de
audição, a marcação do pulso das músicas ouvidas e o entendimento sobre os princípios
funcionais dos instrumentos de corda.

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07/10/2009 – Terceira aula prática
Observei que o universo musical dos alunos é pouco amplo, as músicas que
fazem parte de seus cotidianos são apenas aquelas tocadas em rádios e televisão. Um
dos focos desta aula será a audição de músicas de diferentes estilos, gêneros e épocas.
Nesta mesma aula também desenvolveremos atividades que enfatizam o ritmo,
começando assim o trabalho para identificação das propriedades do som.

Objetivos: 1) Ampliar o universo musical dos alunos.


2) Estimular a concentração.
3) Trabalhar o ritmo e suas divisões a partir do pulso.

A aula será dividida em dois momentos:


1 – Audição de pelo menos dois discos, um levado pelo estagiário, outro levado
por eles.
2 - Trabalho de abordagem rítmica

Enquanto as músicas do disco dos alunos são executadas os alunos devem


identificar os instrumentos que vão aparecendo, eles serão solicitados a imitar
onomatopeicamente o instrumento percebido e mostrar através de mímicas como que se
toca este instrumento. Após esta atividade, começaremos a ouvir o disco levado pelo
estagiário, desta vez alem da identificação dos instrumentos, eles também serão
questionados sobre a qualidade da música que ouvem. A audição será composta por
músicas dos mais variados gêneros incluindo algumas composições contemporâneas
norteadas pelo dodecafonismo e que primam pela desconstrução musical. Durante todo
processo de audição a atenção dos alunos será chamada para a percepção do pulso de
cada música.
Terminada as audições, começamos a trabalhar o ritmo. A partir de uma canção
será criada uma coreografia, que deverá ser executada enquanto se caminha, compondo
assim uma marcha. O objetivo da atividade é fazer com que o grupo marche de forma
sincronizada cantando a canção mentalmente, guiando-se apenas pelo pulso.
Avaliação: Marcação do pulso e participação nas atividades propostas.

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14/10/2009 – Quarta aula
Nas regências passadas observei o quanto é complicado manter os alunos
concentrados em uma única atividade, a partir destas observações passei a procurar
atividades que estimulassem a concentração e a audição crítica não só de músicas como
também de sons, procurando identificar as propriedades dos sons e a importância do
silêncio.

Objetivos: 1) Estimular a concentração


2) Desenvolver o senso crítico
3) Demonstrar propriedades dos sons

Plano de Aula: Aula deverá ser dividida em três momentos:


1 – Jogo da memória sonora
2 – Audições
3 – Perguntas e respostas com instrumentos musicais
4 – Manuseio livre de instrumentos musicais

A aula começara com o jogo da memória sonora. Este jogo é uma variação do
jogo da memória com a diferença que os alunos devem agrupar pares de sons iguais ao
invés de figuras. Dentro de potinhos de iogurte são colocados diferentes materiais
(areia, pedacinhos de papel, grãos variados). Cada pote terá o seu par com um som
idêntico, os alunos devem agrupá-los de acordo com o som que emitem.
A próxima atividade consiste na audição de músicas de variados estilos e
gêneros onde eles devem marcar o ritmo e dar um parecer crítico sobre a música ouvida.
Perguntas mais subjetivas sobre as sensações que essas músicas os remetem serão feitas,
assim como a qualidade da música e os motivos que fazem com que uma música seja
boa ou não.
Em outro momento manusearemos instrumentos musicais de forma em que eles
devem responder com sons (utilizando pandeiros e chocalhos) as células rítmicas
executadas pelo estagiário. Terminada esta atividade o manuseio dos instrumentos será
livre.

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Avaliação: Concentração na execução do jogo da memória, participação nas
audições respondendo as perguntas, envolvimento nas atividades de “eco” e “pergunta e
resposta”.
Relato das práticas
23/09/2009 – Primeira aula prática
Este primeiro encontro não se realizou exatamente como previsto e escrito no
plano de aulas. Eu não sabia ao certo se minha orientadora (Cecília Torres) levaria o
livro Orquestra Tintim por Tintim, então montei um plano para esta primeira regência
sem a audição deste material. Felizmente ela levou o livro e pudemos realizar atividades
muito produtivas a partir do conteúdo do livro.
A aula começou com um debate onde os alunos foram inquiridos sobre o que
esperavam das aulas de música, qual o grau de contato deles com a música e o gosto
musical de cada um. As alunas Cíntia e Suzana estavam extremamente inibidas e não se
apresentaram inclinadas em responder minhas perguntas. Para a primeira pergunta,
apenas Cíntia respondeu que esperava apenas construir alguns instrumentos, já Thiago
disse que também esperava tocar os instrumentos, Suzana não respondeu a nenhuma
pergunta feita por mim. Quando perguntei se algum costumava ter contato com música,
as meninas se calaram e Thiago disse que já havia tido aulas de música na escola,
quanto ao gosto musical de cada um, apenas Thiago me disse que gostava de ouvir
KLB.
A grande surpresa veio após esta breve conversa, quando eu coloquei sobre a
mesa alguns instrumentos (violão, cavaquinho, flauta doce e pandeiro). Thiago que
nunca queria participar das atividades de teatro (onde fiz a maioria das observações) não
teve problema algum em manusear e explorar os instrumentos de cordas e o pandeiro, as
meninas, por sua vez, não quiseram de forma alguma explorar nenhum instrumento, até
mesmo me pareceu que elas tinham medo destes objetos, presumi que elas pensaram
que esperávamos que elas já começassem fazendo música, o que logicamente não foi e
nem será cobrado. Em um determinado momento percebi que nesse primeiro encontro
elas não manuseariam os instrumentos, então passamos para outra atividade.
Seguindo a sugestão da orientadora coloquei para tocar o cd que acompanha o
livro Orquestra Tintim por Tintim e ouvimos as músicas olhando o livro. Primeiramente
somente Thiago se mostrou bastante interessado e a todo o momento me perguntava o
que estávamos ouvindo e o que era o desenho que olhávamos. Aos poucos as meninas
foram se interessando pela atividade e também passaram a responder as perguntas que

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eu ia fazendo, como “que instrumento é esse?”, “como que se toca?”, “que música é
esta?”. Embora eu não tenha considerado que a questão da família de cada instrumento
e as propriedades do som quanto à altura e timbre houvesse sido bem fixada, a atividade
foi muito produtiva e o livro que em um primeiro momento eu não esperava usar nesta
aula funcionou perfeitamente bem.
A terceira e ultima atividade da tarde consistiu em construir alguns chocalhos,
tambores e kazoos. Para Trindade (1998, p 213), “a atividade de construção de
Instrumentos na Educação Musical pode promover ou favorecer o conhecimento
musical do aluno, enriquecendo e ampliando as suas experiências.”. Estes alunos já
estão bem acostumados a realizar tarefas manuais e ouviram atentamente minhas
instruções para a construção dos mesmos. Terminada a montagem eu lhes mostrei como
se tocava o kazoo, eles riram bastante, acharam o som que o instrumento emitia
engraçado, mas, nenhum quis tocar. As meninas neste momento se negavam inclusive
em manusear os chocalhos feitos com potes de remédio e clipes para papel, apenas após
certa insistência concordaram em manusear brevemente esses instrumentos. Terminado
este primeiro contato com os instrumentos que haviam construído, chegou o momento
da decoração, então todos se mostraram empenhados em pintar com cola colorida e
gliter os chocalhos e kazoos. Sem dúvida alguma o que as meninas mais gostaram de
fazer nesta aula foi desenhar a clave de sol, após treinarem sob minhas instruções em
uma folha de caderno, colocaram-se a desenhar claves e sinais rítmicos sobre o forro de
papel pardo da mesa.
Por volta das 16 horas, fizemos um intervalo de 15 minutos para o lanche,
quando terminaram suas refeições, as meninas voltaram a decorar os instrumentos, eu
fiquei o resto da tarde tocando flauta, cavaquinho e violão, Thiago ficou o tempo todo
ao meu lado “me acompanhando” no pandeiro ou no cavaquinho, as meninas
mostraram-se mais interessadas nas músicas apenas no momento em que toquei na
flauta a melodia tema do filme O Rei Leão e foi assim que terminou a primeira aula
prática do estágio.

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30/9/2009 - Segunda aula prática
Nesta aula estavam presentes apenas Cíntia e Thiago, além das monitoras Nara,
Sueli e Neuza. A aula foi praticamente toda ministrada em volta de uma mesa de
reuniões. Seguindo a sugestão de minha orientadora, agrupei três cadeiras de um lado da
mesa, sentei-me na do meio e pedi que os alunos sentassem ao meu lado (uma de cada
lado) desta forma os dois teriam acesso ao livro que leríamos enquanto ouvíamos o cd
que acompanha o livro Orquestra Tintim por Tintim.
A atividade de audição deste disco foi muito bem sucedida, Thiago e Cíntia
faziam silêncio para ouvir os instrumentos e olhavam atentamente para as ilustrações do
livro. A maioria das faixas foi executada duas vezes, na segunda vez eu pedi a eles que
me mostrassem por mímicas como se tocava o instrumento que estávamos ouvindo,
com exceção do glockenspiel, xilofone e carrilhão (que eles pensaram se tratar de algum
tipo de piano) acertaram a forma de tocar todos os instrumentos assim como suas
famílias. Terminada as audições, solicitei a eles que fizessem um desenho do
instrumento que eles mais gostaram e me falassem a família deste instrumento, Cíntia
desenhou um homem tocando pratos (imagem 7) e disse que os instrumentos de
percussão eram os mais divertidos e fáceis de tocar, Thiago por sua vez não quis
desenhar, neste dia tudo para ele era complicado demais e ele não sabia se iria
funcionar, somente após alguma insistência ele desenhou um teclado de piano (imagem
8) se utilizando de uma régua. Fiquei com a impressão de que ele escolheu desenhar
este instrumento em função de lhe parecer o mais fácil de desenhar, uma vez que ele se
mostrou mais empolgado ao ouvir os instrumentos de sopro, principalmente o trompete.
A segunda atividade teve como propósito ilustrar o funcionamento de um
instrumento de cordas. Fixei em uma tábua de mais ou menos 20 cm de comprimento,
15 cm de largura e 2 cm de espessura uma lata, por sobre a lata estiquei uma linha de
poliamida e pedi para que explorassem este instrumento. Cíntia se mostrou muito
curiosa em saber como este “instrumento” funcionava e ficou cerca de 10 minutos
explorando o nosso “violãozinho de uma corda” (ela mesma batizou o instrumento
assim). Mostrei a eles a diferença do som com a corda esticada e a corda menos
tensionada, assim como a diferença no volume quando retirávamos a lata de baixo da
corda. Thiago, que na aula passada havia participado ativamente das atividades não quis

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nem chegar perto do instrumento e se negou a tocá-lo, argumentando que “essa coisa de
tocar é muito complicada, eu não sei como se faz isso, acho que não vai dar certo”.
Após a atividade sobre instrumentos de cordas, propus uma brincadeira de eco,
utilizando um kazoo eu tocava o trecho de alguma melodia e eles deveriam repetir essa
mesma melodia, Cíntia adorou esta brincadeira e rapidamente o jogo de eco evoluiu
para um diálogo de perguntas e respostas com kazoos, a mesma atividade foi feita em
seguida usando pandeiros, em um primeiro momento Thiago não se interessou pela
brincadeira, mas se envolveu mais, após perceber que Fernanda se divertia muito
executando a atividade.
A tarde terminou com a audição do cd da Ivete Sangalo, que Thiago havia
levado, ficou claro que ambos gostam muito de ouvir música e os momentos de audição
sempre funcionam bem. Eles respondem mais a estímulos rítmicos, demonstraram
facilidade em identificar instrumentos de percussão e uma certa dificuldade em
reconhecer guitarras e sopros. Fiquei positivamente surpreso quando Cíntia percebeu o
som do baixo e me perguntou qual era o instrumento que tinha o som “grosso”. Após
mais algumas explicações sobre as famílias de instrumentos do cd da Ivete Sangalo, as
17: hs30min dei por encerrada as atividades do dia.

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07/10/2009 – Terceira aula prática
Ao contrário dos outros encontros, nesta aula eu não anunciei o início das
atividades, nas regências anteriores percebi que no momento em que falava “vamos
começar nossa aula” todos se retraíam e o medo de errar ou simplesmente de “pagar
mico” (termo usado pela Cíntia) os travaram e o ritmo da aula ficou sensivelmente mais
lento.
A aula começou com a pintura de instrumentos musicais em um livro para
colorir que Thiago levou e Cíntia e Suzana se mostraram bastante empenhadas em
auxiliar Thiago nas pinturas. Neste terceiro encontro também foram realizadas audições
de músicas dos mais variados gêneros e artistas, tais como Leonardo, Tim Maia e
Mozart, entre outros.
Ao chegarem no local do estágio os alunos já me encontraram ouvindo um disco
do cantor Leonardo (Leonardo – todas as coisas do mundo ao vivo). Guitarra, bateria,
baixo, percussão e piano foram facilmente identificados por todos nas músicas
Felicidade (Lupicínio Rodrigues), Um sonhador (César Augusto/ Piska), Não aprendi
dizer adeus (Joel Marques), Nuvem de lágrimas (Paulo Debétio/ Paulinho Rezende),
Cumade e cumpade (Rivanil), Talismã (Michael Sulivan/ Paulo Massadas), Cadê você
(Odair José) e Entre tapas e beijos (Niltom Lamas/ Antônio Bueno).
A audição de um disco de música brasileira popular abriu espaço para entrarmos
em um debate sobre o que é bom e o que é ruim em termos de música, Thiago e Cíntia
gostaram muito do disco e cantaram ou cantarolaram praticamente todas as canções que
ouvimos. Montaram coreografias com as mãos para cima e também marcaram o pulso
batendo na mesa ou nos pandeiros, Suzana se negou a fazer coreografias ou cantar
junto, alegando não gostar de música sertaneja, ela apenas em alguns momentos marcou
o pulso junto com a música, porém, com a finalidade de auxiliar Cíntia, os
comprometimentos cognitivos de Suzana são visivelmente mais leves com relação ao
restante do grupo, ao ser indagada sobre que tipo de música ela gostava, sua primeira
resposta foi de que não gostava de nada, logo depois me disse que gostava de Rebeldes
e Beyonce.
Quando o disco terminou apresentei ao resto do grupo três flautas doce soprano,
apenas Cíntia tocou e demonstrou muito interesse em aprender mais o instrumento, mas,
ao perceber que os colegas estavam com vergonha de tocar flauta doce, desistiu e não

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quis mais tocar o instrumento, neste momento coloquei outro disco no aparelho de som
e dei início à segunda parte das audições.
Coloquei uma música do grupo Barbatuques (Barbapapa´s Groove) e perguntei
que instrumentos eles estavam ouvindo, fiquei muito satisfeito com a rapidez em que
perceberam que aquela música era tocada apenas com sons feitos com o corpo,
discretamente baixei o volume do som e começamos a reproduzir o que havíamos
ouvido: batidas com os pés no chão, palmas variando o numero de dedos, batidas no
peito, nas coxas e estralar de dedos.
A segunda música da audição foi “Ela Partiu” de Tim Maia, também marcamos
o pulso desta e sem maiores dificuldades identificaram na medida em que eu ia
perguntando, todos os instrumentos da música, que eram baixo, bateria, guitarra e voz.
Perguntei a eles se a voz do Tim Maia era grave, média ou aguda, todos responderam
que era média, me pergunto se esta resposta foi espontânea ou se foram influenciados
pela Suzana, que foi a primeira a responder.
Depois de Tim Maia ouvimos um trecho da Flauta Mágica de Mozart, a ária de
Dama da noite interpretada por Erika Miklosa, seguindo minha orientação de fechar os
olhos, ouviram toda música atentamente e pediram pra ouvir de novo, todos gostaram
muito desta peça.
Após ouvir duas vezes esta música, ouvimos a mesma ária cantada por Florence
Jenkins. Além da qualidade da gravação estar bem comprometida, a cantora executa
praticamente a música inteira fora do tom, apenas Cíntia disse que “tem alguma coisa
estranha”, Thiago e Suzana falaram se tratar da mesma canção e perceberam apenas que
a primeira cantora era acompanhada por uma orquestra, enquanto a segunda era
acompanhada apenas por um piano, não fizeram nenhum comentário a respeito da
afinação da cantora.
A próxima canção foi “Drive my car” na versão de Bob McFerrin, arranjada
inteiramente com sons vocais, sem uso de outros instrumentos. A identificação dos sons
médios e agudos nessa música se deu facilmente, entretanto eles custaram a acreditar
que estávamos ouvindo uma música totalmente vocal, sem qualquer outro instrumento.
Depois de Bob Mcferrin ouvimos Arrigo Barnabé com a música Sabor de
veneno, apenas Thales disse que a música era “engraçada” as meninas disseram “odiar”
aquela música “feia” e nenhum deles conseguia marcar o pulso da música (5/4) quando
eu parava de marcar com eles.

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Também ouvimos nesta tarde samba (Leci Brandão – “Isto é fundo de quintal”),
rock (Led Zeppelin – “The ocean”) e música negra norte-americana (Sean Kingston –
“Beautiful girl”). Estas três músicas agradaram a todos que marcaram o pulso e
identificaram seus instrumentos sem problema algum.
A última meia hora de aula passamos ouvindo (e cantando) o restante do disco
do Leonardo, atendendo aos insistentes pedidos do Thiago.

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14/10/2009 – Quarta aula prática

Este encontro teve a presença de dois novos alunos, Ralph de 32 anos de idade e
Vanessa com 25 anos. Ambos apresentam problemas cognitivos, dificuldade de
aprendizagem e coordenação motora, entretanto, demonstram muita mais maturidade
em relação ao resto do grupo.
A aula começou com o jogo de memória sonora, onde os alunos deveriam
agrupar as peças do jogo (potes de iogurte contendo diferentes tipos de grãos dentro) em
pares com sons iguais. Em volta da mesa jogavam um por vez e com exceção do
Thiago, que se negou a participar desta atividade, todos participaram com muita
empolgação do jogo. Primeiramente jogaram um de cada vez, um aluno escolhia um
pote, ouvia o seu som e logo após pegava outro pote, caso os sons fossem diferentes, os
potes eram repostos no jogo e então o próximo aluno jogava, quando um aluno acertava
o par de potes, esse par era retirado do jogo e o próximo aluno jogava. Depois de
agruparem todos os pares recomeçamos o jogo, desta vez cada um jogou
individualmente até fechar todos os pares. Para Penovi (1971), a base da música é o som
e este produz diferentes mudanças na pessoa, atuando sobre seu estado mental,
emocional e físico.
Esta atividade ocupou mais da metade da aula, para minha surpresa eles pediram
para repetir a brincadeira por quatro vezes, todos demonstraram muita sensibilidade
auditiva e eles próprios pediam que o resto do grupo fizesse silêncio na hora de jogar. A
seriedade com que Vanessa e Ralph encararam a atividade “contagiou” Suzana e Cíntia
que passaram a se empenhar mais em acertar os pares.
Após o jogo da memória começamos as audições. Segundo Gonçalves (2009, p
136) “O desenvolvimento da apreciação musical implica em disponibilizar ao aluno
uma gama de estilos musicais de forma que ele possa apurar um senso crítico em
relação à escuta dos sons, ou seja, uma escuta crítica. Em relação à criatividade,
enfatizamos a importância do aluno utilizar os conhecimentos adquiridos nas aulas de
música para desenvolver seu potencial criativo, seja por meio de composições musicais,
seja por construção de instrumentos musicais não convencionais ou ainda pela
elaboração de novas formas de fazer musical.”

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Os artistas ouvidos foram Marisa Monte, Raphael Rabello, Paulo Moura, Raul
Seixas, Rita Lee, Sean Kingston, Igor Stravinsky e algumas canções das bandas norte-
americanas Captain and Tenille e George Clinton & Parliament Funkadelic.
Ao ouvir a música “esta melodia” da Velha Guarda da Portela cantada por
Marisa Monte, eles falaram que a música era “quase boa” (palavras de Vanessa) a parte
inicial da música onde a cantora canta com andamento lento acompanhada por um
cavaquinho e um surdo foi taxada de “chata”, mas gostaram e até dançaram a segunda
parte que é tocada pela bateria da Portela. As canções “Love Will Keep” (Captain and
Tenille) e “Play That Funky Music White Boy” (Wild Cherry) agradaram muito a todos
que demonstraram muito prazer em bater palmas junto com as músicas, Vanessa,
inclusive se demonstrou muito destrinchada ao dançar e reclamou quando essas músicas
chegaram ao fim. A música “Ronda” de Paulo Vanzolini, interpretada por Raphael
Rabello e Paulo Moura também os agradou muito, imediatamente eles identificaram os
instrumentos da música (violão e clarinete) assim como suas famílias de cordas e sopro
e me pediram que levasse para a próxima aula o disco completo desses artistas. As
canções “Peixuxa” (Raul Seixas) e “Hula Hula” (Rita Lee) foram reconhecidas como
canções infantis, quando eu perguntei qual a diferença entre músicas infantis e músicas
para adultos Ralph respondeu que as músicas infantis são mais alegres e os demais
alunos concordaram. A música “Oiseau de Feu” (Igor Stravinsky) não os agradou,
falaram que a música era muito parada e em menos de três minutos já estavam
completamente dispersos da audição.
O resultado geral da audição foi bastante produtivo demonstrando que todos
podem se concentrar nesse tipo de atividade quando incentivados.
Terminadas as audições peguei o violão e toquei e cantei juntamente com Ralph
(que já tem um conhecimento básico de alguns acordes de violão) as músicas “Cai cai
balão” de Assis Valente e “Panela velha” de Sérgio Reis, todos presentes na sala
cantaram alegremente conosco.

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Anexos

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Bibliografia

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 23. Ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1999

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 41. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005

GONÇALVES, Martha Abrantes. Monografia apresentada para conclusão do curso de


Licenciatura Plena com Habilitação em Música do Instituto Villa Lobos da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, Julho de 2006

PENOVI, Luisa. Apud URIARTE, Monica. A Educação Musical como recurso auxiliar
na coordenação motora, interação e inclusão de portadores de necessidades especiais.
Anais do XII Encontro Regional da ABEM-SUL 2009-11-17

TRINDADE, Brasilena. Educação Musical como construção de instrumentos: Projeto


realizado em turmas de jovens de 8 a 14 anos. In: Fundamentos da Educação Musical
ABEM, n°4, outubro 1998

TORRES, Maria Cecillia de A. R. Construindo instrumentos musicais no curso de


pedagogia: Entre chocalhos e ganzás. Revista Visão Global/UNOESC. São Miguel do
Oeste/SC; N. 10, ano 4, p61 – 69, 2000

31
Material de apoio

A orquestra Timtim por Timtim / Liane Hentschke...


[ET AL.] – São Paulo: Moderna 2005.
Outros Autores: Suzana Ester Kruger, Luciana Del Bem, Elisa da Silva e Cunha

Discografia utilizada

ARRIGO BARNABÉ E BANDA SABOR DE VENENO. Sabor de Veneno, Arrigo


Barnabé [compositor] In: Clara Crocodilo: Produção independente, (Brasil) 1980

BARBATUQUES. Barbapapa´s Groove. Barbatuques [compositores] In: Corpo do


Som: Produção Independente, (Brasil) 2002

BOBBY MCFERRIN. Drive my car, John Lennon e Paul Mccartney [compositores] In:
Simple Pleasures, EMI (EUA), 1988

CAPTAIN AND TENNILLE. Love Will Keep Us Together, Neil Sedaka e Howard
Greenfield [compositores] In: Love Will Keep Us Together, A&M Records, (EUA)
1975

ERIKA MIKLOSA. Queen of Night. Wolfgang Amadeus Mozart [compositor] In:


Mozart: Die Zauberflöte / Claudio Abbado, (Áustria) 2005

IGOR STRAVINSKY. L´Oiseau de feu, Igor Stravinsky [compositor] In: L´Oiseau de


feu, Fremeaux Associes

LED ZEPPELIN. The Ocean, Jimi Page e Robert Pant [compositores] In:Houses of the
Holy, Antlantic, (Inglaterra) 1973

LECI BRANDÃO. Isto é fundo de quintal, Arlindo Cruz e Sombrinha [compositores]


In: Pra sempre Leci Brandão, Trama (Brasil) 2001

LEONARDO. Todas as faixas, diversos autores, In: Todas as Coisas do Mundo – ao


vivo, BMG (Brasil) 2002

MARISA MONTE. Esta Melodia, Jamelão e Babu da Portela [compositores] In: Verde,
amarelo, anil, cor de rosa e carvão, EMI (Brasil) 1994

PAULO MOURA. Ronda, Paulo Vanzolini [compositor] In: Dois Irmão – Paulo Moura
e Raphael Rabello, Caju Music (Brasil) 1992

RAUL SEIXAS. Peixuxa, Raul Seixa e Marcelo Motta [compositores] In: Novo Aeon,
Philips – Phonogram (Brasil) 1975

RITA LEE. Hulla Hulla, Rita Lee e Élcio Decário [compositores] In: Build Up, Philips
(Brasil)1970

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TIM MAIA. Ela Partiu, Tim Maia [compositor] In: Tim Maia Racional Volume I,
Produção Independente (Brasil) 1975

WILD CHERRY. Play that funky music, Robert Parissi [compositor] Play that funky
music (sigle), Recording Industry Association of America (EUA) 1976

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