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CARREIRA

As profissões condenadas a desaparecer – e as que


resistirão às novas tecnologias
Seu trabalho tem futuro? Após substituir o trabalho braçal, na Revolução Industrial, as máquinas
começam a substituir o trabalho intelectual nos escritórios
MARCELO MOURA
06/03/2014 - 07h00 - Atualizado 06/03/2014 07h00

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O russo Gary Kasparov não foi apenas o maior jogador de xadrez de seu
tempo. Quando aceitou jogar contra o supercomputador Deep Blue, em
1997, era considerado o maior enxadrista de todos os tempos. “Não acho
apropriado discutir o que eu faria em caso de derrota”, disse, antes do
duelo. “Nunca perdi.” Em outra ocasião, foi ainda mais confiante:
“Nunca vou perder para uma máquina”. Depois de oito dias e seis
partidas, o que parecia improvável aconteceu. A máquina venceu o
homem num duelo de capacidade intelectual. A vida profissional de
Kasparov foi diretamente afetada a partir daquele dia 11 de maio. A vida
dos demais profissionais, não. Supercomputadores eram para poucos. O
Deep Blue pesava 1,4 tonelada, só sabia jogar xadrez e custou, em valores
atuais, o equivalente a US$ 15 milhões. Computadores já haviam chegado
a fábricas e escritórios, mas com capacidade e resultados tímidos. Ainda
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prevalecia a frase cunhada em 1987 por Robert Solow, ganhador do
Prêmio Nobel de Economia por seus estudos sobre crescimento: “Dá para
ver a era dos computadores em todo lugar, menos nas estatísticas de
produtividade”. Hoje, 16 anos após a derrota de Kasparov, o cenário
mudou. O poder de processamento de um supercomputador dos anos
1990 está agora disponível em computadores pequenos, baratos, versáteis
e interconectados, como os smartphones. Incrivelmente capazes de
armazenar e interpretar informações, essas novas máquinas estão
revolucionando o ambiente de trabalho – e isso afeta diretamente seu
emprego. “Cerca de 47% das profissões correm risco”, disse a ÉPOCA Carl
Frey, doutor em economia da Universidade de Oxford, autor do estudo O
futuro do emprego.

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Frey e Michael Osborne, professor de ciência de engenharia de Oxford,
avaliaram tarefas cotidianas de mais de 700 ocupações, para identificar
o que uma máquina poderá fazer melhor que os humanos nas próximas
duas décadas. Chegaram a um índice que varia entre 0 (nenhum risco de
substituição) e 100% (risco total). As profissões mais ameaçadas estão
nas áreas de logística, escritório e produção, aquelas que envolvem
tarefas intelectualmente repetitivas. Embora o estudo seja baseado no
mercado de trabalho dos Estados Unidos, suas conclusões são aplicáveis
mundialmente. “Trocar profissionais por máquinas no Brasil é, em tese,
menos atraente do que nos Estados Unidos, porque os salários são mais
baixos”, diz Frey. “Mas o custo da automação está caindo tão
rapidamente que a tendência deverá se manifestar nos dois países quase
ao mesmo tempo.”
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>> Mais notícias de carreira

Exercícios de futurologia sobre a evolução da tecnologia existem há


décadas – e, há décadas, eles costumam errar o alvo. Historicamente, os
profetas pecam pelo otimismo. Agora, a realidade parece ter chegado
antes do previsto. Em 2004, os economistas Frank Levy, do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT), e Richard Murnane, da Universidade
Harvard, disseram no livro A nova divisão do trabalho que os robôs
continuariam incapazes de realizar tarefas complexas, como dirigir. A
previsão dos dois especialistas foi superada em 2005, quando Stanley,
um carro sem motorista da Universidade Stanford, venceu um desafio
proposto pela Agência de Projetos Avançados de Defesa dos Estados
Unidos (Darpa). Desde 2009, o Google desenvolve a tecnologia do Stanley
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em estradas abertas ao trânsito. Os robôs já rodaram mais de 500.000
quilômetros, sem acidentes. O custo do sistema de radares a laser, usado
pelos carros, caiu de US$ 35 milhões para US$ 80 mil. Considerados, no
livro de 2004, insubstituíveis em longo prazo, motoristas de ônibus
escolares têm 89% de chance de ser substituídos por uma máquina,
segundo a previsão atual.
>> Teste: Você tem ambição na vida profissional? 

Um trabalhador com alto risco de substituição não perderá,


necessariamente, o emprego. Mas seu horizonte profissional será
limitado. O salário tenderá a subir menos, pressionado pela
possibilidade de substituição por máquinas ou por colegas de profissão
recém-desempregados. “Acabou-se o tempo em que um profissional
ficava de 20 a 30 anos na mesma carreira”, diz Frey. “Como muitas
mudanças acontecem mais rápido, os trabalhadores precisam se
adaptar mais rapidamente.”

A substituição do trabalho humano por ferramentas fez a humanidade


evoluir desde a Idade da Pedra. Vista de perto, porém, a evolução técnica
não ocorre de maneira harmônica e sincronizada. Vem acompanhada de
crises, num ciclo que o economista austríaco  Joseph Schumpeter (1883-
1950) batizou como “destruição criadora”. “A estrutura econômica é
incessantemente transformada de dentro para fora, incessantemente
destruindo a anterior e incessantemente criando outra nova”, afirma no
livro Capitalismo, socialismo e democracia. “Esse processo de destruição
criadora é o elemento essencial do capitalismo.”

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O grande salto e a grande crise ocorreram com a Revolução Industrial. O
trabalho repetitivo de artesãos foi substituído por máquinas, operadas
por profissionais mais baratos e de menor qualificação. A mudança
encontrou resistência de muitos – pois nunca se sabem, de antemão, os
vencedores e perdedores Assine
de uma Época
revolução. Até ade
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Inglaterra, resistiu. Em 1589, recusou-se a patentear a máquina de tecer
criada pelo inventor William Lee. “Imagine o que sua invenção poderia
fazer a meus pobres cidadãos”, disse. “Sua máquina certamente os
levará à ruína, ao tirar o emprego, tornando-os mendigos.” A tentativa
mais inflamada de conter a evolução tecnológica foi liderada pelo inglês
Ned Ludd, entre 1811 e 1817. Os “luditas” invadiram tecelagens e
quebraram máquinas. Em vão. No longo prazo, a sociedade saiu
ganhando. A manufatura tornou os produtos acessíveis a um público
maior, porque ficaram mais baratos e porque a profissão de operário
incluiu no mercado mais consumidores. O aumento nas vendas criou
demanda por atividades relacionadas, como produção de matéria-prima
e manutenção das linhas de produção, e indiretamente relacionadas,
como transporte e alimentação. Fez a economia girar. A Revolução
Industrial melhorou as condições de vida de tal forma que, entre os anos
1700 e 1900, a população mundial cresceu de 680 mil habitantes para 1,6
bilhão.
>> A era do computador que aprende – e age – sozinho

A automação do trabalho intelectual será um salto comparável ao da


Revolução Industrial, afirmam Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee,
professores do MIT, no livro The second machine age (A segunda era da
máquina). Os autores afirmam que a segunda revolução das máquinas,
a exemplo da primeira, trará possibilidades fantásticas de melhora na
qualidade de vida – ao lado de incertezas, desemprego e, possivelmente,
concentração de renda. O avanço da computação nos Estados Unidos,
nas últimas três décadas, já foi acompanhado de aumento na
desigualdade social. Os dados mais recentes do Departamento de Receita
americano mostram que a camada 1% mais rica da população acumulou
19,3% da renda do país em 2012 – um recorde, num século de
levantamento. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a
taxa de desemprego no mundo crescerá 6,4% de 2013 a 2018, apesar da
perspectiva de recuperação econômica nos países ricos. Historicamente,
o avanço tecnológico fechou portas e abriu um número ainda maior de
janelas. Num momento de transição, como agora, nem sempre é fácil
identificar onde as janelas se abrem. Mas algumas parecem bastante
claras.
>> Saiba como melhorar seu perfil no LinkedIn e se destacar na rede

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O LinkedIn, rede de contatos Época a partir
profissionais de R$de14,90
com cerca por mêsde
260 milhões
usuários, pesquisou as dez profissões que mais cresceram desde 2008.
Oito envolvem programação de sistemas e formas criativas de aproveitar
a torrente de informações disponível. As outras duas são instrutor de
zumba (uma dança) e personal trainer. A lista é coerente com as
características humanas que, segundo Frey e Osborne, as máquinas são
menos capazes de superar: percepção e manipulação, inteligência social
e criatividade. Quanto mais uma profissão requerer essas três
características, menos exposta estará à automação – e menos sujeita a
um possível esvaziamento de perspectivas.

MÁQUINA VERSUS HOMEM


O robô Agilus diante de Timo Boll, oitavo melhor jogador de tênis de mesa do mundo. O
duelo será em 11 de março (Foto: Reprodução)

“Percepção e manipulação” podem ser entendidas como versatilidade e


habilidade física. Robôs executam com força, rapidez e precisão
movimentos repetitivos, impossíveis ao homem. Mas as máquinas se
adaptam mal a ambientes sujeitos a mudanças. A dificuldade de
adaptação das máquinas ficou conhecida como paradoxo de Moravec –
em referência a Hans Moravec, pesquisador de robótica da Universidade
Carnegie Mellon, nos Estados Unidos. “É comparativamente fácil fazer
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computadores exibir desempenho dea partir de R$ 14,90
um adulto em por mêsde
testes
inteligência ou jogos de xadrez – e difícil ou impossível dar às máquinas
as habilidades de um bebê de 1 ano, em questões como percepção e
mobilidade”, dizia ele. O alto custo de superar o paradoxo permite
vislumbrar longa vida para profissões que exigem precisão e
maleabilidade, como dentistas, cirurgiões, arqueólogos ou jardineiros.

“Inteligência social” pode ser entendida como diplomacia, habilidade


política, sensibilidade, capacidade de formar laços de confiança,
empatia.  É um truísmo, de tão verdadeiro: ninguém tem tanto calor
humano quanto os humanos. O futuro está garantido para
coordenadores de equipes como promotores de eventos, gerentes de
hospedagem ou gestores de emergências. Terapeutas e psicólogos, mais
ainda. 

A criatividade sobreviverá ao avanço das máquinas em carreiras


artísticas, como design de moda. “Um computador pode criar variações
do que faz sucesso, mas é incapaz de lançar tendências”, diz Frey. “A
moda é uma abstração humana.” A maior oportunidade do século está
na simbiose entre a criatividade humana e o poder de computação das
máquinas. Serviços como Amazon e Google são o melhor exemplo desse
casamento feliz. Há duas décadas, seus fundadores eram jovens de
classe média, formados em ciências exatas nas melhores universidades
americanas. Hoje, Larry Page e Sergey Brin (fundadores do Google) e Jeff
Bezos (fundador da Amazon) são os mais jovens integrantes da lista de
20 homens mais ricos do mundo. Mark Zuckerberg, fundador do
Facebook, está no caminho. Aos 29 anos, é o 66o mais rico. A tecnologia
atual permite a qualquer jovem lançar um produto de sucesso mundial.
Basta ter uma boa ideia, de preferência uma que dê sentido à avalanche
de dados digitais armazenados pelas máquinas.

A vida e a obra de Bezos, Page, Brin e Zuckerberg podem inspirar a


formação escolar de jovens e crianças. Decorar nomes e fórmulas não
faz mais sentido. As respostas prontas estão na internet. “Os alunos
deveriam aprender programação, para domar as máquinas”, diz Frey. “E
empreendedorismo, para identificar problemas e aplicar soluções.” Em
outras palavras, os trabalhadores do futuro devem exercitar a parceria
com as máquinas, em vez de enfrentá-las. Foi o que um dia aprendeu
Gary Kasparov. Depois de perder para o Deep Blue, ele se encantou com
Assine
os resultados de um torneio Época
de xadrez doatipo
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“vale-tudo”, por foram
em que mês
aceitos máquinas, homens e parcerias de homens e máquinas. “O
vencedor não foi um mestre do xadrez ou um supercomputador, mas
uma dupla de enxadristas amadores, ajudados por três computadores
comuns”, diz. A orientação estratégica do homem, combinada à
acuidade do computador, pode trazer resultados extraordinários.

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