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Módulo A

Introdução ao
Estudo do Direito Penal

Introdução
O fato social é sempre o ponto de partida na formação
da noção do Direito
fato social
ilícito ILÍCITO
contrário à
jurídico PENAL
norma

O Estado estabelece normas jurídicas com


a finalidade de combater esses ilícitos

=
Estudo
Conjunto de DIREITO - Do crime
normas - Da pena
PENAL
jurídicas - Do delinqüente

1
Código Penal
O Código Penal vigente é o
Decreto-Lei nº 2848
de 07 de dezembro de 1940

É dividido em:

• PARTE GERAL - dos artigos 1º ao 120

• PARTE ESPECIAL - dos artigos 121 ao 361

Conceito de Direito Penal


• Von Liszt define o Direito Penal como “o conjunto das
prescrições emanadas do Estado, que ligam ao crime –
como fato – à pena, como conseqüência”

Crítica: o direito penal, hoje, não se preocupa somente com a pena.


Tanto que existem as medidas de seguranças (inimputáveis)

• Damásio E. de Jesus dá uma definição mais completa de


Direito Penal, afirmando que ele consiste em:

“Um conjunto de normas que ligam ao crime,


como fato, à pena como conseqüência e
disciplinam também as relações jurídicas daí
derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das
medidas de segurança e a tutela do direito de
liberdade em face do poder de punir do Estado"

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Caracteres do Direito Penal
• O Direito Penal, por regular as relações do indivíduo com a
sociedade, pertence ao Direito Público. Isso porque em um
dos lados da relação jurídica nascida com a prática do crime
temos a figura do Estado, que exercerá o direito de punir e do
outro lado teremos o indivíduo, detentor do direito à liberdade.

SUJEITO
que tem o
Direito à Liberdade
prática (princípio da legalidade)
faz nascer relação entre
do crime
ESTADO
que tem o
Direito de Punir
(“jus puniendi”)

Verifica-se que mesmo nas hipóteses em que a ação se movimenta


por iniciativa do particular (AÇÃO PRIVADA),
o direito de punir continua a pertencer exclusivamente ao Estado

Caracteres do Direito Penal


O Direito Penal é ciência cultural,
normativa, valorativa e finalista
• CULTURAL porque pertence à classe das ciências do "dever-ser"
e não à do "ser". Ele diz como as coisas, em verdade, deveriam
ser.
• NORMATIVA, porque tem a finalidade de estudar a norma, ou
seja, a regra de conduta.
• VALORATIVA porque o Direito coloca uma hierarquia entre as
normas, não lhes dando o mesmo valor.
• FINALISTA porque tem como fim a defesa da sociedade, através
da proteção de bens jurídicos fundamentais.
É ainda, sancionador porque através da cominação da sanção
(previsão de penas), protege outra norma jurídica
de natureza extra-penal.
E é também é dogmático porque expõe o seu direito através de
normas jurídicas, exigindo o seu cumprimento sem reservas.

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Direito Penal subjetivo e
Direito Penal objetivo
O Direito Penal tem na sanção
seu meio de ação

SUBJETIVO OBJETIVO
É o direito de punir do Estado É o próprio ordenamento jurídico-
(“jus puniendi”). penal, correspondendo, portanto,
Esse direito tem limites no Direito à sua definição.
Penal Objetivo (= conjunto de É, justamente, o conjunto de
normas), não sendo ilimitado. normas colocadas pelo Estado
para regular as relações humanas.

Direito Penal comum e


Direito Penal especial
Comum [Federal e Estadual]
JUSTIÇA
Especial [Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, Justiça Militar]

O critério para diferenciação entre o Direito Penal


COMUM e ESPECIAL reside no órgão encarregado
de aplicar o direito objetivo

COMUM ESPECIAL
Aplica-se a todos os cidadãos. Tem seu campo de incidência restrito
Se a aplicação do direito ao caso a uma classe de cidadãos conforme
concreto não demandar jurisdições qualidades particulares.
próprias, sua qualificação será de Se a norma objetiva somente se
norma penal comum. aplicar por meio de órgãos especiais
constitucionalmente previstos, a
norma terá caráter especial.

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Direito Penal material e
Direito Penal formal

MATERIAL FORMAL
(substantivo) (adjetivo)

É representado pela Lei Penal, É o Direito Processual Penal que


que define as condutas típicas e determina as regras de aplicação
estabelece as sanções. do Direito Penal substantivo.

• crítica: O Direito Processual Penal


não é complemento do Direito Penal
material e sim, um Direito autônomo
que não pode ser considerado
“adjetivo” do Direito Penal

Módulo B
Princípios fundamentais
do Direito Penal

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Introdução
Justa interpretação e
aplicação da lei

Definição de
condutas delituosas
BRASIL

DIREITO PENAL
Estado
Democrático
de Direito Princípios Constitucionais

Princípio da legalidade
 Princípio da reserva legal
artigo 5° , XXXIX, da CF
artigo 1° do CP

"Não há crime sem lei anterior que o defina.


Não há pena sem prévia cominação legal."

CRIME LEI PENA

Portanto: a analogia, os costumes e os princípios gerais de


direito não podem instituir delitos ou penas

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Princípio da legalidade
• Entendimento Jurisprudencial:

“PENAL E PROCESSUAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES E


ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PENA-BASE ACIMA DO PREVISTO
LEGALMENTE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. ASSOCIAÇÃO
PARA O TRÁFICO. FIXAÇÃO DA PENA-BASE ACIMA DO PATAMAR
ESTABELECIDO NO ART. 8º DA LEI 8.072/90 E DE PENA
PECUNIÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE
RECONHECIDA PELO STF. ORDEM CONCEDIDA. A aplicação da
pena-base fora do patamar estabelecido pela referida norma e a
imposição de pena pecuniária aos condenados pela prática do
delito de associação para o tráfico de entorpecentes configura
constrangimento ilegal, pois viola o princípio da legalidade.”

Princípio da
anterioridade da lei
 artigo 5° , XXXIX, da CF
artigo 1° do CP

"Não há crime sem lei anterior que o defina.


Não há pena sem prévia cominação legal."

ENTROU EM VIGOR A
JOÃO PRATICOU LEI X QUE INCRIMINA
JOÃO NÃO PODE
CONDUTA A A CONDUTA A
SER PUNIDO PELA
CONDUTA A QUE
10/04/04 20/09/05 PRATICOU

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Princípio da irretroatividade
da lei penal mais severa
 artigo 5° , XL, da CF
artigo 2° do CP

“A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu."

ENTROU EM VIGOR A LEI X


A LEI X QUE NÃO RETROAGE
JOÃO PRATICOU DETERMINA QUE A
JOÃO
CONDUTA A CONDUTA A TERÁ
JULGAMENTO , NÃO PODE
CUJA PENA ERA PENA DE 15 A 30
DE JOÃO SER PUNIDO
DE 6 A 20 ANOS ANOS
COM PENA
DE 15 A 30 ANOS
10/04/04 20/09/05 30/01/06

Princípio da irretroatividade
da lei penal mais severa
 Diferente se:

JOÃO PRATICOU ENTROU EM VIGOR A LEI A LEI Y


CONDUTA B Y QUE DETERMINA QUE RETROAGE
CUJA PENA ERA A CONDUTA B TERÁ JULGAMENTO , JOÃO
DE 8 A 12 ANOS PENA DE 4 A 6 ANOS DE JOÃO SERÁ PUNIDO
COM PENA
10/04/04 20/09/05 30/01/06 DE 4 A 6 ANOS

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Princípio da insignificância
• Tal princípio está ligado aos chamados crimes de bagatela
(ou delito de lesão mínima)

• Segundo ele, o Direito Penal só deve intervir nos casos de lesão


de certa gravidade, reconhecendo a atipicidade do fato nas
hipóteses de perturbações jurídicas mais leves.

conduta
REQUISITOS DESVALOR dano
culpabilidade

Neste sentido, as seguintes decisões:


“Princípio da insignificância - Aplicabilidade - Descaminho - Aquisição de
objetos no exterior em pequena quantidade e de valores reduzidos, sem a
devida documentação - Adequação social da conduta.” (RT-753/706)
“Furto - Agente que subtrai uma cédula de um real - Aplicação do
princípio da insignificância - Absolvição decretada.” (RT-738/652)

Princípio da presunção do
estado de inocência
 artigo 5° , LVII, da CF
"Ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença penal condenatória."

TRÂNSITO EM
JULGADO DE
SENTEÇA
CONDENATÓRIA
=  RÉU CULPADO
 EXECUÇÃO DA PENA

NÃO CABE MAIS NENHUM RECURSO

Neste sentido:
"Rol dos culpados - Lançamento do nome do réu - Impossibilidade
antes do trânsito em julgado da sentença condenatória -
Consagração do princípio constitucional da presunção da
inocência."(RESE 134.320-3/4 - 4° C., j.20.6.94)

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Princípio do "ne bis in idem"
• Ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.

• Duplo significado:
 PENAL MATERIAL: ninguém pode sofrer duas penas em face
de um mesmo crime
 PROCESSUAL: ninguém pode ser processado e julgado duas
vezes pela mesma conduta.

EXEMPLO:
= qualificadora
(art. 121,2º, III)
USO DE
MATA EXPLOSIVO
A B = agravante
(art. 61, II, d)

O USO DO EXPLOSIVO NÃO PODERÁ SER LEVADO EM CONTA PARA


QUALIFICAR E AGRAVAR A PENA NO MESMO CRIME.

Princípio do “in dúbio pro reo”


• O acusado da prática de uma infração penal em seu julgamento
final, havendo dúvida deverá ser absolvido.

• Corolário do campo das provas, tal princípio deve ser aplicado toda
vez que houver dúvida, a interpretação deve ser feita de maneira
mais favorável ao réu.

HAVENDO DÚVIDA A DECISÃO TEM


EM RELAÇÃO A QUE SER NO
QUALQUER SENTIDO DE
FAVORECER O
CIRCUNSTÂNCIA
RÉU
DO CASO

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