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Aula 08

Português p/ TJ-PE (Com videoaulas)


Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas
Língua Portuguesa p/ TJ-PE
Analista e Técnico Judiciário
Teoria e Questões Comentadas
Profª Rafaela Freitas Aula 08

AULA 08
RESUMO DE QUESTÕES SOBRE TODOS OS ASSUNTOS
A

Olá, vitoriosos alunos! Tudo bem?

Esta aula será muito especial, pois vamos fazer um resumo de tudo aquilo
que pode cair no certame. Comentei cada questão dizendo qual é o foco e o
que você precisa saber de mais importante sobre o assunto!
Selecionei 45 questões! Faça no seu tempo e depois confira o gabarito!

Vamos com tudo, queridos!! Espero saber do sucesso de cada um dos


meus alunos, viu! Contem-me depois como foi a prova! Lembrem-se de que a
recompensa virá do tamanho do seu esforço! Isso não falha!
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“Quando penso que cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir
além”.
Ayrton Senna

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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 5, considere o texto


abaixo.

Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram,
quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se
pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito
por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e
que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos),
uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir,
espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem. Os
seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço
máximo para que ambos fossem mostrados.
Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira
mão, entre os protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui
descrito, citados na lista de agradecimentos. Toda informação importante foi
checada e rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas
informações torna impossível que sejam especificadas como “entrevista
realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal”, porque isto seria a quebra
de um preceito ético de proteção à fonte. No caso de fontes que não se
furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto. As
histórias aqui incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no
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desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em


conjunto.
(Ruy Castro, “Introdução e agradecimentos”. Chega de saudade: a história e as histórias
da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15)

01. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) O autor


do texto
(A) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de
pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova.
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(B) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a


Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às
inadequações decorrentes dessa intenção.
(C) advoga para seu relato a condição de “história”, por cumprir o
protocolo científico: absoluta fidelidade na descrição dos fatos, dados
definitivos e cabal objetividade.
(D) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do
compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da
ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes.
(E) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si
próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em
dado momento, de assumir diretamente sua voz.

Comentário: alunos, a primeira questão da prova é de interpretação pura.


É preciso pensar no objetivo do texto e como o autor chegou a tal objetivo
para que a alternativa correta faça sentido! Vejamos cada uma (marcarei em
vermelho o erro em cada uma delas):
(A) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de
pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova.
ERRADA. O nome do livro é: “Chega de saudade: a história e as histórias
da Bossa Nova”, explicitado na referência ao final do texto.
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(B) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a


Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às
inadequações decorrentes dessa intenção.
ERRADA. O autor não teve a intenção de deixar transparecer a sua paixão
pela Bossa Nova, embora saiba que é difícil segurar. Comprove com um trecho
do texto: “É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo
possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa
Nova desde que ela ganhou este nome (...), uma certa dose de paixão acabou

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se intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na


descrição da trajetória de qualquer personagem”.
(C) advoga para seu relato a condição de “história”, por cumprir o
protocolo científico: absoluta fidelidade na descrição dos fatos, dados
definitivos e cabal objetividade.
ERRADO. O principal erro dessa alternativa é dizer que o autor quer
cumprir com o protocolo científico, sendo que se trata de um texto narrativo
(no caso, relato de uma história real).
(D) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do
compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da
ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes.
ERRADA. Alternativa sem nexo! O que tem a ver “histórias e histórias”
com o compromisso com o constatável? Alternativa péssima!
(E) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si
próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em
dado momento, de assumir diretamente sua voz.
CORRETA. Perfeita!! O autor assume a sua voz, posiciona-se
emocionalmente diante do texto, mas mantém a terceira pessoa! Como
exemplo do uso da terceira pessoa temos: “Para compor essa história, as
informações foram buscadas em primeira mão” e “No caso de fontes que não
se furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto”,
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entre outros trechos.


GABARITO: E

02. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC)


Compreende-se corretamente do texto:
(A) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 8) se fundamenta no
traço comum “caráter bifronte”.
(B) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 9), o autor expressa
sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis.

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(C) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 13), o autor


informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham
vindo a público.
(D) a caracterização de entrevista (linhas 18 e 19) prepara o leitor para a
decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro.
(E) as histórias que compõem o livro (linha 23) não possuem relevo
próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a
trajetória da Bossa Nova.

Comentário: quero analisar cada alternativa em mais uma questão de


interpretação textual. Ah! Para responder a uma questão como essa, é
imprescindível voltar ao texto e contextualizar cada alternativa, ok!
(A) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 8) se fundamenta no
traço comum “caráter bifronte”.
CORRETA. Saiba que “caráter bifronte” é o mesmo de ter duas frontes,
duas caras. Característica de alguém que é falso, traiçoeiro. Sendo assim, no
trecho: “Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um
esforço máximo para que ambos fossem mostrados”, a comparação dos seres
humanos com os LP’s serve para ilustrar que aqueles possuem dois lados, um
bom e outro ruim, em um bifrontismo natural.
(B) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 9), o autor expressa
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sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis.


ERRADA. O ator não disse que os homens são indecifráveis, muito menos
por serem volúveis!
(C) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 13), o autor
informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham
vindo a público.
ERRADA. Primeira mão quer dizer que o autor teve o trabalho de verificar
entre os envolvidos a veracidade das informações, sendo ou não elas
conhecidas do público.

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(D) a caracterização de entrevista (linhas 18 e 19) prepara o leitor para a


decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro.
ERRADA. Não se trata de decodificação e sim de privacidade, sigilo das
informações.
(E) as histórias que compõem o livro (linha 23) não possuem relevo
próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a
trajetória da Bossa Nova.
ERRADA. As histórias possuem relevo próprio e importância sim (não
unicamente na bossa nova, pode ter sido importante na carreira do artista
individual também).
GABARITO: A

03. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) No


primeiro parágrafo do texto,
(A) Esta (linha 1) e a (linha 1) são pronomes que se antecipam ao
elemento a que cada um deles se refere.
(B) o segmento introduzido pelo travessão (linha 6) expressa um
julgamento que traz as marcas de uma presunção.
(C) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma
história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 2) e escrito (linha 3).
(D) os parênteses (linhas 4 a 5) acolhem explicação sobre o que ocorreu
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com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos.


(E) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linha 2)
delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de
escrita da obra.

Comentário: voltando a as texto em TODAS as alternativas para perceber


a remissão e a interpretação exatas, temos:
(A) Esta (linha 1) e a (linha 1) são pronomes que se antecipam ao
elemento a que cada um deles se refere.

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ERRADA. O “esta” realmente antecipa “história” (catáfora), mas o "a"


refere-se a “uma história”, que vem antes do pronome (anáfora).
(B) o segmento introduzido pelo travessão (linha 6) expressa um
julgamento que traz as marcas de uma presunção.
CORRETA. O autor julga que a sua paixão pela Bossa Nova não irá
interferir na opinião pró ou contra, até que se prove o contrário (presunção),
quando ele diz "espero”.
(C) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma
história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 2) e escrito (linha 3).
ERRADA. "uma história da Bossa Nova" e "um livro" não têm o mesmo
sentido que "escrito", que é um verbo!
(D) os parênteses (linhas 4 a 5) acolhem explicação sobre o que ocorreu
com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos.
ERRADA. O parênteses não separa uma explicação, ele adiciona mais uma
informação.
(E) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linha 2)
delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de
escrita da obra.
ERRADA. Concomitância significa ao mesmo tempo, o que não é o caso da
vivência dos jovens durante o período da Bossa Nova e do período em que o
livro foi escrito.
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GABARITO: B

04. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) No


contexto, o segmento que expressa uma causa é:
(A) (linha 1) que a fizeram.
(B) (linhas 2 e 3) que se pretende o mais factual e objetivo possível.
(C) (linhas 3 e 4) tendo sido escrito por alguém.
(D) (linha 6) uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na
receita.

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(E) (linhas 10 e 11) as informações foram buscadas em primeira mão.

Comentário: toda causa tem sua consequência, certo? Então veja:


“(...) tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde
que ela ganhou este nome (...)” >>> CAUSA
“Uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita” >>>
CONSEQUÊNCIA
A oração “tendo sido escrito por alguém” é classificada como
subordinada adverbial causal reduzida de particípio.
Vale comentar que, nas alternativas (A) e (B), as orações “que a fizeram”
e “que se pretende o mais factual e objetivo possível” são subordinadas
adjetivas e transmitem valor de restrição. A alternativa (D) está errada, pois a
estrutura “uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita” é a
consequência, não a causa. Na alternativa (E), a oração “Para compor essa
história,” encontra-se em relação de finalidade com a sua oração principal “as
informações foram buscadas em primeira mão”.
GABARITO: C

05. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) O


segmento do texto que, tendo sido transformado, preserva a correção original
é:
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(A) qualquer que sejam as personagens.


(B) devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto.
(C) torna inacessível as especificações desejáveis.
(D) as fontes devem serem especificadas.
(E) os esforços haveriam de ser grandes.

Comentário: atenção, queridos:


(A) qualquer que sejam as personagens.

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ERRADA. Erro de concordância! O correto é: quaisquer que sejam as


personagens.
(B) devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto.
ERRADA. Em uma locução verbal com o verbo “haver” impessoal, o verbo
auxiliar assume a impessoalidade e fica invariável também. O correto é: deve
haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto.
(C) torna inacessível as especificações desejáveis.
ERRADA. Outro erro de concordância! O verbo “tornar” deve concordar
com “especificações desejáveis”, no plural: tornam inacessíveis as
especificações desejáveis.
(D) as fontes devem serem especificadas.
ERRADA. Essa está péssima! Apenas o auxiliar sobre flexão!! As fontes
devem ser especificadas
(E) os esforços haveriam de ser grandes.
CORRETA!! O verbo haver nesta frase não está no sentido de existir, logo
ele pode ser flexionado!
GABARITO: E

Atenção: Para responder às questões de números 6 a 8, considere o texto


abaixo.

“A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo


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acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do


conflito. Além de despertar no cidadão o sentimento de segurança e confiança,
encorajando-o na defesa de seus direitos, a conciliação devolve credibilidade,
eficiência e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. Com essas
palavras, o desembargador federal coordenador do gabinete da Conciliação do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), Antonio Cedenho, define o que
é este ato capaz de reduzir processos na justiça.

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(Viviane Ponstinnicoff. “Conciliação é a solução”. Justiça em Revista − publicação


bimestral da Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo. Ano IV- dezembro 2010, n. 20, p.
6)

06. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) É


INCORRETO afirmar que, no contexto, o emprego de
(A) antes de tudo cria a expectativa de que muitas são as vantagens
advindas da conciliação.
(B) efetivo deixa subentendida a ideia de que nem sempre os cidadãos
veem cumprido seu direito à Justiça.
(C) tem proporcionado é indicador de fato repetido ou contínuo.
(D) diretamente faz supor que há procedimentos jurídicos em que as
partes se fazem representar por interpostos.
(E) apaziguador permite a conclusão de que todos os processos que
chegam ao gabinete da Conciliação terminam com o acordo entre as partes.

Comentário: atenção! A questão pede a alternativa ERRADA!!


Observe que a alternativa E conclui algo não está indicado no texto, pois
apaziguar é acalmar os ânimos das pessoas que partem para a conciliação.
Isso não quer dizer que as partes chegarão a um acordo.
GABARITO: E
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07. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A


substituição que garante o sentido original, com clareza e correção, é:
(A) e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional por “e sobretudo,
rapidez na prestação jurisdicional”.
(B) despertar no cidadão por despertar-lhe.
(C) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua
defesa de direitos.
(D) pois por porquanto.
(E) Antonio Cedenho, define por “Antonio Cedenho define”.
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Comentário: a questão quer que o candidato encontre a alternativa em


que a mudança proposta NÃO altere o SENTIDO nem a CORREÇÃO! Vejamos:
(A) e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional por “e sobretudo,
rapidez na prestação jurisdicional”.
ERRADA. Ou se deve retirar as duas vírgulas ou manter as duas!
(B) despertar no cidadão por despertar-lhe.
ERRADO. Há mudança no sentido original ao trocar cidadão por lhe,
passando a referenciar termo anterior, no caso "as partes". Além disso, o
pronome deveria estar no plural (lhes).
(C) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua
defesa de direitos.
ERRADA. Há mudança no sentido original ao trocar "defesa de seus
direitos" por "sua defesa de direitos"
(D) pois por porquanto.
CORRETO, ambas são conjunções explicativas e podemos trocá-las sem
alterar o sentido original.
(E) Antonio Cedenho, define por “Antonio Cedenho define”.
ERRADA. O aposto “Antonio cedenho” deve permanecer entre vírgulas
para que se mantenha a correção gramatical.
GABARITO: D
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08. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A


conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à
Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito.
Transpondo o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a
forma verbal resultante é:
(A) têm proporcionado.
(B) tem sido proporcionado.
(C) tinham proporcionado.

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(D) era proporcionado.


(E) foi proporcionado.

Comentário: o trecho destacado, transposto para a voz passiva, seria: “o


efetivo acesso à Justiça, antes de tudo, tem sido proporcionado às
partes pela conciliação”. Observe que o tempo composto mudou apenas pela
colocação do verbo ser (no particípio) + proporcionado, formando uma locução
verbal de voz passiva analítica ser + particípio.
GABARITO: B

09. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A frase


redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é:
(A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a
cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se
depende.
(B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional
como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante
naquela pendência.
(C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a
todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou
desajeitado.
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(D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à


Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à
sua dignidade.
(E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado
deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos
especialistas.

Comentário: vamos analisar as falhas em cada alternativa errada:

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(A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a


cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se
depende.
ERRADA. Problema de concordância verbal, pois o sujeito é composto "A
criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes" e leva o verbo
ao plural: estão.
(B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional
como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante
naquela pendência.
ERRADA. De cara percebemos o erro no uso da crase antes de verbo em
“à desejar”. Percebemos também que, na oração "que sua atuação tanto
profissional como em sociedade não deixava", o "que" e o pronome "sua" soam
estranho, porque estão entre dois substantivos com valor de posse. Assim,
cabe o pronome relativo "cuja". O termo "cuja atuação" é o sujeito, por isso
não é precedido de preposição.
(C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a
todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou
desajeitado.
CORRETA. Perceba que o verbo "se dignava" é transitivo indireto e por
isso há preposição "de" em seguida. Note que a expressão "-nos a todos"
significa "a todos nós". Assim, temos o objeto direto "nos" e o reforço
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pleonástico "a todos". Isso está correto. Veja que a dupla vírgula está correta,
por intercalar o adjunto adverbial de modo "sem exceção".
(D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à
Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à
sua dignidade.
ERRADA. A locução verbal "posso atribuir" é transitiva direta e indireta
(atribuir alguma coisa a alguém). O termo "a precária condição de acesso" é o
objeto direto, seguido do complemento nominal "à Educação". O objeto
indireto deve ser precedido da preposição "a". Como o núcleo "condição"

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admite artigo "a", ocorrerá a crase: "à condição". Assim, deve-se retirar a
preposição "a" antes de "apenas", pois esta preposição se repete depois deste
vocábulo formando a crase (à condição).
(E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado
deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos
especialistas.
ERRADA. O sujeito "Os resultados da pesquisa científica" possui núcleo
plural (os resultados”, sendo assim, o ideal é a concordância do particípio
“levava” no plural e masculino: levados. Além disso, esse sujeito da
oração principal deve levar a locução verbal para o plural: devem ser abertos.
O mesmo ocorrendo com o adjetivo "restrito": restritos. Nesse contexto, cabe
o pronome "a" retomando apenas "pesquisa" e não "resultados".
GABARITO: C

10. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) Está


correta a seguinte frase:
(A) Já está inserto na obra o trecho em que ele afirma acreditar muito na
água que considera benta, pois diz que, tendo sido benzida em dia de muito
fervor, é miraculosa.
(B) Urge, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas, porém se
o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida, poderá haver
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problemas mais à frente.


(C) Tratam-se de advertências as mais singulares, entre elas a que incita
os cidadãos a que remediem por si sós os danos cuja reparação está
legalmente sob o dever do estado.
(D) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não deixeis passar o
prazo previsto no acordo, caso em que sereis responsabilizado legalmente pelo
decurso.

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(E) Tenho exausto minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem que
consiga o octagésimo lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo
analisado.

Comentário: apenas a alternativa A está perfeita! Percebemos erros nas


outras de vários segmentos: concordância, ortografia, flexão, pontuação,
conjunção (sentido) .... Muita análise envolvida. Tentarei simplificar para não
ficar pesado. Consertei as alternativas:
b) URGEM, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas,
PORÉM, se o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida,
poderá haver problemas mais à frente.
c) TRATA-SE de advertências as mais singulares POSSÍVEIS, entre elas aS
que INCITAM os cidadãos a que REMEDEIEM por si sós os danos cuja
reparação está ESTEJA legalmente sob o dever do estado.
d) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não DEIXE passar o
prazo previsto no acordo, caso em que SERÁ responsabilizado legalmente pelo
decurso.
(pronomes de tratamento conjugam verbos em 3ª pessoa)
e) Tenho EXAURIDO minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem
que consiga o OCTOGÉSIMO lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo
analisado.
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GABARITO: A

11. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A


redação correta é:
(A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a
imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós
mesmos, os funcionários.

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(B) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a
adolescente tem sido dulcíssimo, em que lhe pesem os excessivos maus
humores da jovem.
(C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o
exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro.
(D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que
haverá cura − é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo.
(E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo
e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do
expediente.

Comentário: questão muito parecida com a anterior da prova! Envolvem


muito conhecimento junto. A alternativa B está perfeita! Analisando cada
alternativa errada, temos:
(A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a
imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós
mesmos, os funcionários.
ERRADA. Não há crase antes de pronome pessoal oblíquo tônico. Além
disso, a forma verbal “aquiecendo” está grafada erradamente. Deveria ser
“aquiescendo”.
(C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o
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exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro.


ERRADA. O verbo soer (costumar) está conjugado errado. O correto é:
“ele sói”.
(D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que
haverá cura - é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo.
ERRADA. Vejo dois problemas de concordância: o verbo “existir” deve
concordar em número com seu sujeito “dúvidas” e o verbo “provar” deve
concordar em número com seu sujeito “os Estados Unidos”. Lembrando que o
verbo haver no sentido de existir não varia, pois é impessoal e o verbo do

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sujeito “os Estados Unidos” só varia em número, ficando no plural, porque tal
expressão está antecedida de artigo.
(E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo
e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do
expediente.
ERRADA. Muitos problemas aqui: há truncamento sintático, pois não há
oração principal destas orações subordinadas reduzidas de gerúndio e não há
paralelismo sintático na segunda oração subordinada, que deveria estar em
forma reduzida, ou seja: “Desejando intensamente alçar-se diretor e passando
a agir com zelo e discrição...”. Além disso, o verbo “exitando” não existe, mas
sim “hesitando”, de hesitar.
GABARITO: B

12. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A única


frase NÃO pontuada corretamente é:
(A) É minha opinião, que não se deve falar mal de ninguém; e menos
ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes querendo ou não, estão a
nosso serviço cotidianamente.
(B) Só muito tempo depois de sua partida (vejam o que é a indecisão
imposta pelo medo!), compreendi que era só uma mudança de bairro, e então
prometi que a visitaria logo.
(C) À beira de um ano novo − e quase à beira do outro século −, a
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imprensa discutia ainda a mesma questão, crucial, sem dúvida, que ocupara
por décadas o espírito dos homens públicos.
(D) Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o saudei; olhei-o,
porém, fixamente, e sorri, é verdade, mas como se fosse para alguém a quem
se cumprimenta só por obrigação.
(E) A mais alta delas andava rapidamente; a outra, cantando e sorrindo,
fazia dos passos um modo de brinquedo, então bastante em moda entre os
mais jovens.

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Comentário: questão direcionada. A banca vai testar se você conhece


especificamente sobre pontuação. É mais fácil ainda, basta encontrar a
alternativa que possui erro de pontuação! Observe a alternativa A, nela é
possível encontrar dois erros:
(A) É minha opinião, (1) que não se deve falar mal de ninguém; e menos
ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes (2) querendo ou não,
estão a nosso serviço cotidianamente.
1 - Entre a oração principal e a subordinada substantiva não se usa
vírgula, com exceção da substantiva apositiva que pode vir separada por
vírgula ou dois pontos.
2 - faltou vírgula para isolar o comentário que está entre sujeito e verbo.
GABARITO: A

13. (DP/RS – 2011 – Direito – FCC) Atenção: Responda à questão com


base no texto.

Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato

Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato


que o havia atormentado por toda sua carreira graças a pontas de cigarro
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guardadas por 24 anos.


O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os responsáveis pelo
homicídio de Samuel Quentzel em 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de
seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin
insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a
investigação do crime, esperando que algum dia elas pudessem identificar os
assassinos.
Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação
de DNA e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de

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criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis


Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e será
sentenciado em dezembro.
Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de
Quentzel, que era casado e pai de três filhos. Slaughter, que tem uma longa
ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986.
"Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou
da polícia em 2000, ao New York Daily News. "Sempre que investigava um
caso no Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido
usada, esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo".

Na entrada de casa
Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento, em um tribunal
em Long Island, estabeleceu que no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e
seu cúmplice Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em seu
carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de materiais de encanamento
no Brooklyn....

DNA
A retomada do caso resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de
Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a promotoria pública pedindo
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uma nova investigação sobre a morte de Samuel.


A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de
dados de DNA, que passou a exigir amostras de todos os condenados por
crimes após 2006, mas que também valia retroativamente para os que
estivessem presos ou em liberdade condicional na época.
Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de Nova York ligou
Roger Williams a uma ponta de cigarro encontrada na van mais de 20 anos
antes.
...

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"A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos com esperança de ver
os assassinos de Samuel Quentzel enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente
chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia
estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do departamento de
polícia, que nunca desistiram de seu comprometimento em prender os homens
responsáveis por esse crime terrível".
(http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8 141,00-
Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam +assassinato.html; 15/11/2010,
09h49 • atualizado às 11h04)

A transformação da frase "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse


Goodwin, para discurso indireto é:
a) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre aquilo.
b) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar sobre aquilo.
c) Goodwin disse: "Eu nunca parei de pensar sobre isso".
d) Goodwin diz: "Eu nunca parei de pensar sobre isso".
e) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo.

Comentário: para passar um discurso direto para o discurso indireto, é


preciso observar o seguinte:
1) deve-se começar a frase assim: Goodwin disse que... observe a
inserção da conjunção integrante que. 04088633822

2) a primeira pessoa “eu” do discurso direto passará a terceira pessoa


“ele” no discurso indireto.
3) o pretérito perfeito do indicativo “parei” (1ª pessoa), presente no
discurso direto, passará para o pretérito mais-que-perfeito “parara” ou
“tinha/havia parado” (3ª pessoa), no discurso indireto.
4) O pronome demonstrativo “isso”, presente no discurso direto, passará
a “aquilo” no indireto.
A única alternativa que atende a tais questões acima citadas é a A.
GABARITO: A
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14 de fevereiro

Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um


homem que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da
Carioca, quando vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz
descansada:
− Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
− Quem?
− Me esqueceu o nome dele.
Leitor obtuso, se não percebeste que "esse homem que briga lá fora" é
nada menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais
obtuso do que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da
seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita
lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi
comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o
nome do Messias; é "esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e
tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por
entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma
pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à
porta da estalagem, ou no quarto em que residirem.
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(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa, vol.III,


Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)

14. (AFR/SP – 2009 – Gestão Tributária – FCC) Se o cronista tivesse


preferido contar com suas próprias palavras o que a mulher disse ao vendedor,
a formulação que, em continuidade à frase ... quando vi chegar uma mulher
simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderia corretamente ao
padrão culto escrito é:

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a) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá
fora.
b) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que
brigava lá fora.
c) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
d) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá
fora.
e) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria
lá fora.

Comentário: em discurso indireto (o autor expondo a fala da mulher


com as palavras dele próprio) a fala ficaria assim, de acordo com a
alternativa B: que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem
que brigava lá fora.
Para transpor um discurso direto para indireto, é preciso estar atento às
seguintes mudanças:
1) A primeira pessoa “me” cede lugar para a terceira pessoa “lhe”.
2) O imperativo afirmativo “dá” cede lugar para o pretérito imperfeito do
subjuntivo “desse”.
3) O presente do indicativo “traz “ e “briga” cede lugar para o pretérito
imperfeito do indicativo “trazia” e “brigava”.
4) o demonstrativo “esse” cede lugar para “aquele”.
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GABARITO: B

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo, início da crônica "Quadro na


parede", de Carlos Drummond de Andrade.

− Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra


de consertar sua posição − observou o Sr. Borges, levantando a cabeça, entre
o primeiro e o segundo goles do café da manhã.

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− Há pessoas realmente exageradas − ponderou a Sra. Borges, enquanto


passava geleia no brioche. Esse quadro está assim apenas há uma semana.
− Uma semana parece tempo suficiente para alguém corrigir a posição de
um quadro na parede − retrucou o Sr. Borges, sorvendo mais um gole, e
desdobrando o jornal.
− Admitindo-se que assim seja, embora a colocação de um objeto de arte
exija muitas experiências e tempo indeterminado de observação e crítica, até
que seja atingido o resultado ideal, presume-se que a pessoa não satisfeita
com a posição de um quadro...
A Sra. Borges fez uma pausa para levar aos lábios a fatia de brioche,
mastigá-la e engoli-la, concluindo placidamente:

− Tome a iniciativa de modificá-la para melhor.


− Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra
de consertar sua posição − observou o Sr. Borges, levantando a cabeça, entre
o primeiro e o segundo goles do café da manhã.

15. (ALERN – 2011 – Taquigrafia – FCC) Outro modo de referir a fala


acima, iniciando com "O Sr. Borges, levantando a cabeça, entre o primeiro e o
segundo goles do café da manhã, observou que... ", estará correto com o
seguinte complemento:
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a) esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra


de consertar sua posição.
b) aquele quadro estava torto desde o começo do mundo e ninguém se
lembrava de consertar sua posição.
c) aquele quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém chegava
a se lembrar de consertar sua posição.
d) o quadro que estava ali está torto desde o começo do mundo e
ninguém se lembra de consertar sua posição.

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e) um dos quadros está torto desde o começo do mundo e ninguém se


lembrava de consertar sua posição.

Comentário: para transpormos um discurso direto para indireto, temos


que tomar cuidado com alguns detalhes:

Discurso direto Discurso indireto

Uso da primeira pessoa do


Terceira pessoa
discurso

Emprego do pretérito imperfeito do


Verbo no presente do indicativo
indicativo

Verbo no pretérito perfeito Pretérito mais que perfeito

Futuro do presente Futuro do pretérito

Modo imperativo Pretérito imperfeito do subjuntivo

Adjuntos adverbiais: aqui, cá, aí Adjuntos adverbiais: ali, lá

Ontem O dia anterior

Amanhã O dia seguinte

Quando um narrador reproduz uma fala em discurso indireto, ele está


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fazendo isso depois que o personagem reportado já falou, ou seja, não está no
tempo presente, mas no passado. Cuidado com os marcadores temporais e
com os tempos verbais. Vejamos:

a) esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra


de consertar sua posição. – ERRADA. Os verbos estão no presente, mas
deveriam estar no pretérito imperfeito: estava, lembrava.

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b) aquele quadro estava torto desde o começo do mundo e ninguém se


lembrava de consertar sua posição. – CORRETA. Verbos no pretérito
imperfeito.
c) aquele quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém chegava
a se lembrar de consertar sua posição. – ERRADA. Embora o verbo “chegar”
esteja no pretérito imperfeito, não há necessidade de troca, até porque altera
sutilmente o sentido.
d) o quadro que estava ali está torto desde o começo do mundo e
ninguém se lembra de consertar sua posição. – ERRADA. Verbos no presente.
e) um dos quadros está torto desde o começo do mundo e ninguém se
lembrava de consertar sua posição. – ERRADA. Verbo “estar” no presente.
Além disso, “um dos quadros” generaliza, alterando a ideia original de “o
quadro” específico.
GABARITO: B

Para responder a questão, considere o texto abaixo, conferência


pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de
Wisconsin, nos Estados Unidos.

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16. (DPF/ RS – 2014 – Defensor Público – FCC) Era já a aurora do dia


da América, mas nada mais senão a aurora.
Considerada a frase acima, em seu contexto, assinale a assertiva correta.
a) Substituir da América por "americano" em nada prejudica o sentido
original, pois é regra do idioma que o sentido da locução adjetiva é
absolutamente idêntico ao sentido do adjetivo que corresponde a ela.
b) A frase "Ainda que já fosse a aurora do dia da América, era nada mais
senão a aurora" está gramaticalmente correta e é semanticamente equivalente
à frase original.
c) O advérbio já pode ser substituído por "em pouco tempo", sem prejuízo
do sentido original.
d) Por vir associada à palavra dia, não se pode dizer que a palavra aurora
está empregada como metáfora.
e) A substituição de senão por "se não" mantém o sentido original da
frase.

Comentário:
a) Substituir da América por "americano" em nada prejudica o sentido
original, pois é regra do idioma que o sentido da locução adjetiva é
absolutamente idêntico ao sentido do adjetivo que corresponde a ela. –
ERRADA. Altera sim o significado. “Dia da América” é diferente de “dia do
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Americano”. Atente ainda para o fato de que nem toda locução adjetiva possui
o mesmo sentido do seu adjetivo correspondente, como afirma a alternativa.
b) A frase "Ainda que já fosse a aurora do dia da América, era nada mais
senão a aurora" está gramaticalmente correta e é semanticamente equivalente
à frase original. – CORRETA. “Ainda que” é concessivo e marca oposição bem
como o “mas”.
c) O advérbio já pode ser substituído por "em pouco tempo", sem prejuízo
do sentido original. – ERRADA. O “já” marca ideia presente, não futura.

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d) Por vir associada à palavra dia, não se pode dizer que a palavra aurora
está empregada como metáfora. ERRADA. A palavra “aurora” está sendo usada
em sentido figurado, indicando o iniciar, o nascer, o princípio.
e) A substituição de senão por "se não" mantém o sentido original da
frase.
- ERRADA. “senão” é o mesmo que “mas também”, “exceto”. “Se não”
traz o “se” condicional.
GABARITO: B

Os direitos “nossos” e os “deles”

Não é incomum que julguemos o que chamamos “nossos” direitos


superiores aos direitos do “outro”. Tanto no nível mais pessoal das relações
como nos fatos sociais costuma ocorrer essa discrepância, com as
consequências de sempre: soluções injustas.
Durante um júri, em que defendia um escravo que havia matado o seu
senhor, Luís Gama (1830 - 1882), advogado, jornalista e escritor mestiço,
abolicionista que chegou a ser escravo por alguns anos, proferiu uma frase que
se tornou célebre, numa sessão de julgamento: "O escravo que mata o senhor,
seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa". A frase
causou tumulto e acabou por suspender a sessão do júri, despertando
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tremenda polêmica à época. Na verdade, continua provocando.


Dissesse alguém isso hoje, em alguma circunstância análoga, seria
aplaudido por uns e acusado por outros de demonizar o “proprietário”. Como
se vê, também a demonização tem duas mãos: os partidários de quem
subjuga acabam por demonizar a reação do subjugado. Tais fatos e tais
polêmicas, sobre tais direitos, nem deveriam existir, mas existem; será que
terão fim?
O grande pensador e militante italiano Antonio Gramsci (1891-1937), que
passou muitos anos na prisão por conta de suas ideias socialistas, propunha,

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em algum lugar de sua obra, que diante do dilema de uma escolha nossa
conduta subsequente deve se reger pela avaliação objetiva das circunstâncias
para então responder à seguinte pergunta: “Quem sofre?” Para Gramsci, o
sofrimento humano é um parâmetro que não se pode perder de vista na
avaliação das decisões pessoais ou políticas.
(Abelardo Trancoso, inédito)

17. (TRT - 1ª REGIÃO / RJ – 2014 – Analista Judiciário – TI – FCC)


Está plenamente correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não
relutava uma análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se
tomar.
b) A preocupação principal do autor do texto está em demonstrar como se
desejam preservar os direitos em que os detentores somos nós, ao passo que
com os dos outros o mesmo não venha a ocorrer.
c) Muita gente considera de que seus direitos são sempre preferíveis de se
respeitar do que os dos outros, cometendo-se com isto uma irreparável
injustiça para com seus semelhantes.
d) O intrépido Luís Gama não hesitou em lançar mão de um argumento
radical para defender seu cliente, um escravo acusado do assassinato de seu
proprietário.
e) Seria mesmo difícil de se imaginar a balbúrdia que se proclamou entre
os expectadores que assistiam o julgamento de um escravo cuja defesa era de
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Luís Gama.

Comentário: vamos analisar cada alternativa:


a) Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não
relutava uma análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se
tomar. ERRADA – “Relutar” é em alguma coisa, diante de alguma coisa e
significa “titubear”. Erro de regência do verbo, pois faltou uso da preposição. O

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pronome relativo “onde” só pode ter como antecedente palavra com ideia
espacial, indicando lugar, o que não é caso da palavra “casos”.
b) A preocupação principal do autor do texto está em demonstrar como se
desejam preservar os direitos em que os detentores somos nós, ao passo que
com os dos outros o mesmo não venha a ocorrer. ERRADA – “Como desejam”
ou “como se deseja”. “Detentor” de alguma coisa, não em alguma coisa! Erro
de regência. Opção também seria usar o “cujo” = “os direitos cujos detentores
somos nós”.
c) Muita gente considera de que seus direitos são sempre preferíveis de se
respeitar do que os dos outros, cometendo-se com isto uma irreparável
injustiça para com seus semelhantes. ERRADA – O verbo “considerar” é
transitivo direto e não rege preposição, portanto, o primeiro “de” foi usado
equivocadamente. O segundo “de” também não deve ser usado, pois o verbo
“preferir” não exige esta preposição.
d) O intrépido Luís Gama não hesitou em lançar mão de um argumento
radical para defender seu cliente, um escravo acusado do assassinato de seu
proprietário. – CORRETA.
e) Seria mesmo difícil de se imaginar a balbúrdia que se proclamou entre
os expectadores que assistiam o julgamento de um escravo cuja defesa era de
Luís Gama. ERRADA – “Espectador”, com s, como deveria ter sido usado neste
caso, é aquele que assiste, que observa, presencia. “Expectador”, com x, vem
de expectativa. O verbo “Assistir” está também com a regência desrespeitada,
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pois no sentido de ver, presenciar, rege o uso da preposição “a”.


GABARITO: D

Senhores:

Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia


Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos
nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma

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instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito
eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que
buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.
Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e
completada por moços, a Academia nasce com a alma nova e naturalmente
ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a
unidade literária. Tal obra exige não só a compreensão pública, mas ainda e
principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se
modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda a casta, às escolas literárias e
às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de
estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes
preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é
indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele
perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para
que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre
as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão.
(ASSIS, Machado. Discurso inaugural, na Academia Brasileira, aos 20 dias do mês de
julho de 1897. Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.926)

18. (TRF – Assistente Judiciário – 2007 – FCC) Releia: Agora que vos
agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder
à vossa confiança. 04088633822

A fala acima está corretamente reportada da seguinte maneira: Machado


de Assis declarou que,
a) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei
na medida do possível corresponder à vossa confiança.
b) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na
medida do possível corresponder à sua confiança.
c) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que
buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles.

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d) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dir-


lhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança.
e) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos
dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.

Comentário: Para passar um discurso direto para o indireto, temos que


atentar principalmente para o tempo verbal, pois, no discurso direto, se os
verbos estão no presente, no indireto, deverão estar no pretérito imperfeito.
Agora se no discurso direto estiverem no pretérito perfeito, no indireto deverão
estar no mais –que-perfeito. Vamos analisar cada alternativa:
Machado de Assis declarou que,
a) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei
na medida do possível corresponder à vossa confiança. – ERRADA. Os verbos
“agradecer” e “dizer” deveriam estar no pretérito imperfeito. O “buscar” deverá
permanecer no futuro, mas na 3ª pessoa, não mais na 1ª, pois já não é o
Machado que está falando “(ele) buscará”.
b) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na
medida do possível corresponder à sua confiança. – ERRADA.O pronome “lhe”
está correto, o problema é a sua colocação. Deveria ter vindo antes do verbo
(próclise) atraído pelo “que”. O verbo “dizer” deveria estar no pretérito
imperfeito “dizia”.
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c) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que


buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles. – CORRETA.
PERFEITA!
d) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dir-
lhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança. –
ERRADA. A construção “mesmo exato momento” é redundante. O ideal seria
“no exato momento” ou “no mesmo momento”. Pronome em mesóclise (dir-
lhe-ia) apenas em verbos no futuro. O verbo “dizer” deveria estar no pretérito

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imperfeito, bem como o verbo “buscar”. Uso inadequado dos dois pontos (:), o
ideal era substituí-lo por “que”.
e) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos
dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. –
ERRADA. Vários erros! Uso inadequado dos dois pontos (:). O pronome “vos”
deveria dar lugar a “lhes” e não se usa crase antes de pronome de tratamento
(a vossa).
GABARITO: C

Atenção: Para responder às questões de números 19 a 21 considere o


texto abaixo.

Falsificações na internet

Quem frequenta páginas da internet, sobretudo nas redes sociais, volta e


meia se depara com textos atribuídos a grandes escritores. Qualquer leitor dos
mestres da literatura logo perceberá a fraude: a citação está longe de honrar a
alegada autoria. Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Fernando
Pessoa, por exemplo, jamais escreveriam banalidades recheadas de lugares
comuns, em linguagem capenga e estilo indefinido. Mas fica a pergunta: o que
motiva essas falsificações grosseiras de artistas da palavra e da imaginação?
São muitas as justificativas prováveis. Atrás de todas está a vaidade
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simplória de quem gostaria de ser tomado por um grande escritor e usa o


nome deste para promover um texto tolo, ingênuo, piegas, carregado de
chavões. Os leitores incautos mordem a isca e parabenizam o fraudulento,
expandindo a falsificação e o mau gosto. Mas há também o ressentimento
malicioso de quem conhece seus bem estreitos limites literários e, não se
conformando com eles, dispõe-se a iludir o público com a assinatura falsa,
esperando ser confundido com o grande escritor. Como há de fato quem
confunda a gritante aberração com a alta criação, o falsário dá-se por
recompensado enquanto recebe os parabéns de quem o “curtiu”.
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Tais casos são lamentáveis por todas as razões, e constituem


transgressões éticas, morais, estéticas e legais. Mas fiquemos apenas com a
grave questão da identidade própria que foi rejeitada em nome de outra,
inteiramente postiça. Enganar-se a si mesmo, quando não se trata de uma
psicopatia grave, é uma forma dolorosa de trair a consciência de si. Os
grandes atores, apoiando-se no talento que lhes é próprio, enobrecem esse
desejo tão humano de desdobramento da personalidade e o legitimam
artisticamente no palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz
própria, que se tornam por vezes mais famosos que seus criadores (caso de
Cervantes e seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao
não assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande
momento de Shakespeare. Provavelmente jamais leram Shakespeare ou
qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do nome, e a usam
como moeda corrente no mercado virtual da fama.
Tais fraudes devem deixar um gosto amargo em quem as pratica,
sobretudo quando ganham o ingênuo acolhimento de quem, enganado, as
aplaude. É próprio dos vícios misturar prazer e corrosão em quem os sustenta.
Disfarçar a mediocridade pessoal envergando a máscara de um autêntico
criador só pode aprofundar a rejeição da identidade própria. É um passo certo
para alargar os ressentimentos e a infelicidade de quem não se aceita e não se
estima.
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(Terêncio Cristobal, inédito)

19. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista –


FCC) No texto manifesta-se, essencialmente, uma censura a quem,
(A) frequentando páginas da internet, deixa-se seduzir com facilidade
pelos textos de grandes autores, sem antes certificar-se quanto à sua
autenticidade.

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(B) por falta de talento literário e por ressentimento, costuma ressaltar


nos textos dos autores clássicos as passagens menos inspiradas ou mais
infelizes.
(C) levado pelo sentimento da vaidade, porta-se como se fosse um grande
escritor, tratando de temas profundos num estilo elevado, próprios dos
grandes talentos.
(D) cometendo uma fraude, publica na internet textos medíocres,
atribuídos a escritores célebres, buscando com isso, entre outras coisas,
ganhar o aplauso de quem lê.
(E) com intenção maliciosa, cita autores famosos em páginas da internet,
afetando uma familiaridade que de fato jamais teve com esses grandes
escritores.

Comentário: vamos analisar cada alternativa:


(A) frequentando páginas da internet, deixa-se seduzir com facilidade
pelos textos de grandes autores, sem antes certificar-se quanto à sua
autenticidade. – ERRADA. O texto não censura quem lê, mas sim quem
escreve sem assumir a própria autoria.
(B) por falta de talento literário e por ressentimento, costuma ressaltar
nos textos dos autores clássicos as passagens menos inspiradas ou mais
infelizes. – ERRADA. Os chamados “falsários” não usam o texto dos grandes
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escritores para ressaltais características, eles escrevem e colocam a assinatura


deles, como se eles tivessem escrito.
(C) levado pelo sentimento da vaidade, porta-se como se fosse um grande
escritor, tratando de temas profundos num estilo elevado, próprios dos
grandes talentos. ERRADA. O problema desta alternativa está em dizer que os
textos têm estilo elevado e próprio dos grandes escritores. O texto diz o
contrário.
(D) cometendo uma fraude, publica na internet textos medíocres,
atribuídos a escritores célebres, buscando com isso, entre outras coisas,

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ganhar o aplauso de quem lê. – CORRETA. Resume perfeitamente a ideia


central do texto.
(E) com intenção maliciosa, cita autores famosos em páginas da internet,
afetando uma familiaridade que de fato jamais teve com esses grandes
escritores. ERRADA. Os escritores da internet não mostram familiaridade e
afeto com grandes escritores, muitas vezes nunca leram suas páginas.
GABARITO: D

20. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista –


FCC) Considere as seguintes afirmações:
I. No primeiro parágrafo, o autor do texto imagina que muitos usuários
das redes sociais, mesmo os versados em literatura, podem se deixar enganar
pela fraude das citações, uma vez que o estilo destas lembra muito de perto a
linguagem dos alegados autores.
II. No segundo parágrafo, duas razões são indicadas para explicar a
iniciativa dos fraudulentos: o gosto pela ironia, empregada para rebaixar os
escritores de peso, e a busca da notoriedade de quem quer ser identificado
como um artista superior.
III. Nos dois parágrafos finais, o que o autor ressalta como
profundamente grave é o fato de os falsários mentirem para si mesmos,
dissolvendo a identidade que lhes é própria e assumindo, ilusoriamente, a
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personalidade de alguém cujo valor já está reconhecido.


Em relação ao texto está correto o que se afirma
APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

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Comentário:
I. No primeiro parágrafo, o autor do texto imagina que muitos usuários
das redes sociais, mesmo os versados em literatura, podem se deixar enganar
pela fraude das citações, uma vez que o estilo destas lembra muito de perto a
linguagem dos alegados autores. – ERRADA. O primeiro parágrafo traz a
síntese do que será tratado no texto: por fraude, algumas pessoas publicam na
internet textos ruins, medianos atribuídos a escritores famosos, buscando com
isso, entre outras coisas, ganhar o aplauso de quem lê. O problema é que os
textos são muito ruins e não podem ser vinculados a grandes escritores.
II. No segundo parágrafo, duas razões são indicadas para explicar a
iniciativa dos fraudulentos: o gosto pela ironia, empregada para rebaixar os
escritores de peso, e a busca da notoriedade de quem quer ser identificado
como um artista superior. ERRADA. O segundo parágrafo traz duas razões
sim, mas não as propostas nesta afirmativa.
III. Nos dois parágrafos finais, o que o autor ressalta como
profundamente grave é o fato de os falsários mentirem para si mesmos,
dissolvendo a identidade que lhes é própria e assumindo, ilusoriamente, a
personalidade de alguém cujo valor já está reconhecido. – CORRETA.
GABARITO: C

21. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista –


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FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um


segmento em:
(A) honrar a alegada autoria (1ºparágrafo) = enobrecer a presunção de
um autor
(B) ressentimento malicioso (2º parágrafo) = remorso astuto
(C) a usam como moeda corrente (3° parágrafo) = gastam-na
perdulariamente
(D) o ingênuo acolhimento (4ºparágrafo) = a recepção incrédula
(E) Disfarçar a mediocridade (4ºparágrafo) = dissimular a banalidade

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Comentário: a alternativa correta é a E, pois “disfarçar” é o mesmo que


“dissimular” e “mediocridade” é o mesmo que “banalidade”. Vejamos as
palavras das outras alternativas para marcarmos o erro:
A)
alegada = provada
presunção = opinião excessivamente boa acerca de si mesmo.
B)
Remorso = arrependimento
Ressentimento = angústia, rancor.
C)
Perdulariamente = gastar em excesso, esbanjar.
Moeda corrente = meio de comprar (sentido figurado).
D)
Ingênuo = inocente, sincero.
Incrédulo = indivíduo que não tem fé religiosa.
GABARITO: E

Leia o texto a seguir.

Em fins do ano passado foi aprovada na Comissão de Constituição e


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Justiça do Senado a denominada Emenda Constitucional da Felicidade, que


introduz no artigo 6º da Constituição Federal, relativo aos direitos sociais, frase
com a menção de que são essenciais à busca da felicidade.
Pondera-se também que a busca individual pela felicidade pressupõe a
observância da felicidade coletiva. Há felicidade coletiva quando são
adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. E a
sociedade será mais feliz se todos tiverem acesso aos básicos serviços públicos
de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, entre outros, ou seja,

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justamente os direitos sociais essenciais para que se propicie aos indivíduos a


busca da felicidade.
Pensa-se possível obter a felicidade a golpes de lei, em quase ingênuo
entusiasmo, ao imaginar que, por dizer a Constituição serem os direitos sociais
essenciais à busca da felicidade, se vai, então, forçar os entes públicos a
garantir condições mínimas de vida para, ao mesmo tempo, humanizar a
Constituição.
A menção à felicidade era própria da concepção de mundo do Iluminismo,
quando a deusa razão assomava ao Pantheon e a consagração dos direitos de
liberdade e de igualdade dos homens levava à crença na contínua evolução da
sociedade para a conquista da felicidade plena sobre a Terra.
Trazer para os dias atuais, depois de todos os percalços que a História
produziu para os direitos humanos, a busca da felicidade como fim do Estado
de Direito é um anacronismo patente, sendo inaceitável hoje a inclusão de
convicções apenas compreensíveis no irrepetível contexto ideológico do
Iluminismo.
Confunde-se nessas proposições bem-intencionadas, politicamente
corretas, o bem-estar social com a felicidade. A educação, a segurança, a
saúde, o lazer, a moradia e outros mais são considerados direitos
fundamentais de cunho social pela Constituição exatamente por serem
essenciais ao bem-estar da população no seu todo. A satisfação desses direitos
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constitui prestação obrigatória do Estado, visando dar à sociedade bem-estar,


sendo desnecessária, portanto, a menção de que são meios essenciais à busca
da felicidade para se gerar a pretensão legítima ao seu atendimento.
O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do
Mundo de Futebol, mas não há felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. A
felicidade é um sentimento individual tão efêmero como variável, a depender
dos valores de cada pessoa. Em nossa época consumista, a felicidade pode ser
vista como a satisfação dos desejos, muitos ditados pela moda ou pelas

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celebridades. Ter orgulho, ter sucesso profissional podem trazer felicidade,


passível de ser desfeita por um desastre, por uma doença.
Assim, os direitos sociais são condições para o bem-estar, mas nada têm
a ver com a busca da felicidade. Sua realização pode impedir de ser infeliz,
mas não constitui, de forma alguma, dado essencial para ser feliz.
(Miguel Reale Júnior. O Estado de S. Paulo, A2, Espaço Aberto, 5 de fevereiro de 2011,
com adaptações)

22. (INSS – 2012 - Perito Médico Previdenciário – FCC) Afirma-se


corretamente que o autor
(A) está convencido de que uma sociedade só poderá ser plenamente feliz
se lhe for permitida a realização de todas as suas expectativas, principalmente
quanto aos seus direitos básicos.
(B) critica, tomando por base as obrigações do Estado de Direito e os
conceitos de felicidade e de bem-estar coletivo, a proposta de Emenda
Constitucional por considerá-la inócua e defasada.
(C) defende a concessão, pelo Estado, de garantias constitucionais para
que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindível à sensação de bem-
estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral.
(D) censura a tardia preocupação do Senado brasileiro em oferecer
condições mínimas de qualidade de vida à população, com a oferta dos direitos
básicos que venham a garantir a felicidade geral.
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(E) faz referência à necessária conscientização de que o bem-estar da


população é um bem indiscutível, especialmente quanto à liberdade e à
igualdade, a partir dos princípios que embasaram o Iluminismo.

Comentário: a alternativa B responde corretamente ao enunciado.


Vejamos o que há de errado nas outras:
(A) está convencido de que uma sociedade só poderá ser plenamente feliz
se lhe for permitida a realização de todas as suas expectativas, principalmente
quanto aos seus direitos básicos. – ERRADA. O autor se coloca contra a
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ideia de que a garantia dos direitos básicos são também garantia de


uma sociedade feliz (confirme no último parágrafo).
(C) defende a concessão, pelo Estado, de garantias constitucionais para
que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindível à sensação de bem-
estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral. – ERRADA. A
posição do autor é justamente contrária. Segundo ele, o Estado deve
garantir os direitos básicos para gerar bem-estar à sociedade. A
felicidade é individual e depende de cada um (confirme nos parágrafos
6 e 7).
(D) censura a tardia preocupação do Senado brasileiro em oferecer
condições mínimas de qualidade de vida à população, com a oferta dos direitos
básicos que venham a garantir a felicidade geral. – ERRADA. O autor não
censura e nem diz achar tardia a preocupação do Senado.
(E) faz referência à necessária conscientização de que o bem-estar da
população é um bem indiscutível, especialmente quanto à liberdade e à
igualdade, a partir dos princípios que embasaram o Iluminismo. – ERRADA.
Para o autor a visão iluminista não se aplica nos dias de hoje da
mesma maneira. Tal ideia seria hoje um anacronismo, porque
funcionou para aquela época (confirme no parágrafo 5).
GABARITO: B

23. (INSS – 2012 - Perito Médico Previdenciário – FCC) Em relação


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ao desenvolvimento textual, está INCORRETO o que consta em:


(A) Os dois primeiros parágrafos introduzem o assunto que será analisado
a seguir.
(B) Há passagens no texto que evidenciam o posicionamento do autor
sobre o assunto em pauta.
(C) No 4º parágrafo identifica-se a argumentação de que se vale o autor
para embasar a opinião que será defendida no parágrafo seguinte.

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(D) O exemplo tomado à Copa do Mundo, no 6º parágrafo, compromete o


encadeamento das ideias defendidas no texto.
(E) O último parágrafo constitui uma conclusão coerente de toda a
discussão apresentada.

Comentário: trata-se de um texto argumentativo. O autor discorda da


chamada Emenda Constitucional da Felicidade e formula a sua tese a fim de
contestar o que diz nela. Dentre as alternativas desta questão, a única
INCORRETA (cuidado com o que pede o enunciado, é para marcar a errada)
é a D, pois o exemplo da copa do mudo foi usada acertadamente pelo autor
para confirmar o argumento de que bem-estar coletivo não é o mesmo que
felicidade.
GABARITO: D

24. (SER/PB – 2009 - AFTE –FCC) Leia as frases abaixo:


I. O leitor perguntaria se as comissões são úteis e necessárias.
II. Com essa CPI, acabaria tudo em pizza, novamente?
III. “Os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na vida pública”,
asseverou o colunista.
Elas se encontram, respectivamente, em discurso

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I II III

a) direto indireto livre indireto


b) indireto livre direto indireto
c) indireto indireto livre direto
d) indireto direto indireto livre
e) direto direto indireto livre

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Comentário: na I, temos uma caso de discurso indireto, umas vez que o


narrador fala em nome do leitor. Na II, temos discurso indireto livre, marcado
pelo fato de não sabermos se quem falou foi o personagem ou o próprio
narrador. Já na III, temos um discurso direto em que a fala do colunista está
reportada tal qual foi dita e entre aspas.
GABARITO: C

Filosofia de borracharia

O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença


tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo
quanto ele. Estava apenas um bocado murcho.
− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de
pouquíssimos dentes e enorme simpatia.
O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente
ignorância é especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso
carro periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos.
Tendo saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele
emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber se está na
Áustria, na Suíça ou na Itália. Soubemos que estávamos no norte, no sótão da
Itália, vendo um providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato.
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
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embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a


Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos
sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de um
himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas na
sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos
companheiros de viagem, me pus a teorizar.
Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um
pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí

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fui, inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito,
infelizmente com conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto
carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento para o
corpo, quem sabe para a alma.
*Camminando si sgonfia = andando se esvazia. Sgonfiato é vazio; sgonfiati é a forma
plural.
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)

25. (SEFAZ/PI – 2015 – Analista do Tesouro Estadual – FCC) Atente


para as seguintes afirmações:
I. A frase dita pelo borracheiro nada indiciou aos jovens turistas, que não
sabiam em que país estavam − o que só veio a se esclarecer durante a refeição
tipicamente italiana.
II. A familiaridade que um dos jovens revelou ter com o idioma italiano
permitiu-lhe deduzir da frase do borracheiro uma súmula filosófica.
III. Como conclusão do antigo episódio narrado, o cronista lembra o quanto a
vida acaba por nos tornar necessitados de novo ânimo para seguir vivendo-a.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
(A) III, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I e II, apenas. 04088633822

(D) II e III, apenas.


(E) I e III, apenas.

Comentário: A única afirmativa correta com relação ao texto é a III.


Vejamos o problema das outras:
I. A frase dita pelo borracheiro nada indiciou aos jovens turistas, que não
sabiam em que país estavam − o que só veio a se esclarecer durante a
refeição tipicamente italiana. – ERRADA. O erro começa em afirmar que a frase
do borracheiro não foi compreendida, pois foi sim.

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II. A familiaridade que um dos jovens revelou ter com o idioma italiano
permitiu-lhe deduzir da frase do borracheiro uma súmula filosófica. – ERRADA.
Quem compreendeu o borracheiro foi o narrador, que era um dos jovens, mas
foi especificada essa informação. A fala do borracheiro não foi uma súmula
filosófica, ou seja, um resumo, uma síntese à luz da filosofia, foi uma
afirmação corriqueira.
GABARITO: A

26. (SEFAZ/PI – 2015 – Analista do Tesouro Estadual – FCC) Atente


para a seguinte construção: O borracheiro explicou-nos que os pneus haviam
esvaziado com o uso, e que era fácil resolver aquele problema.
Empregando-se o discurso direto, a frase deverá ser: O borracheiro
explicou-nos:
(A) − Com o uso os pneus estão esvaziando, problema este que seria fácil
resolver.
(B) − Os pneus com o uso tinham esvaziado, mas seria fácil resolver o
problema.
(C) − Os pneus se esvaziaram com o uso, é fácil resolver este problema.
(D) − Com o uso os pneus terão se esvaziado, seria fácil resolver esse
problema.
(E) − Os pneus com o uso estavam vazios, vai ser fácil resolver seu
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problema

Comentário: atenção para a correlação verbal na transposição de uma


frase do discurso indireto para o discurso direto e vice-versa. Os verbos da fala
do borracheiro deverão estar no pretérito (pra dizer que o pneu esvaziou)
presente (pra dizer que é fácil consertá-lo), pois a fala será reproduzida tal
qual foi pronunciada. Sendo assim, a alternativa C é a única correta. Vejamos
as outras:

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(A) − Com o uso os pneus estão esvaziando (indica que eles ainda não
tinham esvaziado por completo, o que altera o sentido original), problema este
que seria (verbo no futuro do pretérito altera o sentido, pois indica algo que
não será feito por alguma impossibilidade, o que não é o caso) fácil resolver.
(B) − Os pneus com o uso tinham esvaziado (locução verbal no pretérito
imperfeito, deveria estar no pretérito perfeito), mas seria fácil resolver o
problema.
(D) − Com o uso os pneus terão (verbo no futuro, deveria ter ficado no
pretérito) se esvaziado, seria fácil resolver esse problema.
(E) − Os pneus com o uso estavam (verbo no pretérito imperfeito, deveria
estar no presente - estão) vazios, vai ser fácil resolver seu problema.
GABARITO: C

27. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP)


Cumprimento a redação da revista pela brilhante reportagem sobre a situação
da perícia no Brasil. Muito bem feita e didática, a matéria _____________
______________ e apresenta uma noção do trabalho dos peritos que, com
certeza, ____________ muitos jovens a __________ a profissão. De novo,
parabéns e continuem nessa linha editorial, que agrada muito aos leitores.
(Galileu, julho de 2010. Adaptado)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente,


04088633822

com
(A) dismitifica … tabus … incentivarão … seguir
(B) dismistifica … tabus … incentivarão … seguir
(C) desmistifica … tabús … incentivará … seguirem
(D) desmitifica … tabus … incentivará … seguirem
(E) demistifica … tabús … incentivarão … seguirem

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Comentário: para chegarmos ao gabarito dessa questão, precisamos


considerar alguns assuntos:
Desmitificar x Desmistificar > par de parônimos (possuem escrita e
pronúncia parecidas, mas não iguais)
- Desmistificar significa desenganar, fazer cessar o caráter misterioso,
esotérico de alguma coisa por explicações claras.
- Desmitificar significa desfazer um mito, tirar o caráter de mito.
Logo, poderia ser tanto uma quanto outra palavra a preencher a primeira
lacuna.
Tabus é uma OXÍTONA com mais de uma sílaba e não é acentuada por
ser terminada em u.
Para fazer a concordância correta dos verbos “incentivar” e “seguir”, o
segredo é achar o sujeito! A matéria incentivará muitos jovens a seguirem.
“A matéria” – sujeito do verbo “incentivar”
“Jovens” – sujeito de “seguir”
GABARITO: D

28. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Leia a tira.

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Observe as frases produzidas com base no diálogo da tira:

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I. Aceita, Dr. Quirino, um café?


II. Primeiro, quero ver o paciente.
III. Quando eu vi ele, estava no quintal, começou a chuva e…
IV. Puro e com pouco açúcar.

Apresenta vício de linguagem e, ao mesmo tempo, revela alteração em


relação ao sentido da tira apenas o contido em
(A) I.
(B) III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) I, II e III.

Comentário: questão bem simples, pessoal! O tal do “vi ele” é um grande


vício de linguagem, não é mesmo?
O "ele" é um pronome pessoal do caso reto e deve ser usado apenas
como sujeito, o que não é o caso. O correto é colocar o pronome antes do
verbo: quando eu o vi ...
De maneira bem simples, para explicar a alteração de sentido, digo que
ela se dá exatamente pelo uso de "ele" ao invés do correto "o". Não se sabe se
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sabe quem estava no quintal, se ela ou ele...


Vale ainda ressaltar:
I. Aceita, Dr. Quirino, um café?
USO CORRETO. Vírgulas isolando um vocativo (Dr. Quirino)
II. Primeiro, quero ver o paciente.
USO CORRETO. Vírgula isolando o adjunto adverbial antecipado
(primeiro).
IV. Puro e com pouco açúcar.

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USO CORRETO. A substituição da vírgula pela conjunção “e” não altera o


sentido. A conjunção adicionou as duas informações.
GABARITO: B

Leia o texto para responder às questões de números 29 a 31.

Vigilantes não deveriam estar armados em ambientes como bancos e


supermercados, simplesmente porque seu preparo de 160 horas e de poucas
dezenas de tiros não os habilita a situações de estresse, sejam elas assaltos ou
conflitos com clientes.
Mesmo policiais, que recebem um treinamento mais intenso e com
supervisão altamente profissional, mostram problemas de preparo nessas
situações. Por um mero jogo de interesses comerciais, a obrigatoriedade de
vigilância bancária imposta pelos governos militares no pacote de medidas
“antiterrorismo” acabou sendo mantida, e o emprego de vigilantes armados se
difundiu, com enorme perigo para as pessoas que frequentam esses
ambientes. Ladrões não evitam locais com vigilantes armados, eles apenas
chegam em maior número, aumentam o perigo de tiroteio e ainda levam a
arma do segurança. Em 2006, só no estado de São Paulo, os assaltantes
roubaram 160 armas de vigilantes.
[…]
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A função da segurança privada em proteger patrimônio não pode ser


exercida com prejuízos à segurança dos cidadãos que deve ser preocupação
cada vez mais competente das forças policiais. Sem uma boa polícia não há
salvação para a sociedade. E é ela que deve carregar armas; não seguranças
privados.
(Galileu, julho de 2010)

29. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) De acordo


com o texto, pode-se concluir que

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(A) tanto policiais quanto vigilantes devem proteger o cidadão


desarmados.
(B) o treinamento recebido pelos policiais é o mesmo dos seguranças
privados.
(C) a presença de seguranças armados corre à margem de interesses
financeiros.
(D) os seguranças armados são treinados para evitar ações terroristas.
(E) a segurança armada é insuficiente para coibir a ação dos assaltantes.

Comentário: questão de interpretação textual pura, ou seja, a resposta


está no texto! Vejam, conforme o texto: "Ladrões não evitam locais com
vigilantes armados, eles apenas chegam em maior número, aumentam o
perigo de tiroteio e ainda levam a arma do segurança”. Logo, a alternativa E

está correta (a segurança armada é insuficiente para coibir a ação dos

assaltantes).
Vamos ver o erro das outras:
(A) tanto policiais quanto vigilantes devem proteger o cidadão
desarmados. – Segundo o autor, o dever de proteger a sociedade é dos
policiais, eles é que devem andar armados.
(B) o treinamento recebido pelos policiais é o mesmo dos seguranças
privados. – Não... os policiais têm um treinamento mais elaborado e
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supervisionado.
(C) a presença de seguranças armados corre à margem de interesses
financeiros. – a presença de seguranças armados é de interesse financeiro.
(D) os seguranças armados são treinados para evitar ações terroristas. –
São treinados para proteger patrimônio.
GABARITO: E

30. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Assinale a


alternativa em que a frase está isenta de vício de linguagem.
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(A) Assiste à polícia e não aos seguranças privados o direito de portar


armas.
(B) Os governos militares imporam a obrigatoriedade de vigilância
bancária.
(C) Clientes de bancos e supermercados pode ser vítima de tiroteios.
(D) Se difundiu, em ambientes como bancos e supermercados, os
vigilantes armados.
(E) Pode ser perigoso se os governos manterem a obrigatoriedade de
vigilância bancária.

Comentário: a alternativa isenta, ou seja, sem vício de linguagem é a A:


(A) Assiste à polícia e não aos seguranças privados o direito de portar
armas. – o verbo “assistir” foi usado no sentido de “caber a alguém”. Esse uso
é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
Entenda vício de linguagem como o uso comum que fazemos de certos
verbos ou expressões de maneira que não condiz com o padrão da Língua
portuguesa. Nas alternativas B, C, D e E isso acontece, vejam:
(B) Os governos militares imporam a obrigatoriedade de vigilância
bancária. – erro na flexão do verbo
(C) Clientes de bancos e supermercados pode ser vítima de tiroteios. –
supressão do antigo que antecede o substantivo “clientes”.
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(D) Se difundiu, em ambientes como bancos e supermercados, os


vigilantes armados. – não se inicia frase com pronome oblíquo.
(E) Pode ser perigoso se os governos manterem a obrigatoriedade de
vigilância bancária. – erro na flexão do verbo
Desfazendo os vícios de linguagem as frases ficariam desta maneira:
b) Os governos militares impuseram a obrigatoriedade de vigilância
bancária.
c) Os clientes de bancos e supermercados podem ser vítimas de tiroteios.

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d) Difundiu-se, em ambientes como bancos e supermercados, os


vigilantes armados.
e) Pode ser perigoso se os governos mantiverem a obrigatoriedade de
vigilância bancária.
GABARITO: A

31. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Assinale a


alternativa correta quanto à pontuação.
(A) Vigilantes, de bancos e supermercados, não deveriam estar armados
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
(B) Vigilantes em bancos e supermercados, não deveriam estar armados,
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
(C) Vigilantes, em bancos e supermercados, não deveriam estar armados,
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
(D) Vigilantes, em bancos e supermercados não deveriam estar armados,
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
(E) Vigilantes de bancos e supermercados, não deveriam estar armados
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.

Comentário: a alternativa correta é a C. Vejamos o erro das outras:


(A) Vigilantes, de bancos e supermercados, não deveriam estar armados,
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(faltou uma vírgula antes da conjunção explicativa) pois seu preparo não os
habilita a situações de estresse.
(B) Vigilantes em bancos e supermercados, (não se pode separar o sujeito
do verbo – a vírgula só poderia permanecer se tiver outra depois de vigilantes
isolando o adjunto adverbial de lugar “em bancos e supermercados”) não
deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de
estresse.
(D) Vigilantes, em bancos e supermercados, (faltou uma vírgula para
isolar o adjunto adverbial de lugar “em bancos e supermercados”) não

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deveriam estar armados, pois seu preparo não os habilita a situações de


estresse.
(E) Vigilantes de bancos e supermercados, (não se pode separar o sujeito
do verbo – a vírgula só poderia permanecer se tiver outra depois de vigilantes
isolando o adjunto adverbial de lugar “de bancos e supermercados”) não
deveriam estar armados, (faltou uma vírgula antes da conjunção explicativa)
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
GABARITO: C

Leia o texto para responder às questões de números 32 e 33.

É fácil entender por que os advogados estão aprimorando suas técnicas de


júri. Enquanto um juiz julga com base no código legal, o júri segue convicções
pessoais. “Jurados são mais passionais. Analisam por consciência, não por
ciência”, diz Mauro Otávio Nacif, criminalista que já trabalhou na defesa de 800
casos, como o de Suzane von Richthofen, condenada em 2006 pelo
assassinato dos pais. Por isso, advogados têm de atingir a razão e também o
coração dos jurados. Nos EUA, uma indústria se formou só para pesquisar
como os jurados absorvem explicações e que tecnologias dariam mais
credibilidade aos argumentos de advogados. Lá, processos envolvendo
empresas também podem ir a júri, e uma decisão passional pode custar
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indenizações milionárias ao réu. Com dinheiro em jogo, os americanos


trataram de criar armas sofisticadas para influenciar os jurados.
(Superinteressante, julho de 2010)

32. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Conforme


o texto, o aprimoramento das técnicas de júri está relacionado
(A) ao barateamento de um processo, já que uma análise mais precisa
dos jurados pode evitar que os réus paguem indenizações milionárias.

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(B) à necessidade de se formalizarem procedimentos mais precisos, com


julgamentos menos eivados da interferência das convicções pessoais.
(C) à intenção de mobilizar os jurados, levando em consideração os
aspectos subjetivos de sua análise dos argumentos apresentados nos
processos.
(D) a uma concepção de jurado que tenha mais informação tecnológica de
um caso, julgando com mais ciência do que consciência.
(E) a um novo procedimento ratificado pelo código penal, por meio do
qual se evitará que os jurados julguem com base nas convicções pessoais.

Comentário: a única alternativa com raciocínio diferenciado e que


completa o enunciado é a C. A chave da questão está na interpretação desta
parte do texto:
"Enquanto um juiz julga com base no código legal, o júri segue convicções
pessoais. ‘Jurados são mais passionais. Analisam por consciência, não por
ciência’...". Já que os jurados analisam de maneira subjetiva, estuda-se uma
forma de mobilizá-los!
GABARITO: C

33. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP)


Considerando-se o emprego do acento indicativo da crase, no trecho – … e
uma decisão passional pode custar indenizações milionárias ao réu. – a
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expressão ao réu pode ser corretamente substituída por


(A) à um condenado pela lei.
(B) à quem for condenado.
(C) à uma pessoa que for condenada.
(D) àquele que for condenado.
(E) à alguém que seja condenado.

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Comentário: para que a crase seja formada, é necessário que a expressão


masculina “ao réu” seja substituída por uma equivalente feminina. Vejamos as
possibilidades:
(A) à um condenado pela lei. – ERRADA.
Antes de antigo indefinido NÃO ocorre crase.
(B) à quem for condenado. – ERRADA.
Antes do pronome “quem” NÃO ocorre crase.
(C) à uma pessoa que for condenada. – ERRADA.
Antes de antigo indefinido NÃO ocorre crase.
(D) àquele que for condenado. – CORRETA!
Crase da preposição “a” + o demonstrativo “aquele”.
(E) à alguém que seja condenado. ERRADA.
Antes de pronome indefinido NÃO ocorre crase.
GABARITO: D

34. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Observe as


frases, títulos de matérias da revista, e analise as afirmações.

Por que o Brasil toma tanto Rivotril


Cores que enganam seu cérebro
(Superinteressante, julho de 2010)
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I. Na primeira frase, a figura de linguagem presente é a metonímia, já que


o termo Brasil está empregado no lugar de brasileiros.
II. Na segunda frase, a figura de linguagem presente é a hipérbole, já que
o verbo enganar representa uma ação exagerada.
III. Na primeira frase, sem alteração da ordem dos termos, também
estaria correto o uso da forma Por quê.

Está correto o que se afirma em

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(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Comentário: vamos analisar as afirmativas:

I. Na primeira frase, a figura de linguagem presente é a metonímia, já que


o termo Brasil está empregado no lugar de brasileiros.
CORRETA! Metonímia consiste em troca de palavras (termos) no lugar de
outro, havendo estreita ligação ou afinidade de sentidos.

II. Na segunda frase, a figura de linguagem presente é a hipérbole, já que


o verbo enganar representa uma ação exagerada.
ERRADA. Não ocorreu hipérbole (exagero), mas sim prosopopeia em
“cores que enganam”. Enganar é característica de seres animados, não de
cores!

III. Na primeira frase, sem alteração da ordem dos termos, também


estaria correto o uso da forma Por quê.
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ERRADA. O por quê, assim, separado e com acento, é usado apenas em


final de frase.

GABARITO: A

35. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Quando a


diferença entre os limites de ordem sociopragmática _____________ por
regras convencionais e as restrições que afetam valores mais fundamentais e
___________ da existência se ___________, a sociedade está pronta para a

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experiência totalitária. Isso pode acontecer por via de uma acomodação


gradual da liberdade a diversos tipos de controle social, e essa transição
muitas vezes é sutil e imperceptível na dinâmica da vida coletiva.
(http://revistacult.uol.com.br/home/2010/04/etica-e-situacoes-limite/)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente,


com
(A) estabelecida … constitutivos … diluem
(B) estabelecidos … constitutivos … dilui
(C) estabelecida … constitutivas … dilui
(D) estabelecidos … constitutivos … diluem
(E) estabelecida … constitutivo … diluem

Comentário: a alternativa B está absolutamente correta, seguindo a


concordância adequada:
Os limites estabelecidos
Valores constitutivos
Diferença se dilui
Observem as palavras colocadas no texto:
“Quando a diferença entre os limites de ordem sociopragmática
estabelecidos por regras convencionais e as restrições que afetam valores
mais fundamentais e constitutivos da existência se dilui, a sociedade está
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pronta para a experiência totalitária”.


GABARITO: B

Deixar recipientes com água no chão

Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão,


local por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes

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da casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou


em cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água.

36. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Nesse segmento há


alguns problemas no emprego culto da língua.
Na frase “Deixar recipientes com água no chão” há um problema de
(A) mau emprego de forma verbal.
(B) falta de concordância adequada.
(C) existência possível de ambiguidade.
(D) seleção de vocábulo inadequado.
(E) ausência de pontuação correta.

Comentário: o trecho “Deixar recipientes com água no chão” apresenta


possível ambiguidade, ou seja, possibilidade de dupla interpretação. Podemos
entender que a água está no chão ou está nos recipientes que estão no chão.
Tal problema fere o princípio da coesão e coerência, que rege a linguagem
culta.
GABARITO: C

37. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Já na frase “local por


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onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da casa”,
há um erro em
(A) nas duas formas verbais (passa / é), que deveriam estar no plural.
(B) na ausência da preposição “em” antes de “outras partes da casa”.
(C) na falta de vírgulas antes e depois de “naturalmente”.
(D) na falta de concordância da forma verbal “passa”.
(E) no mau emprego da forma “onde”.

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Comentário: o verbo “passar” deveria estar no plural para concordar com


o seu sujeito posposto “insetos”. Problema então de concordância verbal.
GABARITO: D

A partir do fragmento a seguir, responda à questão 38.

Diminuir a higiene pessoal


Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga,
acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de
economizar água, porque não adianta optar por isso em troca da saúde. O
ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a
louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um
refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.

38. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Na frase “Escolas de São


Paulo vetam até escova de dente para economizar água.”, o emprego do até
mostra um modalizador, ou seja, um termo em que o enunciador do texto
expressa uma opinião.
Nesse caso, a opinião é de que
(A) há um exagero na medida.
(B) mostra um cuidado exemplar na medida tomada.
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(C) indica uma dúvida sobre o efeito pretendido.


(D) ocorrem inúmeros outros casos de economia de água.
(E) demonstra um apoio à medida tomada.

Comentário: a tomada de opinião é contra a medida exagerada de


economizar água evitando que o aluno escove os dentes, o que é uma prática
extremamente necessária para a saúde bucal. O ”até” modaliza a fala por
demonstrar opinião do autor.
GABARITO: A

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Observe a charge a seguir.

39. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Sobre a charge, assinale


a opção que indica a leitura inadequada.
(A) A imagem do chão seco intensifica a seca.
(B) O único pingo d’água indica falta de água.
(C) A gota de água também pode indicar uma lágrima.
(D) A ausência de água na torneira é uma crítica às autoridades.
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(E) A cor clara do céu mostra a presença do sol intenso.

Comentário: a charge faz uma crítica ao desperdício de água, o que leva à


falta dela. Tal crítica não está direcionada a ninguém ou ao governo de
maneira específica, mas a todos que contribuem para esse quadro de seca.
Sendo assim, a alternativa D está incorreta.
GABARITO: D

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Texto 1 – “A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram


cometidos por pessoas bem-intencionadas que simplesmente tomaram
decisões equivocadas e acabaram sendo responsáveis por grandes tragédias.
Outros, gerados por indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de
escolhas egoístas e provocaram catástrofes igualmente terríveis.”
(As piores decisões da história, Stephen Weir)

40. (TJ/BA – 2015 – Analista Judiciário – FGV) No texto 1, a palavra


“bem-intencionada” aparece grafada com hífen; o Novo Acordo Ortográfico diz
que “Nas palavras em que o primeiro elemento é bem-, a regra geral é o
emprego do hífen, não importando se o segundo elemento começa por vogal
ou consoante”. Sobre esse caso, a afirmação correta é:
(A) a palavra foi mal grafada, pois deve ser escrita sem hífen;
(B) a palavra foi bem grafada já que se trata da junção de um advérbio de
modo + adjetivo;
(C) a palavra foi bem grafada, pois se trata de um adjetivo composto com
um elemento de valor prefixal;
(D) a palavra foi mal grafada, visto que não se trata de um vocábulo, mas
de dois;
(E) a palavra foi bem grafada, pois houve mudanças nesse emprego, com
as novas regras.
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Comentário: Conforme bem explicado no enunciado, a palavra “bem-


intencionado” deve ser grafada com hífen. Tal regra não é nova e o uso não
mudou com o novo acordo. “Bem-intencionado” é um único vocábulo, adjetivo
composto e o “bem” funciona como prefixo.
GABARITO: C

41. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Considerando-se a


relação lógica existente entre os dois segmentos dos pensamentos (Millôr

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Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO poderá ser


corretamente preenchido pela conjunção mas é:
(A) Guio bem, ............... o motor do meu carro sempre foi pra mim um
mistério insondável.
(B) Condenam-se muito os excessos, ............... também há um limite
para o mínimo.
(C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, ............... me
enfrento todo dia.
(D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, ............... há muito
pobre sem vergonha.
(E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela,
............... acha aquele ambiente grã-fino demais para ela.

Comentário: a melhor forma de resolver uma questão como essa é


substituir o pontilhado pelo que se sugere (no caso, pelo mas) em cada
alternativa. Após a substituição, a relação de oposição deve estar bem
estabelecida:
(A) Guio bem, mas o motor do meu carro sempre foi pra mim um mistério
insondável.
(B) Condenam-se muito os excessos, mas também há um limite para o
mínimo.
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(C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, mas me enfrento


todo dia.
(D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, mas há muito pobre
sem vergonha.
(E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, mas acha
aquele ambiente grã-fino demais para ela.
A única junção de orações em que a relação de oposição não é possível é
na alternativa E. O ideal é o uso da conjunção “pois” ou outra que expresse
explicação.

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(E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, pois acha
aquele ambiente grã-fino demais para ela.
GABARITO: E

42. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) A única frase que NÃO
apresenta desvio em relação à concordância verbal recomendada pela norma
culta é:
(A) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção,
mostram profissões as mais estranhas possíveis.
(B) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos
últimos meses apresentaram-se à Polícia.
(C) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria
para outros países foi transferido para outras companhias.
(D) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os
ajuda a se deslocar de um lugar para outro.
(E) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores
conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.

Comentário: vamos analisar cada alternativa, marcando em vermelho os


erros:
(A) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção,
mostram profissões as mais estranhas possíveis. – ERRADA. O verbo “mostrar”
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deve concordar com o núcleo do sujeito “lista”, no singular.


(B) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos
últimos meses apresentaram-se à Polícia. – ERRADA. O verbo deve concordar
no plural com “nenhum”: Nenhum apresentou-se.
(C) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria
para outros países foi transferido para outras companhias. – CORRETA!!

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(D) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os


ajuda a se deslocar de um lugar para outro. – ERRADA. Os cães se
deslocarem.
(E) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores
conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários. – ERRADA. Mas foi
nos jogos... o sujeito é oracional (que a maioria dos jogadores conquistaram a
fama que hoje justifica seus altos salários), por isso a forma “foi” deve estar
no singular.
GABARITO: C

43. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Observe a charge 1


abaixo, publicada por ocasião dos atos terroristas em Paris, em janeiro de
2015; a afirmativa INADEQUADA sobre a imagem é:

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(A) há uma referência clara aos ataques terroristas ocorridos nos Estados
Unidos há algum tempo;
(B) as imagens dos lápis indicam metonimicamente a profissão de
algumas das vítimas;
(C) a presença do avião indica a rapidez da comunicação com apoio da
tecnologia nos dias de hoje;

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(D) a imagem mostra um ataque a valores culturais, aqui representados


pela arte do desenho;
(E) a imagem representa uma situação temporal anterior aos atentados e
às mortes.

Comentário: a imagem do avião faz clara referência aos ataques


terroristas ocorridos nos Estados Unidos, anos atrás. Os lápis indicam a parte
que faz referência ao ataque cultural e à profissão de algumas das vítimas
(jornalistas).
Observe que a alternativa C nega o que está sendo falado nas outras, o
avião não representa a rapidez da comunicação, mas sim faz referência ao
terrorismo que já não é novidade.
GABARITO: C

44. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Observe, agora, a


charge 2 a seguir; comparando-se essa imagem com a da charge 1, a
afirmativa adequada é:

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(A) a bala à esquerda tem por alvo a Torre Eifell;


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(B) a imagem da Torre Eifell transfere a França para os Estados Unidos;


(C) os lápis aqui representam as indústrias modernas;
(D) a Torre Eifell situa os atentados na cidade de Paris;
(E) as folhas de papel no meio da fumaça mostram a relatividade da arte.

Comentário: nas duas charges, os lápis posicionados um ao lado do outro,


sendo um menor um pouco que o outro, faz referência às torres gêmeas que
foram alvo de atentados nos Estados Unidos. O atentado que aconteceu em
Paris também tem causa terrorista e foi a um jornal, o que justifica a arte
sendo queimada em meio à fumaça.
Só não se pode ter como correto o que se afirma na alternativa D, pois a
Torre Eifell coloca a cidade de Paris no cenário dos atentados nos Estados
Unidos, não situa os dois atentados em Paris.
GABARITO: D

Observe a charge a seguir:

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45. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Na fala da ovelha


(charge 3) há alguns problemas de correção; o fato linguístico que se opõe à
norma culta da língua, nesse caso, é a:
(A) mistura de tratamentos;
(B) conjugação errada de verbos;
(C) falha na concordância;
(D) utilização de grafia errada;
(E) ambiguidade de construções.

Comentário: a fala da ovelha traz incorreções quanto à mistura de


tratamentos. A ovelha trata o lobo por “você”, sendo assim, os demais
pronomes deveriam ser de 3ª pessoa, não de 2ª. Assim, o uso do “teu” nas
três ocorrências em que aparece na fala deve ser substituído por “lhe”.
GABARITO: A

QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 5, considere o texto


abaixo.

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Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram,
quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se
pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito
por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e
que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos),
uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir,
espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem. Os
seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço
máximo para que ambos fossem mostrados.

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Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira


mão, entre os protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui
descrito, citados na lista de agradecimentos. Toda informação importante foi
checada e rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas
informações torna impossível que sejam especificadas como “entrevista
realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal”, porque isto seria a quebra
de um preceito ético de proteção à fonte. No caso de fontes que não se
furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto. As
histórias aqui incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no
desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em
conjunto.
(Ruy Castro, “Introdução e agradecimentos”. Chega de saudade: a história e as histórias
da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15)

01. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) O autor


do texto
(A) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de
pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova.
(B) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a
Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às
inadequações decorrentes dessa intenção. 04088633822

(C) advoga para seu relato a condição de “história”, por cumprir o


protocolo científico: absoluta fidelidade na descrição dos fatos, dados
definitivos e cabal objetividade.
(D) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do
compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da
ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes.
(E) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si
próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em
dado momento, de assumir diretamente sua voz.
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02. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC)


Compreende-se corretamente do texto:
(A) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 8) se fundamenta no
traço comum “caráter bifronte”.
(B) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 9), o autor expressa
sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis.
(C) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 13), o autor
informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham
vindo a público.
(D) a caracterização de entrevista (linhas 18 e 19) prepara o leitor para a
decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro.
(E) as histórias que compõem o livro (linha 23) não possuem relevo
próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a
trajetória da Bossa Nova.

03. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) No


primeiro parágrafo do texto,
(A) Esta (linha 1) e a (linha 1) são pronomes que se antecipam ao
elemento a que cada um deles se refere.
(B) o segmento introduzido pelo travessão (linha 6) expressa um
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julgamento que traz as marcas de uma presunção.


(C) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma
história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 2) e escrito (linha 3).
(D) os parênteses (linhas 4 a 5) acolhem explicação sobre o que ocorreu
com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos.
(E) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linha 2)
delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de
escrita da obra.

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04. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) No


contexto, o segmento que expressa uma causa é:
(A) (linha 1) que a fizeram.
(B) (linhas 2 e 3) que se pretende o mais factual e objetivo possível.
(C) (linhas 3 e 4) tendo sido escrito por alguém.
(D) (linha 6) uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na
receita.
(E) (linhas 10 e 11) as informações foram buscadas em primeira mão.

05. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) O


segmento do texto que, tendo sido transformado, preserva a correção original
é:
(A) qualquer que sejam as personagens.
(B) devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto.
(C) torna inacessível as especificações desejáveis.
(D) as fontes devem serem especificadas.
(E) os esforços haveriam de ser grandes.

Atenção: Para responder às questões de números 6 a 8, considere o texto


abaixo.
“A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo
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acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do


conflito. Além de despertar no cidadão o sentimento de segurança e confiança,
encorajando-o na defesa de seus direitos, a conciliação devolve credibilidade,
eficiência e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. Com essas
palavras, o desembargador federal coordenador do gabinete da Conciliação do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), Antonio Cedenho, define o que
é este ato capaz de reduzir processos na justiça.

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(Viviane Ponstinnicoff. “Conciliação é a solução”. Justiça em Revista − publicação


bimestral da Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo. Ano IV- dezembro 2010, n. 20, p.
6)

06. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) É


INCORRETO afirmar que, no contexto, o emprego de
(A) antes de tudo cria a expectativa de que muitas são as vantagens
advindas da conciliação.
(B) efetivo deixa subentendida a ideia de que nem sempre os cidadãos
veem cumprido seu direito à Justiça.
(C) tem proporcionado é indicador de fato repetido ou contínuo.
(D) diretamente faz supor que há procedimentos jurídicos em que as
partes se fazem representar por interpostos.
(E) apaziguador permite a conclusão de que todos os processos que
chegam ao gabinete da Conciliação terminam com o acordo entre as partes.

07. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A


substituição que garante o sentido original, com clareza e correção, é:
(A) e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional por “e sobretudo,
rapidez na prestação jurisdicional”.
(B) despertar no cidadão por despertar-lhe.
(C) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua
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defesa de direitos.
(D) pois por porquanto.
(E) Antonio Cedenho, define por “Antonio Cedenho define”.

08. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A


conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à
Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito.
Transpondo o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a
forma verbal resultante é:
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(A) têm proporcionado.


(B) tem sido proporcionado.
(C) tinham proporcionado.
(D) era proporcionado.
(E) foi proporcionado.

09. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A frase


redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é:
(A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a
cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se
depende.
(B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional
como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante
naquela pendência.
(C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a
todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou
desajeitado.
(D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à
Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à
sua dignidade.
(E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado
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deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos
especialistas.

10. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) Está


correta a seguinte frase:
(A) Já está inserto na obra o trecho em que ele afirma acreditar muito na
água que considera benta, pois diz que, tendo sido benzida em dia de muito
fervor, é miraculosa.

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(B) Urge, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas, porém se


o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida, poderá haver
problemas mais à frente.
(C) Tratam-se de advertências as mais singulares, entre elas a que incita
os cidadãos a que remediem por si sós os danos cuja reparação está
legalmente sob o dever do estado.
(D) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não deixeis passar o
prazo previsto no acordo, caso em que sereis responsabilizado legalmente pelo
decurso.
(E) Tenho exausto minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem que
consiga o octagésimo lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo
analisado.

11. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A


redação correta é:
(A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a
imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós
mesmos, os funcionários.
(B) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a
adolescente tem sido dulcíssimo, em que lhe pesem os excessivos maus
humores da jovem.
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(C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o
exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro.
(D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que
haverá cura − é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo.
(E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo
e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do
expediente.

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12. (TRT 4ª Região (RS) – 2011 – Analista Judiciário – FCC) A única


frase NÃO pontuada corretamente é:
(A) É minha opinião, que não se deve falar mal de ninguém; e menos
ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes querendo ou não, estão a
nosso serviço cotidianamente.
(B) Só muito tempo depois de sua partida (vejam o que é a indecisão
imposta pelo medo!), compreendi que era só uma mudança de bairro, e então
prometi que a visitaria logo.
(C) À beira de um ano novo − e quase à beira do outro século −, a
imprensa discutia ainda a mesma questão, crucial, sem dúvida, que ocupara
por décadas o espírito dos homens públicos.
(D) Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o saudei; olhei-o,
porém, fixamente, e sorri, é verdade, mas como se fosse para alguém a quem
se cumprimenta só por obrigação.
(E) A mais alta delas andava rapidamente; a outra, cantando e sorrindo,
fazia dos passos um modo de brinquedo, então bastante em moda entre os
mais jovens.

13. (DP/RS – 2011 – Direito – FCC) Atenção: Responda à questão com


base no texto.

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Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato

Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato


que o havia atormentado por toda sua carreira graças a pontas de cigarro
guardadas por 24 anos.
O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os responsáveis pelo
homicídio de Samuel Quentzel em 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de
seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin
insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a

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investigação do crime, esperando que algum dia elas pudessem identificar os


assassinos.
Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação
de DNA e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de
criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis
Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e será
sentenciado em dezembro.
Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de
Quentzel, que era casado e pai de três filhos. Slaughter, que tem uma longa
ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986.
"Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou
da polícia em 2000, ao New York Daily News. "Sempre que investigava um
caso no Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido
usada, esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo".

Na entrada de casa
Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento, em um tribunal
em Long Island, estabeleceu que no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e
seu cúmplice Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em seu
carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de materiais de encanamento
no Brooklyn....
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DNA
A retomada do caso resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de
Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a promotoria pública pedindo
uma nova investigação sobre a morte de Samuel.
A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de
dados de DNA, que passou a exigir amostras de todos os condenados por
crimes após 2006, mas que também valia retroativamente para os que
estivessem presos ou em liberdade condicional na época.

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Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de Nova York ligou


Roger Williams a uma ponta de cigarro encontrada na van mais de 20 anos
antes.
...
"A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos com esperança de ver
os assassinos de Samuel Quentzel enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente
chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia
estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do departamento de
polícia, que nunca desistiram de seu comprometimento em prender os homens
responsáveis por esse crime terrível".
(http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8 141,00-
Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam +assassinato.html; 15/11/2010,
09h49 • atualizado às 11h04)

A transformação da frase "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse


Goodwin, para discurso indireto é:

a) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre aquilo.


b) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar sobre aquilo.
c) Goodwin disse: "Eu nunca parei de pensar sobre isso".
d) Goodwin diz: "Eu nunca parei de pensar sobre isso".
e) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo.
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Comentário: para passar um discurso direto para o discurso indireto, é


preciso observar o seguinte:
1) deve-se começar a frase assim: Goodwin disse que... observe a
inserção da conjunção integrante que.
2) a primeira pessoa “eu” do discurso direto passará a terceira pessoa
“ele” no discurso indireto.

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3) o pretérito perfeito do indicativo “parei” (1ª pessoa), presente no


discurso direto, passará para o pretérito mais-que-perfeito “parara” ou
“tinha/havia parado” (3ª pessoa), no discurso indireto.
4) O pronome demonstrativo “isso”, presente no discurso direto, passará
a “aquilo” no indireto.
A única alternativa que atende a tais questões acima citadas é a A.
GABARITO: A

14 de fevereiro

Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um


homem que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da
Carioca, quando vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz
descansada:
− Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
− Quem?
− Me esqueceu o nome dele.
Leitor obtuso, se não percebeste que "esse homem que briga lá fora" é
nada menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais
obtuso do que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da
seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita
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lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi
comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o
nome do Messias; é "esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e
tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por
entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma
pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à
porta da estalagem, ou no quarto em que residirem.
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa, vol.III,
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)

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14. (AFR/SP – 2009 – Gestão Tributária – FCC) Se o cronista tivesse


preferido contar com suas próprias palavras o que a mulher disse ao vendedor,
a formulação que, em continuidade à frase ... quando vi chegar uma mulher
simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderia corretamente ao
padrão culto escrito é:
a) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá
fora.
b) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que
brigava lá fora.
c) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
d) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá
fora.
e) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria
lá fora.

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo, início da crônica "Quadro na


parede", de Carlos Drummond de Andrade.

− Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra


de consertar sua posição − observou o Sr. Borges, levantando a cabeça, entre
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o primeiro e o segundo goles do café da manhã.


− Há pessoas realmente exageradas − ponderou a Sra. Borges, enquanto
passava geleia no brioche. Esse quadro está assim apenas há uma semana.
− Uma semana parece tempo suficiente para alguém corrigir a posição de
um quadro na parede − retrucou o Sr. Borges, sorvendo mais um gole, e
desdobrando o jornal.
− Admitindo-se que assim seja, embora a colocação de um objeto de arte
exija muitas experiências e tempo indeterminado de observação e crítica, até

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que seja atingido o resultado ideal, presume-se que a pessoa não satisfeita
com a posição de um quadro...
A Sra. Borges fez uma pausa para levar aos lábios a fatia de brioche,
mastigá-la e engoli-la, concluindo placidamente:

− Tome a iniciativa de modificá-la para melhor.


− Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra
de consertar sua posição − observou o Sr. Borges, levantando a cabeça, entre
o primeiro e o segundo goles do café da manhã.

15. (ALERN – 2011 – Taquigrafia – FCC) Outro modo de referir a fala


acima, iniciando com "O Sr. Borges, levantando a cabeça, entre o primeiro e o
segundo goles do café da manhã, observou que... ", estará correto com o
seguinte complemento:
a) esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra
de consertar sua posição.
b) aquele quadro estava torto desde o começo do mundo e ninguém se
lembrava de consertar sua posição.
c) aquele quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém chegava
a se lembrar de consertar sua posição.
d) o quadro que estava ali está torto desde o começo do mundo e
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ninguém se lembra de consertar sua posição.


e) um dos quadros está torto desde o começo do mundo e ninguém se
lembrava de consertar sua posição.

Para responder a questão, considere o texto abaixo, conferência


pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de
Wisconsin, nos Estados Unidos.

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16. (DPF/ RS – 2014 – Defensor Público – FCC) Era já a aurora do dia


da América, mas nada mais senão a aurora.
Considerada a frase acima, em seu contexto, assinale a assertiva correta.
a) Substituir da América por "americano" em nada prejudica o sentido
original, pois é regra do idioma que o sentido da locução adjetiva é
absolutamente idêntico ao sentido do adjetivo que corresponde a ela.
b) A frase "Ainda que já fosse a aurora do dia da América, era nada mais
senão a aurora" está gramaticalmente correta e é semanticamente equivalente
à frase original.
c) O advérbio já pode ser substituído por "em pouco tempo", sem prejuízo
do sentido original.
d) Por vir associada à palavra dia, não se pode dizer que a palavra aurora
está empregada como metáfora.
e) A substituição de senão por "se não" mantém o sentido original da
frase.

Os direitos “nossos” e os “deles”

Não é incomum que julguemos o que chamamos “nossos” direitos


superiores aos direitos do “outro”. Tanto no nível mais pessoal das relações
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como nos fatos sociais costuma ocorrer essa discrepância, com as


consequências de sempre: soluções injustas.
Durante um júri, em que defendia um escravo que havia matado o seu
senhor, Luís Gama (1830 - 1882), advogado, jornalista e escritor mestiço,
abolicionista que chegou a ser escravo por alguns anos, proferiu uma frase que
se tornou célebre, numa sessão de julgamento: "O escravo que mata o senhor,
seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa". A frase
causou tumulto e acabou por suspender a sessão do júri, despertando
tremenda polêmica à época. Na verdade, continua provocando.

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Dissesse alguém isso hoje, em alguma circunstância análoga, seria


aplaudido por uns e acusado por outros de demonizar o “proprietário”. Como
se vê, também a demonização tem duas mãos: os partidários de quem
subjuga acabam por demonizar a reação do subjugado. Tais fatos e tais
polêmicas, sobre tais direitos, nem deveriam existir, mas existem; será que
terão fim?
O grande pensador e militante italiano Antonio Gramsci (1891-1937), que
passou muitos anos na prisão por conta de suas ideias socialistas, propunha,
em algum lugar de sua obra, que diante do dilema de uma escolha nossa
conduta subsequente deve se reger pela avaliação objetiva das circunstâncias
para então responder à seguinte pergunta: “Quem sofre?” Para Gramsci, o
sofrimento humano é um parâmetro que não se pode perder de vista na
avaliação das decisões pessoais ou políticas.
(Abelardo Trancoso, inédito)

17. (TRT - 1ª REGIÃO / RJ – 2014 – Analista Judiciário – TI – FCC)


Está plenamente correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não
relutava uma análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se
tomar.
b) A preocupação principal do autor do texto está em demonstrar como se
desejam preservar os direitos em que os detentores somos nós, ao passo que
com os dos outros o mesmo não venha a ocorrer.
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c) Muita gente considera de que seus direitos são sempre preferíveis de se


respeitar do que os dos outros, cometendo-se com isto uma irreparável
injustiça para com seus semelhantes.
d) O intrépido Luís Gama não hesitou em lançar mão de um argumento
radical para defender seu cliente, um escravo acusado do assassinato de seu
proprietário.

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e) Seria mesmo difícil de se imaginar a balbúrdia que se proclamou entre


os expectadores que assistiam o julgamento de um escravo cuja defesa era de
Luís Gama.

Senhores:

Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia


Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos
nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma
instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito
eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que
buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.
Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e
completada por moços, a Academia nasce com a alma nova e naturalmente
ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a
unidade literária. Tal obra exige não só a compreensão pública, mas ainda e
principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se
modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda a casta, às escolas literárias e
às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de
estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes
preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloquência nacionais é
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indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele
perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para
que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre
as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão.
(ASSIS, Machado. Discurso inaugural, na Academia Brasileira, aos 20 dias do mês de
julho de 1897. Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.926)

18. (TRF – Assistente Judiciário – 2007 – FCC) Releia: Agora que vos
agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder
à vossa confiança.
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A fala acima está corretamente reportada da seguinte maneira: Machado


de Assis declarou que,
a) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei
na medida do possível corresponder à vossa confiança.
b) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na
medida do possível corresponder à sua confiança.
c) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que
buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles.
d) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dir-
lhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança.
e) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos
dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.

Atenção: Para responder às questões de números 19 a 21 considere o


texto abaixo.

Falsificações na internet

Quem frequenta páginas da internet, sobretudo nas redes sociais, volta e


meia se depara com textos atribuídos a grandes escritores. Qualquer leitor dos
mestres da literatura logo perceberá a fraude: a citação está longe de honrar a
alegada autoria. Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Fernando
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Pessoa, por exemplo, jamais escreveriam banalidades recheadas de lugares


comuns, em linguagem capenga e estilo indefinido. Mas fica a pergunta: o que
motiva essas falsificações grosseiras de artistas da palavra e da imaginação?
São muitas as justificativas prováveis. Atrás de todas está a vaidade
simplória de quem gostaria de ser tomado por um grande escritor e usa o
nome deste para promover um texto tolo, ingênuo, piegas, carregado de
chavões. Os leitores incautos mordem a isca e parabenizam o fraudulento,
expandindo a falsificação e o mau gosto. Mas há também o ressentimento
malicioso de quem conhece seus bem estreitos limites literários e, não se
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conformando com eles, dispõe-se a iludir o público com a assinatura falsa,


esperando ser confundido com o grande escritor. Como há de fato quem
confunda a gritante aberração com a alta criação, o falsário dá-se por
recompensado enquanto recebe os parabéns de quem o “curtiu”.
Tais casos são lamentáveis por todas as razões, e constituem
transgressões éticas, morais, estéticas e legais. Mas fiquemos apenas com a
grave questão da identidade própria que foi rejeitada em nome de outra,
inteiramente postiça. Enganar-se a si mesmo, quando não se trata de uma
psicopatia grave, é uma forma dolorosa de trair a consciência de si. Os
grandes atores, apoiando-se no talento que lhes é próprio, enobrecem esse
desejo tão humano de desdobramento da personalidade e o legitimam
artisticamente no palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz
própria, que se tornam por vezes mais famosos que seus criadores (caso de
Cervantes e seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao
não assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande
momento de Shakespeare. Provavelmente jamais leram Shakespeare ou
qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do nome, e a usam
como moeda corrente no mercado virtual da fama.
Tais fraudes devem deixar um gosto amargo em quem as pratica,
sobretudo quando ganham o ingênuo acolhimento de quem, enganado, as
aplaude. É próprio dos vícios misturar prazer e corrosão em quem os sustenta.
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Disfarçar a mediocridade pessoal envergando a máscara de um autêntico


criador só pode aprofundar a rejeição da identidade própria. É um passo certo
para alargar os ressentimentos e a infelicidade de quem não se aceita e não se
estima.
(Terêncio Cristobal, inédito)

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19. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista –


FCC) No texto manifesta-se, essencialmente, uma censura a quem,
(A) frequentando páginas da internet, deixa-se seduzir com facilidade
pelos textos de grandes autores, sem antes certificar-se quanto à sua
autenticidade.
(B) por falta de talento literário e por ressentimento, costuma ressaltar
nos textos dos autores clássicos as passagens menos inspiradas ou mais
infelizes.
(C) levado pelo sentimento da vaidade, porta-se como se fosse um grande
escritor, tratando de temas profundos num estilo elevado, próprios dos
grandes talentos.
(D) cometendo uma fraude, publica na internet textos medíocres,
atribuídos a escritores célebres, buscando com isso, entre outras coisas,
ganhar o aplauso de quem lê.
(E) com intenção maliciosa, cita autores famosos em páginas da internet,
afetando uma familiaridade que de fato jamais teve com esses grandes
escritores.

20. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista –


FCC) Considere as seguintes afirmações:
I. No primeiro parágrafo, o autor do texto imagina que muitos usuários
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das redes sociais, mesmo os versados em literatura, podem se deixar enganar


pela fraude das citações, uma vez que o estilo destas lembra muito de perto a
linguagem dos alegados autores.
II. No segundo parágrafo, duas razões são indicadas para explicar a
iniciativa dos fraudulentos: o gosto pela ironia, empregada para rebaixar os
escritores de peso, e a busca da notoriedade de quem quer ser identificado
como um artista superior.
III. Nos dois parágrafos finais, o que o autor ressalta como
profundamente grave é o fato de os falsários mentirem para si mesmos,

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dissolvendo a identidade que lhes é própria e assumindo, ilusoriamente, a


personalidade de alguém cujo valor já está reconhecido.
Em relação ao texto está correto o que se afirma
APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

21. (CNMP – 2015 - Desenvolvimento de Sistemas – Analista –


FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um
segmento em:
(A) honrar a alegada autoria (1ºparágrafo) = enobrecer a presunção de
um autor
(B) ressentimento malicioso (2º parágrafo) = remorso astuto
(C) a usam como moeda corrente (3° parágrafo) = gastam-na
perdulariamente
(D) o ingênuo acolhimento (4ºparágrafo) = a recepção incrédula
(E) Disfarçar a mediocridade (4ºparágrafo) = dissimular a banalidade
Leia o texto a seguir.
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Em fins do ano passado foi aprovada na Comissão de Constituição e


Justiça do Senado a denominada Emenda Constitucional da Felicidade, que
introduz no artigo 6º da Constituição Federal, relativo aos direitos sociais, frase
com a menção de que são essenciais à busca da felicidade.
Pondera-se também que a busca individual pela felicidade pressupõe a
observância da felicidade coletiva. Há felicidade coletiva quando são
adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. E a
sociedade será mais feliz se todos tiverem acesso aos básicos serviços públicos

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de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, entre outros, ou seja,


justamente os direitos sociais essenciais para que se propicie aos indivíduos a
busca da felicidade.
Pensa-se possível obter a felicidade a golpes de lei, em quase ingênuo
entusiasmo, ao imaginar que, por dizer a Constituição serem os direitos sociais
essenciais à busca da felicidade, se vai, então, forçar os entes públicos a
garantir condições mínimas de vida para, ao mesmo tempo, humanizar a
Constituição.
A menção à felicidade era própria da concepção de mundo do Iluminismo,
quando a deusa razão assomava ao Pantheon e a consagração dos direitos de
liberdade e de igualdade dos homens levava à crença na contínua evolução da
sociedade para a conquista da felicidade plena sobre a Terra.
Trazer para os dias atuais, depois de todos os percalços que a História
produziu para os direitos humanos, a busca da felicidade como fim do Estado
de Direito é um anacronismo patente, sendo inaceitável hoje a inclusão de
convicções apenas compreensíveis no irrepetível contexto ideológico do
Iluminismo.
Confunde-se nessas proposições bem-intencionadas, politicamente
corretas, o bem-estar social com a felicidade. A educação, a segurança, a
saúde, o lazer, a moradia e outros mais são considerados direitos
fundamentais de cunho social pela Constituição exatamente por serem
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essenciais ao bem-estar da população no seu todo. A satisfação desses direitos


constitui prestação obrigatória do Estado, visando dar à sociedade bem-estar,
sendo desnecessária, portanto, a menção de que são meios essenciais à busca
da felicidade para se gerar a pretensão legítima ao seu atendimento.
O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do
Mundo de Futebol, mas não há felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. A
felicidade é um sentimento individual tão efêmero como variável, a depender
dos valores de cada pessoa. Em nossa época consumista, a felicidade pode ser
vista como a satisfação dos desejos, muitos ditados pela moda ou pelas

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celebridades. Ter orgulho, ter sucesso profissional podem trazer felicidade,


passível de ser desfeita por um desastre, por uma doença.
Assim, os direitos sociais são condições para o bem-estar, mas nada têm
a ver com a busca da felicidade. Sua realização pode impedir de ser infeliz,
mas não constitui, de forma alguma, dado essencial para ser feliz.
(Miguel Reale Júnior. O Estado de S. Paulo, A2, Espaço Aberto, 5 de fevereiro de 2011,
com adaptações)

22. (INSS – 2012 - Perito Médico Previdenciário – FCC) Afirma-se


corretamente que o autor
(A) está convencido de que uma sociedade só poderá ser plenamente feliz
se lhe for permitida a realização de todas as suas expectativas, principalmente
quanto aos seus direitos básicos.
(B) critica, tomando por base as obrigações do Estado de Direito e os
conceitos de felicidade e de bem-estar coletivo, a proposta de Emenda
Constitucional por considerá-la inócua e defasada.
(C) defende a concessão, pelo Estado, de garantias constitucionais para
que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindível à sensação de bem-
estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral.
(D) censura a tardia preocupação do Senado brasileiro em oferecer
condições mínimas de qualidade de vida à população, com a oferta dos direitos
básicos que venham a garantir a felicidade geral.
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(E) faz referência à necessária conscientização de que o bem-estar da


população é um bem indiscutível, especialmente quanto à liberdade e à
igualdade, a partir dos princípios que embasaram o Iluminismo.

23. (INSS – 2012 - Perito Médico Previdenciário – FCC) Em relação


ao desenvolvimento textual, está INCORRETO o que consta em:
(A) Os dois primeiros parágrafos introduzem o assunto que será analisado
a seguir.

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(B) Há passagens no texto que evidenciam o posicionamento do autor


sobre o assunto em pauta.
(C) No 4º parágrafo identifica-se a argumentação de que se vale o autor
para embasar a opinião que será defendida no parágrafo seguinte.
(D) O exemplo tomado à Copa do Mundo, no 6º parágrafo, compromete o
encadeamento das ideias defendidas no texto.
(E) O último parágrafo constitui uma conclusão coerente de toda a
discussão apresentada.

24. (SER/PB – 2009 - AFTE –FCC) Leia as frases abaixo:


I. O leitor perguntaria se as comissões são úteis e necessárias.
II. Com essa CPI, acabaria tudo em pizza, novamente?
III. “Os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na vida pública”,
asseverou o colunista.
Elas se encontram, respectivamente, em discurso

I II III

a) direto indireto livre indireto


b) indireto livre direto indireto
c) indireto indireto livre04088633822
direto
d) indireto direto indireto livre
e) direto direto indireto livre

Filosofia de borracharia

O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença


tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo
quanto ele. Estava apenas um bocado murcho.

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− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de


pouquíssimos dentes e enorme simpatia.
O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente
ignorância é especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso
carro periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos.
Tendo saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele
emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber se está na
Áustria, na Suíça ou na Itália. Soubemos que estávamos no norte, no sótão da
Itália, vendo um providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato.
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a
Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos
sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de um
himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas na
sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos
companheiros de viagem, me pus a teorizar.
Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um
pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí
fui, inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito,
infelizmente com conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto
carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento para o
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corpo, quem sabe para a alma.


*Camminando si sgonfia = andando se esvazia. Sgonfiato é vazio; sgonfiati é a forma
plural.
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)

25. (SEFAZ/PI – 2015 – Analista do Tesouro Estadual – FCC) Atente


para as seguintes afirmações:

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I. A frase dita pelo borracheiro nada indiciou aos jovens turistas, que não
sabiam em que país estavam − o que só veio a se esclarecer durante a refeição
tipicamente italiana.
II. A familiaridade que um dos jovens revelou ter com o idioma italiano
permitiu-lhe deduzir da frase do borracheiro uma súmula filosófica.
III. Como conclusão do antigo episódio narrado, o cronista lembra o quanto a
vida acaba por nos tornar necessitados de novo ânimo para seguir vivendo-a.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
(A) III, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I e III, apenas.

26. (SEFAZ/PI – 2015 – Analista do Tesouro Estadual – FCC) Atente


para a seguinte construção: O borracheiro explicou-nos que os pneus haviam
esvaziado com o uso, e que era fácil resolver aquele problema.
Empregando-se o discurso direto, a frase deverá ser: O borracheiro explicou-
nos:
(A) − Com o uso os pneus estão esvaziando, problema este que seria fácil
resolver.
(B) − Os pneus com o uso tinham esvaziado, mas seria fácil resolver o
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problema.
(C) − Os pneus se esvaziaram com o uso, é fácil resolver este problema.
(D) − Com o uso os pneus terão se esvaziado, seria fácil resolver esse
problema.
(E) − Os pneus com o uso estavam vazios, vai ser fácil resolver seu problema

27. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP)


Cumprimento a redação da revista pela brilhante reportagem sobre a situação
da perícia no Brasil. Muito bem feita e didática, a matéria _____________
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______________ e apresenta uma noção do trabalho dos peritos que, com


certeza, ____________ muitos jovens a __________ a profissão. De novo,
parabéns e continuem nessa linha editorial, que agrada muito aos leitores.
(Galileu, julho de 2010. Adaptado)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente,


com
(A) dismitifica … tabus … incentivarão … seguir
(B) dismistifica … tabus … incentivarão … seguir
(C) desmistifica … tabús … incentivará … seguirem
(D) desmitifica … tabus … incentivará … seguirem
(E) demistifica … tabús … incentivarão … seguirem

28. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Leia a tira.

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Observe as frases produzidas com base no diálogo da tira:

I. Aceita, Dr. Quirino, um café?


II. Primeiro, quero ver o paciente.
III. Quando eu vi ele, estava no quintal, começou a chuva e…

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IV. Puro e com pouco açúcar.

Apresenta vício de linguagem e, ao mesmo tempo, revela alteração em


relação ao sentido da tira apenas o contido em
(A) I.
(B) III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) I, II e III.

Leia o texto para responder às questões de números 29 a 31.

Vigilantes não deveriam estar armados em ambientes como bancos e


supermercados, simplesmente porque seu preparo de 160 horas e de poucas
dezenas de tiros não os habilita a situações de estresse, sejam elas assaltos ou
conflitos com clientes.
Mesmo policiais, que recebem um treinamento mais intenso e com
supervisão altamente profissional, mostram problemas de preparo nessas
situações. Por um mero jogo de interesses comerciais, a obrigatoriedade de
vigilância bancária imposta pelos governos militares no pacote de medidas
“antiterrorismo” acabou sendo mantida, e o emprego de vigilantes armados se
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difundiu, com enorme perigo para as pessoas que frequentam esses


ambientes. Ladrões não evitam locais com vigilantes armados, eles apenas
chegam em maior número, aumentam o perigo de tiroteio e ainda levam a
arma do segurança. Em 2006, só no estado de São Paulo, os assaltantes
roubaram 160 armas de vigilantes.
[…]
A função da segurança privada em proteger patrimônio não pode ser
exercida com prejuízos à segurança dos cidadãos que deve ser preocupação
cada vez mais competente das forças policiais. Sem uma boa polícia não há

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salvação para a sociedade. E é ela que deve carregar armas; não seguranças
privados.
(Galileu, julho de 2010)

29. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) De acordo


com o texto, pode-se concluir que
(A) tanto policiais quanto vigilantes devem proteger o cidadão
desarmados.
(B) o treinamento recebido pelos policiais é o mesmo dos seguranças
privados.
(C) a presença de seguranças armados corre à margem de interesses
financeiros.
(D) os seguranças armados são treinados para evitar ações terroristas.
(E) a segurança armada é insuficiente para coibir a ação dos assaltantes.

30. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Assinale a


alternativa em que a frase está isenta de vício de linguagem.
(A) Assiste à polícia e não aos seguranças privados o direito de portar
armas.
(B) Os governos militares imporam a obrigatoriedade de vigilância
bancária.
(C) Clientes de bancos e supermercados pode ser vítima de tiroteios.
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(D) Se difundiu, em ambientes como bancos e supermercados, os


vigilantes armados.
(E) Pode ser perigoso se os governos manterem a obrigatoriedade de
vigilância bancária.

31. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Assinale a


alternativa correta quanto à pontuação.

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(A) Vigilantes, de bancos e supermercados, não deveriam estar armados


pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
(B) Vigilantes em bancos e supermercados, não deveriam estar armados,
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
(C) Vigilantes, em bancos e supermercados, não deveriam estar armados,
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
(D) Vigilantes, em bancos e supermercados não deveriam estar armados,
pois seu preparo não os habilita a situações de estresse.
(E) Vigilantes de bancos e supermercados, não deveriam estar armados

Leia o texto para responder às questões de números 32 e 33.

É fácil entender por que os advogados estão aprimorando suas técnicas de


júri. Enquanto um juiz julga com base no código legal, o júri segue convicções
pessoais. “Jurados são mais passionais. Analisam por consciência, não por
ciência”, diz Mauro Otávio Nacif, criminalista que já trabalhou na defesa de 800
casos, como o de Suzane von Richthofen, condenada em 2006 pelo
assassinato dos pais. Por isso, advogados têm de atingir a razão e também o
coração dos jurados. Nos EUA, uma indústria se formou só para pesquisar
como os jurados absorvem explicações e que tecnologias dariam mais
credibilidade aos argumentos de advogados. Lá, processos envolvendo
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empresas também podem ir a júri, e uma decisão passional pode custar


indenizações milionárias ao réu. Com dinheiro em jogo, os americanos
trataram de criar armas sofisticadas para influenciar os jurados.
(Superinteressante, julho de 2010)

32. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Conforme


o texto, o aprimoramento das técnicas de júri está relacionado
(A) ao barateamento de um processo, já que uma análise mais precisa
dos jurados pode evitar que os réus paguem indenizações milionárias.

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(B) à necessidade de se formalizarem procedimentos mais precisos, com


julgamentos menos eivados da interferência das convicções pessoais.
(C) à intenção de mobilizar os jurados, levando em consideração os
aspectos subjetivos de sua análise dos argumentos apresentados nos
processos.
(D) a uma concepção de jurado que tenha mais informação tecnológica de
um caso, julgando com mais ciência do que consciência.
(E) a um novo procedimento ratificado pelo código penal, por meio do
qual se evitará que os jurados julguem com base nas convicções pessoais.

33. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP)


Considerando-se o emprego do acento indicativo da crase, no trecho – … e
uma decisão passional pode custar indenizações milionárias ao réu. – a
expressão ao réu pode ser corretamente substituída por
(A) à um condenado pela lei.
(B) à quem for condenado.
(C) à uma pessoa que for condenada.
(D) àquele que for condenado.
(E) à alguém que seja condenado.

34. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Observe as


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frases, títulos de matérias da revista, e analise as afirmações.

Por que o Brasil toma tanto Rivotril


Cores que enganam seu cérebro
(Superinteressante, julho de 2010)

I. Na primeira frase, a figura de linguagem presente é a metonímia, já que


o termo Brasil está empregado no lugar de brasileiros.

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II. Na segunda frase, a figura de linguagem presente é a hipérbole, já que


o verbo enganar representa uma ação exagerada.
III. Na primeira frase, sem alteração da ordem dos termos, também
estaria correto o uso da forma Por quê.

Está correto o que se afirma em


(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

35. (MPE/SP – 2010 - Analista de Promotoria – VUNESP) Quando a


diferença entre os limites de ordem sociopragmática _____________ por
regras convencionais e as restrições que afetam valores mais fundamentais e
___________ da existência se ___________, a sociedade está pronta para a
experiência totalitária. Isso pode acontecer por via de uma acomodação
gradual da liberdade a diversos tipos de controle social, e essa transição
muitas vezes é sutil e imperceptível na dinâmica da vida coletiva.
(http://revistacult.uol.com.br/home/2010/04/etica-e-situacoes-limite/)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente,


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com
(A) estabelecida … constitutivos … diluem
(B) estabelecidos … constitutivos … dilui
(C) estabelecida … constitutivas … dilui
(D) estabelecidos … constitutivos … diluem
(E) estabelecida … constitutivo … diluem

Deixar recipientes com água no chão

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Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão,


local por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes
da casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou
em cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água.

36. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Nesse segmento há


alguns problemas no emprego culto da língua.
Na frase “Deixar recipientes com água no chão” há um problema de
(A) mau emprego de forma verbal.
(B) falta de concordância adequada.
(C) existência possível de ambiguidade.
(D) seleção de vocábulo inadequado.
(E) ausência de pontuação correta.

37. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Já na frase “local por


onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da casa”,
há um erro em
(A) nas duas formas verbais (passa / é), que deveriam estar no plural.
(B) na ausência da preposição “em” antes de “outras partes da casa”.
(C) na falta de vírgulas antes e depois de “naturalmente”.
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(D) na falta de concordância da forma verbal “passa”.


(E) no mau emprego da forma “onde”.

A partir do fragmento a seguir, responda à questão 38.

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Diminuir a higiene pessoal


Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga,
acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de
economizar água, porque não adianta optar por isso em troca da saúde. O
ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a
louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um
refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.

38. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Na frase “Escolas de São


Paulo vetam até escova de dente para economizar água.”, o emprego do até
mostra um modalizador, ou seja, um termo em que o enunciador do texto
expressa uma opinião.
Nesse caso, a opinião é de que
(A) há um exagero na medida.
(B) mostra um cuidado exemplar na medida tomada.
(C) indica uma dúvida sobre o efeito pretendido.
(D) ocorrem inúmeros outros casos de economia de água.
(E) demonstra um apoio à medida tomada.

Observe a charge a seguir.

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39. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Sobre a charge, assinale


a opção que indica a leitura inadequada.
(A) A imagem do chão seco intensifica a seca.
(B) O único pingo d’água indica falta de água.
(C) A gota de água também pode indicar uma lágrima.
(D) A ausência de água na torneira é uma crítica às autoridades.
(E) A cor clara do céu mostra a presença do sol intenso.
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Texto 1 – “A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram


cometidos por pessoas bem-intencionadas que simplesmente tomaram
decisões equivocadas e acabaram sendo responsáveis por grandes tragédias.
Outros, gerados por indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de
escolhas egoístas e provocaram catástrofes igualmente terríveis.”
(As piores decisões da história, Stephen Weir)

40. (TJ/BA – 2015 – Analista Judiciário – FGV) No texto 1, a palavra


“bem-intencionada” aparece grafada com hífen; o Novo Acordo Ortográfico diz
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que “Nas palavras em que o primeiro elemento é bem-, a regra geral é o


emprego do hífen, não importando se o segundo elemento começa por vogal
ou consoante”. Sobre esse caso, a afirmação correta é:
(A) a palavra foi mal grafada, pois deve ser escrita sem hífen;
(B) a palavra foi bem grafada já que se trata da junção de um advérbio de
modo + adjetivo;
(C) a palavra foi bem grafada, pois se trata de um adjetivo composto com
um elemento de valor prefixal;
(D) a palavra foi mal grafada, visto que não se trata de um vocábulo, mas
de dois;
(E) a palavra foi bem grafada, pois houve mudanças nesse emprego, com
as novas regras.

41. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Considerando-se a


relação lógica existente entre os dois segmentos dos pensamentos (Millôr
Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO poderá ser
corretamente preenchido pela conjunção mas é:
(A) Guio bem, ............... o motor do meu carro sempre foi pra mim um
mistério insondável.
(B) Condenam-se muito os excessos, ............... também há um limite
para o mínimo.
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(C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, ............... me


enfrento todo dia.
(D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, ............... há muito
pobre sem vergonha.
(E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela,
............... acha aquele ambiente grã-fino demais para ela.

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42. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) A única frase que NÃO
apresenta desvio em relação à concordância verbal recomendada pela norma
culta é:
(A) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção,
mostram profissões as mais estranhas possíveis.
(B) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos
últimos meses apresentaram-se à Polícia.
(C) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria
para outros países foi transferido para outras companhias.
(D) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os
ajuda a se deslocar de um lugar para outro.
(E) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores
conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.

43. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Observe a charge 1


abaixo, publicada por ocasião dos atos terroristas em Paris, em janeiro de
2015; a afirmativa INADEQUADA sobre a imagem é:

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(A) há uma referência clara aos ataques terroristas ocorridos nos Estados
Unidos há algum tempo;

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(B) as imagens dos lápis indicam metonimicamente a profissão de


algumas das vítimas;
(C) a presença do avião indica a rapidez da comunicação com apoio da
tecnologia nos dias de hoje;
(D) a imagem mostra um ataque a valores culturais, aqui representados
pela arte do desenho;
(E) a imagem representa uma situação temporal anterior aos atentados e
às mortes.

44. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Observe, agora, a


charge 2 a seguir; comparando-se essa imagem com a da charge 1, a
afirmativa adequada é:

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(A) a bala à esquerda tem por alvo a Torre Eifell;


(B) a imagem da Torre Eifell transfere a França para os Estados Unidos;
(C) os lápis aqui representam as indústrias modernas;
(D) a Torre Eifell situa os atentados na cidade de Paris;
(E) as folhas de papel no meio da fumaça mostram a relatividade da arte.

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Observe a charge a seguir:

45. (TJ/SC – 2015 – Assistente Social – FGV) Na fala da ovelha


(charge 3) há alguns problemas de correção; o fato linguístico que se opõe à
norma culta da língua, nesse caso, é a:
(A) mistura de tratamentos;
(B) conjugação errada de verbos;
(C) falha na concordância;
(D) utilização de grafia errada;
(E) ambiguidade de construções.
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É isso, alunos! Que o estudo de cada um seja só alegria e satisfação!


Gabarito a seguir.

Para finalizar, apaixonada que sou pelo grande Fernando Pessoa, deixo
um poema lindíssimo do heterônimo Ricardo Reis, do genial poeta:

Entregue-se inteiro a seu objetivo, não pela metade, não desanimado,


mas TODO, viva alto como a lua no céu e veja quão imenso e lindo é o reflexo
que você produz!

Grande abraço a todos!

04088633822

Entrem em contato sempre que quiserem e/ou precisarem!

Rafaela Freitas.

Contato: professorarafaelafreitas@gmail.com

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1) B 16) B 31) C
2) E 17) D 32) C
3) C 18) C 33) D
4) E 19) D 34) A
5) D 20) C 35) B
6) C 21) E 36) C
7) A 22) B 37) D
8) C 23) D 38) A
9) B 24) C 39) D
10) C 25) A 40) C
11) A 26) C 41) E
12) E 27) D 42) C
13) A 28) B 43) C
14) B 29) E 44) D
15) B 30) A 45) A

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