THIAGO SAHAJA SAMADHI SALES PRAUN, brasileiro, solteiro,
advogado, portador da cédula de identidade sob o RG nº 6.990.822 SDS/PE, inscrito no CPF sob o nº 066.884.644-54, vem, através do presente, encaminhar à Coordenação do Curso de Administração e à Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos (PROACAD), o seguinte:
Primeiramente, cumpre esclarecer que o Requerente ingressou
nesta instituição de ensino através do SiSu, no curso de Administração, no período 2017.1 e está devidamente matriculado sob o nº 200891027.
Anteriormente, em 16 de janeiro de 2012, o Requerente se
graduou como Bacharel em Direito na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
Diante disso, em 05 de abril de 2017, o Requerente protocolou
02 (dois) requerimentos de dispensa de componente curricular registrados sob o nº 125/17 e 126/17, respectivamente.
Os requerimentos supracitados tinham como objetivo obter a
dispensa de vários componentes curriculares do curso de Administração, dentre eles, as seguintes disciplinas do 1º período:
AD417 - OBRIGAÇÕES EMPRESARIAIS
CS004 - FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA AD416 - ÉTICA E FILOSOFIA PARA ADMINISTRADOR
Para tanto, apresentou os seguintes documentos:
ANO / DISCIPLINA C. H. SEMESTRE ÉTICA E 2011.1 60H DIREITO FILOSOFIA 2006.1 80H
Ocorre que, até o presente momento, o Requerente não obteve
sucesso em sua solicitação, motivo pelo qual apresenta esclarecimentos.
De acordo com o Manual Acadêmico da UFPE, ao tratar do tema,
estes são os requisitos necessários para dispensa de qualquer disciplina:
2. Dispensa de Disciplina / Aceitação de Créditos
A dispensa de disciplinas deverá ser solicitada à
Escolaridade do Curso/Área, no prazo definido no Calendário Acadêmico, dirigida ao coordenador do curso ou área, em requerimento próprio devidamente preenchido, anexando a seguinte documentação:
• Histórico Escolar original;
• Programa da disciplina cursada (optativo para disciplinas cursadas na UFPE quando da mesma coordenação); • Regime de aprovação da instituição onde cursou a disciplina; • Reconhecimento do curso pelo MEC; • O resultado da solicitação deverá ser procurado na escolaridade.
Obs.: Ao final de cada semestre, o aluno deve
verificar se a dispensa solicitada foi devidamente registrada no histórico escolar. Caso contrário, o aluno deverá imediatamente dirigir-se à escolaridade do Curso e solicitar correção.
(grifamos)
Da análise dos requerimentos supracitados, vê-se que, de
fato, o Requerente cumpriu todos os requisitos formais relacionados a documentação exigida.
As disciplinas oriundas da Maurício de Nassau (UNINASSAU),
apesar cursadas há mais de 05 (cinco) anos, foram aproveitadas na grade curricular da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), caso contrário, o Requerente não teria obtido o grau de Bacharel em Direito.
Deste modo, entendemos que tais disciplinas não estariam
submetidas ao prazo, o motivo é bem simples: Se as disciplinas cursadas na UNISSAU não podem ser aproveitadas, tampouco poderiam as da UNICAP, visto que àquelas foram utilizadas para obtenção.
Se é necessária a colação de grau para afastar o prazo de 05
(cinco) anos
Não se pode olvidar que os critérios adotados pela
Universidade, Coordenação do Curso de Administração e Pró- Reitoria para Assuntos Acadêmicos (PROACAD) devem observar a legislação infraconstitucional.
Obviamente, se a UFPE aceitaria a dispensa das demais
disciplinas, estamos diante de uma situação bizarra, para dizer o mínimo.
Ocorre, porém, que o Requerente teve seus requerimentos
indeferidos, sob o seguinte argumento:
“Em consulta ao Corpo Discente (Josiane) para saber
qual legislação que versa sobre dispensa de disciplina, Josiane informou que não existe uma legislação e que p/ o aluno (sic) seja dispensado em qualquer disciplina, ela tem que constar no histórico como aprovada / cursada com aproveitamento”. (grifamos)
Ora,
os conteúdos das disciplinas que o Requerente pretende ter
reconhecidas na UFPE eram bastante semelhantes em ambas as Universidades, além de possuírem cargas horárias idênticas.
2. Da análise dos documentos trazidos aos autos, vê-se que,
de fato, os conteúdos das disciplinas que o autor pretende ter reconhecidas na UFPE eram bastante semelhantes em ambas as Universidades, além de possuírem cargas horárias idênticas. 3. A analogia empreendia pela UFPE, a partir do enunciado do art. 61 do seu Regimento Interno, violou direito do autor ao ampliar o alcance de uma norma restritiva, uma vez que, não busca o requerente a reintegração ao curso, tampouco a transferência de matrícula na qualidade de diplomado.
4. A alegação de que a decisão do Poder Judiciário importa
em ingerência indevida na esfera de autonomia da Universidade não merece acolhida, uma vez que, a autonomia universitária não pode prevalecer sobre os princípios que informam a Administração Pública.
Da análise da situação dos autos, observa-se que o único
fator impeditivo ao aproveitamento das cadeiras cursadas pelo impetrando pela UFPE seria se tais cadeiras tivessem sido cursadas há mais de cinco anos – art. 1º da Resolução nº 02/2001 –, o que não ocorreu no caso em apreço.
art. 61 do seu Regimento Interno, violou direito do autor ao
ampliar o alcance de uma norma restritiva, uma vez que, não busca o requerente a reintegração ao curso, tampouco a transferência de matrícula na qualidade de diplomado.
4. A alegação de que a decisão do Poder Judiciário importa
em ingerência indevida na esfera de autonomia da Universidade não merece acolhida, uma vez que, a autonomia universitária não pode prevalecer sobre os princípios que informam a Administração Pública.
O projeto político-pedagógico do curso de Direito da UEMS/Paranaíba: sob o influxo das diretrizes curriculares nacionais para o ensino do direito (Resolução CNE/CES n.o 09/2004)