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Universidade Tecnológica Federal do Paraná campus Curitiba

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Departamento Acadêmico de Eletrotécnica
Disciplina de Instalações Prediais
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Professor Paulo Sérgio Walenia

1. O Projeto Elétrico – Conceitos Preliminares

1.1 Introdução:

Inicialmente vale esclarecer que o assim chamado “Projeto Elétrico” na


verdade será composto de diversos projetos. Tais projetos devem contemplar os
diversos subsistemas que dotam uma edificação de infra-estrutura nas seguintes
áreas:
 Instalações Elétricas:
o Iluminação;
o Tomadas;
o Aterramento e Proteção Contra Choques Elétricos;
o Entrada de Energia;
 Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
 Instalações de Telecomunicações:
o Telefonia – Tubulações e Rede Interna;
o Interfone, Porteiro Eletrônico;
o Rede de Computadores;
o Sistema de Antena Coletiva ou de TV por Assinatura.
 Instalações de Segurança:
o Alarme Patrimonial;
o CFTV – Circuito Fechado de Televisão;
o Controle de Acesso;
o Detecção e Alarme de Incêndio.
Neste material apresentaremos as diversas partes que compõem um Projeto
Elétrico, com especial atenção aos projetos de instalações elétricas e de instalações
telefônicas. Tais instalações são necessárias para 100% das edificações, sendo
necessário conhecer os conceitos para elaboração destes projetos, para a partir daí
desenvolver os projetos dos outros subsistemas mencionados.

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1.2 Partes Constituintes do Projeto de Instalações Elétricas

Deve ficar claro que as partes constituintes elencadas são meramente


referenciais, podendo sofrer variações em função dos serviços contratados ou do
nível de detalhamento necessário para a correta execução da obra.
Além disso, deve-se tomar o cuidado de verificar junto a Concessionária de
Energia as exigências para aprovação do projeto da entrada de energia junto a esta.
Deve-se ter em conta que o projetista deverá atender as exigências da
Concessionária que atende o local onde a obra será construída, sendo que cada
empresa possui seus padrões.
Em função do exposto um projeto deverá possuir as seguintes partes:

1.2.1 ART – Anotação de Responsabilidade Técnica:


Tal documento deve ser registrado perante o CREA (Conselho Regional de
Engenharia) e tem por finalidade identificar quem é o Responsável Técnico pelo
serviço de projeto.

1.2.2 Carta com pedido de análise e aprovação junto a Concessionária:


Tal documento identifica a obra e os responsáveis técnicos, pelo projeto e
pela execução junto à concessionária, e somente existirá em instalações que
tenham que ter o projeto da entrada de energia aprovada junto à concessionária.

1.2.3 Memorial Descritivo


Tem por finalidade descrever os critérios, parâmetros e as soluções adotadas
para o projeto.
O memorial descritivo deverá pelo menos conter os seguintes itens:
− Identificação da edificação constando de endereço, área, forma
construtiva, Uso/finalidade, etc.;
− Parâmetros de projeto tais como temperatura ambiente, temperatura
do solo, tensões, freqüência, etc.

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− Normas de referência, sendo preferencialmente da ABNT (Associação


Brasileira de Normas Técnicas), e quando da não existência destas
Normas Internacionais.
− Cargas Instaladas e demandadas para a edificação como um todo e
para suas unidades autônomas (no caso de uso coletivo).
− Características da entrada de energia e da(s) medição(ões).
− Características dos subsistemas projetados, tais como iluminação,
tomadas de uso específico e de uso geral, sistema de proteção contra
descargas atmosféricas, aterramento, proteção contra choques, etc.
− Características construtivas das tubulações, dutos, ramais
alimentadores, proteções, etc.
− Justificativas para soluções adotadas que fogem do convencional.

1.2.4 Memorial de Cálculos


O Memorial de Cálculos é um documento de uso exclusivo pelo projetista,
normalmente não sendo entregue ao cliente. A exceção são os cálculos exigidos
pela Concessionária quando da aprovação do projeto de entrada de energia.
Entre os principais itens de um memorial de cálculos podemos citar:
− Previsão de Cargas.
− Quadros de cargas com equilíbrio de fases.
− Cálculos das demandas parciais e total.
− Dimensionamentos de fiações, proteções e dutos.
− Cálculos Luminotécnicos.
− Ajustes de relés de proteção.

1.2.5 Planta de Situação


Geralmente elaborada em escala 1:500 tem por finalidade identificar a
edificação com relação às Redes das Concessionárias, servindo para estas
verificarem a necessidade de reforço e ampliação da Rede.
Tal planta deverá contar pelo menos com:
− Nome das ruas, da edificação e transversais.

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− Número do lote.
− Direção norte.
− Local da edificação.
− Cotas importantes.
− Localização da rede de distribuição.
− Localização da entrada de energia.
− Especificações de fiações, dutos e proteções que compõe a planta.

1.2.6 Plantas dos Pavimentos


Geralmente desenhada em escala 1:50 é a representação no plano horizontal
dos diversos pavimentos que comporão a edificação.
Estas plantas indicarão os sistemas que comporão a instalação como um
todo, sendo que poderemos ter plantas de instalações elétricas, telefônicas, de TV
por assinatura, porteiro eletrônico, dentre outras.

1.2.7 Diagramas
Representação esquemática dos diversos quadros que comporão a
instalação. Os diagramas serão desenhados no esquema unifilar ou trifilar, tal
escolha dependerá da complexidade do projeto e do grau de detalhamento
desejado.

1.2.8 Prumadas
As prumadas representam o esquema vertical da instalação, estas têm por
função complementar as Plantas dos Pavimentos propiciando ao instalador um
entendimento tridimensional da edificação.
Um projeto possuirá diversas prumadas dentre as quais podemos citar:
− Prumada elétrica;
− Prumada de escadarias;
− Prumada de TV por assinatura e Antena Coletiva;
− Prumada de Porteiro Eletrônico;
− Prumada de Pára-Raios.

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1.2.9 Detalhes Construtivos


Os detalhes têm por função fornecer ao construtor / instalador às
características construtivas (elétricas e mecânicas) de diversos componentes da
instalação.
Dentre os detalhes comumente exigidos em um projeto elétrico podemos
citar:
1. Entrada de Serviço
2. Caixas de Passagem: no piso e nas paredes
3. Caixa de Proteção Geral (de Entrada)
4. Quadro Geral de Distribuição
5. Medições
6. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas – captores,
descidas e aterramento.
7. Quadros parciais
8. Diagramas complementares tais como:
a. Bombas – força e comando
b. Comando de iluminação
c. Automação Predial
Além destes detalhes citados outros podem ser incorporados visando
esclarecer soluções adotadas para o projeto que não sejam triviais para o instalador.

1.2.10 Relação de Materiais


Componente imprescindível de qualquer projeto pois possibilita ao executante
ter disponíveis os materiais com as características corretas (especificação
qualitativa) e em quantidade adequadas na obra (especificação quantitativa).
A Relação de materiais não é apenas uma lista de materiais, pois deve ser
elaborada de tal forma que a especificação obrigue a utilização dos componentes e
equipamentos que atendam as características do projeto respeitadas às normas
técnicas pertinentes. A simples menção a uma marca e modelo não é garantia da
especificação correta de um equipamento, pois não garante a correta aplicação para

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o local. Outro problema é a utilização da expressão “ou similar” que dá margem a


interpretações duvidosas com a utilização de equipamentos de baixa qualidade.
Quando desejamos ter uma especificação mais completa poderemos ter em
substituição a relação de materiais uma “Relação de Materiais e Serviços” onde
também serão incluídos todos os serviços necessários a execução da obra.

1.2.11 Manual do Usuário


Elaborado pelo projetista deverá ser disponibilizado ao usuário final da
instalação. Este documento conterá as instruções de uso, cargas máximas,
recomendações de segurança e informações sobre as necessidades de manutenção
da instalação elétrica.
Deve ser escrito em linguagem clara a acessível a um leigo, sem o uso de
termos técnicos de difícil compreensão que gerem dúvidas ao leitor.

1.3 Simbologia
A simbologia a ser adotada nos projetos elétricos será aquela indicada na
norma técnica brasileira editada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
A norma que define a simbologia a ser utilizada é a NBR5444 de 1986, em
casos onde não existam símbolos adequados aos componentes da instalação novos
símbolos poderão ser criados pelo projetista.
De qualquer forma recomendam-se os seguintes cuidados com relação à
simbologia:
1. Incluir nas plantas do projeto toda a simbologia utilizada em um item
denominado “Simbologia” ou então “Legenda”. Isto deve ser feito
mesmo quando adotada integralmente a norma brasileira;
2. Não utilizar simbologias desatualizadas ou em desacordo com a
NBR5444 quando esta possuir o símbolo adequado à aplicação;
3. Utilizar uma planta para cada uma das seguintes aplicações:
a. Elétrico, contemplando luz e força, que em função da
complexidade do projeto pode ser desdobrada em Plantas de
Teto e de Piso;

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b. Telefonia;
c. Sinalização, som, detecção, supervisão e controle, podendo ser
desdobrada em uma ou mais plantas conforme a complexidade
da instalação;
d. Eletrodutos que contenham circuitos com maior importância ou
tensão e polaridades diferenciadas podem ser destacados
utilizando-se diferentes espessuras ou cores;
e. Aparelhos com potência ou importância podem ser destacados
com símbolos em tamanho ou cor diferenciada;
f. Preferencialmente os eletrodutos, ou outras dimensões
constantes do projeto devem ser cotados em milímetros.
g. Quando tivermos um ponto instalado no teto o símbolo deverá
ser envolvido por um círculo, já quando o ponto estiver instalado
no piso o símbolo deverá ser envolvido por um quadrado.
As figuras 1.4. a 1.7., no final deste capítulo, apresentam um Resumo da
Simbologia adotada pela NBR 5444.

1.4 Normas Técnicas


Conforme estabelecido na legislação brasileira qualquer produto ou serviço
ofertado ao público deve ser desenvolvido respeitando as normas técnicas nacionais
disponíveis.
Portanto, para o desenvolvimento dos projetos de instalações elétricas, e de
seus diversos sistemas complementares devem ser levadas em conta as
prescrições de uma série de normas, dentre as quais podemos citar:
1.4.1 Normas ABNT
NBR5413/1992 – Iluminância de Interiores.
NBR5444/1986 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais
NBR5410/2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão
NBR5419/2001 – Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas
NBR5418/1995 – Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas.
NBR13534/1995 – Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistenciais
de Saúde – Requisitos para Segurança.

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NBR13570/1996 – Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público –


Requisitos Específicos.
NBR14039/2003 – Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0kV a 36,2kV.
NBR14639/2001 – Posto de Serviço – Instalações Elétricas.
NBR10898/1999 – Sistema de Iluminação de Emergência.
NBR9441/1998 – Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio.
1.4.2 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho
NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
1.4.3 Normas de Concessionárias
• PARANÁ - COPEL – Companhia Paranaense de Energia
NTC-9-00100 – Apresentação de Projetos para Atendimento a Consumidores
NTC-9-01110 – Atendimento a Edifícios de Uso Coletivo
NTC-9-01100 – Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição
NTC-9-10101 – Centro de Medição Modulado
NTC-9-00600 – Instruções para Cálculo da demanda em Edifícios
Residenciais de Uso Coletivo

1.5 A Segurança em Projetos e a NR-10


Apesar da NR-10 tratar especificamente de “Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade” esta norma possui um capítulo denominado “Segurança
em Projetos”, isto indica que a preocupação com a segurança nas instalações
elétricas deve se iniciar já na fase de concepção.
As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho possuem aplicação
compulsória, portanto deverá obrigatoriamente ser conhecida e obedecida pelos
projetistas.

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ANEXO - SIMBOLOGIA PADRONIZADA

Figura1.1. Simbologia – Iluminação – fonte NBR5444/1986

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Figura1.2. Simbologia – Quadros – fonte NBR5444/1986

Figura1.3. Simbologia – Eletrodutos e Fiação – fonte NBR5444/1986

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Figura1.4. Simbologia – Interruptores – fonte NBR5444/1986

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