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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL


PROCESSOS UNITÁRIOS PARA O TRATAMENTO
DE ÁGUA – DEC 9762

Tratamento avançado de águas


de abastecimento

Profa. Dra. Katia Maria Hipolito Hespanhol


OBJETIVO DAS ESTAÇÕES DE
TRATAMENTO DE ÁGUA

PADRÕES DE POTABILIDADE - GRUPOS

Qualidade da Tratamento Qualidade da água final


água bruta
de Água

Esteticamente Qualidade Sub-produtos Segurança Química


agradável Microbiológica da desinfecção

Compostos Compostos Agrotóxicos


orgânicos inorgânicos
TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO
Objetivo Tratamento
 Remoção de ferro e manganês  Adoção de diferentes agentes
 Gosto e odor em águas de oxidantes
abastecimento  Otimização do processo de
 Limites de turbidez para a coagulação e filtração
água filtrada
 Aplicação de CAP
 Limites de contagem de
partículas para a água filtrada  Aplicação de CAG

Esteticamente Qualidade Sub-produtos Segurança Química


agradável Microbiológica da desinfecção

Compostos Compostos Agrotóxicos


orgânicos inorgânicos
TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO
Objetivo Tratamento
 Aplicação de agentes oxidantes  Adoção de diferentes agentes
alternativos oxidantes
 Otimização dos processos físicos  Processos de membrana
de separação
 Pesquisa de novos  Otimização dos processos de
microrganismos indicadores coagulação e filtração
 Desenvolvimento de novas  Radiação Ultra-Violeta
técnicas microbiológicas

Esteticamente Qualidade Sub-produtos Segurança Química


agradável Microbiológica da desinfecção

Compostos Compostos Agrotóxicos


orgânicos inorgânicos
TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO
Objetivo Tratamento
 Controle da formação de DBP’s  Adoção de diferentes agentes
 Remoção de compostos orgânicos oxidantes
precursores  Otimização do processo de
coagulação
 Agilidade e flexibilidade da ETA
 Processos de membrana
com respeito à adoção de Padrões
 Aplicação de CAG
de Qualidade mais restritivos

Esteticamente Qualidade Sub-produtos Segurança Química


agradável Microbiológica da desinfecção

Compostos Compostos Agrotóxicos


orgânicos inorgânicos
TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO
Objetivo Tratamento

 Controle da bacia hidrográfica e de suas  Processos de arraste com


fontes poluidoras ar
 Otimização do processo de coagulação e  Processos de membrana
pesquisa de novos agentes coagulantes  Otimização dos processos
 Novos compostos orgânicos de coagulação e filtração
potencialmente tóxicos identificados em  Aplicação de CAG
estudos epidemiológicos e toxicológicos

Esteticamente Qualidade Sub-produtos Segurança Química


agradável Microbiológica da desinfecção

Compostos Compostos Agrotóxicos


orgânicos inorgânicos
CONTAMINANTES ORGÂNICOS
Volatilidade
Volátil Semi-volátil Não-volátil

Polar
Compostos
Orgânicos Adsorção
Coagulaç

Polaridade
em Carvão Osmose

Semi-polar
ão
Ativado Reversa
Sintéticos Naturais

Arraste
com Ar Ultrafiltraçã
Apolar

Baixo Médio Alto


Peso Molecular
Tratamento avançado de
águas de abastecimento

Desinfecção por radiação


ultravioleta
Histórico do uso da radiação UV

 1877 - Foi observado o efeito germicida da luz


solar;
 1910 - Primeiro uso conhecido da radiação
ultravioleta para desinfecção de água na França;
 1929 - Identificada a relação entre a desinfecção
e absorção de luz UV pelo ácido nucléico;
 Década de 1930 – Desenvolvimento de lâmpadas
fluorescentes e produção de lâmpadas
germicidas tubulares.
Histórico do uso da radiação UV

 A despeito dos avanços ocorridos, a utilização


dos sistemas de desinfecção por radiação UV
foram abandonados:
 Custo elevado para a produção dos
equipamentos;
 Confiabilidade dos sistemas.
 O interesse pela desinfecção com radiação UV
ressurgiu na década de 1950;
 Pesquisas relacionadas ao mecanismo de
inativação por luz UV.
Histórico do uso da radiação UV

 As primeiras aplicações confiáveis da radiação


UV para desinfecção ocorreram na Áustria e
Suíça em 1955;

 Nos EUA e Canadá, na década de 1970, os


sistemas de desinfecção por radiação UV eram
principalmente aplicados para efluentes;

 A constatação de que baixas doses de radiação


UV poderiam inativar Giárdia e Criptosporídeos
ampliou o uso desta tecnologia.
Características da Radiação UV

 No espectro das ondas eletromagnéticas provenientes do sol a


radiação UV está entre os raios-X e a luz visível.
Características da Radiação UV

O espectro eletromagnético da luz ultravioleta pode ser dividido de várias


formas. A norma ISO sobre determinação de irradiância solar (ISO-21348/2007)
descreve as seguintes faixas de comprimento de onda (nm):

comprimentos de onda mais


efetivos para desinfecção
Características da Radiação UV

Espectro da radiação solar com destaque para a radiação UV


Características da Radiação UV

Geração da radiação UV

 Descargas elétricas em átomos de


determinados elementos;

 Ativação dos átomos com deslocamento de


elétrons para orbitais mais energéticos;

 Quando os elétrons retornam para orbitais


menos energéticos, o excesso de energia
pode ser liberado na forma de radiação UV.
Características da Radiação UV

Geração de luz UV

Átomo

Processo de Ativação Retorno ao Estado


dos Átomos Fundamental
Atuação da radiação UV nos microrganismos

 Comprimentos de onda específicos podem atuar


no material genético do microrganismos
causando danos no DNA ou RNA;
 DNA – Ácido desoxirribonucléico;
 RNA – Ácido ribonucléico.
 A extensão dos danos vai depender da
exposição à radiação UV;
 Em geral a inativação ocorre pois os
microrganismos perdem a capacidade de se
multiplicar.
Atuação da radiação UV nos microrganismos

 Os microrganismos que não podem se


reproduzir são incapazes de infectar alguém;
 Somente a radiação que é absorvida pelo DNA
ou RNA é capaz de causar danos;
 Estudos mostram que o ácido nucléico é capaz
de absorver radiação UV na faixa de 200 a
300 nm;
 A radiação absorvida pode resultar em vários
danos ao DNA, porém processo de formação de
dímeros é o mais comum.
Atuação da radiação UV nos microrganismos

Dano no DNA pela formação de dímeros


Mecanismo de reparação de danos
dos microrganismos
 Os microrganismos possuem mecanismos
que possibilitam a recuperação de danos ao
DNA;
 A recuperação do dano pode ser feita
mediante foto-reativação ou na ausência de
luz;
 A foto-reativação e feita por enzimas
expostas a luz com comprimento de onda
variando entre 310 nm e 490nm.
Mecanismo de reparação de danos
dos microrganismos
 Alguns estudos sobre o mecanismo de reativação
dos microrganismos mostram que:
 Para Giárdia, após exposição à doses típicas do processo
de desinfecção, não ocorre reparação;
 Criptosporídeos também não recuperam a capacidade
infectiva após a inativação por radiação UV;
 O RNA dos vírus não dispõem das enzimas necessárias
para possibilitar a sua reparação e dependem do hospedeiro
para este processo;
 As bactérias podem ser reativadas após a exposição à
radiação ultravioleta.
Mecanismo de reparação de danos
dos microrganismos
Fotorreativação enzimática: é ativada quando dímeros de bases pirimídicas
(Timina, Citosina e Uracila) são formados no material genético por meio da
exposição a raios UV. Nesse caso, a enzima fotoliase se liga ao dímero e,
utilizando a energia proveniente da luz, catalisa a reação de dissociação do
dímero.
Desinfecção com radiação UV
Representação do Processo

V
Alimentação na Rede
Lâmpadas
de Energia Elétrica
Ultravioleta
Desinfecção com radiação UV

 O grau de destruição ou inativação dos


microrganismos depende da dose de radiação;
 A dose depende da intensidade da radiação UV e
do tempo de exposição;
 D=I.t

 Onde:
 D = dose de radiação UV (mW.s/cm2 ou mJ/cm2);
 I = Intensidade da radiação (mW/cm2)
 t = tempo de exposição (s),
Transmissão de radiação UV

 A água pode absorver a radiação UV;


 Em geral a absorbância de radiação UV varia com o
comprimento de onda;
 Quanto maior o comprimento de onda menor é a
absorção;
 A absorbância em 254 nm (A254) é uma medida da
quantidade de radiação absorvida pela água;
 Assim a quantidade efetiva de radiação UV
disponível é menor que a intensidade fornecida pela
lâmpada.
Transmissão de radiação UV
 Uma forma de quantificar a intensidade de
radiação UV transmitida é pela utilização da
Lei de Beer-Lambert:
A254   log UVT
 A254
UVT (%)  10

 A254 = Absorbância de radiação UV na amostra de


água para o caminho ótico de 1 cm.
 UVT(%) = Transmissão de radiação UV para um
caminho ótico específico (1 cm);
Transmissão de radiação UV

Relação entre transmissão de radiação UV e absorbância em 254 nm

100,00

80,00

60,00
UVT(%)

40,00

20,00

0,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
A254
Transmissão de radiação UV

Prof. Mierzwa
Transmissão de radiação UV
Requisitos de qualidade da água
para desinfecção com radiação UV

Fonte: Edstrom Industres. Ultraviolet Disinfection (http://www.edstrom.com)


Equipamentos de desinfecção por
radiação UV

 Basicamente existem duas configurações


para os sistemas de desinfecção por UV:

 Sistema aberto em canal;

 Sistema fechado.

 Os sistemas fechados são os preferidos para


tratamento de água de abastecimento.
Equipamentos de desinfecção por
radiação UV
Sistema de desinfecção por radiação UV em canal aberto
Equipamentos de desinfecção por
radiação UV
Representação esquemática do sistema de desinfecção em canal aberto
Equipamentos de desinfecção por
radiação UV
Desvantagens do sistema de desinfecção em
canal aberto

 Perigo de exposição dos trabalhadores à radiação


ultravioleta;
 Crescimento de algas na superfície dos tubos de
quartzo;
 Dificuldade para limpeza das lâmpadas;

 Potencial de ocorrência de curto circuito no escoamento,


resultando em uma dose inferior à mínima necessária.
Equipamentos de desinfecção por
radiação UV

Equipamento de desinfecção por radiação UV com escoamento forçado


Equipamentos de desinfecção por
radiação UV
Detalhe do equipamento de desinfecção por radiação UV
com escoamento forçado
Equipamentos de desinfecção por
radiação UV
Vantagens dos sistemas de desinfecção
com escoamento forçado

 Menor área para a instalação;


 Redução do potencial de deposição de partículas;
 Exposição reduzida dos trabalhadores aos raios UV;

 Sistema modular;

 Podem ser adquiridos sistemas com limpeza


automática das lâmpadas.
Equipamentos de desinfecção por
radiação UV
Lâmpadas UV utilizadas em tratamento de água

LP – Low pressure; LPHO – Low pressure high output; MP – Medium pressure


Fonte: EPA 815-R-05-013, 2005 (www.epa.gov/safewater)
Equipamentos de desinfecção por
radiação UV
Desgaste das Lâmpadas

 Com o uso, há uma tendência da intensidade da


lâmpada diminuir;
 Isto resulta na redução da intensidade de radiação UV;
 Este processo é conhecido como desgaste;
 O desgaste das lâmpadas de UV com o tempo é
influenciado:
 Pelos ciclos de acionamento e desligamento;
 Pela potência aplicada por unidade de comprimento da
lâmpada.
Equipamentos de desinfecção por
radiação UV

Variação da intensidade de radiação de lâmpadas UV


com o tempo

100
95
% da Intensidade Inicial

90
85
80
75
70
65
60
55
50
0 2000 4000 6000 8000 10000
Tempo de Operação (h)
Planejamento, projeto e implantação de
sistemas de desinfecção por UV
Definição dos critérios de
Definição das Identificação da projeto para a unidade:
metas para área potencial para Vazão, fator de depósito,
desinfecção instalação da unidade organismo alvo, nível de
inativação, etc.

Identificação do Avaliação dos equipamentos Avaliação de


processo de disponíveis, incluindo alternativas para
validação estratégias de controle instalação

Desenvolvimento Construção da
Procura pelo
do projeto unidade de
equipamento
detalhado desinfecção

Partida e operação
do sistema
Considerações finais
 Por ser um processo físico não há
necessidade de manipulação e
armazenagem de produtos químicos;
 O processo de desinfecção por radiação
ultravioleta não tem ação residual;
 Necessita de um baixo tempo de contato
para promover a inativação (10 s a 20 s);
Tratamento avançado de
águas de abastecimento

Abrandamento
Remoção da dureza
Dureza da água
 O termo dureza foi originado em razão da
dificuldade no processo de lavagem de
roupas, com águas contendo elevada
concentração de certos íons minerais;
 Isto era resultado da capacidade deste íons
reagirem com sabões, evitando a formação
de espuma;
 Na reação eram formados sabões insolúveis,
que precipitavam.
Dureza da água

 Além de reagir com sabões,


a dureza da água pode
resultar na formação de
incrustações em tubulações
e dispositivos de troca
térmica.
Dureza da água
 A dureza é resultado da presença de íons bivalentes,
destacando-se o cálcio e o magnésio;
 Outros íons também podem atribuir dureza a água:
 Ferro;
 Manganês;
 Estrôncio;
 Bário;
 Zinco;
 Alumínio
Medida da dureza
 Em tratamento de água a dureza é expressa em
concentração equivalente ao carbonato de cálcio
(mg/L);
 Ela pode ser designada de várias maneiras:
 Dureza total: soma da concentração de todos os íons
responsáveis pela dureza;
 Dureza devida a carbonatos: parcela relacionada a
presença de sais na forma de carbonatos (HCO3-,
CaCO3);
 Dureza devida a não carbonatos: parcela devida a sais
diferentes:
 Sulfato de cálcio, cloreto de cálcio, sulfato de
manganês e cloreto de manganês.
Classificação das águas em função da
dureza
 Com relação a concentração de dureza, a água pode
ser classificada em quatro categorias:

Dureza
Classificação
(mg CaCO3/L)
Branda < 75
Dureza moderada 76 - 150
Dura 151 - 300
Muito dura > 300
Fatores associados à dureza
 Para o controle da corrosão e incrustações em redes
de água, o controle da dureza devido a carbonatos é
muito importante;
 Em função do equilíbrio entre carbonatos a água
pode ser corrosiva ou incrustante:
 Se a água tiver tendência para solubilizar carbonato ela é
considerada corrosiva;
 No caso de haver tendência para precipitação de carbonato
a água e considerada incrustante.

 Isso pode ser verificado pelo Índice de Saturação de


Langelier;
Fatores associados à dureza

Índice de Langelier

 O índice de Langelier, ou Índice de


Saturação mede a tendência de
corrosividade ou incrustação de uma água:
 IS = pH – pHs
 IS = 0 (sem tendência para corrosão ou
deposição);
 IS < 0 (água com características corrosivas);
 IS > 0 (água com característica incrustante).
Fatores associados à dureza
Equilíbrio de Carbonatos

1,0
0,9
0,8
Fração Molar

0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
Ácido Carbônico Bicarbonato Carbonato
Dureza em águas de abastecimento

 Para água de abastecimento público é


recomendado que a dureza da água esteja
entre 80 mg/L a 100 mg/L como CaCO3;

 Águas com dureza superior ou para o caso


de aplicações industriais, a dureza deve ser
reduzida.
Benefícios da redução da dureza

 Redução da tendência de incrustação;


 Redução do consumo de sabões e
detergentes;
 Remoção de metais pesados:
 Elevação do pH;
 Formação de complexos insolúveis.
 Remoção de sílica e fluoretos;
 Remoção de ferro e manganês;
 Clarificação da água quando da precipitação
dos íons responsáveis pela dureza.
Abrandamento
 O abrandamento pode ser feito de três formas:

 Precipitação química  processo geralmente


utilizado para águas com elevada concentração
de dureza;
 Troca catiônica  mais indicado para o caso
onde a concentração da dureza seja baixa;
 Processo de nanofiltração  utilização de
membranas poliméricas.
Abrandamento por precipitação química

 É utilizado o processo a base de cal (CaO) e


carbonato de sódio;

 A cal é utilizada para elevar o pH da água,


fornecendo a alcalinidade necessária;

 O carbonato de sódio pode fornecer a


alcalinidade para reação e também os íons
carbonato necessários.
Vantagens e desvantagens dos
processos de abrandamento

 Precipitação química:
 Vantagens:
 Pode ser aplicado para águas com dureza elevada;
 Possibilita remover da água outros contaminantes:
 Alguns radionuclídeos;
 Remoção de metais pesados e arsênio;
 Clarificação da água;
 Tecnologia bem estabelecida.
 Desvantagens:
 Utilização de produtos químicos;
 Produção de lodo;
 Necessidade de ajustes finais.
Vantagens e desvantagens dos
processos de abrandamento

 Troca catiônica:
 Vantagens:
 Grande eficiência para remoção dos íons
responsáveis pela dureza;
 As resinas podem ser regeneradas;
 Não há formação de lodo no processo.
 Desvantagens:
 Requer um pré-tratamento da água;
 Ocorre saturação da resina, exigindo a sua
regeneração;
 Elevação da concentração de SDT na água;
 Requer o tratamento do efluente da regeneração.
Vantagens e desvantagens dos
processos de abrandamento

 Nanofiltração:
 Vantagens:
 Remove com eficiência íons responsáveis pela
dureza;
 Não requer a utilização de produtos químicos;
 Ocorre a remoção de outros contaminantes, orgânicos
e inorgânicos.
 Desvantagens:
 Tem uma menor produção de água em relação aos
demais processos;
 Requer um nível elevado de pré-tratamento;
 Água com elevada dureza pode resultar em perda da
eficiência do sistema.
Consumo de produtos químicos para o
abrandamento

 A obtenção dos tipos de dureza é feita por


meio de uma escala em meq, com linhas
acima e abaixo desta escala;
 Nas linhas serão indicadas as concentrações
de cátions (acima) e ânions (abaixo).

cátions

meq/L
ânions
Consumo de produtos químicos para o
abrandamento

 Os cátions e ânions devem ser apresentados


nas seguintes ordens:
 Cátions:
 Ca2+; Mg2+, Na+; K+ (caso necessário);
 Ânions:
 HCO3-; SO42-; Cl-; NO3- (caso necessário).

 Para efeito de cálculo admite-se que a


concentração de íons carbonato seja zero.
Processos de Abrandamento

 O abrandamento por precipitação química pode ser


feito por:
 Processo sem excesso de cal ou carbonato:
 Específico para remoção de dureza devida ao cálcio;
 Processo com excesso de cal ou carbonato:
 Quando é feita a remoção de dureza devida a cálcio e
magnésio;
 Estes processos podem ser realizados em uma ou
duas etapas.
Processos de Abrandamento

Processo de abrandamento em um único estágio sem ou


com excesso de cal ou carbonato

Cal Na2CO3 CO2


Auxiliar de
filtração
Coagulante

Pré-tratamento

Lodo
Abrandamento Recarbonatação

Água Abrandada
Filtração
Processos de Abrandamento
Processo de abrandamento em dois estágios com excesso
de cal ou carbonato

Cal Coagulante
Auxiliar de
Na2CO3 CO2 filtração
Coagulante

Pré-tratamento

Lodo
1° Estágio 2° Estágio

Água Abrandada
Filtração
Dimensionamento dos componentes do
sistema de abrandamento

 Os processos de coagulação e sedimentação utilizam


equipamentos similares aos utilizados no processo de
clarificação convencional.
 Mistura rápida:
 Geralmente feita em dispositivo hidráulico.
 Floculação:
 Utilização de misturadores horizontais ou verticais (tipo
turbina);
 Tempo de detenção de 30 a 45 minutos;
 Gradientes de floculação variados, podendo-se ter até três
estágios;
 O projeto deve facilitar a limpeza periódica.
Dimensionamento dos componentes do
sistema de abrandamento

 Sedimentação:
 Taxa de aplicação:
 1 a 2,4 m/h.
 Tempo de detenção hidráulico:
 2 a 4 horas.
 Filtração:
 Utiliza-se as taxas empregadas na filtração em
sistemas convencionas.
 No processo de abrandamento, a recirculação de
uma parcela do lodo para o início do processo
acelera as reações de precipitação.
Tratamento avançado de
águas de abastecimento

Sistemas de troca iônica no tratamento


de água
Conceitos básicos
 O processo de troca iônica possibilita
remover da água íons dissolvidos
indesejáveis;
 Os íons presentes na água são substituídos
por uma quantidade equivalente de outras
espécies iônicas;
 No processo os íons da água são retidos em
uma fase sólida imiscível denominada por
resina.
Representação do processo
de troca iônica
H2O
Água de Na+
Alimentação H2O
Ca2+
Cl- H2O
CO32- Na+
H2O
Cl-
OH- Ca H+
2+

Mg2+
H+ K+
SO42-
H+
OH-
HCO3- OH-

Leito de Resinas

H+

OH-
OH-
OH- H+
H+ Resina Catiônica

OH- OH-
OH- Resina Aniônica
H+

H2O

H2O
H2O
H2O H2O Saída de Água
Conceitos básicos
 Por se tratar de uma fase sólida insolúvel, as
resinas apresentam capacidade limitada;
 Em cada conta de resina existe um número
limitado de sítios ativos;
 Quando todos este sítios ativos são
ocupados diz-se que a resina está saturada;
 Como este processo envolve uma reação de
equilíbrio químico, as resinas podem ter a
sua capacidade recuperada.
Classificação das resinas
 Em função do tipo de íon envolvido no
processo, as resinas podem ser:
 Resinas Catiônicas:
 Apresentam capacidade para retenção de
cátions;
 Os sítios ativos fixos apresentam carga negativa.
 Resinas Aniônicas:
 Têm capacidade para retenção de ânions;
 Os sítios ativos fixos apresentam carga positiva.
Classificação das resinas
 Os dois principais grupos de resina de troca
iônica são subdivididos:
 Resinas catiônicas:
 Fortemente ácida (CFA);
 Fracamente ácida (CfA).

 Resinas aniônicas:
 Fortemente básica (AFB);
 Fracamente básica (AfB).
Resinas CFA e CfA
 O que distingue este grupos de resina é o grupo
funcional ativo:
 Nas resinas CFA o grupo funcional ativo é o ácido
sulfônico (R-SO3-H+);
 Nas resinas CfA o grupo funcional ativo é um ácido
carboxílico (R-COO-H+).
 Resinas CFA são adequadas para abrandamento de
água e também desmineralização, operando em uma
ampla faixa de pH;
 Resinas CfA não são adequadas para abrandamento
e atuam em faixa de pH de neutro para alcalino.
Resinas AFB
 As resinas AFB são divididas em dois subgrupos:
 Tipo I e tipo II, cuja diferença é a basisidade que as
mesmas apresentam;
 Resinas do Tipo I têm um caráter básico mais forte, o
que resulta em uma menor fuga de íons, principalmente
sílica;
 As resinas do Tipo II também possuem caráter básico
forte, porém não possibilitam a remoção de sílica;
 Como vantagem as resinas do Tipo II irão requer menor
quantidade de regenerante;
 O grupo funcional ativo das resinas AFB são as aminas
quaternárias (R-N(CH3)3+).
Resinas AfB

 São utilizadas em aplicações onde o objetivo é


remover ânions de ácido forte (cloreto, sulfato e
nitrato);

 Não se aplicam para remoção de ânions fracamente


ionizáveis (sílica e bicarbonato);

 São empregadas em faixas de pH ácido;

 Como vantagem podem ser regeneradas com a


quantidade estequiométrica de regenerante.
Seletividade das Resinas

Resina Catiônica Fortemente Ácida¶ Resina Aniônica Fortemente Básica§


Cátion ai/Na+ Ânion ai/Cl-
Ra2+ 13,0 CrO42- 100,00
Ba2+ 5,8 SeO42- 17,00
Pb2+ 5,00 SO42- 9,10
Sr2+ 4,80 HSO4- 4,10
Cu2+ 2,60 NO3- 3,20
Ca2+ 1,90 Br- 2,30
Zn2+ 1,80 HAsO42- 1,50
Fe2+ 1,70 SeO32- 1,30
Mg2+ 1,67 HSO33- 1,20
K+ 1,67 NO2- 1,10
Mn2+ 1,60 Cl- 1,00
NH4+ 1,30 HCO3- 0,27
Na+ 1,00 CH3COO- 0,14
H+ 0,67 F- 0,07
Capacidade de troca das resinas

 A capacidade de troca das resinas está relacionada à


quantidade de sítios ativos presentes;

 Esta quantidade de sítios ativos depende também do


nível de regeneração das resinas;

 Este nível de regeneração está associado à


concentração da solução regenerante;

 Quanto mais concentrada for a solução de


regeneração maior será a capacidade de troca das
resinas.
Abrandamento por resinas
catiônicas
 Quando necessário, o abrandamento de água pode ser feito
com resinas catiônicas;
 Nesta aplicação as resinas estão condicionadas na forma
sódica;
 As reações envolvidas são:
 2 R-Na + Ca2+  R2-Ca + 2 Na+
 2 R-Na + Mg2+  R2-Mg + 2 Na+
 No processo, para cada átomo de cálcio ou magnésio retidos
na resina dois átomos de sódio são liberados para a água:
 1 mg de Ca2+ libera para a água 1,15 mg de Na+;
 1 mg de Mg2+ libera para a água 1,89 mg de Na+.
Abrandamento por resinas
catiônicas
 A eficiência de redução da dureza depende
da concentração de SDT na água e do nível
de regeneração de resina;
 O nível de regeneração da resina é então
determinado pela dureza da água a ser
obtida e da concentração de SDT;
 Com estes dados verifica-se nos catálogos
das resinas qual deve ser o nível de
regeneração.
Métodos e regeneração

Salmouragem – cloreto de sódio (nos


processos de abrandamento)

Limpeza ácida – com ácido muriático ou


sulfúrico ou peracético (nos processos de
desmineralização)
Determinação da capacidade de
troca da resina
 Com o nível de regeneração necessário, deve-se determinar:

 A capacidade de troca da resina para o nível de


regeneração estabelecido;
 O fator de correção para capacidade de troca em função:
 Dos SDT;
 Da temperatura da água de alimentação;
 Da % d eNa em relação a dureza total na alimentação;
 Da % de dureza em relação aos SDT na água produzida.

 Este dados são obtido mediante consulta aos catálogos de


fornecedores, a partir dos parâmetros de projeto.
Características de projeto de sistemas

 Fluxo de regenerante no mesmo sentido que a água


no abrandamento:
 Escoamento linear  12 m/h ou 16 Volumes do
Leito/h;
 Profundidade do leito  75 cm
 Regeneração  Solução de NaCl a 10%, em 25
minutos.
 O volume de solução e a taxa de fluxo são
determinadas com base no nível de regeneração
adotado.
 Para sistemas com regeneração em contra-fluxo a
única alteração diz respeito à menor passagem de
dureza;
 Neste caso não há influência do nível de
regeneração sobre a passagem de dureza.
Desmineralização

 O processo de desmineralização ou
deionização consiste na remoção de todas as
espécies iônicas da água;
 Para isto devem ser utilizadas resinas
catiônicas e aniônicas;
 Em função da qualidade da água que se
deseja obter podem ser utilizadas
configurações variadas para o sistema;
Desmineralização

 Podem ser utilizados leitos individuais, leitos


mistos ou a combinação destes;

 Um aspecto importante na deionização é a


elevação da concentração de CO2 na água
após a passagem pelo leito catiônico;

 Isto pode exigir a utilização de um


equipamento adicional, descarbonatador.
Dimensionamento de sistemas de
desmineralização

 É necessário obter a composição iônica da água a


ser tratada;
 Cátions:
 Cálcio; magnésio; sódio; potássio; amônio; etc...

 Ânions:
 Cloreto; sulfato; bicarbonato; nitrato; fluoreto; etc...

 É importante que seja obtido o equilíbrio de cargas


entre cátions e ânions, podendo-se fazer ajustes com
sódio ou cloreto;

 A concentração de CO2 pode ser estimada com base


no valor do pH.
Dimensionamento de sistemas de
desmineralização
 A partir dos requisitos de água que se deseja obter é
selecionado:
 A passagem máxima de contaminantes;
 O nível de regeneração das resinas;
 Os fatores de ajuste de capacidade.
 Com a capacidade de troca das resinas estabelecida
e volume de água a ser produzido, determina-se a
quantidade de resinas.
 O volume de água a ser produzido leva em
consideração a freqüência desejada para a
regeneração.
Muito
Obrigada !!!

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