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Do caos e da lama da quarta pior cidade do mundo para se viver, em

meados da década de 1990, emergiu a voz, o comportamento e a cabeça


de toda uma geração: Francisco de Assis França Caldas Brandão, o Chico
Science.

O encontro de diversas inquietações, fez com que Zero Quatro, escrevesse,


já em 1992, o manifesto “Caranguejos com Cérebro”, uma mistura de
sociologia de Josué de Castro com a vitalidade do movimento punk da
Inglaterra.

A banda Nação Zumbi é uma banda brasileira de rock, nascida no início da


década de 1990, no Recife.

O “cheiro sujo” do mangue, “onipresente” na cidade, foi a metáfora que o


manguebeat encontrou para escancarar os problemas de Recife e do
Nordeste.

A lama finalmente ganhava corpo e voz. Com letras fortes e a mistura de


ritmos, eles mantinham Pernambuco debaixo dos pés, mas a mente na
imensidão do mundo.

Francisco de Assis França, mais conhecido como Chico Science, foi um


cantor e compositor e um dos principais idealizadores do movimento
Manguebeat, em meados da década de 1990. Ele foi líder da influente
banda Chico Science & Nação Zumbi.

Filho de Francisco França e Rita França, nasceu em 13 de março de 1966,


no interior de Pernambuco. O jornalista Renato Lins, que fez parte da
fundação do movimento, lembra que muitos narizes foram torcidos para a
mistura musical e cultural que o manguebeat fazia na época. Para ele, o fato
dos principais idealizadores não serem parte do estabilishment cultural e
político recifense e até esconderem seus sobrenomes foi o principal fator
de desconfiança.

“Ninguém da linha de frente pertencia às famílias tradicionais do Recife,


ninguém tinha sobrenome ‘nobiliárquicos’, digamos assim, tanto que a
maioria nem os destacava. Depois, a gente ousou pressionar a cultura
popular e colocar o maracatu em pé de igualdade com o hip hop e a música
eletrônica. Na época, a visão armorial via a cultura popular como algo
estagnado, atemporal, quase fora da história, que tinha de ser preservado
numa redoma”, criticou - O maior crítico de Chico foi o poeta Ariano
Suassuna.

Na década de 1970, sua família migrou para o Recife em busca de melhores


condições de vida. Residiram por pouco tempo na cidade, logo mudando-
se para o bairro de Rio Doce, no município de Olinda, onde Chico Science,
juntamente com seus irmãos, viveu a maior parte da sua vida entre
os mangues e o urbano, paisagem que tornou-se um marco na sua
trajetória artística e permanente fonte de inspiração.

O homem coletivo sente a necessidade de lutar.


Sua mensagem alertava para a “noção de progresso” que, na realidade,
trazia o caos urbano e a destruição dos manguezais e rios do Recife. O
manifesto não se aplicava apenas ao povo que vivia nos manguezais, mas
também a toda a classe trabalhadora nacional.

O Movimento Manguebeat desenvolveu-se em Recife, capital do estado de


Pernambuco, a partir de 1991

O uso do chapéu de palha, típico da cultura pernambucana, aliado a


acessórios da cultura pop, como óculos escuros, camisas estampadas, tênis
e colares coloridos produziu um efeito visual acentuado em seus
integrantes.

Num futuro próximo completamente distante do futuro pensado.

Cria-se uma realidade alienante e totalitária


Chico Science nasceu em Olinda (PE) no dia 13 de março de 1966 e morreu
no dia 2 de fevereiro de 1997, no Recife, com apenas 30 anos, em um
acidente de carro em uma das vias que ligam Olinda ao Recife.

o principal manifesto desse movimento cultural, escrito por Fred Zero


Quatro, tem o título de “Caranguejos com cérebro”.

Chico

Chico Science foi amadurecendo o seu espírito revolucionário que passou a


ser visualizado no seu comportamento e nas suas performances. Procurou
unir a tradição cultural, a linguagem, o povo e s suas necessidades. As letras
das suas músicas eram direcionadas à realidade de uma sociedade que
clama por um mundo mais ético e menos cruel. Questionava o progresso,
propunha mudanças e justiça social, através de uma linguagem crítica
do homem/caranguejo/mangue/urbe, com a intenção de criar uma nova
sociedade democrática e justa.

No bairro de Peixinhos, no Recife. Fizeram uma parceria, cujo gênero


musical resultou numa mistura de ritmos de maracatu regional ao som de
tambores, atabaques, guitarras, frevo, embolada, xaxado, samba-reagae,
rap e rock. A estreia oficial do novo grupo que se chamou Chico Science e
Nação Zumbi, aconteceu no Espaço Oásis, em Olinda, no dia 1º de junho de
1991. No show o grupo faz pesadas críticas às condições da população e à
cidade do Recife, onde há muita marginalidade, pobreza e uma grande
quantidade de crianças e adolescentes viciados em drogas dormindo em
calçadas.

Questionava o progresso, propunha mudanças e justiça social, através de


uma linguagem crítica do homem/caranguejo/mangue/urbe, com a
intenção de criar uma nova sociedade democrática e justa.
nos jardins da razão.

Parece que estas já foram quebradas, não há mais razão.

Chico soube desempenhar bem o seu papel. Semeou a arte criativa e o


sentimento nacionalista em defesa da cidadania e do patrimônio
sociocultural, com fortes raízes fincadas na lama do mangue
pernambucano.

Tô enfiado na lama/
é um bairro sujo/onde os urubus têm casas/
e eu não tenho asas [...]
ando por entre os becos/andando em coletivos/
ninguém foge ao cheiro sujo/
da lama da manguetown [...]
Chico Science

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