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Módulo 01: Introdução à Advocacia Previdenciária

Tema 07: RFB – Receita Federal do Brasil

Prof. Marcelino Alcântara

AULA I - INTRODUÇÃO

RECEITA FEDERAL DO BRASIL - Lei nº 11.475/2007

Secretaria da Secretaria da
Receita Receita
Federal Previdenciária

Receita
Federal
do Brasil

Originalmente o órgão que recolhia as contribuições era a Secretaria da Receita


Previdenciária (SRP). Em 2007, com a edição da Lei nº 11.475/2007, houve a unificação
da SRF e da SRP, tirando a obrigatoriedade de arrecadar e fiscalizar do INSS.

Art. 1º A Secretaria da Receita Federal passa a denominar-se SECRETARIA DA


RECEITA FEDERAL DO BRASIL, órgão essencial ao funcionamento do Estado, de
caráter permanente, estruturado de forma hierárquica e diretamente subordinado ao
Ministro de Estado da Fazenda e que tem por finalidade a administração tributária e
aduaneira da União.

Art. 2º Além das competências atribuídas pela legislação vigente à Secretaria da


Receita Federal, CABE À SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL planejar,
executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas a TRIBUTAÇÃO,
FISCALIZAÇÃO, ARRECADAÇÃO, COBRANÇA E RECOLHIMENTO DAS
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
A RFB foi criada a partir da unificação destas duas secretarias, para ser a pessoa jurídica
responsável (direitos e deveres) por estabelecer a relação entre o contribuinte e o
Estado.

Sujeito ativo Contribuições Previdência Social


Da empresa, incidente sobre a
remuneração paga ou creditada aos
segurados a seu serviço
S.R. Previdenciária Dos empregadores domésticos
Dos trabalhadores
Contribuições substitutivas (ex:
contribuições dos Clubes do Futebol, ao
FUNRURAL)
Contribuições de terceiros (Contribuições
das entidades terceiras que são o INCRA,
Sistema 5S (Sesc, Sest, Senat, Senai, Senar
entre outras)
Das empresas, incidentes sobre o
S.R. Fazendária
faturamento
Das empresas, incidentes sobre o lucro
Sobre a receita de concursos de
prognósticos;

2) PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

O fato gerador é a prestação do serviço. O recolhimento é feito à receita Federal


As contribuições de RESPONSABILIDADE DA EMPRESA deverão ser recolhidas:

a) COMPETENCIAS ANTERIORES A 10/2007, até o DIA 2 (DOIS) do mês seguinte


ao da ocorrência do seu fato gerador;

b) para as competências de JANEIRO DE 2007 A OUTUBRO DE 2008, até o DIA


10 (DEZ) do mês seguinte ao da ocorrência do seu fato gerador;

c) a partir da competência NOVEMBRO DE 2008, até o DIA 20 (VINTE) do mês


subsequente ao da competência.

3) RECOLHIMENTO E EXPEDIENTE BANCÁRIO


Quando NÃO HOUVER EXPEDIENTE BANCÁRIO na data definida para o
pagamento:
I - os prazos serão PRORROGADOS para o dia útil subsequente (ATÉ 10/2008);
II - o prazo será ANTECIPADO para o dia útil imediatamente anterior (A PARTIR
DE 11/2008).

4) NORMAS GERAIS DE FISCALIZAÇÃO

A FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA COMPETE, EM ESPECIAL, PROCEDER À VERIFICAÇÃO


DA REGULARIDADE DO PAGAMENTO DOS TRIBUTOS NA VIA ADMINISTRATIVA.

A RFB tem poder para criar normas para o recolhimento de tributos, que é feito por
meio de atos administrativos - Portaria RFB nº 6.478/2017 – Portaria que disciplina a
fiscalização.

A Lei que regula a fiscalização é CTN, porque as contribuições previdenciárias são


tributos.

CTN - Art. 195 (regra geral de como se processa uma fiscalização)


Para os efeitos da legislação tributária, NÃO TÊM APLICAÇÃO quaisquer disposições
legais EXCLUDENTES ou LIMITATIVAS do direito de examinar mercadorias, livros,
arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes
industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os


comprovantes dos lançamentos neles efetuados SERÃO CONSERVADOS ATÉ QUE
OCORRA A PRESCRIÇÃO DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS decorrentes das operações a
que se refiram.

(via de regra não existe limitação para a receita federal analisar documentos,
exceto se tiver ocorrido a prescrição dos créditos tributários que é de 5 anos)

LEITURA COMPLEMENTAR:

"A presunção de recolhimento das contribuições previdenciárias é garantida, desde


muito tempo, ao contribuinte empregado e ao trabalhador avulso pela Lei nº
8.213/1991. Entretanto, a legislação brasileira não conferia a mesma presunção em
favor do empregado doméstico, categoria que sempre recebeu tratamento jurídico
discriminatório ao longo da história.
Nos últimos anos, todavia, houve um significativo avanço na legislação de proteção ao
trabalho doméstico no plano internacional, sobretudo com a edição da Convenção nº
189/2011 pela Organização Internacional do Trabalho - OIT. O mesmo movimento
pode ser percebido no Brasil, onde a Emenda Constitucional nº 72/2013 e a Lei
Complementar nº 150/2015 representaram grandes conquistas para a categoria.

As alterações legislativas promovidas pela Lei Complementar nº 150/2015 extrapolam o


âmbito do Direito do Trabalho e refletem, também, no Direito Previdenciário. Neste
contexto, o presente trabalho busca verificar se a presunção de recolhimento da
contribuição previdenciária passou a existir para o empregado doméstico após a
entrada em vigor do diploma legal mencionado. (...)".

Para a íntegra do texto, segue link abaixo:


A presunção de recolhimento das contribuições previdenciárias do empregado
doméstico

AULA II - FISCALIZAÇÃO - I

A Fiscalização é um ato formal, cujas normas devem ser seguidas pela autoridade
administrativa (Auditor Fiscal).

1) ÍNICIO DO PROCEDIMENTO FISCAL - EFEITOS:

CTN - Art. 196. A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA que proceder ou presidir a


QUAISQUER DILIGÊNCIAS DE FISCALIZAÇÃO lavrará os termos necessários para que
SE DOCUMENTE O INÍCIO DO PROCEDIMENTO, na forma da legislação aplicável
(que é a Portaria da Receita Federal), que fixará prazo máximo para a conclusão
daquelas.

CTN - Art. 138. (denúncia espontânea)


A responsabilidade é EXCLUÍDA PELA DENÚNCIA ESPONTÂNEA DA INFRAÇÃO,
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora,
ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o
montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. NÃO se considera espontânea a denúncia apresentada APÓS O
INÍCIO de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração.

A responsabilidade do pagamento do tributo devido, dos juros de mora


acrescidos da multa punitiva arbitrada pela autoridade administrativa é EXCLUÍDA
PELA DENÚNCIA ESPONTÂNEA DA INFRAÇÃO, ou seja, pelo pagamento
voluntário.
Via de Regra, com relação às contribuições sociais previdenciárias, deve ter uma
autorização prévia para o início da fiscalização, devendo ser lavrado um termo
onde contes o prazo para a conclusão do procedimento. Antes do início da
fiscalização, o devedor pode recolher as contribuições em atraso pagando multa e
juros (Denúncia Expontânea).
Mas caso o ato fiscalizatório iniciado não é mais possível o recolhimento em
atraso e, caso a fiscalização identifique contribuições em atraso, também incidirá
sobre o valor devido multa punitiva que pode chegar a 225% do valor devido.

2) TDPF (TERMO DE DISTRIBUIÇÃO DE PROCEDIMENTO FISCAL) – é a autorização


para a realização da fiscalização e deve ser obrigatoriamente a empresa.

Portaria RFB nº 6.478/2017


Art. 2 º Os PROCEDIMENTOS FISCAIS NO ÂMBITO DA RFB serão instaurados e
deverão ser executados por Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil,
observada a emissão de:

I – TERMO DE DISTRIBUIÇÃO DE PROCEDIMENTO FISCAL DE FISCALIZAÇÃO


(TDPF-F), para instauração de procedimento de fiscalização; e

II – TERMO DE DISTRIBUIÇÃO DE PROCEDIMENTO FISCAL DE DILIGÊNCIA (TDPF-


D), para realização de diligência.

A empresa COMPENSANDO CRÉDITOS Ltda., recebe a visita de um indivíduo que se


intitula “AUDITOR DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL”, cujo objetivo é realizar a análise
da regularidade dos recolhimentos de contribuições previdenciárias. Na recepção ele
apresenta um crachá (da RFB), carteira funcional (da RFB), um cartão de apresentação
(da RFB), bem como, uma autorização (com timbre da RFB) determinando a fiscalização
(detalhe o carro está plotado com o logo da RFB).

PERGUNTA: Você na qualidade de responsável pela empresa, irá autorizar o início da


fiscalização, tendo em vista os elementos apresentados?? – Não pois a fiscalização é
um procedimento formal, e o documento que autoriza a entrada do fiscal na empresa
para a instauração de procedimento de fiscalização é o (TDPF-F).

3) VERIFICAÇÃO DA VALIDADE DO TDPF - deve ser confirmado/verificado no site


da receita federal, por meio de código de acesso

Art. 4 º O TDPF será EMITIDO EXCLUSIVAMENTE NA FORMA ELETRÔNICA e


assinado pela autoridade emitente, mediante a utilização de certificado digital válido.
Parágrafo único. A ciência do MPF pelo sujeito passivo dar-se-á no sítio da RFB na
Internet, no endereço < http://www.receita.fazenda.gov.br >, COM A
UTILIZAÇÃO DE CÓDIGO DE ACESSO consignado no termo que formalizar o início do
procedimento fiscal.

4) FISCALIZAÇÃO SEM TDPF (TDPF-E – 05 DIAS) - EXCESSÃO

Art. 6 º Nos casos de FLAGRANTE CONSTATAÇÃO de contrabando, descaminho ou


de qualquer outra prática de infração à legislação tributária ou de comércio exterior,
em que o retardo do início do procedimento fiscal coloque em risco os interesses da
Fazenda Nacional, PELA POSSIBILIDADE DE SUBTRAÇÃO DE PROVA, o Auditor-Fiscal da
Receita Federal do Brasil deverá iniciar imediatamente o procedimento fiscal.

5) REQUISITOS DO TDPF (ESSENCIAIS QUE SE AUSENTES CAUSAM NULIDADE AO


PROCEDIMENTO FISCALIZAÇÃO)

Art. 5 º O TDPF-F, o TDPF-D e o TDPF-E CONTERÃO:

I - a numeração de identificação e controle;


II - os dados IDENTIFICADORES DO SUJEITO PASSIVO;
III - a NATUREZA DO PROCEDIMENTO FISCAL a ser executado (fiscalização ou
diligência);
IV - o PRAZO PARA A REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO FISCAL;
V - o nome e a MATRÍCULA DO AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
RESPONSÁVEL pela execução do mandado;
VI – o NÚMERO DO TELEFONE e ENDEREÇO FUNCIONAL para contato; e
VII – o nome e a matrícula do RESPONSÁVEL PELA EXPEDIÇÃO DO TDPF.

DÚVIDA: A empresa LAVA JATO CORPORATIONS S.A. teve iniciada uma fiscalização
pela RFB. Analisando o TDPF verifica-se que a empresa estava sendo fiscalizada por
auditores localizados em FLORIANÓPOLIS/SC. Ocorre que, o domicílio tributário da
empresa é a cidade de SÃO PAULO/SP.
Questiona-se: é válida a fiscalização por auditores da RFB de jurisdição diversa da do
domicilio do contribuinte ??? –sim, por força do DECRETO Nº 70.235, DE 6 DE MARÇO
DE 1972, além disso a Receita Federal por ser um órgão nacional não possui limitação
territorial de atuação.

DECRETO Nº 70.235, DE 6 DE MARÇO DE 1972 - Dispõe sobre o processo


administrativo fiscal, e dá outras providências.
Art. 9º A exigência do crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada SERÃO
FORMALIZADOS EM AUTOS DE INFRAÇÃO OU NOTIFICAÇÕES DE LANÇAMENTO,
distintos para cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos
os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à
comprovação do ilícito. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
(...)
§ 2º Os procedimentos de que tratam este artigo e o art. 7º, SERÃO VÁLIDOS, mesmo
que formalizados por servidor competente de JURISDIÇÃO DIVERSA DA DO
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO DO SUJEITO PASSIVO. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de
1993).

VALIDADE DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA


EMENTA: TRIBUTÁRIO – MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL - MPF –
AUTORIDADE FAZENDÁRIA COMPETENTE – DOMICÍLIO DO CONTRIBUINTE –
MODIFICAÇÃO ANTERIOR AO PROCEDIMENTO – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO:
SÚMULA 282/STF. (...) 4. Contudo, VÁLIDOS SÃO os procedimentos formalizados
por servidor competente DE JURISDIÇÃO DIVERSA DA DO DOMICÍLIO
TRIBUTÁRIO DO SUJEITO PASSIVO (art. 9º, §2º, do Decreto 70.235/72)(...) . 5. Os
dispositivos tidos por violados não podem ser interpretados isoladamente. Por isso,
dentro de uma interpretação sistemática, NÃO se pode considerar INVÁLIDO
procedimento da Secretaria da Receita Federal de Londrina/PR, mesmo quando
anterior a modificação do domicílio do contribuinte para Florianópolis/SC, e nem
se pode alegar cerceamento de defesa, já que possibilitada a entrega da
documentação exigida pela fiscalização na repartição da Receita Federal no novo
domicílio. (...) (REsp 893.616/PR, DJe 20/05/2008)

LEITURA COMPLEMENTAR:

"Os trabalhadores com carteira assinada, obrigatoriamente, são segurados do Instituto


Nacional do Seguro Social (INSS) e têm de 8% a 11% do salário recolhidos à
Previdência Social. Esse repasse deve ser feito pelo empregador, que desconta a
contribuição do rendimento do funcionário e a comprova por meio da folha de
pagamento, além de complementar o percentual até 20% do valor. Entretanto, de
acordo com especialistas em direito previdenciário, cresce o número de casos em que
os empregados são surpreendidos e não conseguem se aposentar por falta do repasse
da contribuição previdenciária das empresas para os cofres da União.

Além de prejudicar o trabalhador, a empresa que desvia esse dinheiro para outros fins
está cometendo um crime: a apropriação indébita previdenciária. O advogado
Guilherme Chiquini do escritório Chiquini & Lino Advogados Associados explica que
trata-se de um crime tipificado no Código Penal, em seu artigo 168-A. (...)".

Para a íntegra do texto, segue link abaixo:


Falta de repasse de contribuições previdenciárias pelas empresas dificulta
aposentadoria

AULA III - FISCALIZAÇÃO - II

QUESTÃO:
A empresa TABAJARA COMÉRCIO Ltda., teve INICIADO UM PROCEDIMENTO DE
FISCALIZAÇÃO em 01/10/2010. Passados 06 (seis) anos (01/10/2016), o fiscal
atuante não encerrou a fiscalização, bem como, requereu a disponibilização de mais
documentos.
Questiona-se: PODE ISSO???? – SIM, Não existe um limite, o fiscal pode permanecer na
empresa até que finalize os trabalhos, devendo para tanto emitir nova TDPF.

1) PRAZO DE VALIDADE DO TDPF

Art. 11 da PORTARIA RFB


Os TDPF terão OS SEGUINTES PRAZOS DE DURAÇÃO:
I - 120 DIAS, nos procedimentos de fiscalização; e
II - 60 DIAS, nos procedimentos de diligencia.
§ 1º Os prazos de que trata o caput PODERÃO SER PRORROGADOS ATÉ A EFETIVA
CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO FISCAL e SERÃO CONTÍNUOS, EXCLUINDO-SE
NA SUA CONTAGEM O DIA DO INÍCIO E INCLUINDO-SE O DO VENCIMENTO, nos
termos do art. 5º do Decreto nº 70.235, de 1972.

Portaria RFB nº 3014/2011 - Art. 12. A PRORROGAÇÃO DO PRAZO de que trata o art.
11 poderá ser efetuada pela autoridade emitente, TANTAS VEZES QUANTAS
NECESSÁRIAS, observado, em cada ato, os prazos fixados nos incisos I e II do art.
11, conforme o caso. (essa norma não está mais valendo)

2) NORMAS GERAIS DE FISCALIZAÇÃO – PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE


FISCALIZAÇÃO

Art. 9º da PORTARIA RFB


As ALTERAÇÕES NO TDPF, decorrentes de prorrogação de prazo, inclusão,
exclusão ou substituição de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsável
pela execução ou supervisão, bem como as alterações relativas a tributos a serem
examinados e a período de apuração, SERÃO PROCEDIDAS MEDIANTE REGISTRO
ELETRÔNICO NO PROPRIO TDPF.
(o fiscal altera na internet e não sendo mais necessário nova intimação ao contribuinte)

CRPS – ENUNCIADO Nº 25 - DOU DE 06/03/2006 A notificação do sujeito passivo após


o prazo de validade do Mandado de Procedimento Fiscal - MPF - NÃO acarreta
nulidade do lançamento. (Editado pela RESOLUÇÃO MPS/CRPS Nº 1, DE 23/02/2006 -
DOU DE 06/03/2006)

3) EXTINÇÃO DO TDPF
Art. 12. O procedimento fiscal SE EXTINGUE PELA SUA CONCLUSÃO, registrado em
termo próprio, COM A CIÊNCIA DO SUJEITO PASSIVO (PRAZO-VALIDADE).
(Conclui-se com a emissão ou não de auto de infração)

PORTARIA nº 3014/2011 (revogado)


Art. 14. O MPF se extingue:
I - pela CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO FISCAL, registrado em termo próprio, com a
ciência do sujeito passivo; ou
II - pelo DECURSO DOS PRAZOS a que se referem os arts. 11 e 12.
Parágrafo único. A ciência do sujeito passivo de que trata o inciso I do caput DEVERÁ
OCORRER NO PRAZO DE VALIDADE DO MPF.

Art. 15. A hipótese de que trata o inciso II do art. 14 NÃO IMPLICA NULIDADE DOS
ATOS PRATICADOS, podendo a autoridade responsável pela expedição do Mandado
extinto determinar a emissão de novo MPF para a conclusão do procedimento fiscal.

EMENTA: TRIBUTÁRIO. (...) REGULARIDADE DO MANDADO DE PROCEDIMENTO


FISCAL (MPF) PORTARIA RFB nº 3014/2011. PRAZO DE VALIDADE. (...) PRINCÍPIO DA
MORALIDADE. EXTINÇÃO DO MPF. AUSÊNCIA DE CONVALIDAÇÃO. NULIDADE DO
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. INCOMPETÊNCIA. (...) Com efeito, emitir um ato
em que a autoridade consigna determinado prazo para o término da ação fiscal e,
em momento posterior, deixa de observar o que ela mesma estabeleceu, sem
qualquer justificativa, não se conforma com a lealdade e a boa-fé que devem
nortear o proceder da fiscalização em relação ao contribuinte. (...) 15. Conforme o
art. 59, inciso I, do Decreto nº 70.235/1972, são nulos os atos e termos lavrados por
PESSOA INCOMPETENTE. (...) 17. O Mandado de Procedimento Fiscal (MPF) implica
ORDEM ESPECÍFICA PARA A INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO RELATIVO AO
TRIBUTO E AO PERÍODO INDICADOS, NO PRAZO ESTIPULADO E PELO AUDITOR
FISCAL NOMEADO PELA AUTORIDADE OUTORGANTE. Isso significa que A AÇÃO
FISCAL DEVE SE DESENVOLVER NOS ESTRITOS LIMITES DA OUTORGA DE PODER
DE FISCALIZAÇÃO, OU SEJA, O AUDITOR FISCAL NÃO POSSUI COMPETÊNCIA
PARA AGIR SENÃO EM CONFORMIDADE COM O MPF. (...) (...) Na hipótese vertente,
o vício formal, em virtude da não convalidação do MPF, após a sua extinção, IMPLICA
A NULIDADE DA AÇÃO FISCAL E DO CONSEQUENTE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO.
(...) (TRF4, AC 5002569- 85.2011.404.7005, 1ª Turma, Relator Joel Ilan Paciornik,
31/07/2014).
4) NORMAS GERAIS DE FISCALIZAÇÃO

IMPEDIR – DIFICULTAR O TRABALHO DA AUTORIDADE FISCAL

CTN - Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar O AUXÍLIO


DA FORÇA PÚBLICA federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando
VÍTIMAS DE EMBARAÇO OU DESACATO no exercício de suas funções, ou quando
necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda que NÃO se
configure fato definido em lei como crime ou contravenção.

 CRIME DE DESACATO – 331 CP


 CRIME DE DESOBEDIÊNCIA – 330 CP
 CRIME DE RESISTÊNCIA – 329 CP
 CRIME DE EXCESSO DE EXAÇÃO – 316 CP
 CRIME DE VIOLENCIA ARBITRÁRIA – 322 CP

LEITURA COMPLEMENTAR:

"O presente e sintético artigo tem a intenção de alertar para um provável recolhimento
indevido de contribuições previdenciárias no âmbito da Justiça do Trabalho. Com o
advento das Leis n. 11.941/09 e 12.541/11, duas importantes modificações ocorreram
na sistemática de liquidação do INSS incidente sobre a condenação trabalhista, quais
sejam, a definição do fato gerador da contribuição decorrente de condenação
trabalhista e a desoneração de alguns segmentos empresariais da incidência sobre a
folha. Ao que nos parece, tais modificações, mas mais propriamente as consequências
delas advindas, não estejam sendo adequadamente identificadas pelos julgadores
trabalhistas, que continuam homologando liquidações de contribuições já extintas pela
decadência, ou mesmo sequer devidas por empresas beneficiadas pela desoneração da
folha.

Com a Emenda Constitucional 20, foi atribuída competência à Justiça do Trabalho para
a execução de ofício das contribuições previdenciárias devidas em decorrência de suas
decisões (inciso VIII do artigo 114 da Constituição Federal). Desse modo, a sentença
condenatória ou homologatória de acordo trabalhista faz as vezes do lançamento
tributário, em regra atribuído, pelo art. 142, do Código Tributário Nacional, a
autoridade fiscal administrativa, e acaba por constituir os créditos previdenciários
decorrentes da relação empregatícia por ela reconhecida. (...)".

Para a íntegra do texto, segue link abaixo:


Contribuições previdenciárias em reclamatórias trabalhistas e probabilidade de
recolhimentos indevidos

AULA IV - SIGILO FISCAL

LEI COMPLEMENTAR nº 105/2001


Art. 6º As AUTORIDADES E OS AGENTES FISCAIS TRIBUTÁRIOS da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente PODERÃO EXAMINAR
DOCUMENTOS, LIVROS E REGISTROS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, INCLUSIVE
OS REFERENTES A CONTAS DE DEPÓSITOS E APLICAÇÕES FINANCEIRAS,
QUANDO HOUVER PROCESSO ADMINISTRATIVO INSTAURADO OU PROCEDIMENTO
FISCAL EM CURSO e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade
administrativa competente. Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e
os documentos a que se refere este artigo SERÃO CONSERVADOS EM SIGILO,
observada a legislação tributária.

QUEBRA DE SIGILO FISCAL - STJ - POSSIBILIDADE


TRIBUTÁRIO. OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES BANCÁRIAS PELO FISCO COM BASE NO
ART. 8º DA LEI N. 8.021/90. DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, DESDE QUE
INICIADO O PROCEDIMENTO FISCAL DE LANÇAMENTO. (...) 1. Esta Corte, quando do
julgamento do Recurso Especial repetitivo n. 1.134.665/SP, na sistemática do art. 543-C,
do CPC, entendeu que a Lei 8.021/90, em seu artigo 8º, estabeleceu que, INICIADO O
PROCEDIMENTO FISCAL PARA O LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO DE OFÍCIO, A
AUTORIDADE FISCAL PODERIA SOLICITAR INFORMAÇÕES SOBRE OPERAÇÕES
REALIZADAS PELO CONTRIBUINTE EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, INCLUSIVE
EXTRATOS DE CONTAS BANCÁRIAS, não se aplicando, nesta hipótese, o disposto no
artigo 38, da Lei 4.595/64. (...) (REsp 1249300/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/08/2011, DJe 25/08/2011).

QUEBRA DE SIGILO FISCAL - STF - IMPOSSIBILIDADE


SIGILO DE DADOS – AFASTAMENTO. Conforme disposto no inciso XII do artigo 5º da
Constituição Federal, a regra é a privacidade quanto à correspondência, às
comunicações telegráficas, aos dados e às comunicações, ficando a exceção – a quebra
do sigilo – submetida ao crivo de órgão equidistante – o Judiciário – e, mesmo assim,
para efeito de investigação criminal ou instrução processual penal. SIGILO DE DADOS
BANCÁRIOS – RECEITA FEDERAL. CONFLITA COM A CARTA DA REPÚBLICA norma legal
atribuindo à Receita Federal - –parte na relação jurídicotributária – O AFASTAMENTO
DO SIGILO DE DADOS RELATIVOS AO CONTRIBUINTE. (RE 389808, Relator(a): Min.
MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 15/12/2010, DJe-086 DIVULG 09-05-2011
PUBLIC 10-05- 2011 EMENT VOL-02518-01 PP-00218 RTJ VOL-00220- PP-00540)
QUEBRA DE SIGILO FISCAL - STF – REPERCUSSÃO GERAL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO AO
SIGILO BANCÁRIO. DEVER DE PAGAR IMPOSTOS. REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÃO DA
RECEITA FEDERAL ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. ART. 6º DA LEI COMPLEMENTAR
105/01. MECANISMOS FISCALIZATÓRIOS. (...) 4. Verifica-se que o Poder Legislativo
NÃO desbordou dos parâmetros constitucionais, ao exercer sua relativa liberdade de
conformação da ordem jurídica, na medida em que estabeleceu requisitos objetivos
para a requisição de informação pela Administração Tributária às instituições
financeiras, assim como manteve o sigilo dos dados a respeito das transações
financeiras do contribuinte, observando-se um translado do dever de sigilo da esfera
bancária para a fiscal. (...) (...) 8. Recurso extraordinário a que se nega provimento. (RE
601314, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 24/02/2016,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-198 DIVULG 15-09-2016 PUBLIC 16-09-2016).

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) Fixação de tese em relação ao item “a” do Tema
225 da sistemática da repercussão geral: “O art. 6º da Lei Complementar 105/01 NÃO
ofende o direito ao sigilo bancário, pois realiza a igualdade em relação aos cidadãos,
por meio do princípio da capacidade contributiva, bem como estabelece requisitos
objetivos e o translado do dever de sigilo da esfera bancária para a fiscal”.

DADOS AUTORIZADOS PARA DIVULGAÇÃO


ANÁLISE DA CONTABILIDADE
CTN ART. 198.§ 3 o NÃO É VEDADA a divulgação de informações relativas a:
I – representações fiscais para fins penais;
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;
III – parcelamento ou moratória.

LEITURA COMPLEMENTAR:

"Hoje comemoram-se os dez anos da unificação das Administrações Tributárias


federais no nosso País, quando foi criada a Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB,
que incorporou as atribuições das extintas Secretaria da Receita Federal e Secretaria da
Receita Previdenciária.

A nova estrutura teve como premissa o modelo funcional, em que um único órgão tem
a competência para realizar as atividades de tributação, fiscalização, arrecadação,
cobrança e recolhimento de todos os tributos, congregando os tributos internos, os do
comércio exterior (área aduaneira) e as contribuições previdenciárias, haja vista que no
Brasil estava pacificado, há alguns anos, que essas contribuições possuem natureza
tributária. (...)".

Para a íntegra do texto, segue link abaixo:


Unificação da administração tributária federal no Brasil completa dez anos

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