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His.

Semana 8

William Gabriel
Renato Pellizzari
(Leonardo Machado)

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CRONOGRAMA

05/04 Brasil: ouro e limites

09:15
19:15

12/04 Revoltas nativistas


e separtistas no
Brasil Colonial

09:15
19:15

19/04 A construção do
Estado brasileiro: o
Período Joanino

09:15
19:15

26/04 O primeiro reinado


(1822 - 1831)

09:15
19:15
05
Brasil: ouro e abr
limites

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Expansão territorial brasileira
O século do Ouro
Atualmente, o Brasil é o quinto maior país do mundo
em extensão territorial. Toda essa extensão é resul- Desde sua chegada na América, os portugueses es-
tado de um longo processo de conquistas de terras, tavam em busca de metais preciosos. No entanto,
iniciado pelos portugueses em 1500. Inicialmente a isso só ocorreu quase duzentos anos depois. Con-
ocupação territorial brasileira se estabeleceu no li- vencionou-se que a primeira pepita de ouro foi en-
toral, limitada pelo Tratado de Tordesilhas (1494), contrada por Borba Gato, um bandeirante paulista,
que dividiu o novo continente entre portugueses e em 1698. Porém, o mais provável é que essa desco-
espanhóis. berta tenha sido feita em diversos lugares ao longo
do fim do século XVII e início do século XVIII. Por
No entanto, o território português na América ul- esse motivo, devido ao protagonismo dos metais
trapassou os limites de Tordesilhas. Diversos fato- preciosos encontrados, que o século XVIII foi deno-
res estimularam o processo de expansão territorial, minado o Século do Ouro.
como a pecuária, que não poderia ocupar o mesmo O ouro achado no Brasil, inicialmente, era o cha-
espaço que a produção a açucareira e, portanto, mado ouro de aluvião, encontrado nos leitos e nas
acabou se interiorizando. Por outro lado, as missões margens do rios. O achamento de ouro impulsionou
jesuíticas no sul do Brasil e no recôncavo baiano a vinda de inúmeros imigrantes portugueses para o

His. 68
também tiveram um papel expressivo no processo Brasil com o objetivo de explorar minas de ouro, o
de interiorização, juntamente com outra importante que gerou conflitos com os bandeirantes. Esses con-
atividade, o bandeirismo. flitos entre bandeirantes e forasteiros ficou conheci-
do como Guerra dos Emboabas.
O bandeirismo era o nome dado as expedições re-
alizadas por particulares que visavam a busca de
metais preciosos, o apresamento indígena e o serta-
nismo por contrato. A atividade bandeirante, as mis-
sões jesuíticas e a prática da pecuária contribuíram
para expansão do território cujos limites foram con-
solidados pelo Tratado de Madri, em 1750.

Representação da exploração de ouro na América Portuguesa no


século XVIII

Embora ocorressem esses conflitos entre bandei-


rantes e forasteiros pelo controle das áreas mine-
radoras, a administração das minas ficava a cargo
da Coroa Portuguesa. Dentre as formas de con-
trole metropolitano podemos mencionar a criação
da Intendência das Minas e das Casas de Fundi-
ção. Existia ainda uma série de impostos metropo-
Porém a atividade bandeirante não trouxe apenas litanos. O mais importante deles ficou conhecido
como consequência a expansão territorIal, mas tam- como “quinto”.
bém foram os vicentinos quem primeiro encontra-
ram ouro na América Portuguesa. O achamento de O aumento do controle metropolitano na colônia
ouro trouxe transformações relevantes para socie- gerou forte insatisfação popular. Um exemplo foi
dade colonial. a eclosão da Revolta de Vila Rica (ou Revolta de
Filipe dos Santos), movimento contra a instalação e crescimento das cidades. O ouro, assim como as
das Casas de Fundição em Vila Rica, liderado pelo missões jesuíticas e a pecuária, auxiliou no proces-
tropeiro Filipe dos Santos. so de interiorização do território brasileiro. Além dis-
so, outra importante consequência foi a mudança do
Dentre as consequências do Século do Ouro pode- eixo econômico colonial, que passava do norte para
mos mencionar expressivas mudanças na socieda- o sul da América Portuguesa, com a transferência da
de colonial, com a expansão de um mercado interno capital para o Rio de Janeiro.

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Como não se tratava de regiões aptas para a produção de gêneros tropicais
de grande valor comercial, como o açúcar ou outros, foi-se obrigado para
conseguir povoadores (...) a recorrer às camadas pobres ou médias da popu-
lação portuguesa e conceder grandes vantagens aos colonos que aceitavam
irem-se estabelecer lá. O custo do transporte será fornecido pelo Estado, a
instalação dos colonos é cercada de toda a sorte de providências destinadas
a facilitar e garantir a subsistência dos povoadores; as terras a serem ocu-
padas são previamente demarcadas em pequenas parcelas, (...) fornecem-
-se gratuitamente ou a longo prazo auxílios vários (instrumentos de trabalho,

His. 69
sementes, animais, etc).

Prado Júnior, C. História econômica do Brasil. 27 ed. S. Paulo: Brasiliense,


1982. p. 95-6

Com base no texto, é possível afirmar que o autor se refere:

a) à colonização do sertão nordestino através da pecuária.


b) à ocupação da Amazônia através das drogas do sertão.
c) à expansão para o interior paulista pelas entradas e bandeiras.
d) à colonização do Sul através da pecuária.
e) ao povoamento das Capitanias Hereditárias.

2.
Entre 1750, quando assinaram o Tratado de Madrid, e 1777, quando assinaram o
Tratado de Santo Ildefonso, Portugal e Espanha discutiram os limites entre suas
colônias americanas. Neste contexto, ganhou importância, na política portugue-
sa, a ideia da necessidade de:

a) defender a colônia com forças locais, daí a organização dos corpos militares
do centro-sul e a abolição das diferenças entre índios e brancos.
b) fortificar o litoral para evitar ataques espanhóis e isolar o marquês de Pombal
por sua política nitidamente pró-bourbônica.
c) transferir a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, para onde fluía a maior parte
da produção açucareira, ameaçada pela pirataria.
d) afastar os jesuítas da colônia por serem quase todos espanhóis e, nesta quali-
dade, defenderem os interesses da Espanha.
e) aliar-se política e economicamente à França para enfrentar os vizinhos espa-
nhóis, impondo-lhes suas concepções geopolíticas na América.
3.
Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros,
para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil,
vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem.
A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e ve-
lhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de
diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa.

André João Antonil, “Cultura e opulência no Brasil por suas drogas e mi-
nas”.

Nesse retrato descrito pelo jesuíta Antonil, no início do século XVIII, o Brasil co-
lônia vivia o momento

a) do avanço do café na região do Vale do Ribeira e em Minas Gerais. Portugal,


no início do século XVIII, percebeu a importância do café como a grande riqueza
da colônia, passou então a enviar mais escravos para essa região e a controlá-la
com maior rigor.
b) da decadência do cultivo da cana-de-açúcar no nordeste. Em substituição a
esse ciclo, a metrópole passou a investir no algodão; para tanto, estimulou a mi-
gração de colonos para a região do Amazonas e do Pará. Os bandeirantes tive-
ram importante papel nesse período por escravizar indígenas, a mão-de-obra
usada nesse cultivo.

His. 70
c) da descoberta de ouro e pedras preciosas no interior da Colônia. A Metrópo-
le, desde o início do século XVIII, buscou regularizar a distribuição das áreas a
serem exploradas; como forma de impedir o contrabando e recolher os impos-
tos, criou um aparelho administrativo e fiscal, deslocando soldados para a região
das minas.
d) da chegada dos bandeirantes à região das minas gerais. Os bandeirantes des-
cobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se viu obrigada a impedir a corrida
do ouro; para tanto, criou leis impedindo o trânsito indiscriminado de pessoas na
região, deixando os bandeirantes como os guardiões das minas.
e) do esgotamento do ouro na região das minas. Sua difícil extração levou pes-
soas de diferentes condições sociais para as minas, em busca de trabalho, e seu
esgotamento dividiu a região em dois grupos - de um lado, os paulistas, e, de
outro, os forasteiros, culminando no conflito chamado de Guerra dos Emboabas.

4.
O desenvolvimento desigual entre os povos, na atualidade, tem suas origens em
limitações históricas, como:

ALVARÁ DE 1785

Eu, a Rainha, faço saber aos que este alvará virem que, sendo-me presente o
grande número de fábricas, manufaturas que de alguns anos a esta parte se têm
difundido em diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura e da
lavoura, e da exploração das terras minerais daquele vasto continente; [...] hei de
por bem ordenar que todas as fábricas, manufaturas, ou teares de galões, de te-
cidos - excetuando tão-somente aqueles dos ditos teares e manufaturas em que
se tecem ou manufaturam fazendas grossas de algodão, que servem para o uso e
vestuário dos negros, para enfardar e empacotar fazendas e para outros ministé-
rios semelhantes -, e todas as demais sejam extintas e abolidas em qualquer parte
onde se acharem nos meus domínIos do Brasil. [adaptado]
A intenção da rainha, expressa no texto, foi

a) promover a concentração dos recursos coloniais na monocultura cafeeira da


exportação e numa industrialização substitutiva.
b) manter a economia colonial embasada no algodão, que dominou o valor das
exportações no século XVIII.
c) subordinar os interesses brasileiros ao Tratado de Methuen, fazendo com que
o ouro brasileiro acabasse em Portugal, através da Inglaterra.
d) acelerar a industrialização portuguesa em detrimento do desenvolvimento
agrícola brasileiro.
e) evitar que, na fase do ciclo da mineração, ocorresse um desenvolvimento in-
dustrial no Brasil, concorrendo com a Metrópole.

5.
“(...) a terra que dá ouro esterilíssima de tudo o que se há mister para a vida
humana (...). Porém, tanto que se viu a abundância de ouro que se tirava e a
largueza com que se pagava tudo o que lá ia, (...) e logo começaram os mer-
cadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do Reino e de
outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e de pomposo para se
vestirem, além de mil bugiarias de França (...) E, a este respeito, de todas as
partes do Brasil se começou a enviar tudo o que a terra dá, com lucro não

His. 71
somente grande, mas excessivo. (...) E estes preços, tão altos e tão correntes
nas minas, foram causa de subirem tanto os preços de todas as coisas, como
se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil, e de ficarem desfor-
necidos muitos engenhos de açúcar das peças necessárias e de padecerem
os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos
aonde hão de dar maior lucro.”
Antonil, “Cultura e opulência do Brasil”, 1711
No texto, o autor refere-se a uma das conseqüências da descoberta e exploração
de ouro no Brasil colonial. Trata-se

a) do desenvolvimento de manufaturas para abastecer o mercado interno.


b) da inflação devido à grande quantidade de metais e procura por mercadorias.
c) do incremento da produção de alimentos e tecidos finos na área das minas.
d) da redução da oferta de produtos locais e importados na região mineradora.
e) do desabastecimento das minas devido à maior importância das vilas litorâ-
neas.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
Os fatores que levaram ao desenvolvimento e à ampliação das atividades econô-
micas periféricas da colônia, tais como, a pecuária, o tabaco, as drogas do ser-
tão e mesmo o pau-brasil, em detrimento da lavoura de cana-de-açúcar, após a
expulsão dos holandeses, em 1654, foram:
a) a criação de um mercado interno fomentado pelo descobrimento das minas de
ouro no final do século XVI e sua ampliação para as cidades litorâneas da colônia.
b) a inversão significativa da utilização da mão de obra escrava pela mão de obra
livre na região das minas, criando, assim, um mercado consumidor expressivo.
c) estagnação econômica do Centro-Oeste, em função do renascimento agrícola
no Nordeste, ao longo do século XVII.
d) o acompanhamento destas atividades, primeiro como complemento da ativi-
dade açucareira e, posteriormente, como núcleos abastecedores da atividade
mineradora e seus desdobramentos.

2.
A partir de 1750, com os Tratados de Limites, fixou-se a área territorial brasileira,
com pequenas diferenças em relação a configuração atual. A expansão geográ-
fica havia rompido os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas. No período
colonial, os fatores que mais contribuíram para a referida expansão foram:

a) criação de gado no vale do São Francisco e desenvolvimento de uma sólida


rede urbana.
b) apresamento do indígena e constante procura de riquezas minerais.
c) cultivo de cana-de-açúcar e expansão da pecuária no Nordeste.
d) ação dos donatários das capitanias hereditárias e Guerra dos Emboabas.

His. 72
e) incremento da cultura do algodão e penetração dos jesuítas no Maranhão.

3.
Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do
Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia
ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do
século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas.
O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a ex-
ploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de
pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para
as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos
e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por touci-
nho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de
vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam fei-
jão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era ser-
vido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da
Disponível em http://www. cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros
tribunadoplanalto.com.br.
Acesso em: 27 nov. 2008. das tropas que conduziam o gado.

A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à

a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.


b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regi-
ões das minas.
c) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e merca-
doria.
d) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de
alimentos.
e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.
4.
Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros,
para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil,
vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem.
A mistura é toda a condição de pessoas (...)

ANTONIL. “Cultura e opulência do Brasil”. São Paulo: Companhia Editora


Nacional, 1967, p. 264.

O processo de ocupação do sertão e extração de ouro e diamantes ao longo do


século XVIII permitiu

a) a articulação econômica de regiões até então dispersas, juntamente com a


formação de um mercado interno.
b) a perpetuação do sistema de feitorias, apesar da desaprovação da coroa por-
tuguesa.
c) o rompimento do Tratado de Methuen assinado entre Portugal e Inglaterra.
d) a eliminação do comércio de contrabando nas relações entre metrópole e co-
lônia.
e) o aprofundamento das relações comerciais entre o Brasil e as 13 colônias in-
glesas na América.

His. 73
5. “E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e
em moedas para os reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e
nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros
brincos, dos quais se vêem hoje carregadas as mulatas de mau viver e as
negras, muito mais que as senhoras”.

André João Antonil. “Cultura e opulência do Brasil”, 1711.

No trecho transcrito, o autor denuncia:

a) a corrupção dos proprietários de lavras no desvio de ouro em seu próprio be-


nefício e na compra de escravos.
b) a transferência do ouro brasileiro para outros países em decorrência de acor-
dos comerciais internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o desenvolvimento interno da colônia e da metrópole gerado
pelo contrabando de ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por funcionários reais preocupados em esbanjar dinheiro
e dominar o poder local.
e) a ausência de controle fiscal português no Brasil e o desvio de ouro para o ex-
terior pelos escravos e mineradores ingleses.
6.
A sede insaciável do ouro estimulou a tantos a deixarem suas terras e a me-
terem-se por caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosa-
mente se poderá dar conta do número das pessoas que atualmente lá estão.
Contudo, os que assistem nelas nestes últimos anos por largo tempo, e as
correram todas, dizem que mais de trinta mil almas se ocupam, umas em
catar, e outras em mandar catar nos ribeiros do ouro, e outras em negociar,
vendendo e comprando o que se há mister não só para a vida, mas para o
regalo, mais que nos portos do mar.

André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil (1711) APUD: Inácio, Inês
da C. e DE LUCA, Tânia R. Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática,
1993. p. 124.

A situação histórica descrita evidencia:

a) a repartição equilibrada dos terrenos auríferos pelos coloniais.


b) a corrida do ouro e as esperanças de enriquecimento fácil.
c) a condição de igualdade entre senhores e escravos na busca do ouro.
d) a mineração como única atividade econômica da região.

7.
Leia o trecho de documento.

His. 74
Senhor. Sendo como é a obrigação a primeira virtude, porque importa pouco
zelar cada um o seu patrimônio, e descuidar-se da utilidade alheia quando
lhe está recomendada, se nos faz preciso representar a Vossa Majestade a
opressão universal dos moradores destas Minas involuta no arbítrio atual de
se cobrarem os [impostos] de Vossa Majestade devidos, podendo ser pagos
com alguma suavidade de outra forma sem diminuição do que por direito
está Vossa Majestade recebendo, na consideração de que sejam lícitos os
fins se devem abraçar os meios mais toleráveis...

REPRESENTAÇÃO DO SENADO DA CÂMARA DE VILA RICA AO REI DE


PORTUGAL, 26 de dezembro de 1742.

Nesse trecho, os oficiais da Câmara de Vila Rica estão-se referindo à cobrança


do

a) dízimo eclesiástico, imposto que incidia sobre os diamantes extraídos no Dis-


trito Diamantino.
b) foro enfitêutico, tributo cobrado proporcionalmente à extensão das sesmarias
dos mineradores.
c) quinto do ouro, imposto cobrado por meio da capitação, que taxava também
outras atividades econômicas.
d) subsídio voluntário, destinado a cobrir as despesas pessoais do Rei de Portu-
gal.
8.
A Guerra Guaranítica foi a revolta dos missioneiros guaranis contra as impo-
sições do Tratado de Madri, que os obrigava a abandonar suas terras, mo-
radias, plantações e rebanhos. O acordo de 1750 favorecia as monarquias
ibéricas, defendendo seus interesses na região, mas prejudicava gravemen-
te os indígenas.

QUEVEDO, Júlio. A GUERRA GUARANÍTICA. São Paulo: Ática, 1996. p.29.

Com base no texto, é correto afirmar:

a) Os índios reagiram à dominação colonial, porque defendiam exclusivamente o


Império Teocrático organizado pela Igreja Católica, que se sobressaía na Améri-
ca, através da Companhia de Jesus.
b) Os missioneiros guaranis estavam desaculturados do “ser” índio devido à tira-
nia jesuíta, portanto defendiam somente os interesses dos padres.
c) A guerra expressou a luta dos missioneiros guaranis que não queriam se trans-
formar numa espécie de “sem terra” do século XVIII, visto que suas terras foram
doadas aos soldados espanhóis.
d) A guerra representou um dos raros momentos de reação indígena, organizada
contra as imposições da Coroa e dos colonizadores luso-espanhóis.
e) Os missioneiros guaranis enfrentaram os exércitos luso-espanhóis, porque es-
tavam organizando uma confederação indígena anti-espanhola.

His. 75
9.
Em realidade, se o ouro criou condições favoráveis ao desenvolvimento interno
da colônia, não é menos verdade que o ouro também dificultou o aproveitamen-
to dessas condições ao entorpecer o desenvolvimento manufatureiro da metró-
pole.”

“O ouro deixou buracos no Brasil, igrejas em Portugal e fábricas na Inglaterra.”

As expressões acima, muito citadas pelos historiadores, define a herança deixa-


da pela mineração no Brasil. Como consequência:

a) que grande parte do ouro brasileiro era levado para as manufaturas inglesas
em função do comércio deficitário entre o Brasil e a Inglaterra, que comprava o
algodão bruto e exportava tecidos.
b) O comércio deficitário entre a metrópole portuguesa e o reino inglês favore-
ceu o escoamento do ouro brasileiro para o setor manufatureiro têxtil da Ingla-
terra, sobretudo após o tratado de Methuen.
c) A Inglaterra apoderou-se da maior parte do ouro brasileiro através da pirataria
e das atividades corsárias.
d) As guerras ocorridas na Europa, nas quais Portugal sempre esteve do lado da
Inglaterra, procovaram a transferência de grande parte das riquezas auríferas
extraídas do Brasil.
e) A transferência de grande parte das riqueza minerais exercidas do Brasil para
a Inglaterra resultou, principalmente, da importação de máquinas e equipamen-
tos pelo reino português.
10.
A corrida do ouro em Minas Gerais no final do século XVII trouxe uma riqueza
muito grande para a Coroa portuguesa mas também exigiu muitos esforços no
sentido de fiscalizar a produção e punir o contrabando. Assinale a expressão
correta a respeito das medidas fiscais empreendidas por Portugal na área das
minas:

a) apesar dos protestos dos fidalgos encarregados da arrecadação, a Coroa por-


tuguesa evitava pressionar os produtores através das derramas, limitando-se a
aumentar os impostos.
b) sem conseguir se impor aos proprietários das minas, a administração colonial
passou a permitir a livre comercialização do ouro, arrecadando impostos nos
portos e nas estradas.
c) a administração colonial instalou as casas de fundição para regulamentar a
produção do ouro e arrecadar mais impostos, obtendo total apoio dos proprie-
tários das minas.
d) ao aumentar a carga fiscal e as casas de fundição, a Coroa logrou aumentar a
arrecadação de impostos, mas provocou a revolta dos proprietários das minas.

His. 76
QUESTÃO CONTEXTO
Chico Rei (1964)

Vivia no litoral africano


Um régia tribo ordeira
Cujo rei era símbolo
De uma terra laboriosa e hospitaleira.
Um dia, essa tranqüilidade sucumbiu
Quando os portugueses invadiram,
Capturando homens
Para fazê-los escravos no Brasil.
(...)
Jurou a sua gente que um dia os libertaria.
Chegando ao Rio de Janeiro,
No mercado de escravos
Um rico fidalgo os comprou,
Para Vila Rica os levou.
A idéia do rei foi genial,
Esconder o pó do ouro entre os cabelos,
Assim fez seu pessoal.
Todas as noites quando das minas regressavam
Iam à igreja e suas cabeças lavavam,
Era o ouro depositado na pia
E guardado em outro ligar de garantia
Até completar a importância
Para comprar suas alforrias.
Foram libertos cada um por sua vez
E assim foi que o rei,
Sob o sol da liberdade, trabalhou

E um pouco de terra ele comprou,


Descobrindo ouro enriqueceu.
(...)

O Samba-enredo do Salgueiro, em 1964, fez referência a um importante per-


sonagem na tradição oral-afrobrasileira do século XVIII, Chico Rei. Ainda hoje
existem divergências entre historiadores sobre a existência de fato de Chico Rei,
devido à escassez de fontes para sustentá-la. No entanto, a história desse rei
africano que veio para o Brasil como escravo, atuando nas minas, nos ajuda a
perceber algumas características da mineração brasileira. Comente-as a partir
da história de Chico Rei apresentada no samba-enredo do Salgueiro.

His. 77
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. d A partir da letra do samba-enredo do Salgueiro so-
2. a bre a figura de Chico Rei, podemos perceber a utili-
3. c zação da mão de obra africana nas minas de ouro, as
4. e estratégias de contrabando e a questão da mobilida-
5. b de social, que, a despeito do que aborda a música,
ainda era bastante limitada.

02.
Exercício de casa
1. d
2. b
3. c
4. a
5. c
6. b
7. c
8. d
9. b
10. d
PARA Para ouvir o samba-enredo Chico Rei, acesse:

SABER
https://www.youtube.com/watch?v=7Ecfk5DO6d8

Para saber mais sobre Chico Rei

MAIS Filme: Chico Rei (1985)

His. 78

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