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1.1 – Varfarina 3
1.2 – Acenocumarol 3
3. Inicio da terapêutica 6
4.5. Observações 10
5. Hemorragia Major 11
6. Ajuste Peri-Operatório
10. Bibliografia 17
11. Anexos 18
1. MECANISMO DE AÇÃO E FARMACOCINÉTICA
1.1 - Varfarina
Inibe a redutase do epóxido da vitamina K limitando a activação dos factores de
coagulação dependentes de vitamina K: II (protrombina), VII, IX e X;
Inibe a síntese das proteínas anticoagulantes C, S e Z (potenciais efeitos
procoagulantes);
Absorção gastrointestinal imediata e completa no intestino proximal;
Distribuição: primariamente intravascular e com alta tendência de ligação
proteica, em particular à albumina (95-99%);
Valor máximo de concentração plasmática (Cmax) dentro de 60 minutos e tem
uma semivida de 36-42 horas;
Metabolismo hepático: os isómeros da varfarina são ambos metabolizados no
fígado;
S-isómero: é metabolizado primariamente pelo citocromo P450 (CYP) 2C9;
o R-isómero é metabolizado pelo CYP 1A2 e pelo CYP 3A4;
Como o S-isómero é muito mais potente que o R-isómero, medicamentos que
inibam ou reduzam a CYP2C9 provocam as interações medicamentosas mais
significativas;
No fígado e no rim, a varfarina dá origem a metabolitos inativos, que são
excretados na urina (mas também nas fezes);
Sem interferência significativa pela hemodiálise.
1.2 - Acenocumarol
Partilha o mesmo mecanismo de ação farmacológica da varfarina (assim como
muito das características farmacodinâmicas e farmacogenéticas);
Absorção gastrointestinal imediata e completa no intestino proximal;
Distribuição: primariamente intravascular e com alta tendência de ligação
proteica, em particular à albumina (98,7%);
Valor de Cmax atingida 1 a 3 horas após a administração e tem uma semivida
plasmática de 8-11 horas;
Metabolismo hepático: tal como a varfarina, o acenocumarol, sendo uma
mistura de isómeros com o S-isómero mais potente que o R-isómero, é
extensivamente metabolizado no fígado;
Eliminado, essencialmente metabolizado, na urina e nas fezes;
Sem interferência significativa pela hemodiálise.
Observações:
Apesar do tempo de semi-vida para ambos os fármacos ser diferente, os
esquemas para o inicio da terapêutica, manutenção de INR terapêutico e ajuste
peri-operatório utilizados neste protocolo serão os mesmos para a varfarina e
para o acenocumarol.
Na prática, o acenocumarol necessita de doses menores do que a varfarina
para a obtenção do INR terapêutico.
2. NÍVEIS ALVO DE INR RECOMENDADOS
Fibrilhação/Flutter auricular
paroxístico ou permanente com
score de risco tromboembolico Crónica 2a3
CHA2DS2-VASc ≥2
Dose diária 4mg 2ª, 4ª e 6ª + 3mg outros dias (dose semanal 24mg) INR alvo 2-3
Valor de INR 4, 2
4.5 – Observações
A vitamina K ev reduz o INR em cerca de 12-14h e deve ser diluída em 20-30
minutos (não ultrapassar 1mg/min).
A vitamina K não deve ser dada por via subcutânea.
Doses altas de vitamina K (10-15mg) podem levar a uma resistência ao efeito da
varfarina por um período estimado entre 1-2 semanas, facto importante a ter
em conta nos doentes com risco tromboembólico elevado (ex. próteses
valvulares mecânicas).
A administração de Octaplex® reduz o INR em cerca de 10 minutos.
5. HEMORRAGIA MAJOR
Nas primeiras 72h após cirurgia major com risco grave de hemorragia.
Hipersensibilidade prévia.
Score HAS-BLED
33, 2451–2496.
[2] – Holbrook A, Schulman S, Witt D, Vandvik P, Fish J, Kovacs M, Svensson P, Veenstra D, Crowther M, Guyatt G.
Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians Evidence-
[3] – Keeling D, Baglin T, Tait C, Watson H, Perry D, Baglin C, Kitchen S, Makris M. British Committee for Standards in
Haematology. Guidelines on oral anticoagulation with warfarin – fourth edition. Br J Haematol. 2011
Aug;154(3):311-24.
[4] – Camm A, Lip G, De Caterina R, Savelieva I, Atar D, Hohnloser S, Hindricks G, Kirchhof P. 2012 focused update
of the ESC Guidelines for the management of atrial fibrillation. Euro Heart J (2012) 33, 2719–2747.
11. ANEXOS