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Peça Teatral:

Paixão de Cristo 2018

“Transformaremos a escuridão e a dor em vida e alegria.”


João Paulo II

1
Comentarista: Senhoras e senhores, sejam todos bem-vindos a encenação da Paixão, Morte e
Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Neste dia da Paixão do Senhor queremos seguir os passos de
Jesus que se entregou na Cruz por amor à humanidade. Que a partir de agora possamos converter o
nosso coração para Deus de forma concreta. Pedimos a todos que façam silêncio para que possamos
acompanhar melhor a dramaturgia. Desejamos a todos um ótimo espetáculo.

ATO PRIMEIRO

CENA DA SANTA CEIA

(Personagens: Jesus e os 12 apóstolos)


(Entram três discípulos e arrumam a mesa da santa ceia. Assim que ela tiver pronta entra Jesus com os
outros discípulos, se põem a mesa e sentam-se).
Narrador: Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havida chegado a sua hora de passar deste
mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Quando chegou a
hora, ele se pôs à mesa com os seus apóstolos.
Pedro: Senhor, tu, lavar-me os pés?!
Jesus: O que faço, não entendes agora, mas entenderás mais tarde.
Pedro: Jamais me lavarás os pés!
Jesus: Se eu não te lavar, não terás parte comigo.
Pedro: Senhor, então não laves apenas os meus pés, mas também as mãos e a cabeça!
Jesus: quem já tomou banho não tem necessidade de se lavar, porque já está todo limpo. Vocês
também já estão limpos, mas nem todos!
Então Jesus e Judas se olham. Depois, Jesus coloca o manto e volta à mesa e diz:
Jesus: Compreenderam o que fiz a vocês? Vocês me chamam de Mestre e Senhor e dizem bem,
pois eu o sou. Portanto, se eu que sou Mestre e Senhor, lavei os pés de vocês, também vocês devem
lavar os pés uns dos outros. Deixo o meu exemplo. Desejei ardentemente comer esta páscoa convosco
antes de sofrer; pois eu vos digo que já não a comerei até que ela se cumpra no Reino de Deus.

Após um breve momento, todos começam a comer das frutas que estão nas mesas. Numa certa
altura, Jesus toma o pão, abençoa, dá graças e enquanto parte o pão diz:

Jesus: Tomai todos e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós.

Todos os apóstolos pegam um pedaço e comem. Em seguida, Jesus toma o cálice em suas mãos, dá
graças e entrega aos seus discípulos. Todos bebem do mesmo cálice. Enquanto eles bebem, Jesus diz:

Jesus: tomai todos e bebei, este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna Aliança, que
será derramado por vós e por muitos, para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim.

Fazer um instante de silêncio.


Jesus: Em verdade eu vos digo: um de vós que come comigo há de me entregar.
Os apóstolos começam a cochichar entre si e alguns, entre eles Pedro, e dizem um de cada vez (no
máximo quatro):
Alguns apóstolos e Pedro: acaso sou eu?
Jesus: um dos doze, que põe a mão no mesmo prato comigo. Mas ai daquele homem por quem o
Filho do Homem for entregue! Melhor seria não ter nascido!

Após dizer essas palavras, Jesus olha para Judas e diz:


Jesus: vá, e faças o que tens que fazer!
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Judas se levanta, olha para todos e sai rápido.
Narrador: depois disso, Jesus e os discípulos cantaram hinos e saíram para o monte das Oliveiras.

ATO SEGUNDO

Cena do Acerto

(Nesta cena Judas se encontra com os sacerdotes e Caifás).

CAIFAS: Trinta, trinta moedas de prata não era esse o trato entre nós e tu?

JUDAS: Sim...
(Caifas da sinal para o outro sacerdote, ele tira um saquinho onde estão as trinta moedas, joga para
Judas, em seguida dá um sinal aos soldados, que vão até Judas)

SOLDADO: Onde? Onde está ele.

(Saem de cena)

ATO TERCEIRO
HORTO DAS OLIVEIRAS

Personagens: Jesus, 12 apóstolos (em especial Pedro).


Neste momento, todos os apóstolos e Jesus a frente, saem e fazem uma pequena procissão indo ao
que será o monte das Oliveiras. Num certo momento todos param, Jesus e Pedro mais a frente para
aparecer a todos:
Jesus: esta noite todos vocês ficarão escandalizados por minha causa, pois está escrito: “ferirei o
pastor e as ovelhas do rebanho se dispersarão”. Mas depois que eu ressurgir, vou preceder vocês na
Galileia.
Pedro: ainda que todos se escandalizem por tua causa, eu jamais me escandalizarei.
Jesus: em verdade te digo, esta noite, antes que o galo cante, você vai me negar três vezes.
Logo após este ato, todos continuam andando, e Jesus sempre a frente.
ATO QUARTO

Personagens: Jesus, apóstolos (em especial: Judas, Pedro, Tiago e João) Malcon, Fariseus, Soldados.
Jesus e seus discípulos quando chegam no Monte das Oliveiras
Jesus: sentem-se aqui, vou rezar.
Pedro, Tiago e João sobem junto com Jesus.
Jesus: minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai comigo.
Eles sentam-se no chão. Jesus vai mais adiante, prostra-se com o rosto em terra e reza.
Jesus: Meu Pai, se é possível, afaste este cálice de mim, contudo, seja feita a Vossa vontade e não a
minha.
Jesus se levanta a vai para junto dos três. Os encontra dormindo. E diz a Pedro:
Jesus: como assim? Não foi capaz de vigiar comigo uma hora! Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação.
Jesus volta para onde estava e reza pela segunda vez.
Jesus: Meu Pai, se é possível, afaste este cálice de mim, contudo, seja feita a Vossa vontade e não a
minha.
Jesus se levanta a vai para junto dos três. Os vê dormindo e os deixa. Volta pela terceira vez para
rezar.
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Jesus: Meu Pai, se é possível, afaste este cálice de mim, contudo, seja feita a Vossa vontade e não a
minha. Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que eu beba, faça em mim a sua vontade, mas se
houver outro modo. Eu tenho tanto medo de não suportar tudo isso, meu Pai.
Jesus se levanta a vai para junto dos três e os acorda com estas palavras:
Jesus: eis que a hora está chegando. Levantem-se, vamos, eis que meu traidor está chegando.
Enquanto Jesus fala estas palavras, vem aproximando-se os guardas e os fariseus com Judas.
Judas: Aquele que eu beijar é ele, prendei.
Judas, então, aproxima-se de Jesus lhe dá um beijo no rosto.
Judas: Salve, Rabi!
Jesus: Judas, com um beijo entregas o Filho do Homem?
Neste momento Pedro corre e corta a orelha de Malcon, servo do sumo sacerdote, e uma pequena
briga se forma, porém, Jesus repreende-os dizendo:
Jesus: (grita)Não Pedro, (Jesus abaixa-se para curar o soldado) embainha de novo a sua espada,
porque todos que usam da espada pela espada morrerão. Pensas que não poderia recorrer ao meu Pai,
que me mandaria num momento mais de doze legiões de anjos, mas como vão cumprir-se as escrituras?
Jesus toca a orelha de Malcon e milagrosamente é restituída.
Malcon: Vejam! Ele curou a minha orelha!

CHEFE DOS SOLDADOS: Soldado em posição.

JESUS: Saíste como quem procura um ladrão, com espadas e bastões, para me prender e todos os
dias eu estava com vocês, ensinando no templo e não me prendeste, mas essa é a vossa hora e do
poder da escuridão.

NARRADOR: Os soldados conduziram Jesus a casa do sumo sacerdote Caifás, onde os doutores da lei e
anciões estavam reunidos. Pedro seguiu Jesus de longe, até o pátio da casa do sumo sacerdote, sentou
com os guardas e pessoas que estavam por ali, para ver como terminaria tudo isso.

ATO QUINTO
NEGAÇÃO DE PEDRO

Personagens: Pedro, Mulher e dois homens (que reconhecem Pedro). Pedro senta do junto com
algumas pessoas. De repente uma das mulheres diza ele:
Mulher: este também não estava em companhia de Jesus?
Pedro: mulher, eu não o conheço!
Um homem: Tu também és um deles!
Pedro: homem, não sou!
Outro homem: você é Galileu, também devia estar junto dele?
Pedro: homem, não sei o que dizes!
Narrador: na mesma hora o galo cantou. Na mesma hora, Pedro, lembrou-se do que Jesus havia
dito a ele, e ele saindo chorou amargamente.
Pedro sai chorando desesperadamente.

ATO SEXTO
CENA DE CAIFÁS

(primeiro entra Jesus com os soldados e depois um a um entre os sumos sacerdotes, sentam se na
mesa)
NARRADOR: Enquanto isso dentro do palácio Jesus é interrogado.

CAIFÁS: Quem és?De onde vens? O que fazes?


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JESUS: Eu sempre ensinei em público e a todo mundo. Interrogue os que me ouviram eles sabem o que
ensinei.

SOLDADO: É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?(bate)

JESUS: Se falei mal, mostra-me onde errei, Mas se falei bem, por que me bates?

SACERDOTE: Vamos escutar os que ouviram suas blasfêmias.(sentam-se)

1° ACUSADOR: Ele cura doentes com magia! Com a ajuda dos demônios... Eu vi.

2° ACUSADOR: Ele expulsa demônio com a ajuda de demônios! Ele se proclama rei dos
judeus.

3° ACUSADOR: Ele se proclama Filho de Deus, e ele disse que ia destruir o templo e
reconstruí-lo em três dias!

4° ACUSADOR: Pior, ele diz ser o pão da vida, e se não comermos e não bebermos o teu
sangue não teremos a vida eterna!

CAIFÁS: Não tens nada a dizer? Nenhuma resposta para essas acusações? Agora eu te
pergunto... Jesus de Nazaré... Diga-nos... És acaso o Messias, o Filho de Deus?

JESUS: EU SOU... E digo-vos mais, um dia vereis o Filho do Homem, a direita de Deus,
vindo sobre as nuvens do céu.

CAIFÁS: (grita) Blasfêmia... Blasfêmia, vocês ouviram para que precisamos de mais
testemunhas! Qual é a sua sentença?

SACERDOTES: A morte... Merece a morte...Morte...

SACERDOTE: Não... Conheço este homem e suas atitudes. Ele é um justo.

CAIFÁS: Cale-se... Vós bem sabeis que a lei nos proíbe de matar, levai-o ao
governador Pôncio Pilatos, ele que o julgue.

ATO SÉTIMO
NO PRETÓRIO

MULTIDÃO: (grita fazendo alvoroço) Matem ele, morte, merecem a morte,etc...PILATOS:


O que significa isto? Que desordem é esta lá fora? O que está acontecendo?

SOLDADO: São os judeus, senhor! Que vem trazendo um tal de Jesus da Galiléia.
PILATOS: Jesus? Aquele que anda pregando por toda parte?

SOLDADO: Este mesmo,senhor!

PILATOS: traga-o aqui!

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SOLDADO: Tragam Jesus!
(os soldados trazem Jesus. Também entram no salão os sacerdotes).

Sacerdote: senhor governador, pedimos que faças alguma coisa contra esse agitador! Se não, o que
pensará o grande imperador César?

PILATOS: Que mau ele fez?

SACERDOTE: Ele é um agitador político, vai contra o Império proclamando ser rei. Além disso
transgride as leis de Moisés!

Pilatos )com muita calma e voz serena a todo instante durante o processo contra Jesus) pergunta a
Jesus em particular

PILATOS: Tu és o rei dos judeus?

JESUS: Perguntas de ti mesmo? Ou por que os outros te disseram isso a meu respeito?

PILATOS: Por que eu te perguntaria isso? Por acaso sou judeu? Tua própria gente te
entregaram a mim. Por que? Que mal fizeste? Tu és rei?

JESUS: Meu reino não é deste mundo. Se fosse, meus ministros teriam lutado para que eu não
fosse entregue nas mãos dos judeus. Mas meu reino não é daqui.

PILATOS: Então tu és rei?

JESUS: Foi para isto que nasci, e para isto vim a este mundo, para dar testemunho da verdade,
todo aquele que é da verdade, ouvi minha voz.

PILATOS: Verdade! O que é a verdade? O que será do mundo sem a verdade, que você tanto
fala?
Pilatos volta a falar com todos com muita calma
PILATOS: Que acusações trazem contra esse homem?

CAIFÁS: Bem... Se não fosse um malfeitor, não teríamos trazido a ti.

PILATOS: Não foi essa a pergunta.

CAIFÁS: Cônsul, sabes que não nos é permitido condenar ninguém a morte.

PILATOS: Morte? O que esse homem fez para merecer tal punição?

CAIFÁS: Ele violou as leis do templo, Cônsul. Ele seduziu o povo, ensinando doutrinas
ofensivas, inaceitáveis.

FARISEU: Com licença, senhor. O sumo sacerdote ainda não falou o maior crime deste homem,
ele se tornou líder de uma seita que o proclama filho de Davi, o Messias, rei prometido dos judeus.
Ele proibiu os seus seguidores de pagarem os tributos ao imperador.

PILATOS: Já interroguei e não encontrei culpa nele. Este é Galileu, não é?


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CAIFÁS: Sim, ele é.

PILATOS: Ora... Pois então, levai-o a Herodes. Ele que o julgue.


(saem elevam-no a Herodes, SOMENTE OS SACERDOTES E OS SOLDADOS).

ATO OITAVO
CENA DEHERODE

NARRADOR: Então, os soldados e os sacerdotes e fariseus levam Jesus até o palácio do rei Herodes.

HERODES: Jesus de Nazaré, este é Jesus de Nazaré? Há tanto tempo quero conhecê-lo! Ouvi falar
coisas maravilhosas sobre você. Disseram-me que você ressuscitou um homem. Você é um homem
de Deus, não é?
(pausa espera uma resposta de Jesus que permanece em silencio)
Sim... Bem, ouvi falar coisas maravilhosas,curas.

SACERDOTE: Alteza, viemos trazê-lo até o senhor, pois, Pilatos diz que é o senhor que deve julgá-lo
por ser o rei.

HERODES: Que mal ele cometeu?

SACERDOTE: Ele é um agitador político. Fala que é Rei! E se coloca contra César!

HERODES: Contra César? Então não posso julgá-lo, mas sim Pilatos! Levem-no até Pilátos!

Todos saem levando Jesus até Pilatos

ATO NONO
CENA 2 DEPILATOS
NARRADOR: Logo se junta uma multidão na frente do Pretório para ver o julgamento de Jesus. Esta
multidão é influenciada pelos sacerdotes que se infiltram para agitá-los contra Jesus.

PILATOS: Mas que gritaria é esta novamente?

SOLDADO: O povo, senhor, que vem trazendo Jesus de volta.

SUMO SACERDOTE: O Rei Herodes mandou trazermos este homem novamente aqui para que o
senhor governador o julgue.
Pilatos: eu já interroguei este homem e não veja nada de mau!
Sacerdote: como não vês nada de mau? Ele é um agitador, vai contra César!
Pilatos volta-se para Jesus

Pilatos: Não vês que tenho o poder de te soltar?


Jesus: Não teria nem um poder sobre mim, se não fosse dado por Deus, Por isso quem me entregou a ti
tem o maior pecado.
Pilatos: Soldados, levem-no e flagelem-no! Espero que isso o façam mudar a posição!

Levam Jesus para ser açoitado. Zombam muito dele. Batem nele. Depois um soldado diz:
SOLDADO:Vocês não dizem que ele é rei? Todo rei tem a sua coroa, e nos preparamos uma pra você.
(trazem a coroa, um dos soldados que esta trazendo a coroa se espeta entrega a outro soldado que
coloca) 7
SOLDADOS: Majestade! (Se ajoelham em forma de reverencia para zombar!Colocar com um pedaço
de pau a coroa para machucar)
Olhem para ele... Rei dos vermes! Salve, o rei dos judeus!
(todos se ajoelham zombando, batem com o chicote na cabeça e riem bastante)
SOLDADOS: Viemos prestar homenagens ao rei! Mas todo rei tem seu manto!
Trazem um manto vermelho e colocam nele.
SOLDADOS: Majestade!(todos se ajoelham zombando) (Depois levam Jesus para trás do palácio)

Pilatos: eu já o interroguei, e não encontrei culpa nele, mas vou resolver de vez esta questão.
Como sabem, cada ano solto um prisioneiro para vocês. Agora temos um famoso e notório assassino
preso (aponta para o lado que vai entrar Barrabás) Barrabás!(entra Barrabás, o povo grita) Qual dos dois
vocês quereis que vos soltem? Barrabás, o assassino? Ou Jesus, chamado Messias?
Barrabás é levado até o Pretório pelos soldados.

Narrador: Barrabás era um assassino muito perigoso. Pilatos quis chamá-lo para tentar convencer a
multidão, através do medo, a deixar Jesus em paz.

PILATOS: Tragam Jesus!

Os soldados trazem Jesus todo flagelado, com a coroa de espinhos e o manto vermelho. E Pilatos
diz:
PILATOS: Eis o homem!
A Multidão diz: “Oh!” de Horror pela cena.
PILATOS: Qual dos dois vocês quereis que vos soltem? Barrabás, o assassino? Ou Jesus, chamado
Messias?

CAIFÁS: Ele não é o Messias! E um impostor! Um blasfemo!(pausa)Liberte, Barrabás (multidão


grita o nome de Barrabás)

PILATOS: Quem quereis que vos solte?(multidão grita o nome de Barrabás e o soltam) E o que
querem que eu faça com Jesus nazareno?

MULTIDÃO: Crucifica-o!(várias vezes)

PILATOS: Ei de crucificar o vosso Rei?

SUMO SACERDOTE: Não temos outro rei além de César!

Narrador: Pilatos, vendo que a multidão estava muito nervosa, chamou um soldado que carregava
uma bacia com água!
Neste momento, Pilatos lava as mãos diante da multidão. Após secá-las, levanta-as diante da
multidão e diz:
Pilatos: Lavo as minhas mãos. Sou inocente deste sangue! Tomai-o vocês mesmos e crucificai-o,
porque não encontro nele crime algum.

Os soldado levam Jesus, colocam uma cruz nos seus ombros e o levam para o calvário. O povo grita
muito.

ATO DÉCIMO
JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ

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Narrador: Jesus segue o seu caminho por meio da multidão. Jesus cai e os soldados puxam ele e
obrigam-no a prosseguir se caminho.
Neste momento Jesus cai, deixando a cruz cair para um lado e ele para o outro.
Soldados: Levanta-te! Depressa! De pé! Ande agora, Rei!
Narrador: Jesus levanta-se com muito esforço e continua seu caminho.

E continuam o caminho.

ATO DÉCIMO PRIMEIRO

JESUS SE ENCONTRA COM SUA MÃE

Narrador: no caminho do sofrimento, dá-se o encontro de Maria com o seu filho. O seu coração é
transpassado por uma lança ao ver o sofrimento de Jesus da mesma forma como já havia profetizado
Simeão no templo, quando Maria e José levaram o menino Jesus para apresentá-lo ao Senhor. Os seus
olhos estão arrasados de lágrimas. Maria encontra-se com Jesus para o olhar nos olhos.
Neste momento Jesus vem carregando a cruz e sendo açoitado pelos soldados. E pela frente vem
ao seu encontro sua mãe com as outras duas Marias ao seu lado. Todas choram, porém, Maria tem um
choro silencioso e profundo. Ela anda um pouco a frente e as outras duas Marias a deixam ir. Ela para um
pouco a frente de Jesus com uma certa distância, e começa a chorar com dor no peito, lembrando a
Nossa Senhora das Dores. Depois de um tempo em que ela encena isso, os soldados a afastam e dizem:
Soldado: afasta-te mulher! Deixai-O continuar! Saia!

ATO DÉCIMO SEGUNDO

SIMÃO, O CIRINEU, AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ


Narrador: Jesus caminha entre a multidão. Cada vez mais cansado e fraco, sob açoites e
cusparadas. Um dos soldados vendo que ele não consegue mais carregar a cruz, obriga um homem que
passava e voltava do campo, Simão de Cirene, a carregar a cruz.
Neste momento aparece Jesus muito fraco carregando a cruz. Os soldados pegam Simão e o
obrigam a carregar a cruz dizendo:
Soldados: Tu aí, ajudai-O!
SIMÃO: O que querem de mim?

SOLDADO: Este criminoso não agüenta mais carregar sua cruz, e tu vai ajudá-lo.

SIMÃO: Não, eu não posso. Não tenho nada ver com isso!

SOLDADO: (grita) Esta desobedecendo minhas ordens. E olhando para Jesus diz: Não vá
morrer antes de chegar ao destino!

ATO DÉCIMO TERCEIRO

VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS


Narrador: O caminho é comprido e parece não ter fim. Jesus não tem aparência nem beleza para
atrair o nosso olhar, nem simpatia para que pudéssemos apreciá-lo. Desprezado e rejeitado pelos
homens, homem sofrido e experimentado na dor; como alguém de quem a gente esconde o rosto.
Então, uma mulher piedosa, chamada Verônica, que não suportava mais vê-Lo assim, tão maltratado e
torturado, enxugou seu rosto.
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Neste momento, Verônica aproxima-se de Jesus, enxuga sua face com muita piedade e amor,
afasta-se. E Jesus continua o caminho. Verônica chora.

ATO DÉCIMO QUARTO


JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
Jesus cai novamente
Narrador: Jesus volta a cair por terra. O caminho até o Calvário é arrasador. Como é possível Jesus
agüentar tanto sofrimento?
Soldados: Vamos lá, levante-se! Fracote! Temos mais o que fazer, não temos o dia todo. Siga o
caminho, vamos!
Prossegue o caminho

ATO DÉCIMO QUINTO

JESUS CONSOLA AS MULHERES

Jesus vem aproximando-se e encontra as mulheres chorando.

Narrador: no meio da multidão que está presente há mulheres que choram ao ver Jesus. Elas
olham para Ele e suas feridas. As dores devem ser horríveis. Jesus apesar do cansaço e do esforço tem
um momento para elas e dirige-lhes uma palavra de consolo.

Jesus: Filhas de Jerusalém! Porque chorais por mim? Chorai antes por vós e por vossos filhos!

Prossegue o caminho

ATO DÉCIMO SEXTO

JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ

Narrador: Jesus volta a cair pela terceira vez. A cruz nos seus ombros torna-se cada vez mais
pesada. Mas não é o peso da cruz que o atormenta, e sim, o ódio que sente a sua volta, o ódio que sai do
interior do coração dos homens.

Soldados: Vamos lá, levante-se! Fracote! Temos mais o que fazer, não temos o dia todo. Siga o
caminho, vamos!

Prossegue o caminho

ATO DÉCIMO SÉTIMO

A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS

Quando chegam ao lugar da crucificação, Jesus deixa a cruz e os soldados tiram suas roupas e
fazem um sorteio com ela.

Narrador: Chegaram ao lugar das execuções chamado “Golgota”, que quer dizer “lugar da caveira”.
Jesus está sem forças, sem defesa e completamente esgotado. Tiraram-lhe as suas vestes e as dividiram
em quatro, mas a túnica a sortearam.

Soldado 1: olhem a túnica. Vamos dividi-la ao meio.


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Soldado 2: Não, não a rasguemos! Vamos antes jogar e tirar a sorte para ver qual de nós é que fica
com ela.

Soldado 3: Ganhei! Ganhei! É minha... a túnica é minha!

Narrador: olhem para Jesus! Ele está despido como um pobre que nada possui. Tiraram-lhe toda a
dignidade.

Narrador: É chegada a hora de Jesus. Esse é o seu maior sofrimento. Jesus deita na cruz sem que o
obriguem, entregando-se como a ovelha no matadouro. Suas mãos e seus pés são pregados. Quanta dor!
Quanto sofrimento! Jesus tem sua carne rasgada por cravos. Por cima da cabeça colocam a inscrição:
“Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”. Aos pés da cruz estão sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, Mulher de
Clopas, e Maria Madalena e, perto de Maria, João, o discípulo amado.
Neste momento, enquanto o comentarista recita as palavras acima, Jesus deita na cruz, os soldados
o crucificam e sobem a cruz. Os outros dois crucificados já estão nas cruzes. As três Marias e João ficam
aos pés da cruz.
Soldado: Salve e rei dos judeus! Vamos, desce dessa cruz agora! Não faz milagres?

E o povo grita injúrias.

Jesus: Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem!

Narrador: Maria, aos pés da Cruz está com o coração partido, desfeito em mil pedaços. Ela já não
tem lágrimas nem forças. Jesus olha para ela e para João e diz:

Jesus: Mãe, eis aí o teu filho. Filho, eis aí a tua mãe.

Neste momento, ainda de joelhos, os dois se olham com dor e se abraçam e choram.

Ladrão mau: Tu não és o Messias? Se é assim, desce dessa cruz e salva-se a ti mesmo e a nós!

Ladrão bom: Cala-te! Tu nem sequer temes a Deus? Tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós,
fez-se justiça e estamos pagando o castigo pelo mal que fizemos, mas ele não fez mal algum! Jesus!
Lembra-te de mim quando vieres com teu reino!

Jesus: Em verdade eu e digo, hoje mesmo estarás comigo no Paraíso!

Jesus: Eloi, Eloi, lemásabachtháni? Meu pai, por que me abandonaste!

Narrador: Jesus, sabendo que tudo estava consumado, disse, para que se cumprisse a Escritura até
o fim:

Jesus: Tenho sede!

Narrador: Estava ali um vaso cheio de vinagre. Fixando, então uma esponja embebida de vinagre
num ramo de hissopo, levaram-lhe à sua boca. Quando Jesus tomou do vinagre disse.

Jesus: Tudo está consumado!

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Jesus: Pai, em tuas mãos, eu entrego o meu espírito!

Jesus inclina a cabeça e morre.

Narrador: De repente, o céu escurece, o véu do Templo é rasgado de cima a baixo, e começa uma
forte tempestade.

Começa uma forte tempestade. Todos saem correndo. Gritando. Depois de um tempo tudo se
acalma.

ATO DÉCIMO OITAVO

JESUS É RETIRADO DA CRUZ

Narrador: Como os dois ladrões ainda estavam vivos foi mandado quebrar-lhes as pernas para
morrerem sufocados com o próprio peso do corpo. Jesus, porém, como viram que já estava morto, não
quebraram as suas pernas, cumprindo-se a profecia de que não lhe quebrariam nenhum osso. Porém,
para se constatar de fato a sua morte, um soldado chamado Longuinho transpassou-lhe a lança do lado
direito chegando ao seu coração. E do lado de Jesus correu sangue e água. Vendo isso o soldado se
converteu.

Enquanto se narra a cena vai acontecendo.

Narrador: José de Arimateia e dois homens desceram o corpo de Jesus da cruz. Maria aproxima-se
e toma Jesus nos seus braços.

Após o narrador ter proferido as palavras acima, faz-se a cena de tirar Jesus da Cruz. Depois
colocam Jesus no colo de Maria e faz-se a Pietá. Depois de muito silêncio, Maria e Jesus ficam imóveis
enquanto o narrador diz as palavras seguintes:

Narrador: não podemos imaginar o sofrimento de Maria ao ver nos seus braços o seu amado filho
sem vida. Ao contemplar Jesus, Maria lembraria certamente do menino que teve nos seus braços no
presépio em Belém, de quando o ensinou a andar, a falar, e de toda o seu crescimento.

Breve silêncio

Narrador: Jesus é retirado dos braços de Maria. É envolvido num lençol e levado à sepultura. José
de Arimateia conseguiu um túmulo novo para Jesus e lá o colocaram.
Enquanto levam Jesus até a sepulture.

ATO DÉCIMO NONO

JESUS RESSUSCITOU

Narrador: no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao túmulo logo pela manhã. Ainda um
pouco escuro viu retirada a pedra que tapava o sepulcro. Olhado para dentro reparou que já não estava
lá o corpo do Senhor.

Maria Madalena: onde está o corpo de meu Senhor? Para onde o levaram?

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Narrador: sem parar de chorar Maria Madalena sai pelo bosque muito triste. Quando encontrar um
homem diferente que pensava ser o jardineiro.

Homem: mulher, porque choras?

Maria M.: Levaram o corpo do meu Senhor e não sei onde o puseram! se foste tu que o levaste,
dizei-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.

Homem: Maria, Maria!

Narrador: de repente Maria Madalena caiu em si e percebeu, que este jardineiro, na verdade era
Jesus.

Maria M.: Mestre, é o Senhor?!

Jesus: Vou partir para junto do meu Pai, mas antes de partir deixo-vos um mandamento novo:
amai-vos uns aos outros como eu vos amei! Só assim tereis parte comigo no céu, se realmente
praticares este mandamento. Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos.

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