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Módulo 8

Recursos Didácticos
Título Módulo 8 – Recursos Didácticos
Copyright © 2010, Instituto Bento de Jesus Caraça
Autor Jorge Peixoto Freitas
Coordenação e supervisão Álvaro Cartas
Edição e revisão Jorge Peixoto Freitas

O presente manual foi elaborado com recurso exclusivo a Software livre

© Instituto Bento de Jesus Caraça


Rua Victor Cordon, 1, R/c, 1249-102 Lisboa
Telefone 21 323 65 00 • Fax 21 323 66 99

Entidade Promotora Entidade Co-Financiadora


PROJECTO MORABEZA
O Projecto MORABEZA surgiu no contexto da cooperação entre duas centrais sindicais: a
UNTC – CS - União Nacional Trabalhadores de Cabo Verde e a CGTP-IN – Confederação
Geral dos Trabalhadores Portugueses. As duas confederações participam na CSPLP –
Comunidade Sindical dos Países de Língua Oficial Portuguesa. Esta cooperação comum
abriu espaços de conhecimento, debate e partilha de experiências que culminaram num
clima de confiança e apoio mútuo.

A cooperação entre as centrais sindicais, de que é bom exemplo a Comunidade Sindical


dos Países de Língua Portuguesa e a cooperação bilateral que a CGTP-IN vem
desenvolvendo com a UNTC-CS, reforça a acção sindical mundial e regional, promovendo
o trabalho digno e com direitos perante as novas formas de organização do trabalho, no
quadro de uma sociedade mais solidária.

A sociedade de informação – sociedade do conhecimento – e a globalização exigem uma


resposta sindical cada vez mais forte, valorizando a cidadania e o primado essencial dos
direitos do homem, dos direitos e das liberdades fundamentais, dos direitos económicos e
sociais, valorizando os direitos e a igualdade entre mulheres e homens e o direito a um
ambiente saudável.

O projecto visa, como primeiro grande objectivo, o combate à designada info-exclusão, na


vertente da utilização da formação a distância, pelas suas potencialidades,
nomeadamente esbatendo as barreiras geográficas e na autonomia de aprendizagem.

A autonomia de aprendizagem que estas tecnologias permitem, adequa-se


particularmente a adultos, cuja formação, maturidade e disciplina lhes permite uma auto-
aprendizagem eficiente que, no entanto, deve ser preparada e potenciada através de
conteúdos especialmente concebidos.

O projecto nasce das necessidades identificadas pela UNTC – CS (União Nacional dos
Trabalhadores de Cabo Verde - Central Sindical) e do seu reforço de capacitação
enquanto parceiro social, bem como do incentivo à utilização das novas tecnologias no
contexto da formação de adultos, visando também criar as condições para o
aprofundamento da cooperação entre as duas organizações congéneres e entre os dois
países – Cabo Verde e Portugal.

Parceiros:
Instituto Bento de Jesus Caraça – IBJC - Entidade Promotora
CGTP-IN – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses
UNTC-CS – União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde - Central Sindical
Instituto António Aurélio Gonçalves
Instituto de Emprego e Formação Profissional de Cabo Verde
NOSi – Núcleo Operacional da Sociedade de Informação
Módulo 8
Recursos Didácticos

ÍNDICE

PROJECTO MORABEZA.............................................................................................3

ÍNDICE...........................................................................................................................4

APRESENTAÇÃO DO MANUAL.................................................................................6

OBJECTIVOS DO MÓDULO........................................................................................7

CAPÍTULO 1
RECURSOS DIDÁCTICOS...........................................................................................8
OS RECURSOS DIDÁCTICOS.........................................................................................................9
Funções........................................................................................................................................9
Critérios para a sua escolha.........................................................................................................9
Utilização....................................................................................................................................10
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................11
QUADROS......................................................................................................................................12
Quadros de escrita a giz.............................................................................................................12
Quadro branco ou cerâmico.......................................................................................................13
Quadro de papel.........................................................................................................................15
Quadro magnético......................................................................................................................17
Regras para a utilização dos quadros........................................................................................19
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................19
MANUAL DE FORMAÇÃO..............................................................................................................20
Regras de concepção.................................................................................................................21
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................22
RETROPROJECTOR......................................................................................................................23
Regras de utilização...................................................................................................................25
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................26
PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS..................................................................................................27
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................28
PROJECTOR MULTIMÉDIA............................................................................................................29
Regras de utilização...................................................................................................................30
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................32

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Recursos Didácticos

GRAVAÇÃO E REPRODUÇÃO VÍDEO...........................................................................................33


Exibição de conteúdos................................................................................................................35
Gravação e visionamento de desempenhos...............................................................................36
Captura.......................................................................................................................................36
Visionamento..............................................................................................................................38
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................39
RESUMO DO CAPÍTULO E ACTIVIDADES A REALIZAR..............................................................40

CAPÍTULO 2
CONCEPÇÃO DE SUPORTES PEDAGÓGICOS......................................................41
AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO................................................................................42
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................43
APRESENTAÇÃO MULTIMÉDIA.....................................................................................................44
Software.....................................................................................................................................44
Funções......................................................................................................................................45
Regras de concepção.................................................................................................................45
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................46
EDIÇÃO DE IMAGEM.....................................................................................................................47
Software.....................................................................................................................................47
Funções......................................................................................................................................48
Regras de utilização...................................................................................................................48
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................49
EDIÇÃO DE VÍDEO.........................................................................................................................50
Software.....................................................................................................................................50
Funções......................................................................................................................................51
Regras de utilização...................................................................................................................51
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................51
ARMAZENAMENTO DOS SUPORTES PEDAGÓGICOS...............................................................52
Software.....................................................................................................................................53
Funções......................................................................................................................................53
Regras de utilização...................................................................................................................53
Perguntas de auto-avaliação......................................................................................................53
RESUMO DO CAPÍTULO E ACTIVIDADES A REALIZAR..............................................................54

BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................56

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Recursos Didácticos

APRESENTAÇÃO DO MANUAL
Numa sociedade cada vez mais exigente e competitiva, os formadores e
formadoras têm de responder a uma diversidade de solicitações
desempenhando, muitas vezes, outras funções que ultrapassam o
âmbito da sua área académica ou profissional e a mera animação de
sessões de formação. Assim, torna-se necessário o domínio de um
conjunto de técnicas que permitam transmitir, de uma forma agradável e
apelativa, toda a informação necessária, num determinado contexto
formativo.

No actual mundo da formação, com o aumento da acessibilidade a meios


informáticos, as apresentações multimédia ocupam um lugar de relevo.
No entanto, o/a formador/a deve começar por conhecer as
características e potencialidades dos recursos didácticos, em particular
dos meios audiovisuais, actualmente considerados “clássicos”,
dominando-os e explorando-os, tanto a nível técnico, como pedagógico.
Sem a aquisição ou aperfeiçoamento de competências relativas a este
domínio, será difícil um bom desempenho e um bom aproveitamento de
técnicas mais avançadas e sofisticadas. É precisamente a este domínio
que dedicamos o Capítulo 1 – Recursos Didácticos.

É este o desafio e o percurso formativo que o presente manual sugere:


da utilização de recursos didácticos como o quadro branco, o projector
de slides, o retroprojector, entre outros, até à fotografia digital, à edição
de vídeo e às apresentações multimédia.

Desde há 20 anos que os recursos didácticos elaborados no presente


módulo incidiam na concepção de transparências e apresentações
power-point. As primeiras caíram em desuso, já nas segundas, sem
dúvida ainda actuais, nos últimos anos tem proliferado o software
disponível para a sua elaboração, de tal modo que optar por explicar um
software, parece-nos uma actividade de restrição à liberdade de escolha.
Por outro lado, a disseminação de tecnologias digitais como fotografia e
vídeo, é um convite a novas concepções de recursos, mas ao mesmo
tempo, uma certidão de inviabilidade de construção de um manual com
todos os softwares explorados exaustivamente. Neste âmbito,
apelidamos o Capitulo 2 - Concepção de Suportes Pedagógicos, mas
na verdade a tarefa de os criar caberá por completo ao/à formando/a.
Mais ainda também sobre ele/a recairá a tarefa de aprender e explorar
os programas que lho permitirão.

Neste modelo de aprendizagem, em que cada formando/a é o/a principal


construtor/a dos seus próprios saberes, este manual não pretende ser
um repositório completo dos conhecimentos sobre a matéria em causa, o
que também não seria possível, mas tão só uma orientação para esse
trabalho de procura e de selecção que cada formando/a se deve habituar
a fazer, e que constitui, sem qualquer dúvida, uma competência
fundamental no exercício da profissão de formador/a que brevemente
iniciará.

Concluindo, este manual não é, nem pretende ser, um ponto de chegada


em termos de conhecimentos sobre a matéria em estudo, mas
fundamentalmente um ponto de partida na aventura fascinante de
aquisição de saberes numa nova área de conhecimentos.

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Recursos Didácticos

OBJECTIVOS DO MÓDULO

1 Classificar os diversos meios audiovisuais.

2 Avaliar vantagens e desvantagens dos diferentes meios


audiovisuais.

3 Utilizar os equipamentos mais comuns na formação.

4 Analisar e avaliar situações específicas de formação e a sua


relação com os recursos didácticos.

5 Preparar materiais pedagógicos para a simulação de


desempenho final.

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CAPÍTULO

1
RECURSOS DIDÁCTICOS

OBJECTIVOS DO CAPÍTULO
Unidade 1 Identificar as funções dos recursos didácticos.
Seleccionar recursos didácticos utilizando critérios de escolha.

Unidade 2 Identificar funcionalidades, vantagens e desvantagens dos quadros.


Conhecer as regras de utilização dos quadros.

Unidade 3 Identificar funcionalidades, vantagens e desvantagens do manual de


formação.
Conhecer as regras de utilização do manual de formação.

Unidade 4 Identificar funcionalidades, vantagens e desvantagens do


retroprojector.
Conhecer as regras de utilização do retroprojector.

Unidade 5 Identificar funcionalidades, vantagens e desvantagens do projector


de diapositivos.
Conhecer as regras de utilização do projector de diapositivos.

Unidade 6 Identificar funcionalidades, vantagens e desvantagens do projector


multimédia.
Conhecer as regras de utilização do projector multimédia.

Unidade 7 Identificar funcionalidades, vantagens e desvantagens da gravação


e reprodução vídeo.
Conhecer as regras de utilização da gravação e reprodução vídeo.

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Recursos Didácticos

OS RECURSOS DIDÁCTICOS 1
Conjunto de Os recursos didácticos têm como principal função, auxiliar
documentos e/ou os/as formandos/as no seu processo de aprendizagem. Tal
aparelhos que facilitam
a aprendizagem.
propósito é atingido pelas seguintes potencialidades destes
recursos:
 Estimulação sensorial
 Activa vários sentidos em simultâneo, o que
melhora a percepção e, por conseguinte, o
processo de aprendizagem;
 Os sentidos respondem a um processo de
habituação, ou seja quando o mesmo estímulo é
repetido invariavelmente, diminui a atenção sobre
o mesmo. No entanto, estes recursos permitem
activar o mesmo sentido de diferentes formas; a
visão, por exemplo, pode ser solicitada para
observação de escrita, desenhos, esquemas,
imagens, etc., minimizando o referido processo de
habituação e aumentando a atenção.
 Sistematização da informação
 A organização da informação e sistematização dos
aspectos mais importantes, funcionam como
importantes facilitadores da aprendizagem.
 Estética
 O ser-humano tem um desenvolvido sentido
estético, que o leva a admirar e contemplar
estímulos interpretados como agradáveis.

Funções  Veicular ideias e informações


 Estimular a percepção e atenção
 Melhorar a memorização
 Estruturar aprendizagens
 Rentabilizar o tempo da formação
 Facilitar a comunicação e a troca de ideias
 Facilitar a actividade do/a formador/a, funcionando
como guia
 Favorecer a relação da formação com a actividade
profissional, pois permitem trazer informações,
imagens e vídeos do exterior, para a sala de
formação.

Critérios para a  Objectivos a atingir com a sua utilização.


sua escolha  Destinatários. As características dos destinatários
condicionam a escolha dos meios, nomeadamente,
habilitações, idade, área profissional, etc.
 Conteúdo da mensagem a transmitir, por exemplo,
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Recursos Didácticos

se é um conteúdo verbal ou visual; se implica um


domínio cognitivo ou psicomotor.
 Condicionalismos materiais. Os recursos didácticos
nem sempre estão ao dispor do/a formador/a. Assim,
é fundamental confirmar antecipadamente quais os
meios que tem à sua disposição.
 Condicionantes do espaço de formação. Por
exemplo, o uso de meios visuais projectáveis, como o
projector multimédia e o projector de slides, é
inadequado em salas que não possam ser
obscurecidas.
 Tempo disponível para a acção de formação. Há
recursos que pelo seu tempo de preparação e de
utilização, podem ser inviáveis para uma acção de
curta duração.

Utilização Apesar da importância real dos recursos didácticos, nunca


se deve esquecer que mais não são do que auxiliares
pedagógicos do/a formador/a. É sobre este/a que recai a
responsabilidade de preparação, concepção e articulação
dos diferentes recursos, tendo em vista a dinamização de
uma sessão com vivacidade, harmoniosa e participativa.
Deste modo o/a formador/a deverá zelar para que os
recursos didácticos cumpram a sua função de o auxiliar a
promover a aprendizagem nos formandos e formandas.

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Recursos Didácticos

A utilização destes meios, por melhor que eles sejam, não


são, por si só, uma garantia de sucesso para a formação.
Aliás a utilização de meios audiovisuais em excesso,
provocando a fadiga dos participantes, ou as deficientes
condições de apresentação, tanto ao nível técnico como
ambiental, poderão comprometer os resultados esperados.
Por vezes, verifica-se que, devido às suas elevadas
qualidades mediáticas, os recursos didácticos são utilizados
para colmatar ou disfarçar lacunas de tempo ou de assunto,
na apresentação dos temas.

Outro aspecto a ter em conta é o de não haver recursos


didácticos específicos para cada objectivo. Para cada
situação certos meios podem ser mais apropriados do que
outros, mas não há eleitos. Todos eles, como veremos, têm
vantagens e desvantagens. As preferências pessoais de
cada formador/a em relação à sua utilização, não devem
afectar a sua escolha quanto aos mais apropriados para
cada situação de formação.

Cada recurso didáctico deve ser estruturado em função de


um determinado grupo, pelo que não há documentos
audiovisuais universais. Sempre que se deseje utilizar
documentos já existentes é necessário fazer uma análise
dos seus conteúdos e verificar a sua adequação aos
objectivos previstos.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Enumere as funções dos recursos didácticos.


2. Enuncie os critérios para a escolha dos recursos
didácticos.
3. Justifique a razão pela qual os recursos didácticos,
mais não são do que auxiliares pedagógicos do/a
formador/a.

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QUADROS 2
Os quadros são os recursos didácticos mais comuns nas
salas de formação e de aulas. Com efeito, na grande maioria
destes espaços, ocupam o lugar central. A sua história é
longa, remontando ao início do sistema educativo com os
quadros de ardósia, hoje em desuso, até aos recentes
quadros interactivos.

Apesar dos modelos desaparecidos e da introdução de


novas tecnologias, os seus princípios de utilização têm-se
mantido relativamente estáveis. Destacam-se como grandes
vantagens a sua facilidade de utilização, a sua
interactividade e flexibilidade.

Quadros de
escrita a giz

Nesta categoria englobam-se os quadros de ardósia e os


sintéticos. Apesar do seu progressivo desuso, ainda os
podemos encontrar em grande número, sobretudo em
estabelecimentos de ensino.

Vantagens Desvantagens
• Baixo custo de aquisição e • Pó de giz. É sem dúvida o maior
utilização. inconveniente deste tipo de
• Fácil utilização, visto não quadro. A sua utilização provoca
necessitar de conhecimentos grandes quantidades de pó,
técnicos específicos. sujando o utilizador e o espaço
• Larga implantação na maioria circundante. Este pó é também
dos estabelecimentos de ensino. prejudicial à saúde.
• Utilização de cores. Existe uma • Posição do/a utilizador/a. O/A
larga variedade de giz de cor. formador/a, ao utilizar este meio,
vira as costas ao grupo,
quebrando-se o contacto visual.

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Vantagens Desvantagens
• Grande interactividade, pois • A informação não é
permite que seja registada, em reutilizável. Sempre que se
tempo real, informação apaga o quadro, a informação
partilhada pelo grupo. desaparece, não podendo ser
• Elevada durabilidade. reutilizada.
• Legibilidade deficiente.
Normalmente o/a utilizador/a não
dá importância aos aspectos
gráficos (letragem, traço, cores,
etc.) de que resulta uma
informação deficiente.
• Provoca momentos de pausa
se o/a formador/a tiver que
transcrever grande quantidade
de informação.

Quadro branco
ou cerâmico

Actualmente este tipo de quadro é o mais utilizado em salas


de formação, dadas as suas vantagens, nomeadamente a
polivalência. A sua principal função é de suporte de escrita
directa, substituindo os primitivos quadros de giz.

Um dos principais cuidados a ter é a correcta selecção e


utilização dos materiais de escrita, visto só existir um tipo
de caneta adequado a este suporte: a caneta de feltro do
tipo não permanente (normalmente tem a designação non
permanent/dry wipe). Este aspecto é importante, visto que
normalmente co-existem nas salas de formação canetas de
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aspecto idêntico, do tipo permanente (normalmente têm a


designação permanent waterproof), próprias para escrita em
quadro de papel ou em acetatos.

Se, por lapso, o/a formador/a utilizar canetas do tipo


permanente no quadro branco, a informação não
desaparecerá com o apagador, podendo provocar uma
situação de embaraço. Ao verificar-se esta situação, deve
proceder-se do seguinte modo: utilizar um pano branco limpo
ou algodão embebido em álcool e limpar com movimentos
não circulares. Nunca utilizar o apagador do quadro
embebido em álcool, porque irá sujar ainda mais o quadro.

Nota Antes de utilizar as canetas no quadro branco, teste-as


previamente num dos cantos e tente apagar com o
apagador, deste modo não prejudicará a visibilidade na
eventualidade da caneta ser permanente. Se não tiver álcool
para apagar a sua experiência, e uma vez que ocupou uma
pequena área, passe com um marcador adequado para
quadro branco, por cima dessa mancha, utilize
imediatamente o apagador.

Para além de permitir a escrita directa, a maioria dos


quadros brancos têm propriedades magnéticas,
conferindo-lhes as vantagens e aplicações do quadro
magnético. Pode ainda ser utilizado como tela, mas neste
caso e devido ao elevado brilho da sua superfície, deve ter-
se o cuidado de não colocar espectadores no eixo de
projecção, a fim de evitar situações de encandeamento.

Na utilização do quadro branco como tela, podemos


complementar a informação obtida por projecção
(retroprojector, projector multimédia, etc.), escrevendo
directamente no quadro. Exemplos: preencher uma grelha
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de avaliação, legendar um organograma ou figura, completar


um esquema técnico; estes elementos são de concepção
detalhada e minuciosa, pelo que a sua preparação prévia e
reutilização é indubitavelmente vantajosa.

Vantagens Desvantagens
• Baixo custo de aquisição. • Posição do/a utilizador/a. O/A
• Facilidade de utilização, visto formador/a, ao utilizar este meio,
não necessitar de vira as costas ao grupo,
conhecimentos específicos. quebrando-se o contacto visual.
• Larga implantação. Bastante • Legibilidade limitada. As
vulgarizado nos espaços de canetas, normalmente
formação. disponíveis, são de traço fino.
• Utilização de cores. Grande • Uso de canetas específicas. Só
variedade de canetas de cor. podem ser utilizadas canetas de
• Elevada durabilidade. feltro do tipo não permanente.
• Não causa pó, pelo que não tem • A informação não é
as desvantagens provocadas reutilizável. Sempre que se
pelo pó de giz. apaga o quadro, a informação
• Polivalência: quadro de escrita, desaparece, não podendo ser
quadro magnético, ecrã em novamente utilizada.
casos particulares. • Provoca momentos de pausa
• Grande interactividade, pois se o/a formador/a tiver que
permite que seja registada, em transcrever grande quantidade
tempo real, informação de informação.
partilhada pelo grupo.

Quadro de papel

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O quadro de papel, também conhecido por quadro de


conferência ou flip chart, é o mais pequeno dos quadros
de escrita utilizados em formação. Habitualmente, tem as
dimensões de 90cmx60cm e está montado num cavalete. A
parte superior do quadro tem uma barra de suporte e fixação
do conjunto de folhas de papel. A placa base do quadro tem
as mesmas características do quadro branco/magnético,
normalmente.

A principal característica deste recurso é que a informação


escrita em cada folha não desaparece e pode ser
reutilizada. É frequente utilizar-se o quadro de papel em
conjunto com outros auxiliares pedagógicos (quadro branco,
retroprojector, etc), já que tem utilizações complementares.
No quadro branco normalmente regista-se a informação
geral e no de papel a informação-síntese o que permite em
qualquer altura relembrar as ideias-chave.

Este quadro é de fácil transporte (mais ainda se só se


transportar o papel), ocupa pouco espaço e alia uma grande
polivalência a uma fácil utilização. Estas características
tornam-no ideal para pequenos grupos.

Apesar das canetas adequadas a este suporte serem do tipo


permanente (waterproot), outros materiais de escrita
podem ser utilizados, como os lápis de cera, de cor,
carvão, etc. Pode preparar-se com antecedência e guardar
para posterior utilização: escrita, esboços, gráficos e figuras.
Toda esta informação pode também ser obtida pela técnica
da projecção já referida para o quadro branco. Sempre que
o/a formador/a prevê que vai repetir o mesmo tema em
diferentes sessões, pode ser vantajoso preparar um álbum
seriado. Este é basicamente um conjunto de folhas com a
informação-síntese ordenada sequencialmente.

Vantagens Desvantagens
• Fácil utilização. • Área para escrita muito
• Baixo custo de aquisição. limitada. Normalmente 90 x 60
• Preparação prévia. A cm.
informação pode estar pronta, ou • Não permite emendar um erro
em rascunho a lápis, para ser sem rasura.
recoberta a tinta durante a • Provoca momentos de pausa
sessão. se o/a formador/a tiver que
• Conservação e utilização transcrever grande quantidade
posterior. Contrariamente aos de informação.
outros quadros de escrita, a
informação não desaparece
podendo, ser reutilizada como
síntese ou recapitulação. As

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Vantagens Desvantagens
folhas podem ainda ser afixadas
ou penduradas na sala de
formação, para consulta, o que
permite retomar discussões de
grupo, resumir opiniões, etc.
• Não suja. A sua utilização não
tem as desvantagens do pó de
giz.
• Diversos materiais de escrita.
• Utilização de cores. Grande
variedade de canetas de cor.
• Fácil transporte. Normalmente
a estrutura é articulada, o que
permite obter um conjunto
compacto para facilitar o
transporte.
• Posição do utilizador. O
formador ao utilizar este meio
não vira completamente as
costas ao grupo.
• Polivalência:
• Quadro de papel
• Quadro branco
• Quadro magnético
• Grande interactividade, pois
permite que seja registada, em
tempo real, informação
partilhada pelo grupo.

Quadro
magnético

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Este quadro é constituído por uma chapa de metal


ferromagnético e permite a fixação de elementos, através de
pequenos ímanes. Ao contrário dos outros quadros a
informação é facilmente manipulada, ultimando em
mobilidade e interactividade. Podem mesmo ser utilizados
com formas tridimensionais, desde que de baixo peso.
Podem ser utilizados com grande eficácia em áreas muito
díspares, a título de exemplo:
 Química – composição de moléculas e rápido
acrescento ou retirada de átomos;
 Gestão – fluxogramas móveis e interactivos;
 Aulas de condução – sinalética e simulações através
das miniaturas;
 Geometria – diversas formas, fielmente construídas;
 Biologia – ecossistemas;
 Desporto – esquemas de jogo.

Vantagens Desvantagens
• Larga implantação visto que os • Preparação complexa e
quadros cerâmicos de escrita, demorada. A utilização deste
muito vulgarizados nos espaços suporte exige uma preparação
de formação, são também do cuidada porque não permite
tipo magnético. improvisos.
• Elementos reutilizáveis. • Realização dos elementos. Os
• Elevada durabilidade dos elementos para este suporte são
elementos. dispendiosos e difíceis de
• Elevada qualidade dos realizar.
elementos se devidamente • Acondicionamento dos
elaborados. elementos. É difícil o seu
• Utilização fluente, pois não há manuseamento e
momentos de pausa já que os acondicionamento,
elementos se encontram principalmente de figuras
previamente preparados. tridimensionais.
• Mobilidade e animação dos
elementos. Os elementos põem-
se e tiram-se facilmente, o que
permite compor e decompor a
informação.
• Afixação de documentos. O
quadro magnético também serve
de quadro para afixação de
documentos utilizando ímanes.
Exemplo: cartazes, fotografias,
diagramas, recortes de jornais,
mapas, etc.

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Regras para a Apesar das diferenças existentes entre os quadros


utilização dos anteriormente apresentados, a sua utilização não é assim
quadros tão variável, pelo que podemos sintetizar as regras comuns:
 Planear previamente o que se irá escrever/desenhar.
 O título da exposição deve ser escrito no início.
 Organizar espacialmente a informação, separar o
quadro para dados essenciais e secundários, ou
proporcionar uma visão perfeita da subordinação dos
dados secundários aos essenciais.
 A utilização do quadro é quase sempre sincrónica ao
do desenvolvimento da exposição, mas, para ganhar
tempo, no início da exposição podem-se lançar os
dados ou itens essenciais, deixando espaço para
preenchimento dos dados secundários no decorrer da
exposição.
 Procurar estar o mínimo de tempo possível de costas;
optar por escrever/esquematizar em pequenas
sequências alternadas com diálogo com contacto
visual com o grupo; pode ser uma boa estratégia falar
enquanto escreve, mas somente se a sua voz se
mantiver natural e audível.
 Assegurar-se que a informação colocada é visível por
todos os/as formandos/as.
 Garantir a legibilidade no tamanho de letras (+ 5cm.),
na sua forma clara e simples e no espaçamento
adequado de letras e palavras.
 Zelar pela correcção gramatical e semântica.
 Antes de iniciar a exposição limpar toda a informação,
bem como no término de cada unidade. No decorrer
da exposição devem ser apagados os elementos de
interesse momentâneos.
 Quando utilizados como tela, atender ao eixo de
projecção para evitar encadeamento.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Enumere os 4 quadros abordados, apresentando uma


vantagem e uma desvantagem exclusivas para cada
um deles.
2. Apesar da utilização ser síncrona e permitirem
improvisação, a informação a colocar nos quadro
deve ser previamente preparada. Justifique.

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MANUAL DE FORMAÇÃO 3

Um dos recursos didácticos centrais na formação, continua a


ser o manual de formação. Entre as inúmeras vantagens que
abordaremos, há uma característica que o torna único em
relação aos restantes recursos didácticos: fica na posse do/a
formando/a, permitindo-lhe a sua consulta sempre que o
desejar.

Apesar de ser o recurso mais antigo, em formação


profissional, está longe de cair em desuso. Na verdade, tem
permanecido quase imutável no seu formato. “Quase”,
porque cada vez mais os manuais têm vindo a ser fornecidos
em formato digital ao invés do papel. Dos critérios que têm
conduzido a esta preferência do digital face ao papel
destacamos os seguintes:
 Ecológico – a poupança no papel é notória. Se todos
os manuais, do presente curso, fossem impressos
para um grupo de 15 formandos/as, seriam
necessárias cerca de 4 500 folhas, impressas na
frente e no verso;
 Económico – pela poupança de papel e tinta;
 Portátil – o/a formando/a ou formador/a podem
transportar uma quantidade de informação colossal, a
qual que seria inviável em formato de papel. Por outro
lado, pode-se copiar facilmente, colocando-o em
diversos computadores e outros dispositivos.
 Fácil consulta – após uma formação a grande
maioria dos/as formandos/as arquiva os seus
manuais. Às vezes votados ao esquecimento, mas
mesmo não sendo este o caso, por vezes a tarefa de
consulta de material arquivado, torna-se tão árdua e

IBJC - Instituto Bento de Jesus Caraça 20


Módulo 8
Recursos Didácticos

demorada que, mesmo para a pessoa mais zelosa e


organizada, implica o sub-aproveitamento dos
recursos outrora recolhidos. No formato digital a sua
organização é muito mais fácil e permite ainda
pesquisas dos documentos existentes num
computador;
 Atractivo – Podem ser utilizadas, imagens, cores e
esquemas sem pudor pelo consumo de papel ou tinta
de impressoras;
 Interactivo – o próprio manual permite ligações para
páginas de internet e outros ficheiros. Permite ainda a
utilização de índices automáticos e funções de
pesquisa no documento. Se ainda não está
familiarizado/a com estas funções, agora é uma boa
altura para experimentar, através do presente manual.

Apesar das vantagens assinaladas, reconhecemos que para


a maioria das pessoas o acto de leitura em papel, possa ser
mais agradável, pelo que o presente manual, encontra-se
também preparado e paginado para uma eventual
impressão.

Vantagens Desvantagens
• Permite a consulta sempre que • Preparação complexa e
o desejar. Seja para confirmar demorada. A utilização deste
um aspecto que não recurso exige uma preparação
compreendeu dos conteúdos cuidada.
abordados, ou para consultar • Depende do auto-estudo
anos após a formação terminar. dos/as formandos/as. Se estes/
• A informação é permanente. as não se empenharem na
Reduz erros perceptivos ou mal- análise e estudo do manual, não
entendidos da informação. há aprendizagem.
• Respeita ritmos individuais. • Pode limitar a auto-
Cada formando/a poderá ler à aprendizagem.
velocidade que lhe agradar e nas Tendencialmente, os/as
alturas mais adequadas. formandos/as assumem que o
• Permite anotações individuais. manual contém toda a
Estas podem ser realizadas informação que é necessário
sobre os próprios conteúdos, conhecer.
tanto no formato de papel como
digital.

Regras de Independentemente do seu formato, a utilidade do manual


concepção de formação é indiscutível, pelo que se torna paradoxal que
os/as formadores/as, frequentemente negligenciem este
recurso, não o elaborando ou fazendo-a com deplorável
qualidade.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

Não pretendemos estender-nos com aspectos da redacção


de texto e concepção de materiais escritos, remete-mo-nos
antes, para aspectos directamente ligados à formação.
Assim o manual deverá:
 Respeitar as regras gramaticais e linguísticas, um/a
formador/a não pode criar um recurso com erros. Por
vezes acontecem lapsos, pelo que peça sempre a
alguém para rever;
 A linguagem deve ser clara e facilmente
compreensível. Um manual não é um conjunto de
palavras-chave, pelo que as ideias devem surgir
inteligíveis e articuladas entre si.
 Ser tecnicamente e cientificamente correcto;
 Organizado e sequenciado de acordo com os
conteúdos a abordar;
 Ter uma apresentação gráfica agradável:
 boa disposição do texto;
 caracteres legíveis;
 aspectos importantes devidamente realçados;
 utilização de cores e imagens para realçar nunca
para criar confusão visual.
 Se forem colocados outros documentos (artigos,
documentos, etc.), colocá-los em anexo e referir
sempre qual o autor;
 Citar sempre as fontes de onde foi retirada a
informação.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Indique as vantagens que o formato digital trouxe para


os manuais de formação.
2. Apresente, de acordo com a sua opinião, quais as 2
principais vantagens e as duas principais
desvantagens deste recurso didáctico.
3. Refira 5 cuidados que o/a formador/a deverá ter na
concepção do manual de formação.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

RETROPROJECTOR 4

O retroprojector começou a ser utilizado em formação


durante a II Guerra Mundial, pelo exército americano, para
diminuir o tempo de instrução militar. Foi o primeiro meio de
projecção a ser utilizado com luz ambiente normal,
permitindo utilizá-lo em complemento e simultaneamente
com outros auxiliares pedagógicos, normalmente os
quadros. O retroprojector foi concebido de forma a projectar
documentos transparentes (acetatos) de grande formato, a
curta distância, produzindo uma grande imagem.

Os documentos transparentes colocam-se sobre uma placa


de vidro (porta-documentos), disposta horizontalmente por
cima duma lâmpada e dum condensador (lente). Por cima do
documento, encontra-se a cabeça de projecção, constituída
por uma objectiva e um espelho. Esta cabeça desloca-se em
altura para permitir a focagem da imagem.

Para obter uma boa visibilidade em luz ambiente normal,


torna-se necessária a utilização de lâmpadas de elevada
potência. Estas produzem muito calor, obrigando que estes
aparelhos tenham sistemas de arrefecimento, o qual pode
causar ruído.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

Vantagens Desvantagens
• Não há obscurecimento da • Conhecimentos específicos.
sala. Ao contrário de outros Este meio requer a
meios projectáveis (projector de aprendizagem de conhecimentos
diapositivos, e grande parte dos técnicos para uma correcta
projectores multimédia), a utilização.
utilização deste meio é feita com • Ruído de funcionamento,
luz ambiente, o que não quebra provocado pela turbina de
o ritmo da exposição. arrefecimento em alguns
• Baixo custo. modelos. Por vezes, mesmo
• Utilização de cores. Existe uma após ter-se desligado a lâmpada,
larga variedade de cores nos a turbina de arrefecimento
materiais para confecção de mantém-se a funcionar até à
documentos projectáveis. normalização da temperatura no
• Economia de tempo. A interior do aparelho.
preparação prévia dos • Preparação prévia. Antes da
documentos poupa o tempo de sessão é necessário fazer uma
escrita que seria necessário série de verificações e ajustes, a
durante a sessão. fim de garantir um correcto
• Durabilidade dos documentos, visionamento.
desde que devidamente • Dificuldade de manuseamento
acondicionados em bolsas dos acetatos.
próprias ou dossiers. • Obstruem a imagem
• Reutilização dos documentos. projectada. A maioria dos
A informação pode ser sempre retroprojectores é de grandes
reutilizada posteriormente na dimensões pelo que dificultam a
mesma sessão ou seguintes visibilidade para a tela.
• Mobilidade e animação dos
elementos. Há documentos que
pela sua construção (em acrílico)
permitem a visualização de
movimentos (exemplo: mostrador
de relógio com ponteiros
móveis).
• Posição do/a utilizador/a.
Sempre frontal ao grupo, não
havendo quebras de
comunicação.
• Escrita directa. Pode ser
utilizado como quadro de escrita.
• Revelação progressiva da
informação. Com a utilização de
máscaras ou acetatos
compostos.
• Utilização combinada. Quando
a imagem é projectada sobre um
quadro de escrita branco ou de
papel, é possível acrescentar
informação ou reproduzir por
cópia, desenhos, gráficos, etc.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

Regras de Antes da sessão:


utilização  Ligar a ficha de alimentação eléctrica à tomada.
 Accionar o interruptor de funcionamento, o que em
condições normais fará acender a lâmpada. Se tal
não suceder, verificar se chega corrente ao aparelho,
se o fusível está fundido ou se a lâmpada está
fundida. Se, após estas verificações, a lâmpada não
acender, o aparelho pode ter uma avaria que só os
serviços técnicos competentes poderão solucionar.
 Regular o tamanho da imagem. Como este aparelho
é de distância focal fixa, o tamanho da imagem
projectada depende da distância do aparelho ao ecrã.
Normalmente a imagem deve encher o ecrã.
 Posicionar correctamente o aparelho face à tela,
de modo a não haver obstrução e distorção na
imagem projectada.
 Focar a imagem projectada. Colocar um acetato no
porta-documentos e rodar o manípulo de focagem até
se obter uma imagem correctamente focada. As
distorções de imagem atrás referidas também afectam
a focagem.

Durante a Sessão:
 Pelas características da retroprojecção o/a formador/a
não precisa de olhar para o ecrã para ver a
informação, visto que o faz directamente no porta-
documentos. Por esta razão, a sua posição é sempre
frontal ao grupo, não havendo, portanto, quebras na
comunicação. O/A formador/a pode, assim,
apresentar simultaneamente a informação oral e
escrita.
 Quando se pretende revelar progressivamente o
conteúdo do acetato devem utilizar-se máscaras. Uma
máscara é normalmente uma folha de papel opaca
que cobre, no acetato, a informação que não se quer
revelar de imediato. A utilização de máscaras
aumenta o interesse do grupo e evita a dispersão da
atenção.
 Sempre que se pretende salientar parte da
informação deve apontar-se directamente no acetato,
nunca apontar directamente na tela, porque o/a
utilizador/a entra no cone de luz e perde o contacto
visual com o grupo.
 Nunca se deve deixar o aparelho ligado em
permanência. Não se deve ligar o aparelho sem se
certificar que o documento a apresentar está
correctamente colocado. Após a apresentação de

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Módulo 8
Recursos Didácticos

cada documento deve desligar-se o aparelho, o que


faz regressar a atenção do grupo ao/à formador/a.
 O retroprojector também permite a escrita directa
como se se tratasse dum simples quadro de escrita.
Neste caso, escreve-se sobre um acetato colocado no
porta-documentos, com o aparelho ligado. Desta
forma também se pode acrescentar informação
suplementar em documentos já elaborados.
 Outra possível utilização deste aparelho é a
apresentação de objectos transparentes e silhuetas
de opacos.
 A informação pode ser repartida por vários acetatos,
que ao serem sobrepostos progressivamente, vão
criar a informação final - acetato composto.
 Em casos particulares o retroprojector pode ser usado
para reproduzir, por cópia, desenhos, gráficos e
figuras, em quadros de escrita (ver Quadro branco).

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Apresente, de acordo com a sua opinião, quais as 2


principais vantagens e as duas principais
desvantagens deste recurso didáctico.
2. Uma grande vantagem do retroprojector face a outros
recursos didácticos, é permitir que o formador/a esteja
de frente para o grupo. Apresentes as características
do equipamento que possibilitam esta posição, e
complemente com os cuidados que o/a formador/a
deverá ter para a manter, aquando a utilização deste
recurso.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

PROJECTOR DE
5
DIAPOSITIVOS

Este equipamento foi criado simultaneamente com a própria


fotografia, sendo basicamente uma forma de ampliar e
projectar as películas fotográficas. No entanto, foi após a II
Guerra Mundial, que o projector de diapositivos passou a ser
utilizado na formação e no ensino. Desde essa altura, que os
seus componentes básicos permaneceram inalterados:
1. Lâmpada;
2. Sistema de lentes para aumento e projeccção;
3. Sistema de arrefecimento;
4. Carregador de diapositivos;
5. Comando, inicialmente manuais, seguidamente
automáticos, até aos mais recentes comandos à
distância.

O diapositivo (ou slide), como o seu nome indica, é uma


imagem transparente positiva, em filme (película fotográfica),
normalmente colorida, montada num caixilho de plástico
para facilitar a projecção. Obtém-se utilizando películas
fotográficas. Após ser tirada a fotografia, por revelação
obtém-se directamente imagens prontas a ser visionadas.
Cada diapositivo é, assim, um original único, pois a película
utilizada para fotografar é ela própria utilizada para
visualizar.

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Recursos Didácticos

Um diapositivo mal protegido (caixilho simples) está sujeito a


numerosos danos de utilização. Os mais comuns são: as
impressões digitais e os riscos na película, resultantes do
manuseamento ou mau acondicionamento; a degradação da
imagem resultante do calor do feixe de projecção; e o efeito
das poeiras. Por estas razões cada diapositivo deve ser
protegido por caixilhos especiais. Nestes caixilhos, a película
fica entalada entre dois finos vidros especiais. Além de
proporcionarem uma eficaz protecção aos danos
mencionados, também mantêm a película no mesmo plano,
evitando que empole com o calor, o que provoca desfoque
na imagem.

Um dos aspectos mais importantes na utilização deste meio


é o correcto posicionamento dos diapositivos a projectar,
pois das oito posições possíveis só uma é correcta. Torna-se
necessária uma sequenciação e posicionamento prévio,
extremamente zeloso.

Vantagens Desvantagens
• Qualidade da imagem • Obscurecimento da sala.
projectada. • Impossibilidade de intervenção
• Facilidade de transporte do directa sobre o documento.
projector. • Dificuldade de utilização
• Facilidade de obtenção de combinada com outros meios
assuntos. Tudo o que se pode audiovisuais.
fotografar é utilizável. • Posição do aparelho. Afastado
• Rapidez de apresentação da e em posição oposta à do
imagem. formador.
• Compatibilidade. Os formatos • Elevado custo na produção dos
dos slides estão normalizados diapositivos.
mundialmente. • Não existem cópias. Uma vez
• Facilidades de utilização do perdidos ou deteriorados os
projector: controlo remoto, diapositivos a informação perde-
focagem, avanço e retrocesso de se para sempre.
imagem.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Porque motivo não se podem realizar cópias dos


diapositivos?
2. Apresente, de acordo com a sua opinião, quais as 2
principais vantagens e as duas principais
desvantagens deste recurso didáctico.

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Recursos Didácticos

PROJECTOR MULTIMÉDIA 6

Nos últimos anos, este recurso aumentou drasticamente a


sua qualidade, ao mesmo tempo que o seu preço diminuiu a
ponto de tornar a sua compra acessível a qualquer centro de
formação. Apesar de permitir ligação a várias fontes (áudio e
imagem), é a sua ligação ao computador que o coloca na
vanguarda da multimédia. Sem termos a pretensão de
estabelecer uma definição geral, mas somente com o intuito
de se clarificar o conceito, pode considerar-se que
multimédia é a tecnologia que permite a integração, num
mesmo documento, em linguagem digital, de diferentes
“media” como: textos, grafismo, sons, imagens reais fixas e
animadas em duas (2D) ou três dimensões (3D). Assim,
associado ao computador é possível juntar as vantagens de
vários recursos num só:

Desenho

Gráficos Texto

Multimédia

Som Vídeo

Fotografia

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Recursos Didácticos

Vantagens Desvantagens
• Polivalência de utilização • Custo elevado da lâmpada.
(vídeo e computador). • Conhecimentos específicos.
• Portabilidade. Obriga o/a utilizador/a a ter
• Controlo da imagem alguns conhecimentos técnicos
projectada por controlo quanto à interligação e operação
remoto, nomeadamente para do aparelho.
suspender a projecção. • Software específico para a
• Não há obscurecimento da produção dos suportes.
sala. • Tempo de concepção dos
• Imagem de grandes recursos elevado, quando
dimensões. utilizados os recursos
• Imagem de qualidade. multimédia.
• Silencioso.

Regras de Os passos a seguir apresentados, reportam-se à utilização


utilização de um projector multimédia com um computador, pois é a
utilização mais habitual em formação. No entanto, como foi
referido anteriormente, este dispositivo pode ser utilizado
com outros equipamentos, como leitores de DVD ou
câmaras de filmar. Na verdade as conexões destes
dispositivos são bem mais simples do que as aqui referidas,
contudo dependem do tipo de ligações existentes (variável
entre marcas), pelo que recomendamos uma rápida consulta
do manual do seu equipamento.

Cuidados com o equipamento:


 Proporcionar ventilação suficiente ao projector;
 Não olhar directamente para a lente enquanto está
ligado;
 Não cobrir a lente com a tampa enquanto estiver
ligado;
 Não desligar a corrente eléctrica enquanto estejam a
funcionar os ventiladores de refrigeração;
 Evitar qualquer movimento brusco do projector
quando está ligado e/ou quente.

Antes da sessão:
 Posicionar correctamente o aparelho face à tela,
de modo a não haver obstrução e distorção na
imagem projectada.
 Conectar os dispositivos. Todas as ligações entre
aparelhos devem ser realizadas com estes
desligados. Não se esqueça que se pretende exibir
conteúdos com som deve ligar umas colunas externas
ao computador.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

 Ligar a ficha de alimentação eléctrica à tomada, de


todos os dispositivos. Verifique se acendem os LEDs
(luzes) de sinalização de corrente.
 Accionar o interruptor de funcionamento, o que em
condições normais fará iniciar o aparelho. Atenção
que ele demora um pouco até se encontrar em
condições de projectar a imagem Se tal não suceder,
verificar se chega corrente ao aparelho, se o fusível
está fundido ou se a lâmpada está fundida. Se, após
estas verificações, a lâmpada não acender, o
aparelho pode ter uma avaria que só os serviços
técnicos competentes poderão solucionar.
 Iniciar o computador. É importante que ligue em
segundo lugar o computador, de forma a permitir que
este reconheça o projector multimédia.
 Verificar a fonte de entrada. Deverá ser
seleccionada, no projector multimédia, a entrada
“computador” ou “VGA”.
 Passar a imagem do computador para o projector
multimédia. Este é o passo em que, frequentemente,
os/as formadores/as apresentam mais dificuldades.
Para o fazer eficazmente deverá conhecer o software
da sua placa gráfica. Não confie na ajuda de outras
pessoas, é da sua responsabilidade garantir uma
utilização de recursos eficaz. Assim, teste
antecipadamente e leia a ajuda do seu software.
 Regular a imagem. Normalmente a imagem deve
encher o ecrã. Se a imagem estiver com a forma de
um trapézio, existe uma função denominada
“keystone” que corrige esta deformação.
 Focar a imagem projectada. Projectar um texto e
regular a focagem até se obter uma imagem nítida.
 Obscurecer a sala se necessário.
 Testar exaustivamente todos os recursos que
tenciona usar: não basta verificar que funciona, teste
apresentações, gráficos e principalmente vídeos (são
os recursos que mais penalizam formadores/as pouco
precavidos) que vai utilizar.

Durante a Sessão:
 Não precisa de olhar para o ecrã para ver a
informação, visto que o faz directamente no seu
computador. Por esta razão, a sua posição é sempre
frontal ao grupo, não havendo, portanto, quebras na
comunicação. O/A formador/a pode, assim,
apresentar simultaneamente a informação oral e
escrita.

IBJC - Instituto Bento de Jesus Caraça 31


Módulo 8
Recursos Didácticos

 Sempre que se pretende salientar parte da


informação deve apontar-se lateralmente à tela ou,
preferencialmente, utilizar um apontador.
 Nunca passar à frente da projecção. Da mesma forma
se tiver que o fazer não deve tentar baixar-se
ineficazmente, pois ainda vai chamar mais a atenção
da plateia para algo desadequado. A forma correcta é
suspender a projecção.
 Suspenda a projecção sempre que não necessitar dos
conteúdos, ou se estiver a dialogar com os formandos
e formandas. Há várias formas de suspender a
projecção:
 Utilizar a função para este efeito do próprio
projector, normalmente contida no comando a
distância. A sua designação é variável “snooze”,
“suspend”, “blank screen”, etc.;
 Se estiver a usar um programa de apresentação,
normalmente a tecla “ponto” coloca a imagem
negra, depois é só pressionar novamente para
retomar;
 Colocar um cartão frente há projecção junto do
projector. Tenha em atenção para não bloquear a
entrada de ar.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Apresente, de acordo com a sua opinião, quais as 2


principais vantagens e as duas principais
desvantagens deste recurso didáctico.
2. Enumere os passos a seguir na preparação, deste
equipamento, previamente a uma sessão de
formação.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

GRAVAÇÃO E REPRODUÇÃO
7
VÍDEO

O/A leitor/a mais atento certamente se intrigará com o título


da actual unidade, pois ao contrário dos anteriores não se
reporta a um equipamento. Na verdade, o título original seria
câmara de filmar e vídeo-gravador, e estes sim, são
equipamentos. Todavia, fruto da inovação tecnológica, tal
nomenclatura seria no mínimo redutora, pois actualmente
existem muitos mais meios e formatos de captura e
reprodução vídeo. Aliás o próprio vídeo-gravador tem vindo a
ser substituído por formatos digitais (ex.: DVDs, Vídeo CD,
ficheiros vídeo, etc.). E, mesmo na gravação, os cânones
estabelecidos têm sido cada vez mais desafiados, o custo
destes dispositivos tem vindo a tornar-se cada vez mais
acessível, e a sua portabilidade cada vez maior. Denote-se
que um simples telemóvel, se bem que com pouca
qualidade, permite-nos fazer um registo vídeo em formação,
de um aspecto que pode ser importante rever mais tarde.

Neste âmbito, na presente unidade, focaremos aspectos


genéricos da utilização de vídeo em formação, comuns a
todos os equipamentos que permitam gravação e/ou
reprodução.

Nota Devido à multiplicidade de equipamentos e ligações entre


estes, é-nos impossível elaborar um tutorial suficientemente
detalhado e compreensível para ser útil ao/à formador/a.
Recomendamos a leitura do capítulo referente ao tópico de
“ligações” no manual do seu equipamento. Na página
www.ceaconnectionsguide.com é apresentada uma lista de
diversos equipamento de som e imagem, e indica-lhe ainda
qual a conexão recomendada entre eles.

IBJC - Instituto Bento de Jesus Caraça 33


Módulo 8
Recursos Didácticos

Vantagens Desvantagens
• Reprodução do movimento. Ao • Conhecimentos específicos.
contrário de outros recursos Este meio requer conhecimentos
permite registar e observar, técnicos para uma correcta
execuções e comportamentos. utilização.
• Possibilidade de exploração. • Preparação prévia. Antes da
As várias funções dos sessão é conveniente fazer uma
reprodutores vídeo (busca rápida série de verificações e ajustes, a
da imagem, pausa e câmara fim de garantir um correcto
lenta) permitem uma melhor visionamento.
exploração do conteúdo dos • Custo elevado. As câmaras de
videos. Possibilitam filmar de boa qualidade de
nomeadamente, recuar tantas imagem, ainda apresentam
vezes, quanto a compreensão do preços elevados.
filme o exigir, e fazer paragens • Incompatibilidade entre
sobre a imagem cada vez que formatos. Regista-se tanto entre
um participante o desejar. formatos de gravação (uma
• Posicionamento do/a cassete gravada numa câmara
formador/a. Desde que munido pode não ser lida noutra, como
dum comando à distância, o/a nas ligações (os cabos são
formador/a tem possibilidade de exclusivos das marcas de
controlar as funções do aparelho fabricantes).
de qualquer ponto da sala. • Requer trabalho de montagem
• Larga implantação. Com a e realização, por vezes
massificação dos formatos extremamente demorada.
digitais, é cada vez mais simples
utilizar o vídeo particularmente,
na sua exibição.
• Suporte reutilizável. A fita
magnética e os formatos digitais,
podem ser gravados por diversas
vezes, o que também representa
uma economia apreciável.
• Permite a montagem. Por
cópia, permite a selecção e
ordenamento de assuntos a
partir de um original.
• Reprodução instantânea.
Utilizando uma câmara é
possível a reprodução imediata,
num televisor, da gravação
efectuada.
• Reutilização dos documentos.
A informação pode ser reutilizada
na mesma sessão ou seguintes.
• Utilização combinada. Durante
a gravação podem ser utilizados
outros recursos didácticos.

A utilização deste recurso, em formação, prende-se com


duas modalidades:
 Exibição de conteúdos
 Gravação e visionamento de desempenhos

IBJC - Instituto Bento de Jesus Caraça 34


Módulo 8
Recursos Didácticos

Exibição de Aqui enquadra-se a exibição de conteúdos previamente


conteúdos elaborados ou preparados, nomeadamente;
 Documentários;
 Filmes e séries de autor;
 Filmes didácticos;
 Edições de vídeo pelo/a formador/a.

Os documentários, revelam-se auxiliares preciosos, para


explorar diferentes perspectivas sobre os conteúdos. Por
exemplo a sua visualização, permitirá observar experiências
não exequíveis em sala de formação, bem como ouvir
opiniões de outros especialistas, para além da do/a
formador/a, o que incrementa a qualidade da formação, bem
como desenvolve processos cognitivos de análise e reflexão.

No recurso a filmes e séries, é importante uma utilização


marcadamente com fins pedagógicos. Os/As formandos/as
tendem a percepcionar esta actividade como lúdica e de
ócio, quando na verdade, apesar de lúdica e atractiva é,
acima de tudo, de aprendizagem. Assim o/a formador deverá
ser extremamente criterioso na sua selecção, tendo em vista
a relevância para os conteúdos, bem como informar da
actividade de análise e exploração que é esperada por parte
dos/as formados/as.

Apesar da antiguidade do cinema, só durante a II Guerra


Mundial, este se afirmou como um importante auxiliar
pedagógico, tendo sido elaborados filmes didácticos, para
fins de instrução militar. Após a guerra, a experiência
adquirida foi transposta para a formação profissional. Estes
filmes obedem a uma estrutura semelhante à da organização
de uma sessão de formação (ver manual M7-
Operacionalização da Formação – Capítulo 3 – Unidade 3),
onde se incluem recomendações de actividades. O filme
garante uma excelente qualidade de imagem e som e uma
apreciável durabilidade. Os custos de produção são bastante
altos, e a sua exploração exige alguns conhecimentos
especializados.

Com o incremento da acessibilidade a equipamento de


gravação e reprodução de vídeo, o/a formador/a tem na mão
dois utensílios que podem modificar consideravelmente os
hábitos pedagógicos. Neste momento, o/a formador/a pode
capturar e editar os seus próprios vídeos.

IBJC - Instituto Bento de Jesus Caraça 35


Módulo 8
Recursos Didácticos

A câmara de filmar é um valioso instrumento, os sons e


imagens são registadas nos mais diversos ambientes,
imediatamente verificadas, imediatamente visualizadas e
repetidas tantas vezes quanto desejadas, montadas,
manipuladas, introduzir-lhe títulos, etc. Possibilita a exibição
de anteriores gravações realizadas pelo/a formador/a, tendo
em vista a visualização de comportamentos que não
poderiam ser apresentados em contexto de formação. Ex.:
numa formação em higiene e segurança no trabalho, o/a
formador/a poderá gravar-se a si próprio/a a manobrar uma
empilhadora.

O vídeo é um verdadeiro meio de expressão, torna-se


escrita, memória, banco de imagens ou de dados científicos.
Torna-se actividade artística, ou prolongamento de outras
criações.

Gravação e Este é o recurso ideal para o treino de competências. A


visionamento de gravação do/a formando/a, e posterior visionamento, permite
desempenhos uma discussão rigorosa e criteriosa. É um precioso auxiliar
da formação, seja em sala, seja na oficina ou na prática em
contexto real de trabalho. É o meio de observação mais
rigoroso que analisará imagem a imagem o saber-fazer e o
saber-ser. Permite visualizar normalmente, acelerar, em
câmara lenta, ver uma imagem estática e repetir quantas
vezes for necessário.

Captura De seguida vamos enumerar uma série de conselhos


práticos que permitem melhorar a qualidade das gravações
efectuadas, tanto a nível doméstico, como em situações de
formação:
 O primeiro, e talvez o mais importante, é conhecer
bem o equipamento que vai utilizar. É por isso
importante, ler atentamente o manual de instruções.
 Antes das gravações, principalmente em exteriores,
deve confirmar:
 se tem todo o equipamento de que irá necessitar;
 se tem as baterias carregadas;
 se tem o número de suportes de gravação
suficiente (cassetes, DVDs, cartões).
 Na captação de imagens, se não tiver tripé, tente
apoiar a câmara ou assuma uma pose estável, sem
ser rígida, de modo a que a imagem seja estável e os
movimentos suaves e regulares.
 Para uma maior estabilidade quando se está de pé,
afaste ligeiramente as pernas e junte os cotovelos ao
corpo.

IBJC - Instituto Bento de Jesus Caraça 36


Módulo 8
Recursos Didácticos

 Coloque as mãos de modo a conseguir operar


facilmente as teclas necessárias (principalmente a do
disparador e a do zoom).
 A correia que aperta a mão direita à câmara, deve
estar bem ajustada.
 Encoste bem o Olho à ocular do visor. Se tiver de se
deslocar durante a gravação, tente fazê-lo com os
dois olhos abertos para poder ver para onde se
desloca, em segurança.
 Mantenha normalmente a câmara na horizontal. Tente
alinhar as linhas horizontais e verticais com os limites
do enquadramento.
 Tenha em atenção a duração dos planos. Planos
muito extensos do mesmo assunto tornam-se
cansativos. Planos demasiado curtos podem não ter
tempo suficiente de observação.
 Sempre que possível grave com boas condições de
luz. Apesar destes aparelhos funcionarem com pouca
luz, a qualidade da imagem degrada-se com a
diminuição da intensidade luminosa.
 A câmara usada à altura dos olhos é o ponto de vista
mais vulgar (normal), mas não é o único. Se for usado
o ponto de vista alto (plano em picado), as pessoas
ou objectos parecem mais pequenos e mais próximos
do que na realidade. Se o ponto de vista for baixo
(plano contrapicado), com a câmara apontada para
cima dá a sensação de que o assunto fica maior ou
mais alto do que na realidade é.
 Um dos movimentos de câmara da linguagem
cinematográfica é o zoom, obtido pela variação
contínua da distância focal da objectiva. Este
movimento pode ser de dois tipos:
 zoom in ou de aproximação, que transporta o
espectador do geral para o particular;
 zoom out ou de afastamento, que transporta o
espectador do particular para o geral.
Estas variações devem ser contínuas e regulares
(sem saltos). No início e no final de cada zoom deve
fazer-se um plano fixo de alguns segundos. Os zooms
de aproximação têm que ser feitos com a câmara
bem estabilizada, pois os mais pequenos movimentos
provocam grande instabilidade na imagem.
 Não abuse do zoom, porque além de tornar o
programa cansativo, gasta mais a bateria.
 Os movimentos de câmara mais comuns são as
panorâmicas, que podem ser de dois tipos: horizontal
(pan) e vertical (tilt). As panorâmicas servem

IBJC - Instituto Bento de Jesus Caraça 37


Módulo 8
Recursos Didácticos

sobretudo para descrever um cenário demasiado


extenso, ou para acompanhar um assunto em
movimento. Estes movimentos devem ser
suficientemente lentos para que se possa analisar a
imagem. No início e no fim de cada panorâmica deve
existir um plano fixo, correctamente enquadrado, com
cerca de cinco segundos de duração.
As panorâmicas horizontais do tipo descritivo fazem-
se normalmente da esquerda para a direita, por serem
mais facilmente ''lidas'' pelo espectador.
 Outro movimento de câmara é o travelling, que se
obtém se a imagem for captada com a câmara em
movimento. O travelling permite o acompanhamento
de um assunto em movimento, bem como a
aproximação ou o afastamento da câmara a um
assunto. O resultado destes movimentos é diferente
do obtido com o zoom de aproximação ou de
afastamento. Os zooms não alteram a perspectiva do
enquadramento, ao contrário dos travellings que a
alteram.
 Nunca faça movimentos contrários em relação ao
mesmo assunto. Por exemplo: zoom in seguido de
zoom out, ou panorâmica à direita seguida de
panorâmica à esquerda.
 Evite o excesso de movimentos de câmara, a não ser
que esteja a acompanhar pessoas ou objectos em
movimento.
 Em enquadramentos com seres vivos, a olharem para
qualquer dos lados, ou quando se acompanha um
assunto em movimento, deve deixar-se espaço à
frente.

Visionamento Seleccionar
Primeiro que tudo é necessário seleccionar o material a
visionar, criando notas de aspectos relevantes para os quais
chamar a atenção. Nos filmes, o/a formador/a deverá
seleccionar as partes significativas para exibição. De
seguida, preparam-se as actividades, cuja realização será
solicitada aos/às formandos/as em sequência do
visionamento, bem como eventuais listas de perguntas.

Preparar
Confirmar a existência dos equipamentos necessários, a sua
compatibilidade, e o seu funcionamento; verificar se em
todos os lugares se vê suficientemente bem e sem esforço,
acertando os níveis de som e de luz;

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Módulo 8
Recursos Didácticos

Instruir
Fornecer instruções, anunciando aos/às formandos/as o que
vão ver, quais os objectivos, o que deverão fazer durante o
visionamento (tomar notas, reparar em certas passagens ou
pormenores, etc.) e que actividade será realizada após a
exibição;

Exibir
Convém não esquecer que, embora, por si só, o vídeo seja
motivador, durante a exibição, os/as participantes estão
passivos/as, o que poderá conduzir a desmotivação e, a
certas horas, a sonolência. Neste âmbito o/a formador/a
deve manter actividade, dirigir a atenção para aspectos
importantes, mantendo os formandos sempre expectantes e
activos. Uma vez que o/a formador/a já visionaram o vídeo,
na fase de selecção, devem agora observar, continuamente,
as reacções dos/as participantes.

Analisar
No final, pedir opinião aos formandos e formandas sobre o
que acabaram de ver, tendo em vista a partilha de opiniões,
bem como eventuais esclarecimentos de dúvidas,
despertadas durante a exibição.

Sintetizar
apresentar, no fim, os pontos principais, discutindo as
reacções dos formandos que observou, e sintetizando os
pontos-chave que o grupo deve reter.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Apresente, de acordo com a sua opinião, quais as 2


principais vantagens e as duas principais
desvantagens deste recurso didáctico.
2. Diferencie as duas modalidades de utilização de vídeo
em formação: exibição de conteúdos e gravação e
visionamento de desempenhos. Apresente ainda dois
exemplos de utilização em formação, para cada
modalidade.
3. Enuncie os passos a realizar, a fim de garantir um
visionamento de qualidade.

IBJC - Instituto Bento de Jesus Caraça 39


Módulo 8
Recursos Didácticos

RESUMO DO CAPÍTULO E
8
ACTIVIDADES A REALIZAR
Unidade 1 Os recursos didácticos têm como principal função, auxiliar
os/as formandos/as no seu processo de aprendizagem. Para
além de promoverem estimulação sensorial, sistematizam a
informação de uma forma esteticamente agradável. No acto
da sua escolha, o/a formador/a deve considerar os
objectivos, destinatários, conteúdo da mensagem,
condicionalismos materiais, condicionantes do espaço e
tempo disponível; pois só assim, estes recursos lhe poderão
ser úteis como auxiliares pedagógicos.

Unidade 2 a 7 Tempo de Facilidade


Custo
Dimensão do
Interacção
Preparação de utilização grupo

Quadros

Manual de formação

Retroprojector

Projector de
diapositivos

Projector multimédia

Vídeo

Actividades a 1. Tendo como base a sua simulação de desempenho final,


realizar seleccione e prepare os recursos didácticos a utilizar,
tendo em de acordo com os objectivos, destinatários,
conteúdo da mensagem, condicionalismos materiais,
condicionantes do espaço e tempo disponível.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

CAPÍTULO

2
CONCEPÇÃO DE SUPORTES
PEDAGÓGICOS

OBJECTIVOS DO CAPÍTULO
Unidade 1 Analisar a relação do/a formador/a com as novas tecnologias na
formação.

Unidade 2 Identificar funcionalidades da apresentação multimédia.


Conhecer as regras de concepção da apresentação multimédia.

Unidade 3 Identificar funcionalidades da edição de imagem, em formação.


Conhecer as regras de utilização da edição de imagem, em
formação.

Unidade 4 Identificar funcionalidades da edição de vídeo, em formação.


Conhecer as regras de utilização da edição de vídeo, em formação.

Unidade 5 Identificar funcionalidades da gravação e edição de CD/DVD.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

AS NOVAS TECNOLOGIAS NA
1
FORMAÇÃO
A atitude comportamental da maioria dos/as formadores/as
face a uma novidade pedagógica e didáctica que extrapola
o domínio específico das competências adquiridas é, ao
menos inicialmente, de reserva, ou resistência passiva. No
caso das Tecnologias de Informação e Comunicação esta
atitude é reforçada por uma característica intrínseca aos
novos dispositivos: a sua rápida evolução.

“Esperar para ver em que param as modas”, se é um


plebeísmo que tem alguma razão de ser, dada a permanente
mudança de processos e modelos, também não deixa de se
transformar num justificativo eficaz para o comodismo dos/as
que aguardam que os sistemas estabilizem a fim de que, um
dia mais tarde, se possam debruçar com alguma
tranquilidade sobre o saber de experiências construídas por
outrém. A reserva face à novidade, quando aceite de forma
consensual pela comunidade profissional em que o sujeito
se insere, tranquiliza a consciência, justifica a atitude
conservadora e os processos da prática profissional
estanques e estagnados. E muito embora um /a formador/a
não seja, por inerência de funções profissionais, um agente
passivo do saber científico, pedagógico e didáctico, por
vezes, assume uma atitude conservadora, sobretudo se a
nova esfera do saber requer uma competência científica e
tecnológica que se situa para lá das suas apetências
disciplinares.

O reconhecimento da existência de minorias que assumem a


tarefa de inovação tecnológica e experimentação
pedagógico-didáctica reforça esta atitude, até ao momento
em que a novidade laboratorial se transforma em realidade
experimentada e, pela sua presença incontornável, ameaça
contaminar metodologias de processos de trabalho há muito
adquiridos e rotineiramente aplicados.

A dificuldade individual de dominar modos e processos


proveniente de esferas até agora separadas do saber, com
ênfase especial para novos softwares e o multimédia, pode
levar o/a formador/a a sentir-se ultrapassado/a, impotente
face à complexidade e dinâmica da novidade, incapaz de a
transmitir em termos pedagógico-didácticos aos seus
formandos e formandas.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

Quando esta atitude psicológica se instala, o/a formador/a


sente-se questionado/a na sua competência profissional,
tanto mais que os/as formandos/as trazem do exterior
notícias entusiásticas e, por vezes, hiperbólicas sobre jogos
da galáxia multimédia, quando não mesmo de novos
produtos interactivos já aplicados com sucesso por outros
profissionais.

As acções de formação para formadores/as, se necessárias,


não são no caso presente, condição suficiente para uma
correcta aquisição e aplicação de novas estratégias de
ensino, na medida em que a maioria dos recursos didácticos
e tecnologias pressupõe uma prática individual continuada e
uma atitude de investigação permanente. Em suma, para se
manter auto-suficiente, confiante e competente, é imperativo
conjugar o binómio aprender e ensinar numa dialéctica
permanente, quiçá até ao fim da sua vida profissional.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Refira o motivo pelo qual alguns formadores e


formadoras adoptam uma postura de resistência face
às novas tecnologias na formação.
2. Justifique em que medida só é possível manter-se
competente, na utilização das novas tecnologias,
através da auto-formação.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

APRESENTAÇÃO
2
MULTIMÉDIA

Ambiente de trabalho do OpenOffice Impress

Este recurso foi criado especificamente para auxiliar


comunicadores, na transmissão de uma mensagem para um
público. Assim, é frequentemente utilizado na formação, no
ensino, em conferências e apresentações de trabalho.

Software Comercial
 PowerPoint 2007 – documentação de ajuda
Gratuito
 OpenOffice Impress – documentação de ajuda
Online
 Googledocs – documentação de ajuda

A Saber O software aqui apresentado, é meramente exemplificativo,


pelo que aconselhamos o/a leitor/a a fazer alguma pesquisa,
pois certamente encontrará soluções adequadas às suas
necessidades. Para auxílio nesta tarefa, existem algumas
páginas de internet dedicadas à análise de software, por
exemplo softonic e zwame, outras dedicada a publicação de
software livre como a sourceforge.

Nem sempre é possível indicar documentação de ajuda, pois


em algum software comercial, os manuais também têm
custos para o/a utilizador/a.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

Funções Estes programas fornecem tudo o que é necessário para a


produção de uma apresentação com aparência profissional.
Permitem criar diapositivos (ou slides) contendo elementos
muito diversos, incluindo texto, listas numeradas ou com
marcas, tabelas, gráficos, imagens, vídeos e uma vasta
gama de objectos gráficos. A grande maioria dos softwares
dispõem de um verificador ortográfico, estilos de texto pré-
definidos e atraentes modelos de diapositivos. Possibilitam
ainda animações de elementos e transições animadas de
diapositivos.

Regras de A principal regra de concepção de uma apresentação


concepção multimédia, é a mesma que nos restantes recursos
didácticos: favorecer a aprendizagem dos formandos e
formandas. Assim, toda as decisões tomadas, deverão ter
em conta esta máxima. De seguida apresentamos algumas
sugestões para a sua elaboração:
 Decidir quais os objectivos da apresentação,
destinatários, conteúdos e tempo disponível.
 Manter sempre a mesma aparência durante toda a
apresentação, utilizando sempre a mesma cor de
fundo, tipo de fonte etc. Quebrar a consistência
somente se desejar usar um elemento surpresa.
 Personalizar a apresentação. Escolha modelos de
apresentações e padrões de fundo adequados ao
tema. Evite utilizar os modelos predefinidos ou
personalize-os, tornando a sua apresentação original.
No caso de utilizar o openoffice, na página oficial são
disponibilizadas extensões que permitem acrescentar
modelos para além dos pré-existentes. No caso do
PowerPoint, deverá fazer uma pesquisa por
“templates” havendo algumas páginas que os
disponibilizam gratuitamente.
 Utilizar a apresentação como base visual aos
desenvolvimentos feitos oralmente, ou como síntese e
conclusão.
 O conteúdo dos slides deve estar directamente
relacionado com o que está a ser comunicado
oralmente. Não deixe o seu discurso desviar-se do
conteúdo do slide que está a mostrar.
 Apresentar somente a informação que será utilizada.
 O título da apresentação é colocado no primeiro
diapositivo, nos restantes, deve resumir os conteúdos
presentes no diapositivo respectivo.
 Utilizar preferencialmente palavras-chave e
esquemas.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

 Recorrer a desenhos ou gráficos sempre que


possível, reduzindo o número de palavras e números.
 Deixar bastante espaço entre os itens para facilitar a
visualização.
 Empregar tipos de letra grandes e legíveis para
melhorar a visualização; Tamanhos mínimos
recomendados:
 Título > 38
 Tópico > 32
 Sub-tópico >28
 Produzir ilustrações com um estilo consistente em
toda a apresentação.

Contra-indicado
 Apresentar mais informação do que a que será
utilizada.
 Antecipar as sequências da exposição.
 Ler os diapositivos ou apoiar toda a sua formação em
diapositivos utilizados como suportes.
 Ocultar a projecção colocando-se em frente do foco.
 Usar diapositivos carregados de texto.
 Usar diapositivos ilegíveis devido ao tamanho dos
caracteres da letra. Se “acha” que os/as formandos/as
conseguirão ler, então o melhor é dividir a informação
por dois diapositivos e aumentar o tipo de letra, para
ter “certeza”.
 Utilizar cores que dificultam a leitura.
 Sobrepor texto a imagens; é preferível colocar os
elementos lado-a-lado, ou em diapositivos diferentes.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Refira as principais funções dos softwares de criação


de apresentações multimédia.
2. Enuncie a principal regra de concepção de uma
apresentação multimédia.
3. Enumere 5 sugestões para concepção de uma
apresentação multimédia adequada.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

EDIÇÃO DE IMAGEM 3

Ambiente de trabalho do GIMP

Como o próprio nome indica, este recurso destina-se a editar


e manipular imagens e fotografias. Com o advento da
fotografia digital, o desenvolvimento de programas de edição
de imagem tem sido exponencial. Destaca-se o proliferar de
programas online que dispensam a instalação no seu
computador. Se nunca utilizou nenhum software de edição
de imagem, esta deverá ser a sua primeira escolha, pois
apresentam uma utilização muito simples e intuitiva. Tal é a
qualidade e funcionalidade destes recursos online, que no
que concerne a programas para instalar no seu computador,
exemplificamos com aqueles que permitem funcionalidades,
muito além das imediatas na formação. Por conseguinte, se
optar por estes últimos, atente que necessitará de maior
tempo de aprendizagem, mas ao mesmo tempo terá ao seu
dispor um número muito mais elevado de funcionalidades e
potencialidades.

Software Comercial
 Adobe® Photoshop®
 Corel® PaintShop Photo™
Gratuito
 OpenOffice Draw – documentação de ajuda
 Gimp – documentação de ajuda; vídeo de ajuda
Online
 picnik
 pikipimp
 rsizr
 splashup

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Módulo 8
Recursos Didácticos

Funções Os programas para instalação no computador, apresentam


um elevado número de funções; a sua enumeração
exaustiva seria infrutífera no âmbito do presente manual.
Deste modo enumeramos as funções mais vulgarmente
utilizadas na elaboração de recursos para formação, que
todos os formadores e formadoras deverão dominar:
 Cortar
 Redimensionar
 Rodar
 Utilizar filtros básicos, marcadamente de cor
 Legendar

Regras de Tendo em vista a utilização de imagens e fotografias nas


utilização suas sessões de formação, deve considerar alguns
aspectos:
 Cortar aspectos irrelevantes da imagem.
 Ponderar o tamanho das imagens. Imagens
demasiado grandes irão aumentar o tamanho das
suas apresentações e manuais, bem como lentificar
estes recursos. Assim, antes de colocar a imagem
deve redimensioná-la de acordo com a utilização
pretendida. Por exemplo, as imagens que ilustram
este manual, foram redimensionadas para uma
resolução de 1024x768 e posteriormente para uma
largura de 11cm. Se o intuito fosse explorar a
imagem, poderia utilizar-se uma resolução um pouco
maior.
 Nunca deformar a imagem. Não ajuste a largura e a
altura em separado. Recomendamos utilizar
redimensionamento através de valores numéricos. No
caso das imagens aqui apresentadas, ao invés de
utilizar o rato para tentar aproximar o tamanho,
simplesmente escolhemos uma largura de 11cm, com
a opção de manter a proporção.
 Rodar utilizando os valores dos ângulos e não o rato.
Deste modo pode utilizar uma inclinação idêntica em
todos os seus elementos.
 Se utilizar fotografias de locais reais, ou de outros
grupos de formação, utilizar filtros para esbater a cara
das pessoas, de forma a respeitar a sua privacidade.
 Legendar sobriamente e legivelmente. Normalmente,
a melhor opção é colocar na imagem somente
números ou letras, com legenda no exterior. As setas
são também uma boa opção. Não abuse das cores,
pois irão entrar em conflito com a imagem.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

 Não exagerar em efeitos e artefactos. Muitos


programas oferecem um conjunto de efeitos,
molduras, balões, etc. que devem ser utilizados de
forma ponderada e moderada.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Refira as principais funções dos softwares de edição


de imagem, utilizadas em formação.
2. Enumere os cuidados a ter na edição de imagens,
tendo em vista a sua utilização em recursos
didácticos.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

EDIÇÃO DE VÍDEO 4

Ambiente de trabalho do PiTiVi

Há uns anos atrás seria impensável apresentar esta unidade


num manual de Formação Pedagógica Inicial de
Formadores. Editar vídeo implicava equipamento de elevado
custo e árduas horas de trabalho, pelo que esta tarefa
permanecia exclusiva dos profissionais da área. Tal como na
fotografia, os formatos digitais colocaram a edição de vídeo
ao alcance de qualquer interessado/a. Deste modo, todos os
vídeos capturados através de câmara digital, utilizando o seu
telemóvel ou recolhidos da internet, podem agora ser
manipulados e trabalhados, tendo em vista a sua utilização
didáctica.

Num primeiro vislumbre, poderá parecer uma actividade


demasiado complexa, mas após algumas experiências, verá
que é bem mais simples, do que previa. Os softwares de
edição vídeo estão cada vez mais fiáveis e intuitivos.

Software Comercial
 Windows Movie Maker
Gratuito
 PiTiVi (linux) - documentação de ajuda
 Avidemux - documentação de ajuda
 VideoPad
Online
 jaycut

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Módulo 8
Recursos Didácticos

Funções Apesar de simples e intuitivos, todos os programas


apresentados permitem:
 Trabalhar com diversos formatos de ficheiros de
entrada: .avi, .mpeg, .mov, DivX, .wmv, .mp3
 Inserir vários filmes
 Cortar os filmes
 Utilizar filtros de imagem básicos
 Empregar efeitos de transição
 Inserir música
 Inserir voz do/a narrador/a
 Inserir títulos
 Exportar para o computador como um só filme

Regras de Tendo em vista a utilização de filmes nas suas sessões de


utilização formação, deve considerar alguns aspectos:
 Cortar aspectos irrelevantes do filme (intervalos,
enganos, etc.).
 Se utilizar música de fundo, esta não deve ter letra e
deverá ser o mais neutra possível, de modo a não
desviar a atenção dos conteúdos. Sempre que entrar
a voz de narração, ou dos próprios intervenientes no
filme, baixar a música de fundo.
 Não exagerar em efeitos e artefactos. Muitos
programas oferecem um conjunto de efeitos,
molduras, balões, etc. que devem ser utilizados de
forma ponderada e moderada.
 Vá gravando o seu projecto. A edição de vídeo utiliza
bastantes recursos do computador, pelo que se
houver algum bloqueio, não haverá perda de trabalho.
 Para o seu trabalho ser visionado noutro
computador ou armazenado noutro suporte tem
que ser exportado.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Refira as principais funções dos softwares de edição


de vídeo, utilizadas em formação.
2. Enumere os cuidados a ter na edição de vídeos,
tendo em vista a sua utilização em recursos
didácticos.

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Módulo 8
Recursos Didácticos

ARMAZENAMENTO DOS
5
SUPORTES PEDAGÓGICOS

Ambiente de trabalho do DVDStyler

Finalizado o processo de concepção de suportes


pedagógicos, resta-nos armazenar esta informação, com o
intuito de a reutilizar mais tarde. A acção mais simples é
manter guardado no disco rígido do seu computador,
contudo, tal opção para além de pouco segura (se utilizada
em exclusivo), não é prática caso pretenda partilhar a
informação com outras pessoas. Por exemplo se quiser
fornecer uma cópia aos seus formandos e formandas.

Na presente unidade apresentaremos os passos básicos


para a gravação de CDs e DVDs, de forma a armazenar os
seus dados. Desafiando um pouco mais ainda, propomos em
consequência das unidades anteriores criar um DVD capaz
de ser reproduzido em qualquer vulgar leitor de sala. Esta
ferramenta transformará por completo os portefólios e, quem
sabe, os manuais de formação, pois estes poderão passar a
ser inteiramente digitais, contemplando textos,
apresentações, vídeos e fotografias.

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Recursos Didácticos

Software Gravação de CD/DVD - Comercial


 Nero Burning ROM - documentação de ajuda
Gravação de CD/DVD - Gratuito
 CDBurnerXP - documentação de ajuda
Edição/autoria de CD/DVD - Comercial
 Nero Vision - documentação de ajuda
Edição/autoria de CD/DVD - Gratuito
 DVDStyler - documentação de ajuda

Funções Gravação de CD/DVD:


 Gravar dados
 Gravar aúdio – CDs de música clássicos utilizados em
Hi-Fi, CDs de mp3 são CDs de dados
 Gravar vídeo – formatos que podem ser reproduzidos
em leitores de DVD de sala. A sua estrutura de
ficheiros é diferente da utilizada para arquivar dados.
São exemplos destes formatos:
 Vídeo-CD
 DVD
 Copiar CDs e DVDs
 Gravar imagem – formato em que normalmente é
disponibilizado software para instalação.
Edição/autoria de CD/DVD:
 Criar menus de navegação de DVD
 Inserir imagens de fundo
 Inserir botões de acção
 Criar apresentações de fotografias e imagens
 Introduzir banda sonora

Regras de O presente suporte permite compilar os recursos


utilização anteriormente elaborados, pelo que as regras anteriormente
aplicadas, repercutem-se aqui. Assim a única recomendação
que é exclusiva do armazenamento dos suportes
pedagógicos, é a seguinte:
 Testar os CDs e DVDs produzidos, em diversos
leitores, para certificar que a gravação foi bem
conseguida.

Perguntas de Antes de passar para a próxima unidade, responda às


auto-avaliação perguntas que em seguida colocamos. As respostas estão
contidas no texto que acabou de ler. Se tiver dificuldades,
releia com atenção o mesmo texto:

1. Refira as principais funções dos softwares de


gravação de CD/DVD e de edição/autoria de CD/DVD,
utilizadas em formação.

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RESUMO DO CAPÍTULO E
6
ACTIVIDADES A REALIZAR

Unidade 1 Habitualmente os formadores e formadoras adoptam


posturas de resistência, face às novas tecnologias na
formação. Tal atitude prende-se, por um lado, com o facto de
estas tecnologias extravasarem as áreas disciplinares do/a
formador/a e, por outro lado, com a rápida evolução desta
área do saber. A actualização e domínio destas
competências, só é possível através de uma prática
individual continuada e uma atitude de investigação
permanente.

Unidade 2 De todas as novas tecnologias da formação, as


apresentações multimédia, foram sem dúvida, as que mais
firmemente se implementaram. Permitem criar diapositivos
(ou slides) contendo elementos muito diversos, incluindo
texto, listas numeradas ou com marcas, tabelas, gráficos,
imagens, vídeos e uma vasta gama de objectos gráficos.
Para uma concepção e apresentação eficaz, é necessário
respeitar uma série de princípios, sob pena de não
cumprirem o fim a que se destinam: favorecer a
aprendizagem dos formandos e formandas.

Unidade 3 Com a massificação da fotografia digital, o/a formador/a


dispõe com facilidade deste valioso recurso de registo visual.
No intuito de elaborar suportes pedagógicos organizados,
atractivos e estimulantes, o/a formador/a deverá dominar as
funções básicas de cortar, redimensionar, rodar, utilizar filtros
básicos e legendar as fotografias e imagens.

Unidade 4 A tarefa de capturar vídeos tem sido cada vez mais


facilitada, seja através de câmara digital, webcam ou
telemóvel. Da mesma forma, a edição destes conteúdos está
também ao alcance de todo/a o/a formador/a que se
disponibilize para aprender. Assim, ao invés de exibir vídeos
com informação irrelevante, tendo que rebobinar ou acelerar
a câmara, pode recorrer à edição de vídeo criando um vídeo
organizado e facilmente exibido em diferentes
equipamentos.

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Unidade 5 Após toda a concepção dos suportes pedagógicos, é


importante que o/a formador/a tenha conhecimentos para
armazenar estes dados. Deste modo, pode criar cópias de
segurança e fornecer facilmente conteúdos aos seus
formandos e formandas. Mas após ter editado todos este
conteúdos multimédia, arquivar simplesmente ficheiros,
poderá ser um final inglório. A edição de DVD, torna-se
assim uma ferramenta poderosa, pois para além de permitir
a introdução destes dados, ainda permite organizá-los de
uma forma atractiva e passível de serem visionados em
qualquer leitor de DVD, seja no computador, na sala, ou em
formação.

Actividades a 1. Tendo presente o perfil de formandos/as a que


realizar eventualmente dará formação, elabore suportes
pedagógicos, utilizando as funcionalidades descritas nas
unidades 2, 3 e 4.

2. Elabore os suportes pedagógicos da sua simulação de


desempenho final, servindo-se, para o efeito, dos
materiais e programas que julgar mais apropriados e
respeitando as regras para a sua concepção.

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Recursos Didácticos

BIBLIOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA
Cardoso, M. G. (1997). Manual de Apoio à Formação de Formadores de Formadores. Turim: OIT e
IEFP.

Correia, C. (1999). Os Desafios Multimédia na Formação Profissional. Aprender (Vol. 32). Lisboa:
IEFP.

Departamento de Formação Profissional. (1999). Formação Pedagógica Inicial de Formadores.


Referenciais de Formação (2.º ed.). Lisboa: IEFP.

Germano, L. (2009). Manual da Formação Pedagógica Inicial de Formadores. Praia: IEFP.

Lencastre, J. G. (1997). Concepção de Cursos de Ensino Assistido e Multimédia. Aprender (2.º ed.,
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Machado, A. R. (2005). Guia Prático para o Uso do Retroprojector. Aprender (5.º ed., Vol. 10).
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Nunes, M. C. R. (1999). O Multimédia e o Formador. Formar Pedagogicamente (3.º ed., Vol. 20).
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(3.º ed., Vol. 11). Lisboa: IEFP.

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