RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE

ATENÇÃO ONCOLÓGICA
INTRODUÇÃO À ONCOLOGIA

Nome: Anallú Guimarães Firme Lorenzon

Avaliação
Considerando os tópicos abordados na disciplina, discorra em pelo menos
30 linhas sobre o câncer no que concerne a epidemiologia, fisiopatologia, fatores
de risco e formas de tratamento. Por fim, fale sobre a atuação da sua área no
cuidado ao paciente oncológico.

Atualmente, vivemos em um período de transição epidemiológica. A

população está envelhecendo, o que acarreta um aumento da mortalidade por
doenças e agravos não transmissíveis, ocasionando mais casos de morbidade que
mortalidade. Neste cenário, o câncer se destaca como uma doença de grande
prevalência, um problema de saúde pública. Segundo a Estimativa de Câncer no
Brasil – 2018, 21% dos casos das doenças e agravos não transmissíveis são de
câncer. Estima-se que haverá 600 mil novos casos da doença em cada ano do biênio
2018-2019, sendo o de próstata o mais frequente nos homens e o de mama, nas
mulheres.
Todo câncer é genético, o que significa dizer que decorre de uma alteração
do DNA. No processo de renovação celular, uma célula começa a apresentar
tendência a proliferação descontrolada. Enquanto nas células normais o
desenvolvimento só ocorre quando necessário, nestas células alteradas há uma
divisão desordenada. Deste processo pode-se resultar o tumor ou neoplasia, um
clone de células descendentes, herdeiras dessa propensão anormal ao crescimento
e insensíveis aos processos reguladores normais. Os tumores podem ser benignos,
quando apresentam contornos definidos, e malignos, sem contornos delimitados. A
carcinogêneses refere-se ao desenvolvimento de tumores malignos.
Em muitos casos, os cânceres são preveníveis. Os fatores de risco para o
agravo são: o tabagismo, a alimentação, o peso corporal, as bebidas alcoolicas,
agentes infecciosos (hepatite B, H pylori, HTLV, herpes, HPV, etc), fatores
ocupacionais (amianto, benzeno, fuligem, etc), exposiçãosolar, radiações e
medicamentos (antineoplásicos, imunodepressores, hormônios, etc). Nos casos em
que a doença está instalada, a detecção precoce, o acesso a confirmação diagnóstica
e o tratamento adequado em tempo oportuno são medidas essenciais para a redução
do agravo.
O tratamento do câncer pode ser feito através de quimioterapia, radioterapia,
cirurgia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos é necessário combinar
mais de uma modalidade de tratamento. A quimioterapia é um tratamento onde são
utilizados medicamentos para combater a doença. Os quimioterápicos misturam-se
ao sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células adoecidas.
Na radioterapia são utilizadas radiações ionizantes para que para destruir ou
impedir que as células do tumor aumentem. Já a cirurgia visa a remoção total do
tumor através de operação. O transplante de medula óssea é indicado para as
doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. Consiste
na substituição da medula óssea doente por células normais de medula óssea de um
doador.
Desde o recebimento do diagnóstico até o enfrentamento do tratamento, o
paciente com câncer é acometido por muitas emoções. O tratamento exige recursos
psicológicos que o possibilite enfrentar a doença. Cabe ao psicólogo auxiliar o
paciente no enfrentamento de sua doença, ajudando-o a reduzir as emoções
negativas acerca de sua condição. Em conjunto com o paciente, o psicólogo trabalha
para dar novos sentidos à doença e melhorar a sua qualidade de vida. Além de
suporte aos pacientes, o psicólogo também trabalha com os familiares que
necessitem de seu apoio.