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LÍNGUA
LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL
PORTUGUESA
ALUNO
data:
Pesquisa e elaboração: Maria Betânia Diniz Ferreira
Testes de interpretação avaliam se o candidato tirou conclusões certas sobre o que está escrito.
Na inventada época em que se amarrava cachorro com lingüiça, lutei e consegui emprego
de jornalista na redação de um matutino paulistano. A palavra lutar é correta. Tive de passar por
uma prova de conhecimentos que nem de longe se comparava às exigências que hoje se fazem
para oferecer trabalho com honestidade. O aprendizado era feito de descobertas e novidades;
havia prazer e emoção no enfronhar-me no ofício que viria a ocupar boa parte de minha vida. Só
num único e mesmo jornal permaneci mais de vinte anos. Esse período permitiu-me conviver com
numerosos colegas cujos destinos se cruzavam, tomavam caminhos paralelos ou simplesmente
alteravam o curso.
Algumas figuras se tornaram sombras, nunca mais ouvi falar, a não ser vagamente. Se a
memória pudesse ser reavivada para livrar-se do azinhavre do tempo, tentaria recuperar a
história do desaparecimento do capitão Vânio, companheiro de redação. Fiquei sabendo por alto,
morreu nas masmorras do Chile, defendendo uma causa política, com suas idéias heróicas. Nunca
soube com exatidão como foi o fim daquele oficial que parecia suave anjo de voz tranqüila.
Amenizando o passado, poderia também evocar a branca lembrança de outro colega, mais
voltado para as conquistas do capitalismo prático, que largou o jornalismo e o trocou por uma
agência de publicidade — onde os salários poderiam ser menos virtuosos, porém mais
compensadores. E nesse meritório ramo desenvolveu grande capacidade criativa. O resultado
mais notável foi uma frase que ajudou a vender a rodo a então ainda tímida cerveja Níger. A
frase, aparentemente simples, cativava inteligências e paladares: Níger — nem doce nem
amarga. Foi um sucesso estrondoso. Eu próprio, movido pela curiosidade do bordão, me tornei
freguês do achado publicitário, se bem que nunca fui de abandonar as “loirinhas bem geladas”.
A Níger era escura. Ou, se preferem, mulata. Questão de gosto, de paladar.
(Lourenço Diaféria. Almanaque Brasil de Cultura Popular, julho de 2004)
(Fundação Carlos Chagas – Técnico Judiciário – com adaptações)
03) “Na inventada época em que se amarrava cachorro com lingüiça”. Iniciando o texto
dessa maneira, o cronista informa que ele
A) acabou abandonando a profissão de jornalista, que considera pouco atraente e fantasiosa.
B) conseguiu emprego numa época em que qualquer pessoa poderia facilmente trabalhar num
jornal.
C) tem bastante idade, o que justifica as recordações de antigos colegas e de sua vivência como
jornalista
D) trabalhava com outros colegas que exerciam também outras profissões ao mesmo tempo,
assim como ele.
A) ironia, pois o autor se refere a uma cerveja escura e não à clara, que é mais comum.
B) intenção especial na reprodução de uma maneira popular de referência à bebida.
C) citação exata usada na publicidade desenvolvida para a venda da nova cerveja.
D) receio de apontar um produto diferente daquele a que se refere a propaganda.
09) A frase inicial do 3° parágrafo permite afirmar que, para o cronista, o passado
A) contém antigas lembranças, às vezes tristes, mas outras delas mostram situações positivas,
que trazem alegria.
B) pode levar a julgamentos indevidos quanto ao comportamento de pessoas que mudaram de
profissão.
C) mantém, um tanto esquecidas, certas lembranças desagradáveis, para não provocar tristeza
nem amarguras.
D) só conserva decepções e amargas lembranças, que não devem permanecer em nossa memória.
11) A estrutura como período composto exige a seguinte redação, de acordo com o
sentido:
A palavra lutar é correta. Tive de passar por uma prova de conhecimentos...
A) A palavra lutar é correta, entretanto tive de passar por uma prova de conhecimentos...
B) A palavra lutar é correta, porque tive de passar por uma prova de conhecimentos...
C) A palavra lutar é correta, quando tive de passar por uma prova de conhecimentos...
D) A palavra lutar é correta, conforme tive de passar por uma prova de conhecimentos...
B) Quando se amenizou o passado, poderia também aludir à branca lembrança de outro colega...
Caso amenize o passado, poderia também aludir à branca lembrança de outro colega...
C) Fiquei sabendo, por alto, nas masmorras do Chile, ao defender uma causa política, Vânio
morreu com suas idéias heróicas...
Fiquei sabendo, por alto, ao defender uma causa política, morreu Vânio com suas idéias
heróicas, nas masmorras do Chile...
D) Esse período permitiu-me conviver com numerosos colegas, pois nossos destinos se
cruzavam, tomavam caminhos paralelos sendo que simplesmente alteravam o curso.
Esse período permitiu-me conviver com numerosos colegas, por isso nossos destinos se
cruzavam, tomavam caminhos paralelos enquanto simplesmente alteravam o curso.
A) Ambiguidade
B) Denotação
C) Paródia
D) Metalinguagem
E) Antítese
A) ... Passo a defender o ponto de vista oposto, caso os que o defendem fizessem o mesmo...
CONSEQUÊNCIA
B) ... É hábito do mineiro especialmente, pois nós temos a capacidade de fazer a conversa um
fim em si... CONCLUSÃO
C) ... No boteco, ninguém mais saiba o que se estava discutindo. Mas davam palpites...
OPOSIÇÃO
D) A opinião no bate papo deve ser defendida com firmeza mesmo que seja incabível...
CONCESSÃO
19) A conjunção capaz de estabelecer nexo de sentido entre as orações a seguir é:
Não deverão faltar recursos à providência social, __________ o aumento da expectativa de vida
das pessoas signifique aumento de despesas.
A) embora. B) porque.
C) portanto. D) visto que.
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10/evolucao_ humana.jpeg
http://radioloandafm.files.wordpress.com/
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A) adição B) alternância
C) conclusão D) oposição
24) A melhor justificativa para o título do artigo, extraído do jornal folha de São Paulo é:
A) As regulamentações do governo ameaçam a independência e a identidade da cultura
brasileira.
B) A defesa da liberdade de expressão acima das normas regulamentares do Governo e do
Congresso.
C) A liberdade de expressão está ameaçada, devido à qualidade reguladora da mídia que limita a
produção cultural.
D) O impacto regulador do Congresso que controla participações estrangeiras e formas de
expressão artísticas.
25) A defesa da soberania linguística do Brasil como essencial à conquista de uma
identidade cultural se apresenta em:
A) A gente não sabe mais o grau de contaminação por isso precisa valorizar cada vez mais a
cultura brasileira...
B)Temo que um dia sejamos obrigados a importar até programas de televisão, em vez de
produzirmos os nossos...
C) Na minha terra show é uma interjeição para espantar galinha, afirma o filho de Taperoá...
D) O impacto da produção estrangeira, as diversas formas de expressão e interdependência...
As razões pelas quais sentimos dor são muito parecidas com as que nos fazem sentir
medo. Do ponto de vista evolutivo, as atuais reações de medo talvez sejam um refinamento
das reações mais primitivas de dor. Nesse aspecto, a capacidade de sentir dor é tão
importante quanto a de sentir medo: motivar respostas de defesa diante de estímulos
ameaçadores. Pessoas que de algum modo tornaram-se insensíveis à dor não reagem
prontamente a estímulos desse tipo e por isso acidentam-se facilmente, sofrendo cortes,
queimaduras ou até lesões ósseas.
As informações neurais de dor têm sua origem em receptores ou terminações
nervosas presentes na pele, em músculos e em órgãos internos. Esses receptores
transformam os estímulos nociceptivos (táteis, mecânicos ou térmicos) em impulsos nervosos
e os transmitem para o cérebro. Os sinais associados a estímulos de dor são especialmente
eficazes em provocar medo, mas o estímulo doloroso, por si só, não causa qualquer reação
de medo – isso ocorre graças à associação do estímulo da dor com outros estímulos
ambientais.
Nota: nociceptivos (adj.): capaz de transmissão de dor
(Cruz, A.P.M. e Landeira-Fernandez, J. de. Revista Ciência Hoje)
Texto 2
35) A frase “Pobre que era” que se relaciona com “aceitava encomendas de
crochê”, indica
(A) tempo. (B) causa.
(C) modo. (D) consequência.
Leia o trecho.
Os índios, por sua vez, marcavam o tempo pela lua. Isso é ponto pacífico , embora, há
alguns anos, por distração, eu assistisse a um desses terríveis filmes de carnaval do
Oscarito, em que apareciam diversos índios, alguns dos quais, com relógio de pulso.