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UFRJ 2018-2
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Iniciando outro período na história do direito administrativo, no ano de 1872, a
partir da lei de 24 de maio, temos o Conselho de Estado francês recebendo a justiça
delegada, a conhecida jurisdição administrativa.
A ideia de nação, porém, como um grupo social com atributos étnicos ou culturais
comuns, é fluida e vaga, como tão bem captou a pena elegante de Ernest Renan, “uma
nação é uma alma, um princípio espiritual”, de modo que em sua compreensão
combinam-se lembranças, costumes, vicissitudes, glórias, língua, passado e aspirações
comuns, todos esses aspectos, como liames culturais que dão unidade e propósito a um
grupo humano, mas que não se prestam a uma caracterização jurídica.
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Nessa evolução, do mesmo modo a ideia de soberania, originariamente
concebida como autodeterminação juspolítica plena, um atributo dos soberanos, deixa de
ser relevante para a organização política de muitos desses grupos nacionais, que passam
a se satisfazer, realisticamente, com o gozo de uma razoável autonomia, que lhes
garanta, mínima e simultaneamente, a identidade e a segurança, associando-se, para
isso, a vários outros grupos e de vários modos, como sucede em inúmeros modelos de
Estado contemporâneos complexos e de conglomerados estatais.
Com a evolução da instituição que remonta 2 séculos atrás, acabou-se por surgir o
Estado de Direito, pelo qual ao mesmo tempo em que Estado cria Direito, deve se sujeitar
a ele, seguindo as próprias leis que edita.
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1-Regime Jurídico – conjunto de normas que para o Direito Administrativo é tratado
como uma disciplina DIFUSA, ou seja, cada ente federativo ou seus órgãos autônomos
tem suas legislações próprias sobre a organização, gestão, cargos, compras e serviços,
ou seja, tudo o que é necessário, útil, oportuno e conveniente para o funcionamento da
Administração Pública.
2-Relação jurídica entre Estado e administrado – este elemento, inicialmente deve ser
visto como uma relação jurídica linear, onde o Estado Administração dita as regras como
também é parte na relação jurídica estabelecida que pode ser pacifica ou conflituosa. E
mais, o administrado por assumir roupagens diversas como, por exemplo: contribuinte,
pessoas jurídicas, cidadãos, os agentes públicos (conceito do artigo 2º da lei 8429/92):
O interesse público, afirma-se tratar de conceito jurídico indeterminado, nesse passo, sua
classificação em primário e secundário, ajuda o operador do direito e entende-lo melhor.
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O interesse público primário corresponde ao interesse geral, da coletividade, dos grupos
sociais como um todo, ao passo que o interesse público secundário é o que pertence ao
próprio Estado como pessoa jurídica pública.
De acordo com jurisprudência atual que trata das questões e demandas que envolvem
interesse publico primário e secundário, temos:
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Primeira Turma, julgado em 16.3.2010, DJe 29.3.2010. Agravo
regimental improvido. (STJ - AgRg no REsp: 1152116 GO
2009/0155393-7, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de
Julgamento: 08/06/2010, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de
Publicação: DJe21/06/2010)
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DA IMPESSOALIDADE. RAZOABILIDADE DA
UNIVERSALIZAÇÃO DA PRETENSÃO, COMPETINDO AO
PODER JUDICIÁRIO ATUAR, POR MEIO DA DIMENSÃO
POLÍTICA DA FUNÇÃO JURISDICIONAL, NO SENTIDO DE
SANAR AS OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS DO PODER
PÚBLICO. EXIGÊNCIA HERMENÊUTICA DE COMPREENSÃO DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA COMO NÚCLEO
AXIOLÓGICO DO CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO
E VALOR CONSTITUCIONAL SUPREMO QUE INFORMA TODA A
ORDEM NORMATIVA. – INOPONIBILIDADE DA "RESERVA DO
POSSÍVEL" AO "MÍNIMO EXISTENCIAL". APELAÇÃO E
REEXAME CONHECIDOS E DESPROVIDOS. 1. O direito de todos
à saúde é corolário indissociável do direito à vida digna, segundo a
doutrina. A dignidade da pessoa humana constitui-se em núcleo
axiológico do constitucionalismo contemporâneo, informadora de
todo o sistema normativo, notadamente do sistema de direitos
fundamentais. 2. Na esteira de Miguel Reale, o homem deve ser
compreendido como o valor-fonte de todo o ordenamento jurídico.
Embora a ordem normativa não tenha o poder de atribuir dignidade
a alguém, possui a função de proteger e promover este valor,
impondo-se aos Poderes Públicos os deveres de respeitar, proteger
e promover os meios necessários para o alcance de uma vida
digna. 3. Boa parte da doutrina e a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal entendem que não se pode obstaculizar a
efetivação de um direito social integrante do "mínimo existencial" -
como é o direito à saúde - com base em alegações vagas e
indiscriminadas acerca da denominada "reserva do possível", sob
pena de aniquilação dos direitos constitucionais marcados pela nota
característica da fundamentalidade material, no sentido atribuído por
Canotilho. 4. O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará também já
decidiu, em casos análogos, fazendo prevalecer o "mínimo
existencial" em face da "reserva do possível". 5. Na atualidade, a
doutrina compreende que, com a constitucionalização dos
princípios, promovida pelo constitucionalismo contemporâneo, o
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princípio da legalidade, compreensivo do respeito às leis em sentido
estrito, deu lugar ao princípio da juridicidade, segundo o qual a
atuação estatal deve-se pautar pela obediência ao ordenamento
jurídico como um todo, o que passaria a abranger as regras e
princípios de estatura constitucional. Portanto, a decisão liminar, ao
pautar-se pelos princípios constitucionais da prevalência da vida e
da saúde humanas em face do denominado interesse público
secundário, não acarreta ofensa ao princípio da legalidade. Pelo
contrário, realiza o interesse público primário ao fazer o ente
federativo cumprir com a sua obrigação constitucionalmente
estabelecida de proteger a inviolabilidade do direito à vida
humana e de cuidar da saúde de todos, tudo com fundamento
no princípio da dignidade humana (artigo 1º, III, Constituição da
República). 6. Não há violação aos princípios constitucionais da
isonomia e da impessoalidade, pois, em primeiro lugar, há
razoabilidade da universalização da pretensão exigida judicialmente,
e, em segundo lugar, o direito à saúde é de todos, competindo ao
Poder Judiciário, como fruto da dimensão política da prestação
jurisdicional, atuar no sentido de sanar as omissões
inconstitucionais do Poder Público no que se refere à efetivação de
tal direito. 7. Eventuais alegações acerca da inobservância do
princípio da eficiência administrativa jamais podem prevalecer em
face do iminente risco de vida de um ser humano, que deve ser
amparado pelo Estado (gênero). Pensar contrariamente seria
inverter o postulado kantiano de que o homem deve ser um fim em
si mesmo, o que acabaria por ferir sua dignidade,
constitucionalmente alicerçada como o valor-fonte de toda a ordem
normativa brasileira. 8. Não há violação ao princípio da separação
dos poderes, estabelecido como cláusula pétrea no artigo 2º da
Constituição da República, quando o Poder Judiciário atua no
sentido de garantir o direito à saúde no caso de omissão
inconstitucional dos entes federativos. Pelo contrário, esta atuação
incrementa a força normativa da Constituição ao conferir máxima
efetividade aos direitos fundamentais. 9. Apelação e reexame
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conhecidos, mas desprovidos. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e
discutidos estes autos de apelação/reexame necessário em que é
apelante o Estado do Ceará, remetente o juiz de direito da 9ª Vara
da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza e apelado Francisco
Pereira de Sousa, acorda a 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Estado do Ceará, por unanimidade, em conhecer do presente
recurso e do reexame, mas para negar-lhes provimento, nos termos
do voto do Relator. Fortaleza, 20 de janeiro de 2016. Presidente do
Órgão Julgador DESEMBARGADOR EMANUEL LEITE
ALBUQUERQUE Relator (TJ-CE - APL: 08984691820148060001
CE 0898469-18.2014.8.06.0001, Relator: EMANUEL LEITE
ALBUQUERQUE, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação:
20/01/2016)
A administração pública no sentido subjetivo não deve ser confundida com nenhum dos
poderes estruturais do Estado.
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prevalecer entre eles o sistema de freios e contra-pesos em que se estabelece o equilíbrio
no exercício das referidas funções, não havendo pois qualquer preponderância entre eles,
segundo Montesquieu. As linhas definidoras das funçõesexercidas pelos poderes tem
caráter politico e figuram na constituição. È nesse sentido que se há de entender a
independência e a harmonia entre eles: se de um lado possuem sua própria estrutura,
não se subordinando a qualquer outro, devem objetivar, ainda os fins colimados pela
Constituição Federal.
Como as linhas definidoras dos poderes constam na CR, elas são eminentemente
Políticas.
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JUDICIÁRIO - além de sua função preponderante exerce a função normativa com a
elaboração de seu regimento interno art. 96, I , “a” CR e função administrativa quando
organizar seus serviços , artigo 96, I, a, b, c e 96 , II, a, b, c).
Quanto a tipicidade das funções dos poderes, tanto podem se converter em atipicas ou
tipicas nos termos da lei e da Constituição, a exemplo do que ocorreu com a edição da lei
11.441/2007 que alterou o CPC quanto aos inventarios e divorcios e separações
consensuais que sempre constituiram função jurisdicional atípicas, pois apesar de serem
funçoes administrativas, tinham que ser processadas e finalizados com a prestação
jurisdicional, independente de existir litigio. Com a referida lei, tais procedimentos quando
não houvremlitigios e os interessados foram capazes a concordes podem ser feitos por
procedimentos de escritura publica em cartório de oficio de notas
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Muitos autores têm se valido de 3 critérios para caracterizar e identificar a função
administrativa: Subjetivo (sujeito ou agente da função) Objetivo material (examina o
conteúdo da atividade) e objetivo formal (explica a função pelo regime jurídico)
Este conceito é proferido pelo renomado Administrativista Aricê Moacyr Amaral Santos
(seguido por Carvalhinho)-
Na administração pública o grande alvo é a gestão dos interesses coletivos na sua mais
vasta amplitude.
Em razão das mais variadas tarefas desempenhadas pela administração pública, muitos
autores vem fazendo distinção entre GOVERNO e ADMINISTRAÇÂO e FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA E FUNÇÃO POLÍTICA.
No Brasil esta forma de Estado existe desde a Constituição de 1891 quando passou a ser
república.
No Brasil foi diferente, onde o processo se deu por SEGREGAÇÃO pois, o Império
adotava o Estado Unitário, com apenas um único poder político.
3. CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
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Descentralização política - Vários entes com autonomia, onde além do poder central
existem outros centros de poder conferidos às repartições;
Poder de autoconstituição de forma a permitir que sejam constituídos também por suas
próprias constituições ;
Auto- organização poder criar seu próprio estatuto digo diploma constitutivo
Órgãos Públicos
Teorias - Evolução
Teoria do mandato - não vingou, pois o Estado não possuindo vontade não poderia
outorgar mandato cujos poderes não são de livre disponibilidade para delegação a
terceiros sem qualquer vinculo com a administração pública.
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Teoria da Representação - neste o Estado estaria sendo considerado incapaz,
precisando de representação o que não é o caso e em havendo discordância do
representante não poderia atribuir responsabilidade ao Estado- não vingou
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
Por Lei( lei formal) chamadas das reservas legais– art. 48 XI CR. Antes se exigia lei para
criação, estrutura e atribuições dos órgãos. A organização e estruturação pode ser por
decreto do chefe do executivo – art. 84 VI da CR, alterada pela EC 32/2001
OBS.: CNJ e CNMP – órgãos originários da constituição e não de uma lei ordinária.
CAPACIDADE PROCESSUAL
Órgão não tem capacidade processual e por isso não pode estar em juízo. Exceção-
Mandado de Segurança –defesa de suas competências e ainda a capacidade judicial
extraordinária quando os órgãos podem estar em juizo para defesa de suas prerrogativas
constitucionais.
A ideia de conferir capacidade processual aos órgãos públicos tem evoluido para certos
litigios. Já se admitiu a impetração de mandado de segurança por Câmara Municipal
contra Prefeito para obrigá-lo a devida prestação de contas ao legislativo, tendo sido
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concedida a segurança. Esta especial capacidade judiciária só é aceita em relação aos
órgãos de mais elevada posição no poder público. Exemplo: TJ-RJ, MS 200800400067 –
Relator Marcos Alcino de Azevedo Torres – Publicado em 18-09-2008
Não nos parece adequado a formação de litisconsórcio entre órgão e a própria pessoa
juridica a que pertence como já foi decidido pela corte superior – STJ – RESP 241637-BA
1 TURMA REL. MIN. GARCIA VIEIRA – JULGADO EM 17-2-2000. Neste caso a
personalidade judiciária é atribuida ao órgão em si para defesa de sai competencia ou se
o problema é outro a capacidade deve ser da pessoa juridica de direito público.
Há exceção como aquela tratada pelo CDC onde há previsão de serem legitimados para
promover a liquidação e execução de indenização as entidades e órgãos da
administração pública direta ou indireta ainda que sem personalidade juridica,
especificamente destinado a defesa dos interesses e direitos protegidos pelo CDC –
artigo 82, III.
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
1- PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
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-São Postulados Fundamentais, verdadeiros cânones pré- normativos que norteiam a
atividade dos administradores (Estado) quando exerce atividade administrativa ;
- Cretella Junior- Não se pode encontrar qualquer instituto do departamento administrativo
que não esteja informado por seus responsáveis princípios;
-Doutrina Moderna – entende que através dos seus princípios se dá a melhor
interpretação das normas jurídicas;
- Esta doutrina – Robert Alexy e Ronald Dworkin - as normas jurídicas admitem duas
categorias clássicas: princípios e regras;
- As regrassão processadas de forma disjuntiva, ou seja, se o conflito entre elas é dirimido
no plano da validade, ou seja, ambas sendo aplicável à situação somente uma delas a
regulará sendo a outra invalidada pela nulidade;
- Os princípios em razão de seu valor processam-se pelo modo da ponderação de valores
ou de interesses, ou seja, deverá o interprete avaliar o grau de preponderância entre eles,
não havendo modificação do princípio não utilizado (Paulo Bonavides)
- Há divergências entre autores quanto à aplicação dos princípios administrativos e
constitucionais, vistos aqueles pelos estudiosos como de maior relevância
- Postulados – Cânones –interpretação (Alexy e Dworkin)
- Normas Jurídicas - Regras e Princípios- Processo de Invalidade e Ponderação
2- PRINCÍPIOS EXPRESSOS
- Capitulo VII Titulo III da CR art 37, caput;
- Revela a diretriz fundamental da Administração Pública
3- PRINCIPIO DA LEGALIDADE
-Origem – Estado de Direito
- Diretriz básica do administrador- toda e qualquer atividade administrativa deve ser
autorizado por lei, do contrario é ilícita;
- Helly Lopes Meirelles – para o campo privado “- pode-se fazer tudo que a Lei não
proíbe” no campo público” só pode fazer o que a lei autoriza”.
- Conseqüência – a própria garantia dos direitos do indivíduo do confronto entre a
atividade administrativa e a Lei
- Havendo dissonância entre a conduta e a lei, prevalece esta, devendo ser corrigida a
ilicitude.
- A lei precede a atividade administrativa, logo é importante lembrar que o exercício da
atividade pressupõe o exercício da atividade legiferante.
4- PRINCIPIO DA IMPESSOALIDADE
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- Não pertence a uma pessoal em especial
- Objetivo 1- igualdade de tratamento para os administrados que estiverem em idêntica
situação jurídica
- Faceta do princípio da isonomia
- Objetivo 2- Administração deve voltar-se para o interesse público, impedindo
favorecimentos- reflexo do princípio da finalidade (ou seja, alcance do interesse publico)
- Quando ocorre a pessoalidade (conduta ilícita), dá ensejo ao desvio de finalidade.
-Este princípio tem proteção no direito positivo – art. 2° alínea é da lei 4717/65- Ação
Popular que comina sanção de invalidade o desvio de finalidade
5- PRINCÍPIO DA MORALIDADE
- Não dispensa os preceitos ético de sua conduta
- Destingue de honesto e desonesto
- Foi bem aceito na sociedade
- Objetivo- coibir condutas imorais no seio da administração
- Está associado ao principio da legalidade
- Em algumas situações a imoralidade configuração ofensa à lei, também tratamento
discriminado- positivo ou negativo
- Ato de improbidade são imorais –Lei 8429/92
- Instrumento para tutelar jurisdicionalmente a moralidade- Ação Popular – art. 5° LXXIII
- Entendimento de que basta lesar o princípio para motivar ação e não configurar única e
simplesmente lesão patrimonial;
- Sergio de Andréa Ferreira, discorda quando diz que há necessidade de dúplice
exigência da invalidade porque o ato inválido tem que produzir, com seu objeto, resultado
danoso.
- Ação Civil Pública- Lei 7437/85 (art. 129 III CR) Instrumento de proteção à moralidade
pública . Só MP pode. Ex. Resolução nº 07/05 do CNJ – Nepotismo
Quanto ao nepostismo algumas situações atuais devem ser mencionadas, onde para este
fim, fica proibida a nomeação para cargos em comissão ou funções gratificadas de
conjuge ou companheiro ou parente em linha direta ou por afinidade, até o terceiro grau
inclusive demembros de tribunais, juizes e servidores investidos em cargos de direção ou
assessoramento, estendendo-se a vedação a ofensa por via obliqua, concretizada pelo
favorecimento recíproco, ou por cruzamento, excetuando-se da vedação para tais
hipóteses, é claro, os casos em que a nomeação recai sobre conjuge ou parente que
ocupam cargos efetivos por efeito de aprovação em concurso público. Ainda assim,
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porém, não podem exercer funções de subordinação direta ao juiz ou a autoridade
administrativa aos quais estejam vinculados por matrimônio, união estável ou parentesco.
O Tribunal, por maioria, negou provimento a agravo regimental interposto contra decisão
que deferira pedido de liminar em reclamação, na qual se impugna, sob alegação de
afronta à Sumula Vinculante 13, decisão proferida em ação popular que suspendera o ato
de nomeação do reclamante, irmão do Governador do Paraná, para o cargo de Secretário
Estadual de Transportes (Decreto estadual 3.3.48/2008). Entendeu-se irretocável a
decisão recorrida. Reportando-se ao que decidido no RE 579951/RN (DJE de 12.9.2008),
asseverou-se que a nomeação de parentes para cargos políticos não implica ofensa aos
princípios que regem a Administração Pública, em face de sua natureza eminentemente
política, e que, nos termos da Súmula Vinculante 13, as nomeações para cargos políticos
não estão compreendidas nas hipóteses nela elencadas. Dessa forma, não seria possível
submeter o caso do reclamante - nomeação para o cargo de Secretário Estadual de
Transporte, agente político - à vedação imposta pela referida Súmula Vinculante, por se
tratar de cargo de natureza eminentemente política. Por fim, no que se refere ao pedido
formulado pelo agravante no sentido de se impedir o exercício pelo reclamante do cargo
de responsável pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA,
autarquia estadual, considerou-se o fato de não se estar a analisar o mérito da presente
reclamação, devendo o julgamento ficar restrito apenas à aferição da fumaça do bom
direito. Vencido o Min. Marco Aurélio, que dava provimento ao recurso, ao fundamento de
que não seria possível empolgar o que decidido no RE 579951/RN para se ter base para
a reclamação, por se tratar de processo subjetivo, e porque o Verbete Vinculante 13 não
versaria expressamente a possibilidade da nomeação verificada.
Rcl 6650 MC-AgR/PR, rel. Min. Ellen Gracie, 16.10.2008. (Rcl-6650)
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Entretanto, o STF não considerou a nomeação de Conselheiro do Tribunal de Contas
Estadual como agente politico, vedando sua nomeação feita pelo Governador do Estado,
seu irmão.
6- PRINCIPIO DA PUBLICIDADE
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10-PRINCÍPIO DAAUTOTUTELA
- Poder de revisão de seus atos – Não é faculdade – é dever
11-PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
- bens e interesses não pertencem a administração nem a seus agentes, cabendo-
lhesatuar em nome de terceiros.
12-PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PUBLICO
- art 37 VII CR
- Não tem caráter absoluto, ma é regra geral
- Está relacionado ao princípio da supremacia
- Em ambos os destinatários são a coletividade
- Exceções –paralisação do serviço para reparos técnicos; obras de expansão de
melhorias; inadimplemento do usuário para com a concessionária e permissionárias:
Ex. luz e telefone
13-PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
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REGULAMENTAR – PODER HIERÁRQUICO – PODER DISCIPLINAR – DEVERES
DOS ADMINSITRADORES PÚBLICOS.
1- PODERES ADMINSITRATIVOS.
- Prerrogativa especial de direito público – PODER-DEVER – instrumento para realização
das atividades administrativas;
- Uso do poder – utilização normal pelos agentes públicos das prerrogativas que a lei lhes
conferir
- Poder -dever agir
- Características: a- irrenunciáveis; b- obrigação de seu exercício
- Vedam a inércia (omissão) – esta se reveste de ilegitimidade na medida que o
administrador público tem o dever de agir
- O administrado tem o direito subjetivo de cobrar do administrador o mínimo de atuação
dentro dos parâmetros aceitáveis;
- Temos (1) omissões genéricas – cabe ao administrador avaliar a oportunidade e
conveniência de adoção das providências positivas; (2)omissões específicas – ocorre
mesmo diante de expressa imposição legal no sentido do facere administrativo.
- Conseqüência para o agente omisso- responsabilização civil, penal ou administrativa
2- ABUSO DE PODER- EXCESSO E DESVIO DE PODER
- Excesso - o agente atua fora dos limites de sua competência, invadindo atribuições de
outro agente;
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Conceito- são prerrogativas de direito público destinadas aos agentes públicos para o
desempenho de suas funções, conferidas pela ordem pública.
Natureza Jurídica- prerrogativas de direito público
4-PODER DISCRICIONÁRIO
- Núcleo deste poder- valoração da conduta no sentido de eleger dentre várias escolhas a
que mais tem conveniência e oportunidade
- esta escolha deve estar revestida de legalidade com o fim colimado
- Limitações : 1- Adequação da conduta escolhida pelo agente à finalidade que a lei
expressa; 2- verificação dos motivos inspiradores da conduta
- O que se veda ao judiciário é a aferição dos critérios (mérito) administrativos:
oportunidade e conveniência.
- Discricionariedade e Arbritariedade – tais institutos se diferem no sentido de que ao
administrador é conferido o poder discricionário para melhor desempenhar as atividades
estatais enquanto a arbitrariedade é a extrapolação deste poder sobre o manto da
discricionariedade
- Atividades Vinculadas – tais atividades são muitas vezes consideradas como poder
vinculado. Contudo muitos autores entendem que como são vinculadas, ou seja, deve se
reproduzir fielmente o que a lei determinar, sem qualquer possibilidade de escolha de
contuda diversa, seria equivocado o entendimento como poder, não passando de
atividade, efetivamente.
- Controle judicial – Todos os atos administrativos podem ser controlados pelo poder
judiciário no sentido de sua legalidade. Em relação aos atos vinculados não há dúvida em
razão de sua própria natureza, pois se todos os elementos do ato administrativo estão
previstos em lei, seu controle será obrigatório.Quanto aos atos discricionários, deverá o
judiciário também efetuar o seu controle quanto aos elementos vinculados do ato (
competência, objeto, e finalidade), não podendo efetuar o seu controle quanto aos tos de
valoração ( mérito adminsitrativo), sob pena de substituir-se ao administrador público, o
que é vedado por lei, com fundamento no principio da separação dos poderes.
Contudo, muitos doutrinadores, tem entendido, que os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade tem sido instrumentos de valoração para o controle da
discricionariedade, se deparando com condutas que refletem verdadeiros abuso de poder.
- Discricionariedade e conceitos indeterminados – discricionariedade não pressupõe
imprecisão de sentido o que ocorre com os conceitos indeterminados como bons
costumes, ordem pública, interesse público, etc...
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- CARACTERÍSITCAS DA DISCRICIONARIEDADE: a) norma de previsão aberta que
exija complemento de aplicação; b) margem de livre decisão, quanto a conveniência e
oportunidade da conduta do administrador; c) ponderação valorativa de interesses
concorrentes, com prevalecência do que melhor atender ao fim da norma.
5- PODER REGULAMENTAR
- Complementar as leis para sua aplicabilidade -
- Natureza jurídica – prerrogativa de direito público: 1- originário- vem daCRFB – CNJ/
CNMP artigo 103-B da CRFB; 2- derivados- só poder ser exercido com precedente
legislativo.
- Formalização- decretos e regulamentos – art. 84 IV CR
- Regulamentação técnica- mecanismo moderno de atuação do administrador no sentido
de não só efetivar a aplicação da lei mediante complementação de conteúdo
organizacional, mas sim a criação de normas técnicas não contidas na lei, proporcionando
uma inovação no ordenamento jurídico.
- Lei e Poder Regulamentar
Poder Regulamentar ésubjacente à lei por isso a CRFB autorizou o Chefe do Poder
executivo a expedir decretos e regulamentos, viabilizando a efetiva execução da lei –
artigo 84,VI.
- O poder regulamentar não pode contrariar a lei, ele deve ser secundumlegem, logo, não
podem cirar obrigações e direitos, com fundamento na previsão da norma do artigo 5º, II
da CRFB, que trata do principio da legalidade.
- CONTROLE DOS ATOS DE REGULAMENTAÇÃO -fundamentação – artigo 49, V da
CRFB. Contudo quanto ao controle judicial, temos que avaliar o conteúdo do ato, uma vez
que se for ato regulamentar contra legem, será cabível o controle da legalidade, resultante
do confronto entre o ato e a lei, haverá a crise de legalidade e não de constitucionalidade,
não podendo ai se utilizar da Ação Direta de Inconstitucionalidade, prevista no artigo 102,
I, a da CRFB, sob o argumento de que a mesma menciona leis e atos normativos.
- Se o ato regulamentar ofender diretamente a CRFB, sem que haja lei a que se
subordinar, terá a qualificação de ato autônomo e ai sim poder ser compelido pela ADIN.
- O ato regulamentar então deverá ser normativo e ser autônomo para ser atacado pela
via do controle concentrado da ADIN.
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concentrado é mais amplo destes atos regulamentares – autônomos e subordinados,
abrangendo a inconstitucionalidade direta e indireta.
- Outra hipótese é o Mandado de Injunção previsto no artigo 5º, LXXI da CRFB, queprevê
que o judiciário declare a inércia do órgão ou agente incubido de regulamentar a norma e
não o fez, para o fim de possibilitar ao indívíduo a exercer os direitos de liberdades
constitucionais.
- A regra que autoriza o Chefe do Executivo a regulamentar a lei, deve conter o prazo
para tal ato. Neste prazo a lei não se torna exeqüível enquanto não editado o ato.Caso
não haja prazo, o entendimento é de verdadeira inconstitucilidade.
REGULAMENTOS AUTÔNOMOS.
DEVERES ADMINISTRATIVOS
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- efeitos: suspensão dos direitos políticos; perda da função pública; indisponibilidade dos
bens e obrigação de ressarcimento aos cofres pelo administrador que cometeu os danos
e responsabilização penal.
- efeitos expressos na CRFB no artigo 37, §4º - inovação com a manifesta expressão na
carta política;
- regulamentando a disposição Constitucional, adveio a Lei 8429/92 que trata dos atos de
improbidade adminstrativa. 3 formas:
a) enriquecimento ilícito;
b) prejuízo ao erário público;
c) ofensa aos princípios constitucionais;
- A lei abrange todo o agente público, sob qualquer forma de vinculação ao Poder Público
e até aqueles que concorrerem mas que não são agentes públicos, respondem.
- se houver dano ao erário, será competente para propor a ação a pessoa jurídica a qual
pertence o agente ou o MP, com objetivo para seqüestrar os bens do agente e também
para propor ação principal;
- Também poderá ser proposta Ação Popular, regulamentada pela Lei 4717 a ser
proposta por qualquer cidadão.
2- DEVER DE PRESTAÇÃO DE CONTAS
-Encargo do administrador público;
- se acentua na gestão do dinheiro público;
- o controle pode ser feito internamente por seus próprios órgãos ou externamente pelo
Poder Legislativo – tribunal de Contas – artigo 71 da CRFB. Ex. Artigo 84, XXIV da CRFB;
3- DEVER DE EFICIÊNCIA
-obrigação – artigo 37 caput da CRFB;
4- PODER HIERÁRQUICO
- Hierarquia – escalonamento vertical dos órgãos e agentes com o objetivo de
organização da função administrativa.
- efeitos: a) comando dos agentes superiores sobre os inferiores; b) fiscalização; c)
revisão dos atos administrativos; d) delegação e vinculação.
- DELEGAÇÃO -transferência de atribuições de um órgão a outro. Não é irrestrito –
nãoabrange a todas as funções. Abrange funções genéricas e comuns
- AVOCAÇÃO -fato inverso – chefe superior pode substituir-se ao subalterno, chamando
para si as questões afetas aquele. Tem caráter excepcional – è tratada na Lei 9784/99.
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SUBORDINAÇÃO E VINCULAÇÃO
- Hierarquia é cabível nas funções estatais. Inexiste hierarquia entre agentes que exercem
função jurisdicional ou legislativa.
- A função jurisdicional tem o principio da livre convicção do juiz – Exceção que mitigou
este principio – Súmulas vinculante – EC 45/04 que acrescentou o artigo 103-A. Tal
situação dispõe que os juizes de primeiro grau e órgãos do poder judiciário deverão
respeitar as sumulas vinculantes, se estendendo para os demais poderes da República –
Executivo e Legislativo.
- Caso o interessado deseje, poderá promover reclamação ao STF – artigo 103, A § 3º.
- Parafunção legislativa prevalece o principio da partilha de competências constitucionais,
peculiar as federações.
PODER DE POLÍCIA
I- Introdução
Para que o Estado possa atingir seus objetivos, precisa se valer de mecanismos próprios,
que vimos anteriormente, os chamados poderes administrativos, verdadeiras
prerrogativas para o devido exercício do múnus público.
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Considerando inclusive que ao administrador só é dado fazer o que a lei permite,
relembramos então que o principio da legalidade, informador de todo o direito
administrativo, nos leva a concluir que o direito positivo absorve todos os mecanismos
acima mencionados.
Os poderes, por muitas vezes se defronta com conflitos entre os direitos privados e o
público, e por isso háa necessidade do Estado se impor inclusive restringindo direitos dos
indivíduos.
O alcance dos objetivos de ordem pública que devem ser alcançados pelo Estado, é
imprescindível para assegurar a conveniente proteção aos interesses públicos,
instrumentando os órgãos, segundo o entendimento do d.CelsoAntonio Bandeira de
Mello.
O poder de policia deve ser entendido sobre dois sentidos: Amplo e Estrito
No sentido amplo o poder de polícia siginifica toda e qualquer ação restritiva do Estado
em relação a direitos individuais, ressaltando neste sentido a função legiferante do poder
legislativo, como função típica, no sentido de criar direito novo, através do processo
legislativo propriamente dito, caracterizando desta forma o principio constitucional de que
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude de lei – artigo 5, II da
CF.
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Devemos diferenciar policia-função e policia-corporação, sendo certo que aquela é a
função estatal propriamente dita em seu sentido material indicando atividade
administrativa e esta considera-se como órgão administrativa.
II- Conceito
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, poder de policia é prerrogativa de direito
público que embasada em lei, autoriza a administração pública a restringir o uso e gozo
da liberdade e da propriedade em favor dos interesses da coletividade.
O Ibama criou preço por meio de portaria, apesar de a hipótese configurar pagamento
pelo exercício do poder de policia e por isso o STF deferiu liminar para suspender a
eficácia da portaria, segundo a tese de que seria taxa e esta só pode ser instituída por lei
III- Competência
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- De acordo com o sistema de competências constitucionais, há a fixação de normas
básicasdo poder de regulamentação das pessoas federativas, de acordo com os artigos
21, 22, 25 e 30 da CRFB.
- Porém será inválido o ato praticado por pessoa federativa que não tenha competência
constitucional para regular a matéria e logo para impor a restrição. Bem como deverá ter
lei que tenha lastro constitucional.
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tais restrições. Esta pois se trata da competência originária, em sentido amplo. Quanto a
competência delegada, esta se resume na transferência do exercício desta competência.
- Ai temos uma questão controvertida, pois que o Estado não só exerce suas atividades e
presta seus serviços públicos através de seus órgãos internos. Contudo resta saber se as
pessoas administrativas ligadas ao Estado tem idoneidade para exercer o poder de
policia.
- Como exigência temos que tal delegação de prestação de serviços públicos ou mesmo
execução do poder de policia seja feita por lei formal, ou seja, aquela originária do
processo legislativo. Como exemplo do dito acima, temos que O STJ por falta de previsão
em lei formal, o Ministro Ilmar Galvão considerou ilegal multa aplicada por entidade
paraestatal, uma vez que somente lei pode fixar os condicionantes do exercício de
liberdade e da propriedade. No RESP 3745-RJ.
- Tal assunto levantou polêmica sobre o exercício do poder de policia pela Guarda
Municipal do Rio de Janeiro, criada pelo Município do RJ sob a forma de empresa pública,
embora as funções exercidas pela referida não se enquadrassem na categoria de
30
empresa pública. O argumento trazido pelos que eram contrários a situação, era de que
eram pessoas jurídicas de direito privado, bem como seus servidores eram submetidos às
leis trabalhistas, o que não lhes conferia estabilidade, passando então alguns a
defenderem a anulação das multas proferidas por eles.
- Noutro giro, a delegação não pode ser outorgada a pessoa jurídica da iniciativa privada,
desprovida de vinculação oficial com os entes públicos, visto que não são dotadas de
iusimperii, para o desempenho da atividade de policia.
31
A policia administrativa é atividade da administração que se esgota em si mesma, ou seja,
inicia e se completa no âmbito da função administrativa, incide basicamente sobre as
atividades dos indivíduos. Tem caráter eminentemente preventivo
Esta distinção não é absoluta, pois pode a policia administrativa agir de forma repressiva
quando interditam um estabelecimento ou apreendem bens obtidos por meios ilícitos.
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de consentimento podem ser as licenças e as autorizações. As licenças são atos
vinculados e como regra definitivos ( licença para construir) e as autorizações são atos
discricionários e precários ( consentimento dado a moradores para fechamento de rua
para realização de festa popular; os consentimentos previstos na lei 10826 que trata do
estatuto do desarmamento).
V- LIMITES
Segundo CRETELLA Jr. A faculdade repressiva não é ilimitada estando sujeita aos limites
jurídicos que são dos direitos do cidadão, as prerrogativas individuais e liberdades
públicas asseguradas na Constituição e nas leis.
Segundo a doutrina, há uma linha suscetível de ser ignorada, que reflete a junção entre o
poder restritivo da Administração e a intangibilidade dos direitos assegurados aos
indivíduos. Agir aquém dessa linha demarcatória é renunciar ilegitimamente a poderes
públicos. Agir além dela representa arbítrio e abuso de poder. Segundo Diógenes
Gasparini, não se pode a pretexto do exercício do poder de policia, aniquilar os
mencionados direitos.
- Discricionariedade e Vinculação
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A discricionariedade no exercício do poder de policia se dá quando a Administração pode
levar em consideração a área de atividade em que vai impor a restrição em favor do
interesse público e depois deescolhê-la, o conteúdo e a dimensão das limitações.
O controle pelo poder judiciário quanto aos atos do poder de policia, se dá quanto aos
discricionários para evitar excessos e violências da Administração em face de direitos
individuais.
- Auto-executoriedade.
A auto-executoriedade deve estar autorizada em lei e quando isso ocorre é porque se faz
necessária a proteção de determinado interesse coletivo.
Porém há atos que não autorizam a imediata execução pela Administração, como
exemplo as multas, que dependem de ação judicial para a sua cobrança e outra situação
é a de que a auto-executoriedade não pode constituir-se de abuso de poder, de modo que
a prerrogativa deverá compatibilizar-se com o devido processo legal.
Como exemplo temos a situação das vans, que em razão de estar trafegando sem
autorização legal, foi objeto de apreensão e multa pela autoridade de transito e para
liberar o veiculo exige-se o pagamento da multa. Em mandado de segurança o TJ/RJ
decidiu que a multa não pode ser auto-executória e não pode configurar como condição
de outro ato, a menos que haja previsão legal
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Contudo é plenamente legítima a cobrança de taxa de liberação em virtude do exercício
do poder de policia.
- Coercibilidade
ATO ADMINISTRATIVO
FATO ADMINISTRATIVO não guarda relação como o fato jurídico, onde este encontra
base no direito privado. O fato jurídico é aquele que gera efeitos na ordem jurídica, de
forma que dele se originam e se extinguem direitos.
O fato administrativo não tem relação com este conceito, pois que não considera os
efeitos jurídicosproduzidos , mas sim com a atividade material realizada no exercício da
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função administrativa, que tem condão de gerar efeitos de ordem prática para a
Administração . Exemplos de fato administrativo temos: apreensão de mercadorias e
dispersão de manifestantes, desapropriação de bens privados. Logo percebe-se que tais
fatos retratam única e exclusivamente alteração dinâmica na Administração. A noção de
fato administrativo é mais ampla do que fato jurídico, pois que os fatos administrativos não
retratam somente aqueles fatos que geram efeitos na órbita administrativa mas os simples
também.
Porém há situações que o ato administrativo não fundamenta o fato administrativo. Como
exemplos temos: mudança de departamento, alguma ação da administração que esteja
formalizada através de ato administrativo.
A Administração pratica atos privados e atos públicos. Contratos regidos pelo direito
privado também são praticados pela Administração. São considerados atos da
administração e apesar de podermos chamá-los de atos administrativos, não são atos
administrativos típicos.
Celso Antonio Bandeira de Mello também faz alusão aos atos políticos ou de governo, o
que gera discordância entre os doutrinadores, de forma que os atos administrativos
provem de lei, já que esta os precede e os atos políticos ou de governo são aqueles que
alcançam maior liberdade de ação e resultam de normas constitucionais. O caráter
governamental sobreleva o administrativo
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O ato jurídico no direito privado se caracteriza como ato de vontade, com capacidade de
produzir determinado efeito no mundo jurídico. Os elementos estruturais do ato jurídico
são: sujeito, objeto, a forma e a própria vontade.
Tais elementos também estão presentes no ato administrativo. Contudo alguns elementos
tem funções especiais. O sujeito é sempre uma pessoa investida de prerrogativas
públicase o objeto terá sempre de atingir um determinado fim publico.
De qualquer forma, o ato administrativo também será um ato de vontade para produção
dos mesmos efeitos do ato jurídico.
O novo Código Civil introduzido pela Lei 10406/2002 apresentou algumas alterações
relativa aos atos jurídicos quando não se faz mais necessário indicar o objeto da vontade
como adquirir, modificar ou extinguir direitos e obrigações, como antes ocorria no artigo
81 do antigo Código.
Outra alteração é a adoção da teoria alemã do negócio jurídico. A noção de ato jurídico se
configura pela manifestação de vontade em conformidade com o ordenamento jurídico e o
negocio jurídico se configura na declaração de vontade dirigida pela obtenção de um
resultado esperado pelo emitente
O núcleo do ato jurídico é vontade jurígena, ou seja, aquela que é capaz de produzir
efeitos no mundo jurídico e não a perseguição especificada pela vontade em relação aos
direitos e obrigações.
O antigo código civil tratou o conjuntamente o ato jurídico e o negocio jurídico. O novo
código cuidou especificamente do negócio jurídico – artigos 104 a 184, onde estabeleceu
norma genérica, que aos atos jurídicos lícitos, mas que não representam negócios
jurídicos, se aplicam no que couber, as disposições a estes últimos.
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Diante então da nova expressão do Código Civil, devem os atos administrativos
enquadrar-se como atos jurídicos, pois a vontade jurígena emitida pelo agente da
administração será emitida em conformidade com a lei e não representará negocio
jurídico, pois que a vontade do agente é a reprodução da disposição legal independente
do desejo ou no agente.
IV- CONCEITO
Após estas premissas o ato administrativo pode ser considerado como sendo a
exteriorização da vontade dos agentes da Administrações Pública e ou de seus
delegatários, nessa condição, que sob regime de direito público, vise a produção de
efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.
Os agentes são todos aqueles que integram a estrutura funcional dos órgãos
administração pública das pessoas federativas em qualquer dos poderes, bem como
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aqueles que pertencem a administração indireta – Autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista. O único pressuposto exigido para
sua caracterização é que no âmbito de sua competência exerçam função administrativa.
Os agentes delegatários são todos aqueles que embora não integrem a administração
pública, receberam incumbência de exercer por delegação, função administrativa e
quando estiverem tais pessoas no exercício da referida função administrativa, estarão
atuando na mesma condição dos agentes da administração. Fora desta função, estes
agentes delegatários estarão desempenhando atos jurídicos e negócios jurídicos, próprios
de direito privado.
SILÊNCIO ADMINISTRATIVO
Na lei civil, o silêncio como regra encontra amparo no consentimento tácito considerando-
se os usos ou as circunstâncias normais, só não sendo aceita quando a lei dispuser que
haja manifestação expressa. – artigo 111 do CC.
No direito público, contudo, não será esta a conclusão. O silencio por si só não revela a
pratica de ato administrativo, uma vez que inexiste manifestação formal de vontade, não
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havendo qualquer declaração do agente, ocorrendo sim um fato jurídico administrativo,
produzindo efeitos de ordem jurídica.
Quando a lei indica temos: 1- quando o silêncio importar manifestação positiva – anuência
tácita - neste caso considera-se que a Administração pretendeu emitir vontade com
caráter de anuência- quando o silencia implica manifestação denegatória
1- COMPETÊNCIA
Logo podemos concluir que se a competência do órgão vem da lei esta é ORIGINÁRIA e
de seus órgãos internos tal competência pode vir de atos administrativos e daí é
competência SECUNDÁRIA.
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Logo a competência administrativa só pode decorrer de texto expresso, seja da
constituição, da lei e de atos administrativos.
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO
A lei pode impedir que algumas funções sejam objeto de delegação e são chamadas de
funções indelegáveis que se transferidas acarretam a invalidade.
Se o delegante atrair para sua esfera decisória a prática de ato objeto de delegação dar-
se-á o fenômeno inverso, ou seja, a AVOCAÇÃO, cujo objetivo é evitar decisões
concorrentes e eventualmente contraditórias.
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outro exemplo o do artigo 103-B, § 4, III quanto fala da possibilidade do CNJ avocar os
processos disciplinares em curso instauradoscontra membros ou órgãos do poder
judiciário.
2- OBJETO
A vontade do agente exteriorizada pelo ato administrativo, produz muitas das vezes a
própria vontade do legislador e daí se configura uma atividade vinculada e o objeto é
vinculado. Exemplo de objeto vinculado: licença para exercer a profissão em todo o
território nacional e neste caso não Pode o agente restringir o âmbito do exercício
profissional.
3- FORMA
É o meio pelo qual se exterioriza a vontade, pois a vontade tomada de forma isolada, só
existe na mente do administrador.
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A forma deve ser válida, no sentido de compatibilizar-se com o que a lei ou ato
equivalente com força jurídica dispõe e tudo tem haver com os procedimentos
administrativos adotados pelos agentes.
No direito público toda a atividade deve estar voltada para o interesse público. O ato deve
ser escrito, registrado e publicado. Contudo, existem exceções quanto a esta exigência:
gestos de guarda de trânsito, palavras como atos de polícia de segurança pública ou
sinais como semáforos ou placas de transito. Mas tais meios são excepcionais.
Quanto ao silencia administrativo, esse só pode ser considerado se a lei não dispuser
diferente para fins de sua validade..
Em algumas hipóteses o vicio de forma constitui, mera irregularidade sanável, sem afetar
a órbita jurídica de qualquer pessoa. Nesses casos não haverá anulação, mas a simples
correção pelo instituto da convalidação do ato. Exemplo temos que um ato deveria ser
formalizado por ordem de serviço e foi por portaria, como exigia a lei.
Em outras hipóteses, o vicio de forma é insanável pois afeta o ato em seu conteúdo.
Temos o exemplo da resolução que determine determinado ato de utilidade pública para
fins de desapropriação, porém a lei exige que seja por decreto do chefe do executivo, logo
este ato tem vicio insanável.
4- MOTIVO
Motivo é a situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente quando da pratica
do ato administrativo.
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Motivo de direito é a situação de fato eleita pela lei como ensejadora da vontade
administrativa. Motivo de fato é a própria situação de fato. Se a situação de fato já está
delineada na lei, caberá ao agente tão somente a aplicação da norma, logo considera-se
neste momento o motivo vinculado.
Motivo e motivação tem sido causa de discussão na doutrina. Contudo há distinção entre
ambos. Motivo é a situação fática que gera o ato administrativo e motivação é a
justificação expressa dentro do texto do ato.
Conclui-se, pois que, se os atos mencionados na lei como obrigatória a sua motivação,
caso não haja, serão inválidos por ofensa à lei.
5- FINALIDADE
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CARACTERÍSITICAS
1- IMPERATIVIDADE
Imperatividade ou coercibilidade são atos administrativos cogentes, obrigando a todos
que se encontrem no circulo de incidência.
2- PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
O fundamento precípuo é de que os atos são emanados por aqueles que possuem
parcela do Poder público com objetivo de alcançar o interesse público.
Outro efeito é o da inversão do ônus da prova cabendo a quem alegar, não ser o ato
legitimo.
3- AUTO-EXECUTORIEDADE
O ato administrativo, tão logo emitido, pode ser imediatadamente executado. No direito
público é permitido a execução de oficio das decisões administrativas sem intervenção do
Poder Judiciário.
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O fundamento da auto-executoriedade é a salvaguarda com rapidez e eficiência do
interesse público. Esta característica é utilizada no poder de policia. Exemplo; destruição
de bens, demolição de obras com risco de desabamento.
MÉRITO ADMINISTRATIVO
4- VALIDADE -conformação do ato com a lei ou outro ato de grau mais elevado.
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A) ato válido, eficaz e exeqüível – os atos foram editados de acordo com a lei, tem
aptidão e efetiva possibilidade de serem concretizados.
B) Ato válido e ineficaz e conseqüentementeinexeqüível – o ato está em
conformidade com a lei, mas não completou seu ciclo de formação e por isso não
tem idoneidade para ser concretizado.
C) Ato inválido, eficaz e exeqüível – ato foi edital em desacordo com a lei, mas já
idôneo a produzir efeitos e pode produzi-los, incidindo aqui a presunção de
legitimidade dos atos adm.
D) Ato Inválido, eficaz e inexeqüível – ato em desconformidade com a lei, embora
formado, está sujeito a termo ou condição futura, não sendo pois operante ainda.
E) Ato Inválido e ineficaz e fatalmente inexeqüível – contraria a lei, não completou
o ciclo de formação e por isso não tem condições de ser executado.
Atos Gerais também conhecidos como normativos, são os que regulam uma quantidade
indeterminada de pessoas que se encontram na mesma situação jurídica. São
considerados também como de natureza legislativa, por trazerem em si os aspectos de
generalidade, abstração e impessoalidade e em alguns casos se submetem-se ao
controle de constitucionalidade nos termos do artigo 102, I, “a” da CRFB/88.
Atos individuaistambém chamados de concretos, são aqueles que são proferidos para
fins de regular situações jurídicas concretas, com destinatários individualizados, definidos
mesmo que para uma coletividade. Exemplos: licença para construção, decreto
expropriatório. Ao contrário dos atos gerais ou normativos, podem ser impugnados
diretamente pelos interessados quanto a legalidade, administrativamente ou
judicialmente.
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2- Critério das Prerrogativas: Atos de Império e Atos de Gestão.
Atos de Império são os que se caracterizam pelo poder de coerção decorrente do poder
de império (iusimperii), não se sobrepondo a vontade particular do administrador.
Exemplos: atos de policia, decretos de regulamentação.
Atos de gestão se configura quando o Estado atua no mesmo plano jurídico dos
particulares quando se trata da gestão da coisa pública, e neste aspecto intervêm
freqüentemente a vontade do particular. Exemplo: negócios contratuais. Nestes casos não
há coercibilidade dos atos de império.
Atos vinculados – são aqueles em queao agente não é dada a liberdade de apreciação
da conduta, se limitando a repassar o comando da lei, não havendo qualquer subjetivismo
ou valoração, mas apenas averiguação de conformidade entre o ato e a lei.
Atos complexos – são aqueles cuja vontade final da administração exige a intervenção
de agentes ou órgãos diversos, havendo certa autonomia , ou conteúdo próprio em cada
uma das manifestações, mas para fins de formar um único ato. As vontades são
homogêneas, há identidade de conteúdo e fins. Exemplo: investidura do Ministro do STF
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se inicia pela escolha do Presidente da República, após passa pela aferição do Senado
Federal e culmina com a nomeação.
Atos constitutivos – são aqueles que alteram a relação jurídica, criando, modificando ou
extinguindo direitos. Exemplos: autorização, sanção disciplinar e ato de revogação.
Atos Declaratórios – são os que apenas declaram situação preexistente. Exemplo: ato
que declara irregularidade administrativa em órgãos administrativa, admissão, licença,
homologação, isenção, anulação.
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Atos revogáveis – são aqueles que a administração está livre para retirar do mundo
jurídico, fazendo cessar seus efeitos em razão de critérios meramente administrativos.
Estes atos não chegaram a criar direitos subjetivos aos destinatários, pois que neste caso
deveriam ter os efeitos mantidos.
Atos irrevogáveis – são aqueles que a administração não pode mais retirá-los do mundo
jurídico por razões administrativas de oportunidade e conveniência. Exemplo: licença para
exercer profissão.
Atos auto-executórios – são aqueles que tem idoneidade jurídica de serem postos
imediatamente em execução, não dependendo de autorização prévia, nem do judiciário.
Esta teoria tem origem no direito francês e baseia-se no principio de que o motivo do ato
administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de ato que gerou a
manifestação da vontade. A inexistência dessa situação provoca a invalidade do ato.
A aplicação deste principio incide sobre os atos discricionários, pois que se estes não
exigirem a devida motivação, se assim o fizerem, estarão vinculados a essa e se o
interessado comprovar a inexistência da realidade fática, ao to terá vicio de legalidade.
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Os atos administrativos podem ser classificados em 2 categorias: conteúdo e forma.
É necessária a autorização quando a atividade solicitada pelo particular não pode ser
exercida legitimamente sem o consentimento do Estado.
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CONFLITOS – a lei 9472/97 que regula o sistema de telecomunicações trata da
permissão como ato administrativo em que pese a previsão da lei 8987/95 – confusão.
VISTO – ato adm que se limita a verificação da legitimidade formal de outro ato, mas pode
ser ato de mera ciência. Visto é condição de eficácia do ato que o exige.
1- DECRETOS E REGULAMENTOS
Os decretos podem ser geraisquando adotam os requisitos das leis, ou seja, são
abstratos, genéricos. exemplo : decreto que regulamentar uma lei. Portanto estes
decretos representam atividade de caráter administrativo
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Os decretos individuaissão aqueles que tem destinatário especifico – exemplo: decreto de
nomeação de servidor público.
Embora nem sempre, servem como apêndices dos decretos. segundo HELY, os
regulamentos são atos postos em vigência por decreto, quando outros atos como
resoluções podem tem este fim.
2- RESOLUÇÕES E DELIBERAÇÕES
São típicos atos adm e portanto tem natureza derivada, pressupondo sempre a existência
de lei que lhe autorize. não se confundem com as resoluções do texto constitucional do
artigo 59, VII que se configuram como atos autônomos e independentes e de natureza
primária – exemplo: atos do senado federal ou do congresso nacional que independem de
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sanção e são regulamentadas por regras jurídicas de acordo com o regimento interno. e
normalmente tratam de interesse direto das casas legislativas.
OUTRO EXEMPLO – resolução expedidas pelo cnj e ainda artigo 155,§2, IV e 68, § 2 da
CRFB
Todos estes atos servem para que a adm organize seus serviços.
5- OFICIOS.
6-PARECERES
Podem ter caráter normativo quando adotados pelo administrador a todas as hipóteses
idênticas. Contudo o juízo de valor integrante do parecer não poderia nunca ter cunho
normativo e sempre temopinativo.
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8- DESPACHOS
14- ATOS SANCIONATÓRIOS – são as punições aplicadas aos que transgridem normas
administrativas. Existem sanções internas e externas
EXTINÇÃO NATURAL – ocorre da extinção natural dos efeitos do ato – ex. destruição de
mercadoria nociva ao consumo público. Autorização por prazo certo para exercício de
atividade.
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NULIDADES NO DIREITO PRIVADO -obedecem ao sistema dicotômico da nulidade e da
anulabilidade – nulidade artigo 166 do CC e artigo 171 do CC diferenças: nulidade não
admite convalidação e na anulabilidade admite. o juiz pode decretar a nulidade de oficio
enquanto a anulabilidade só pode se for alegado.
Uns autores usam a denominação anulação e outros invalidação( Celso Antonio Bandeira
De Melo) o autor quando fala em invalidação empresta sentido amplo, abrangendo a
nulidade e a anulabilidade.
Os atos adm precisam observar seus requisitos de validade para gerarem efeitos, sem
eles o ato não pode ter eficácia.e por isso para ele seja invalidado deve ter a presença de
vicio.
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VÍCIO DE FINALIDADE – pratica de atos direcionados a interesses privados. exemplo:
autorização a determinada pessoa a quem quer beneficiar.
VÍCIO DE FORMA – ato que inobserva ou omite o meio de exteriorização exigido para o
ato. exemplo: punição do sumária do servidor sem abertura de processo adm que garanta
a ampla defesa e o contraditório.
VÍCIO DO OBJETO –vício do objeto – pratica de ato de conteúdo diverso do que a lei
determina. há vicio se o objeto é ilícito, impossível ou indeterminável. Exemplo:
autorização para atividade proibida; aplicação mais grave ao servidor que a adequada ao
fato.
A adm pub ou o judiciário através de mando de segurança, ação popular, ação civil
pública artigo 103- a – súmulas vinculantes também podem ser adotadas como forma de
anulação de atos adm – lei 11.417.
A adm pub pode invalidar seus atos com base no principio da autotutela e este
fundamento se iniciano principio da legalidade.
Há o dever de invalidar.
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Contudo, o direito positivo apresenta hipótese de contraditório para desfazimento do ato –
lei 8666 – contraditório antes do desfazimento do processo de licitação artigo 49, § 3 da
lei.
FORMAS:
REFORMA - forma de aproveitamento do ato onde outro ato suprime a parte inválida do
ato anterior, mantendo a parte válida.
Atos insuscetíveis de revogação: atos que exauriram seus efeitos, atos vinculados e atos
que geram direitos adquiridos (atos de aposentadoria), atos que integram procedimentos
administrativos pela simples razão da preclusão que impede o ato posterior e os meros
atos administrativos como pareceres, certidões e atestados.
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1- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Deve ser analisada sob dois sentidos: objetivo e subjetivo. E ainda sob dois
enfoques gramaticais, ou seja: Administração Pública ou administração pública.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
E para tal temos: União, em seu poder executivo, possui órgãos de classes
distintas: a Presidência da República e os Ministérios considerados como órgãos
auxiliares daquela. A Presidência da República é o órgão superior do Poder Executivo e
tem como seu chefe o Presidente da República – artigo 84,II da CRFB. O Estado em sua
estrutura do poder executivo, conforme o princípio da simetria, temos a Governadoria do
Estado e suas Secretarias e o Município terá sua Prefeitura e suas Secretarias.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA.
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A composição da Administração Indireta é por pessoas jurídicas e também
chamadas entidades por força da norma do D.L 200/67, artigo 4º.
Segundo a doutrina de Cretella Junior esta expressão foi empregada pela primeira vez
no direito italiano.
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2. COMPOSIÇÃO E PRINCÍPIOS REGEDORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O Estado ao atuar por meio de seus órgãos, agentes e pessoas jurídicas, como
vimos anteriormente, se processa por meio das seguintes formas: CENTRALIZAÇÃO,
DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO.
Por este princípio, somente integram o mundo jurídico os entes, após a manifestação do
poder legislativo e executivo, no processo legislativo de instituição da norma criadora.
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b) Princípio da especialidade. – este princípio reflete a necessidade de estar
expresso na lei as atividades a serem desempenhadas pelo ente. Somente as pessoas
políticas (Administração Direta) é que tem atividades genéricas.
Conclusão
4- AUTARQUIAS
A) INSTITUCIONAIS - são pessoas jurídicas criadas por lei para o desempenho das
atividades definidas em lei.
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B) TERRITORIAIS- decorrem de desmembramentos geográficos em certos países, onde
o poder central outorga-lhe prerrogativas de ordem política e administrativa, conferindo-
lhes determinada liberdade de ação. Ex. nossos territórios, pois são entes despidos de
autonomia, mas que desempenham por delegação, algumas funçõespróprias de estado.
Artigo 33 da CRFB.
Como são pessoas jurídicas de direito público, não incidem sobre elas normas do
CCB, tendo em vista de nascem de lei e não do registro de seus estatutos no órgão
competente.
12 – CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
13- OBJETO
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2- Objeto - atividades típicas da Administração pública, execução de
serviços públicos de natureza social e administrativa: autarquias
assistenciais ( EX.: INCRA, ADENE, ADA), autarquias previdenciárias
( INSS), autarquias culturais ( UFRJ), autarquias profissionais ( OAB.
CRM, CREA;.....), Autarquias administrativas ( INMETRO, BACEN,
IBAMA), Autarquias de controle ( agências reguladoras – ANEEL,
ANATEL, ANP)
3- Natureza – regime jurídico – Autarquias comuns e especiais. As
especiais tem algumas características como:
a) poder normativo técnico – proveniente de delegação legal no sentido de
normatizar tecnicamente de forma complementar a regra geral. Este poder é
submetido ao controle administrativo e institucional
b) autonomia decisória – seus conflitos administrativos se solucionam em âmbito
do órgão da Autarquia. O poder revisional é dado a pessoa federativa
vinculada;
c) independência administrativa se dá com a investidura dos seus dirigentes que
se dá a termo e não por mandato como tecnicamente vem apresentando;
d) autonomia econômico-financeira é proveniente de recursos próprios e
recebimento de dotações orçamentárias para gestão de seus próprios órgãos.
15- Patrimônio
16- PESSOAL
Poderão integrar a Autarquia pelo regime estatutário ou pela CLT, conforme prevê a sua
lei criadora.
As autarquias por serem pessoas jurídicas de direito público praticam atos administrativos
e atos privativos. Os atos administrativos estão sujeitos a algumas características
especiais são controlados pelas vias comuns e pela especial como mandados de
segurança ou ação popular.
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legitimidade, auto-executoriedade e exigibilidade. Sua extinção pode dar-se pela anulação
ou revogação conforme o caso.
20 – RESPONSABILIDADE CIVIL
21 – PRERROGATIVAS
22- AGÊNCIASREGULADORAS
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A finalidade destas agências é de controlar amplamente os serviços públicos e o
exercício da atividade econômica, bem como das próprias pessoas privadas que
passaram a executar tais atividades.
Este diploma foi derrogado pela Lei 10.871 de 2004, que instituiu o regime
estatutário para estas autarquias e dispôs sobre a criação de carreiras e organização dos
cargos efetivos.
23 – AGÊNCIASEXECUTIVAS
24 – ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS
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1- EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA – PONTOS
INCONTROVERSOS.
São pessoas jurídicas de direito privado com personalidade jurídica de direito privado e
através delas o Estado exerce algumas atividades com maior flexibilidade.
Há quem diga que o termo pública é impreciso, pois que são pessoas jurídicas de direito
privado, contudo tal nomenclatura tem razão de ser uma vez que o capital social da
empresa pública é composto pelas pessoas administrativas.
Em que pese o exercício de atividades com maior flexibilidade, o Estado não é livre
havendo controle.
2- REFERÊNCIAS NORMATIVAS.
3- PRESONALIDADE JURÍDICA
São pessoas administrativas, regidas por normas de direito privado, diferentes das
Autarquias.
Objetivo de sua criação: dar maior flexibilidade na execução das atividades, diferente do
órgão que integra a administração direta que executa atividade econômica.
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Por serem pessoas jurídicas e direito privado, não as coloca em pé de igualdade com as
demais pessoas privadas, simplesmente por terem sua criação autorizada por lei.
4- CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
Com o D. L 200/67, esta pessoas administrativas eram definidas como criadas por lei.
Com o advento da CRFB/88, tal equívoco não foi sanado, somente ocorrendo com a
reforma administrativa advinda com a EC 19/98, com a expressão autorizada por lei.
Quanto a criação, o regime adotado é o do CCB – O estado deve providenciar o ato que
contenha o estatuto ou os atos constitutivos da entidade para posterior inscrição no
registro próprio, conforme artigo 45 do CCB.
As subsidiárias devem ter sua criação e extinção autorizada por lei também, que poderá
vir de forma geral na lei autorizativa da entidade primária. Segundo o STF em julgamento
em relação a Lei 9478/97, é dispensável lei específica para tal objetivo.
Estas subsidiárias também são controladas ainda que indiretamente pela pessoa
federativa.
5- OBJETO
- o Estado somente pode praticar tais atividades nos termos previstos na CRFB;
- Ainda que estas atividades sejam desempenhadas pelas EP e SEM, ainda há controle e
limites em suas atuações, para impedir que estas atuem no mercado de forma competitiva
com as demais pessoas privadas.
- atividade econômica tem sido vista como gênero como forma de utilização de recursos
para satisfação de necessidades.
- Não são todos os serviços públicos que podem ser desempenhados por estes entes
como: serviços típicos de estado: segurança pública, atividade jurisdicional, defesa da
soberania, assistência social.
6- REGIME JURÍDICO
- O regime jurídico é híbrido, ou seja, incidem normas de direito público e direito privado;
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- Mas há privilégios materiais e processuais ( Decisão do TJ/RJ Enunciado Cível nº 30 de
03/09/01) e neste caso o STJ já sumulou que prescreve em 20 anos ação de indenização
contra SEM em caso de responsabilidade civil – Súmula 39 – STJ – diferente da
prescrição qüinqüenal das pessoas jurídicas de direito público as favorecem.
- A grande inovação foi sem dúvida, a previsão de lei específica para a disciplina do
regime jurídico dessas entidades nos termos do artigo 173,§1º alterado pela EC 19/98 e
há quem entenda que em razão da autonomia das pessoas federativas, cada uma delas
poderia editar as leis específicas para suas empresas públicas e sociedades de economia
mista. Contudo há entendimentos diversos como o do José dos Santos Carvalho Filho,
que entende não ser possível, sendo necessário ser por lei federal que estabelecerá as
linhas gerais e as administrações regionais e locais deverão editar disciplina
complementar;
- Complementando o raciocínio supra, temos o exemplo do artigo 22, XXVII da CRFB que
regulamenta por lei geral de competência privativa da União Federal para disciplinar
contratações e licitações pertinentes a todas as pessoas federativas.
7- REGIME TRIBUTÁRIO
- Polêmica – as normas voltadas para entidade privada só deve incidir quando houver
exploração de atividade econômica em estrito sensu, podendo haver benefícios para
aqueles que desempenham atividade econômica sob a forma de serviço público –
Entendimento de Maria Sylvia Di Pietro, Diógenes Gasparini e Celso Antonio Bandeira de
Mello.
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- STF reforma decisão do TRF4 quando adota entendimento que a ECT (Empresa Pública
Federal) está abrangida pela imunidade tributária recíproca – artigo 150, VI da CRFB –
por se tratar de prestadora de serviços públicos exclusivo da União.
A) CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL
SEM - são constituídas com capital de pessoa jurídica de direito público ou outras
pessoas administrativas além do capital privado. A entidade criadora possui o domínio da
maior parte das ações para garantir os ajustes de suas diretrizes.
As sociedades em que o Estado participa, porém não detem a maioria, não possibilita o
controle societário, são chamadas de sociedades de mera participação do Estado – Lei
10.973/04 e DL 5563/05.
B) FORMA JURÍDICA
SEM -sua forma jurídica é de Sociedade Anônima conforme definição prevista no D.L
200/67 e cuja regulamentação dar-se-á pela Lei 6404/76;
EP – sua forma jurídica poderá se revestir por aquelas admitidas em direito, podendo
ainda por força desta definição que elas poderão ser unipessoais, quando o capital
pertence exclusivamente à pessoa instituidora ou pluripessoal quando o capital pertence a
varias pessoas, além do capital dominante da pessoa criadora;
Contudo poderá ocorrer que tais empresas devam ter a tramitação de seus processos na
justiça estadual, por força da súmula 270 do STJ, quando ocorre protesto por preferência
de crédito por ente federal em execução que tramita na justiça estadual, ao deslocando
pois a competência com fundamento no artigo 109,I da CR;
SEM – suas ações serão processadas no foro estadual, já que a CR silenciou sobe o
assunto, corroborado pela súmula n. 517 do STF, só admitindo o deslocamento nos casos
previsto pelo artigo 109 da CR. Ressalta-se ainda a sumula 556 do STF e sumula 42 do
STJ.
9 – PATRIMÔNIO
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- Os bens destes entes vêm da pessoa federativa e por isso passam a ser privados
quando integram o patrimônio das EP/SEM, sujeitos a sua própria administração, não lhes
sendo concedidos privilégios ou benefícios, em regra.
- O CCB caracteriza como bem público os da pessoa de direito público interno o que não
é caso;
- Hely Lopes Meirelles entende serem bens públicos com destinação específica,
- No caso de extinção destas entidades, a regra é que liquidadas as obrigações por elas
assumidas em face de terceiros, o patrimônio seja incorporado á pessoa controladora,
passando então a serem considerados bens públicos.
10 – PESSOAL
- Em regra são atos jurídicos de direito privado regulamentados pelo Direito Civil e
Comercial, mas se houver função delegada pelo poder público, serão atos administrativos
e portanto suscetíveis de controle por mandado de segurança e regidos por normas de
direito público.
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b) Foi garantido também a ECT a imunidade tributária como se fosse pessoa jurídica de
direito público equiparada a fazenda pública;
c) Suspensão de penhora de recursos financeiros de SEM (metrô) pelo fato de prestar
serviço público essencial e a penhora recair sobre receitas vinculadas ao custeio do
serviço.
- não havendo mais situação de penhora de bens ou rendas, a hipótese é de encampação
da entidade pela pessoa federativa controladora, situação que não comprometerá a
continuidade do serviço público.
- o questionamento na fase de execução sofreu alteração por força da lei 11232/05, onde
não haverá mais embargos de devedor e sim impugnação;
- Depende da atividade desempenhada – se for mercantil não incide o artigo 37, § 6º; se
for serviço público – aplica-se
- A pessoa federativa que vincula a EP/SEM terá sempre responsabilidade subsidiária e
não solidária, logo somente se o patrimônio destas for insuficientes para solver os débitos,
os credores poderão postular os créditos remanescentes através de ação movida contra a
pessoa política.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
- Temos 2 correntes – uma defendida por Oswaldo Aranha B. Mello, Celso Antonio B.
Mello, Maria Sylvia, Diógenes Gasparini, Miguel Reale e Cretella Jr. E STF, no sentido de
que há 2 tipos de fundação: publicas e privadas. Aquelas dotadas de personalidade
jurídica de direito público e esta de personalidade jurídica de direito privado.
- Nesta corrente as fundações públicas são caracterizadas como autarquias, razão porque
são chamadas de fundações autárquicas ou autarquias fundacionais – seriam elas uma
espécie do gênero.
- A2 corrente defende que mesmo sendo instituídas pelo poder público as fundações
públicas terão sempre personalidade jurídica de direito privado. Tal corrente é seguida por
Manoel Oliveira Franco Sobrinho, Caio Tácito, Seabra Fagundes, Eros Roberto Grau.
- Hely Lopes Meirelles entendia ser uma contradição as expressões, pois se a entidade
era uma fundação era de direito privado e se era autarquia era de direito público, não
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podendo ser ao mesmo tempo de direito público e de direito privado. Mas coma CRFB/88
este doutrinador entendeu que se era uma fundação pública deveria ser de direito público.
- O D.L 200/67 não mencionava as fundações, somente sendo inserida pela Lei 7596/87 e
portanto são integrantes da Administração Pública Indireta e se caracterizam como
fundação pública com personalidade jurídica de direito privado, regulada pelo CCB.
- A CRFB nunca tratou da personalidade jurídica das fundações, logo a previsão do D.L
200/67 não guarda incompatibilidade com as regras constitucionais.
- Características fundamentais: a) fins não lucrativos; b) inspirada pela intenção do
instituidor; c) fins sociais: atividades pias, sociais, beneficentes; d) CCB delimitou: fins
religiosos; morais;culturais e assistenciais.
- Havendo valores que ultrapassem os custos da execução, haverá superávit e não lucro.
2- CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
3- PRERROGATIVAS
4- PRIVILÈGIOS TRIBUTÁRIOS
5- PATRIMÔNIO
6- PESSOAL
7- CONTROLE
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- Qualquer que seja a natureza terá controle político, administrativo e financeiro.
- Controle do Ministério Pùblico através de suas curadorias de fundações caberá nas
fundações privadas, tendo em vista que quanto as fundações públicas o controle caberá a
pessoa federativa criadora.
8 – FORO
- Se instituídas pelo ente federal seu foro será o da Justiça Federal, se estadual e
municipal será o estadual. A regra se for fundação governamental de direito privado o foro
é comum
4. ATOS E CONTRATOS.
10 – RESPONSABILIDADE CIVIL
- depende de lei autorizadora para sua criação, embora não tenham sido elencadas o
artigo 37, XIX da CRFB;
- objeto: atividade social, com serviço de utilidade pública, Ex.: SESC, SESI, SENAC,
SEBRAE, SENAR, SENAT.
- Recursos financeiros são contribuições parafiscais – artigo 240 da CRFB, não vem do
erário, mas são dinheiro público e estão submetidas ao controle do poder público –
prestam contas, fazem licitações sob o entendimento do TCU.
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- FORO – COMUM
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