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O surgimento do conceito de
Urbanismo: teorias e práticas
na Câmara Municipal de
Lisboa
Rita Gago
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De 1850 a 1910 dá-se, de uma forma nítida, a passagem da Lisboa "ribeirinha" à Lisboa
"nuclear-radioconcêntrica". (…) da cidade organizada em função do rio à cidade organiza-
da radialmente em função de um centro terciário.
Luís Bruno Soares - Sobre a estrutura urbana de Lisboa. In: Arquitectura, Abril 1980, p. 27
1
Imagem 1 - Obras Municipais: calceteiros [fotografia], 1907. Portugal, Arquivo Municipal de Lisboa
81
[Arquivo Fotográfico], Fundo Joshua Benoliel.
2
Imagem 2 - Lisboetas passeando na Avenida da Liberdade [fotografia], 1912. Portugal, Arquivo Municipal
de Lisboa [Arquivo Fotográfico], Fundo Joshua Benoliel.
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O presente trabalho tem como principal objectivo determinar em que momento do seu
exercício, a Câmara Municipal de Lisboa começou a gerir a cidade de acordo com preo-
cupações urbanísticas. Em suma: quando terá surgido o urbanismo em Lisboa?
Esta questão levou-nos a muitas outras. Por um lado, e de acordo com Margarida Souza Lobo3,
o urbanismo surge na segunda metade do século XIX, com a elaboração de Planos Gerais de
Melhoramentos. Por outro, em Portugal, um longo caminho foi percorrido até se materializarem
intenções, limitadas quer pela vontade política, quer por constantes cons-trangimentos orçamen-
tais. Da teoria à vontade política e da vontade política à prática o processo foi longo e complexo.
O PRÉ - URBA N I S MO
É sabido que, desde muito cedo, a Câmara Municipal de Lisboa teve competências que
actualmente relacionamos com o urbanismo, mas que não reflectiam uma preocupação de
verdadeiro planeamento urbanístico. Eram medidas tomadas e legisladas para resolver pro-
blemas imediatos, por exemplo, nas áreas das obras, da limpeza urbana e do próprio policia-
mento da cidade.
Assim, em 1591 foi atribuída ao município lisboeta "a inspecção de todas as obras respecti-
vas à edificação e reedificação da cidade"4. Esta função foi interrompida após o terramoto de
1755, momento em que, através do Decreto de 12 de Junho de 1758, as attribuições inherentes á
Inspecção foram desannexadas (…) e transferidas para outra Auctoridade5 (…) tendo esta (…) sido novis-
simamente [,em 1835,] abolida por Sua Magestade.
3
Cfr. LÔBO, Margarida Sousa - Planos de urbanização: a época de Duarte Pacheco. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade
do Porto, 1995. ISBN 972-9483-14-0. p. 13.
4
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, Edital de 20 de Fevereiro de 1836; cfr. SILVA, Raquel Henriques da - Lisboa romântica:
urbanismo e arquitectura, 1777-1874. Lisboa: Universidade Nova, 1997. p. 276. Dissertação de Doutoramento em História de Arte.
5
Apesar de não ser mencionada, pensamos que essa Auctoridade fosse o Juízo da Inspecção da Cidade, com base na obra de
Idem, ibidem, p. 277-278, que cita o ofício de 4 de Agosto de 1835, dirigido por Anselmo José Braancamp a Rodrigo da Fonseca
Magalhães, a fim de esclarecer qual ou quais seriam as entidades responsáveis pelas obras de Lisboa: "Para ele havia duas maneiras
de encarar o objecto da questão: a primeira é continuando a Repartição das Obras Públicas a desempenhar as atribuições que até agora exercia, vindo
a Câmara neste caso a desempenhar o que pertencia ao Juízo da Inspecção da Cidade: a segunda é ficar a Câmara incumbida inteiramente destes ramos
82 das Obras Públicas".
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"para se não usurparem terrenos públicos nem se falte aos alinhamentos do ris[c]o da Cidade", "não
usurpando por modo algum o que por ora pertence à Repartição das Obras Públicas [sucessora da
Casa do Risco pombalina] sobre a regularidade da frente dos Edifícios."
Perante esta "crise de sucessão" de poderes no domínio das Obras Públicas, e passado o
tempo de Pombal, prevalecia uma forte vontade por parte do município de retomar as suas
competências, em contraste com um enfraquecimento da iniciativa do Governo, como
demonstra Raquel Henriques da Silva, ao citar a Portaria de 20 de Março de 18217:
Em Março de 1836, foi sugerido pelo Vereador Fiscal das Obras, e no âmbito das novas
atribuições, o pagamento de um novo emolumento a Malaquias Ferreira Leal, o primeiro
Arquitecto da Cidade, justificado pelas numerosas vistorias e informações que "tinha que satis-
fazer em consequência do Edital relativo à Inspecção da Cidade". No início do ano seguinte,
o mesmo vereador recomendava que fosse constituído "um arquivo metódico para se
83
6
Vid. nota 3.
7
SILVA, Raquel Henriques da, op. cit., p. 228.
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guardarem todos os desenhos e planos que houver sobre as diferentes obras, tanto do
Município como daquelas que lhe têm sido entregues em Comissão."8
84 8
Idem, ibidem, p. 278.
9
Idem, ibidem, p. 279.
10
Idem, ibidem.
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T E N T A T I V A S DE I M P L E M E N T A Ç Ã O DE UM PLANO GERAL DE M E L H O R A M E N T O S
11
Carta topographica da cidade de Lisboa. In: Correia PAES - Melhoramentos de Lisboa e seu Porto. Lisboa: Tipografia Universal, 1882.
12
Cfr. LÔBO, Margarida Sousa, op. cit., p. 16. 85
Decreto de 31 de Dezembro de 1864, Título III, Secção I: Do plano de edificações e reedificações em Lisboa, medidas gerais
13
Previa-se que o Plano fosse elaborado por uma comissão composta por um engenheiro e por
um arquitecto, funcionários do Serviço das Obras Públicas, de um engenheiro proposto pela
Câmara Municipal e de um vogal do conselho de saúde pública do Reino15. A este respeito é
de salientar que o Título III do decreto citado se divide em duas secções: a primeira "Do
plano de edificações e reedificações em Lisboa (…)"tratando a segunda das "Disposições re-
lativas às cidades, vilas e povoações fora de Lisboa". No caso da cidade do Porto, menciona-
da no início da segunda secção, remete-se para o artigo 34.º, onde se prevê a constituição de
uma comissão, à semelhança do caso de Lisboa.
Da leitura deste decreto constata-se que, apesar de a Comissão incluir um engenheiro nomea-
do pela Câmara Municipal, o peso do Poder Central é afirmado pela maioria dos interve-
nientes naquele projecto: dois membros do Serviço das Obras Públicas e um vogal do
Conselho de Saúde Pública do Reino.
É neste contexto que Pézerat publica, em 1865, a sua Mémoire sur les études d'améliorations et em-
blissements de Lisbonne, após uma deslocação a Paris, onde teve contacto com a obra de
Haussmann, cuja filosofia tentou reproduzir na sua proposta para os
Georges-Eugène Haussman (1809-1891) nasceu e morreu melhoramentos de Lisboa.
em Paris. A mando de Napoleão III, replaneou e recons-
truiu a cidade de Paris. Rodeado dos melhores engenheiros Recusando a renovação parcial do tecido urbano, propunha que a
e arquitectos de Paris, remodelou a Cidade, construindo, cidade fosse tratada como um todo, com grandes avenidas e prédios
entre outras infra-estruturas, uma rede de esgotos e imponentes como único meio de proporcionar "ordem e harmo-
abastecimento de água. Criou uma estrela de 12 avenidas nia". Alegava que ao serem entregues as obras a grandes empresas
monumentais em torno do Arco do Triunfo. É conhecido de construção, devidamente protegidas, "libertariam o governo e a
pela reconstrução de Paris, mas também acusado da municipalidade de todos os encargos que tornariam irrealizável qualquer tenta-
destruição da antiga cidade, nomeadamente de edifícios tiva dessa envergadura"16. Eram, de facto, obras muito dispendiosas
antigos, de grande valor histórico e arquitectónico. para uma cidade como Lisboa, que se batia com um "magro orça-
mento municipal"17.
Para além do "magro orçamento" que a Câmara se via obrigada a gerir, Raquel Henriques da Silva
aponta outros factores que contribuíram para que os melhoramentos da capital não avançassem18.
Por um lado, Pézerat, "que representara para sucessivas vereações a encarnação de uma utopia
parisiense", é mencionado como um "programador romântico", sem capacidade de gerir um
15
FRANÇA, José-Augusto - Lisboa: urbanismo e arquitectura. 4ª ed. Lisboa: Livros Horizonte, 2000. ISBN 972-24-0998-0. p. 65.
86 16
FRANÇA, José-Augusto, op. cit. p., 65.
17
Actas das Sessões. Câmara Municipal de Lisboa. Archivo Municipal. Lisboa, 1871. p. 410.
18
Cfr. SILVA, Raquel Henriques da, dir. - Lisboa de Frederico Ressano Garcia: 1874-1909. Lisboa: Câmara Municipal, 1989. p. 19.
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gabinete de exigência essencialmente técnica; por outro, a sua Pierre-Joseph Pézerat (1800-1872) nasceu em Pézerat e
doença prolongada, e consequente substituição por um arquitecto faleceu em Lisboa. Frequentou a Escola Politécnica de Paris e
menos prestigiado, fizeram a Repartição Técnica cair num clima de de 1825 a 1831 foi engenheiro e arquitecto do Imperador D.
estagnação. É de referir ainda o incêndio dos Paços do Concelho, Pedro, no Brasil. Veio para Portugal, contratado pela CML,
de 1863, que destruiu a maior parte dos projectos existentes no onde desenvolveu projectos de abastecimento de água e
Arquivo de Obras da Câmara. esgotos. Foi professor da Escola Politécnica desde 1853. Foi
autor de diversas propostas de remodelação dos bairros de
Um "Plano de Melhoramentos da Cidade" tardava em chegar e a Lisboa e o responsável pela construção dos edifícios dos
preocupação com o estado das obras em Lisboa era constante- Banhos de S. Paulo, do Matadouro Municipal e do aqueduto
mente manifestada nas sessões de Câmara pelos seus vereadores, sobre a Ribeira de Carenque (Belas), entre outras.
nomeadamente por Elias Garcia, na época vereador do Pelouro da
Instrução. A 5 de Janeiro de 1870, na segunda sessão de Câmara desse ano, faz-se o seguinte
ponto de situação das obras lisboetas:
Estas eram tidas como as obras prioritárias que, por falta de meios, custavam umas a arran-
car, como é exemplo a comunicação com o Campo Grande (levada a cabo, mais tarde, por
Frederico Ressano Garcia) e outras custavam a ser terminadas, como
o Aterro da Boa Vista.
87
19
Actas das Sessões. Câmara Municipal de Lisboa. Archivo Municipal. Lisboa, 1871, p. 410.
20
Avenida 24 de Julho e Mercado da Ribeira [fotografia], post. 1882. Portugal, Arquivo Municipal de Lisboa [Arquivo
Fotográfico], Fundo Paulo Guedes.
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Assistindo à sessão de Câmara no dia 16 de Abril de 187423, Ressano Garcia foi apresentado
aos vereadores do município. O Presidente, Barão de Mendonça, começou por reconhecer a
necessidade de elaboração de um regulamento para a Repartição Técnica, pedindo, "ao dito
sr. engenheiro que tivesse uma ou mais conferências com (…) [o] sr. vereador [presidente
dessa repartição], (…) o sr. dr. Alves24", com vista à elaboração do referido documento.
Podemos dizer que a chegada de Ressano Garcia foi algo atribulada e pouco pacífica, verifi-
cando-se desde o início um atrito nas relações entre o Vereador do pelouro das Obras e o
Chefe da Repartição Técnica. De acordo com a acta da sessão de Câmara de 20 de Abril de
21
SILVA, Raquel Henriques da, op. cit., p. 20.
22
Cfr. Regulamento da Repartição Técnica, 1879, Artigo 4º: "A parte técnica e administrativa são completamente independentes"
e Artigos 5º, 6º, 7º, 14º e16º.
88
23
Actas das Sessões: 1874. Câmara Municipal de Lisboa. Archivo Municipal. Lisboa, 1875, p. 2043.
24
Joaquim José Alves, Vereador do Pelouro das Obras.
25
Actas das Sessões. Câmara Municipal de Lisboa. Archivo Municipal. Lisboa, 20 de Abril de 1874.
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Sem que a proposta tivesse reunido consenso, o Presidente nomeou uma comissão para o
estudo do projecto, constituída pelo Presidente e por três vereadores: Joaquim José Alves,
José Elias Garcia e Francisco Simões Margiochi Jr. Foi distribuída uma cópia do projecto a
cada vereador, ficando agendada a respectiva discussão para o dia 27 de Abril26. Sem a com-
parência do Presidente nesse dia, ficou novamente adiada a aprovação do Regulamento da
Repartição Técnica.
A discussão daquele Regulamento foi sendo adiada, devido à apresentação de nova proposta
pelo vereador Barros Gomes, "perante várias dúvidas que suscitava o primeiro documento"27.
Assim, foi finalmente aprovado o documento final na Sessão de Câmara do dia 21 de Maio
de 187428.
comissão de cinco vereadores, sendo um destes o Presidente da Câmara, que será denomina-
da Comissão de Obras e Melhoramentos Municipais.
FUNÇÕES
A Comissão de Obras e Melhoramentos Municipais de Lisboa era um órgão consultivo des-
tinado a
26
Idem, ibidem.
89
27
Actas das Sessões. Câmara Municipal de Lisboa. Archivo Municipal. Lisboa, 30 de Abril de 1874.
28
Actas das Sessões. Câmara Municipal de Lisboa. Archivo Municipal. Lisboa, 21 de Maio de 1874.
29
Regulamento da Repartição Técnica, Artigo 9º.
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Artigo 4º
As deliberações da comissão de melhoramentos serão transmitidas ao engenheiro
pelo Presidente, e este será também o intermmediário das comunicações que, pelo
Engenheiro tenham de ser transmitidas à Comissão.
Artigo 5º
O Engenheiro assistirá sempre, excepto quando absolutamente lhe tolham exigências
de serviço, às sessões da Comissão de Obras Municipais, onde terá voto consultivo.
Esta distribuição do serviço reflecte o desempenho desta Repartição, através das principais
30
Cfr. Actas da Comissão de Obras e Melhoramentos Municipais, Portugal, Arquivo Municipal de Lisboa. [Arquivo do Arco do
Cego], Fundo Câmara Municipal de Lisboa.
31
Comissão de Melhoramentos no aterro à Boa Vista, composta pelo Presidente da CML; pelo Vereador da Instrução, José Elias Garcia;
pelo Presidente da Repartição Técnica e Obras, Joaquim José Alves e pelo Vereador das Calçadas e Canalização, José Carlos Nunes.
90
32
Comissão Inspectora das obras dos novos Paços do Concelho, constituída pelo Presidente da CML, José Elias Garcia e por
Joaquim José Alves.
33
Regulamento da Repartição Técnica, Artigo 9º.
34
Idem, ibidem, artigo 10º.
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obras levadas a cabo. De acordo com a documentação consultada35, os assuntos mais discuti-
dos diziam respeito a:
€ Colocação de urinóis;
€ Alinhamentos de ruas.
O boulevard tornara-se, mais do que um espaço de passeio e convívio social, um elemento ino-
vador no planeamento urbanístico lisboeta:
A Repartição Técnica da Câmara decidira que a Avenida da Liberdade não seria ape-
nas um espaço de convivencialidade nem um chão estimulante para edificações de
luxo, mas um eixo operativo que articularia através do corpo da Rotunda, o tecido
sobrecarregado da cidade Baixa com uma zona de extensão a inventar radicalmente,
através do traçado de um outro conjunto de avenidas, comunicando ou com velhos
lugares lisboetas (…) ou com sítios suburbanos (…).38
35
Os Pareceres da Comissão de Obras e Melhoramentos Municipais, As Actas das sessões da Comissão de Obras e Melhoramentos Municipais e
as Actas das sessões de Câmara. Portugal, Arquivo Municipal de Lisboa, [Arquivo do Arco do Cego].
91
36
Tramway de Lisbonne: voiture ouverte [desenho], s.d. Portugal, Arquivo Municipal de Lisboa. [Arquivo do Arco do Cego].
37
PAES, Correia, op. cit.
38
SILVA, Raquel Henriques da, dir., op. cit., p. 23.
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Presidente da CML
Repartição Técnica
92
39
Actas da Comissão de Obras e Melhoramentos Municipais, Acta da 64ª sessão, Lv. 5, Portugal, Arquivo Municipal de Lisboa. [Arquivo
do Arco do Cego].
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Se considerarmos que o Urbanismo nasceu para a cidade de Lisboa com a publicação formal
de um Plano Geral de Melhoramentos da Capital, esse objectivo só foi conquistado em 1903,
no seguimento do diploma41 que finalmente encarrega o município de Lisboa de elaborar o
seu Plano Geral de Melhoramentos. Identificámos esse momento com a chegada de
Frederico Ressano Garcia à Repartição Técnica da Câmara Municipal de Lisboa, portanto, ao
momento da criação da referida Comissão.
Observou-se que o tipo de preocupação com as obras da cidade, antes de 1874, dizia essen-
cialmente respeito à estética dos edifícios e à sua salubridade. Não eram contemplados os
93
40
Memória justificativa e descritiva do Plano Geral de Melhoramentos da Capital, 29 de Dezembro de 1903 (primeira e última
páginas ma-nuscritas por Ressano Garcia). Portugal, Arquivo Municipal de Lisboa. [Arquivo do Arco do Cego]. Câmara
Municipal de Lisboa
41
Decreto-Lei de 2 de Setembro de 1901.
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Frederico Ressano Garcia exerceu funções na Câmara Municipal de Lisboa até 1909, ano em
que pediu a sua aposentação à Câmara Municipal de Lisboa, como Director do Serviço de
Obras. Terá sido o primeiro "town planner" de Lisboa.
LEGISLAÇÃO /CRONOLOGIA
94 SILVA, Carlos Nunes - Planeamento municipal e organização do espaço em Lisboa: 1926-1974. Lisboa: [s.n.], 1986. p. 12. Tese de
42
mestrado em Geografia Humana e Planeamento Regional e Local apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
43
[Pasta de arquivo com índice do] Plano Geral de Melhoramentos da Capital, s.d. Portugal, Arquivo Municipal de Lisboa.
[Arquivo do Arco do Cego].
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