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Carlos Xuê
2010
DOIS CALOS DE POESIA
Vida simples
O calo que teceu a manha
Infinitesimal
Como se chama os versos
Feito contexto
Procuro
Ninho
Choro
Correio
As coisas que não sei dizer
A garrafa
Fome
De perder-se
Sono ó
Saudade
Medo
A imagem aos olhos
Um fica, o outro
O poema
Carrossel
Mar
O nó
Infames
Morte neuropsicótica
Que será de nós?
Amor lúgubre
Discurso
O desespero
Sintonia maltrapilha
Apraz
Noite ébria
Incoerência
Música
Lingua
Se se morre de amor
VIDA SIMPLES
A felicidade, hoje,
Derramou uma
Lágrima.
Ah!
Vá entender os olhos,
Choram quando riem.
COMO SE CHAMAM OS VERSOS
Uma vida
Que pariu outra
Vida
Ocupada de ausência.
AS COISAS QUE NÃO SEI DIZER
.
Estranho!
Esvaziei a garrafa de litro,
Matei a sede d’água no gargalo,
Mas ainda não me basta
Sinto-me vazio.
FOME
A imagem
Que transcende na retina reflete-se,
E se der,
[em pura limpidez quando condiz a nosso favor;
Encardida quando se opuser.
UM FICA, O OUTRO
Meu bem,
Alguém precisa acordar.
Alguém...
Ninguém
Onde meu lado está?
Será que fugiu?
Nem vi – não sei.
Antes faltava costela
Hoje,
Meu bem,
Com teus pés,
Não sei o que mais pode deixar de faltar.
O POEMA
Misterioso.
Guarda remorsos.
Guarda os mortos e monstros.
E ainda assim continua a ser o que é,
Maré.
Mar.
O NÓ
Um x-lhão de átomos.
Uma quantidade de corpos.
Um sol.
Um bilhão de estrelas.
Dois mundos.
Duas luas.
Por trás do cenário uma guerra.
Um passo para o caos.
As memórias.
As lembranças.
Duas faces.
Um corpo.
Nós.
INFAMES
Era sinfonia...
O assovio do mendigo.
Tanto que aticei a amplificação auricular
E o som sibilante tornou-se portátil:
Levei-o a todo lugar.
APRAZ
Uma língua.
Uma história paralela...
Para lê-la.
SE SE MORRE DE AMOR