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Luiz Felipe Pondé: O ano em que a esquerda quebrou about:reader?url=https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde...
Por que a esquerda quebrou? Por que ela mente tanto? Antes de
tudo, por vaidade. O maior pecado da esquerda é a vaidade do bem.
Se a direita peca por rancor, a esquerda peca por orgulho. Vaidade,
vaidade, vaidade, vaidade das vaidades. Mas, para além da vaidade
(ninguém consegue aderir a alguma militância sem construir um
conjunto mínimo de vaidades), a esquerda quebrou porque mente.
Mente porque, do contrário, tem de encarar a realidade. A falta de
autocrítica do PT ao longo do ano é a prova de que a mentira é uma
estratégia profunda. Mais do que meramente política, ela é um vício
cognitivo e epistêmico. A esquerda tem de mentir para sobreviver em
seus coquetéis, festivais de cinema, mesas acadêmicas e em suas
colunas sociais.
Como justificar o culto a Cuba sem ficar burro? Como cultuar Fidel
sem mentir? Mas olhemos para coisas "maiores". Se em 1964 o
Brasil tivesse caído sob o domínio soviético, o país teria se
transformado numa ditadura da mesma forma —levando-se em
conta o contexto geopolítico de então, claro. Ou talvez num outro
Vietnã. Cuba é uma ilhota, o Brasil é um continente.
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Luiz Felipe Pondé: O ano em que a esquerda quebrou about:reader?url=https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde...
É claro que nem todo mundo nela é assim, assim como nem todo
mundo que quer um Estado menor no Brasil acha que gente deve
morrer de fome.
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