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Luiz Felipe Pondé: O ano em que a


esquerda quebrou
Luiz Felipe Pondé
5-6 minutos

A esquerda tomou um baque neste ano no Brasil. Não digo isso


como festa. Digo isso como fato. Requentou um candidato (por falta
de opção) que tudo que fez na Prefeitura de São Paulo foi alimentar a
pequena Amsterdã que existe dentro dos jovens riquinhos
paulistanos com pistas para bikes caras.

Por outro lado, alimentou o culto de um político datado e preso. O PT


é um partido velho em sua visão de mundo. As outras opções da
esquerda se perderam entre a moçada que ocupa a casa e a terra
dos outros, a defesa das "minorias", artistas ávidos por meter a mão
no dinheiro público e movimentos estudantis truculentos. Triste fim.

Essa casa em ruínas de velhos loucos sem dentes (com fotos


apagadas do Lula entre os dedos trêmulos) assistiu à caravana do
populismo ressentido passar vitoriosa. O Brasil asfixiava sob a bota
da tara monopolista corrupta do PT. As cadelas hidrófobas saíram do
armário mordendo, depois de décadas de cativeiro.

De repente, dos escombros da inteligência de esquerda, brota seu


"novo conceito crítico": a elite perdeu o verniz. Risadas? Militante
nunca teve verniz. A esquerda mente tanto que esqueceu quando
está mentindo. A direita, agora no poder, fará sua experiência

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"pessoal" do poder gravitacional da mentira.

Por que a esquerda quebrou? Por que ela mente tanto? Antes de
tudo, por vaidade. O maior pecado da esquerda é a vaidade do bem.
Se a direita peca por rancor, a esquerda peca por orgulho. Vaidade,
vaidade, vaidade, vaidade das vaidades. Mas, para além da vaidade
(ninguém consegue aderir a alguma militância sem construir um
conjunto mínimo de vaidades), a esquerda quebrou porque mente.
Mente porque, do contrário, tem de encarar a realidade. A falta de
autocrítica do PT ao longo do ano é a prova de que a mentira é uma
estratégia profunda. Mais do que meramente política, ela é um vício
cognitivo e epistêmico. A esquerda tem de mentir para sobreviver em
seus coquetéis, festivais de cinema, mesas acadêmicas e em suas
colunas sociais.

Se a direita tem de provar que não é mais escrota, a esquerda tem


de provar que nunca foi. E aí, a história é cruel com a esquerda. Só
não é mais porque historiadores orgânicos continuam trabalhando
descaradamente em favor desse "verniz". Risadas? O problema da
mentira cognitiva e epistêmica é que ela acaba deixando você burro.

Como justificar o culto a Cuba sem ficar burro? Como cultuar Fidel
sem mentir? Mas olhemos para coisas "maiores". Se em 1964 o
Brasil tivesse caído sob o domínio soviético, o país teria se
transformado numa ditadura da mesma forma —levando-se em
conta o contexto geopolítico de então, claro. Ou talvez num outro
Vietnã. Cuba é uma ilhota, o Brasil é um continente.

Os mesmos comunistas que agora aparecem se oferecendo como


vítimas (e, no contexto objetivo da época no país, foram mesmo
vítimas de violência, tortura e abusos, que nenhum inteligentinho de
direita venha negar o óbvio), se tivessem se instalado em Brasília em

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1964, teriam matado, torturado, violentado, roubado, como todo


comunista fez quando tomou o poder. Quem não reconhece isso é
mentiroso. A militância política corre o mesmo risco de
irracionalidade que a fé religiosa.

A esquerda optou por oferecer uma autoimagem de pessoas que


carregam flores e livros nas mãos enquanto a direita carrega armas
e porretes. Assustou-se quando grande parte do país parou de crer
nessa imagem falsa. A esquerda, historicamente, carregou poucos
livros nas mãos. Carregou apenas os que rezavam na cartilha. A
esquerda foi sempre autoritária, mentirosa, violenta. Quem conviveu
com ela, sem ser parte dela, sabe disso.

É claro que nem todo mundo nela é assim, assim como nem todo
mundo que quer um Estado menor no Brasil acha que gente deve
morrer de fome.

A pergunta que se deve fazer é: Por que durante o regime soviético


era este quem prendia seus cidadãos dentro da cortina de ferro e
não o mundo dos "porcos capitalistas"?

O comunismo, além de destruir a economia por onde passou (veja a


Venezuela e Cuba), destruiu a liberdade, o cotidiano, instituiu formas
de destruição das famílias, levando os filhos a denunciarem os pais,
alimentou os maiores canalhas dentro de seus países, assassinou,
prendeu, torturou, chacinou, enfim, matou em números mais do que
os nazistas.

A esquerda quebrou porque mente demais. Mente porque seu


passado a condena de forma evidente. Mente porque a "hipótese
comunista" só funciona regada a queijos e vinhos.

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