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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº. : 0138186-63.2015.8.05.0001


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : ELIANE PEREIRA DE SANT¿ANA

Recorrido(s) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S A

Origem : 8ª VSJE DO CONSUMIDOR (VESPERTINO


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

VOTO EMENTA

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. SENTENÇA QUE EXTINGUIU O


PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO, ANTE O RECONHECIMENTO
DA COISA JULGADA. FATOS QUE JÁ FORAM OBJETO DE APRECIAÇÃO
EM ANTERIOR PROCESSO. PARTE AUTORA QUE PLEITEIA EXECUÇÃO
DE ASTREINTES FIXADAS NO PROCESSO ANTERIOR COM BASE NA
DESOBEDIÊNCIA À OBRIGAÇÃO DE FAZER IMPOSTA. FATOS QUE JÁ
FORAM OBJETO DE DISCUSSÃO. SENTENÇA QUE JÁ TRANSITOU EM
JULGADO. OCORRÊNCIA DA COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE
JURÍDICA DE EXECUÇÃO DE ASTREINTES RELATIVAS A PROCESSO
DIVERSO. SENTENÇA EXTINTIVA MANTIDA.

1. Trata-se de recurso inominado contra sentença que extinguiu o


processo sem resolução de mérito por entender o magistrado sentenciante pela
ocorrência do fenômeno da coisa julgada, manifestando-se nestes termos:
“Desse modo, além da coisa julgada, impõe-se reconhecer a ausência do
interesse de agir, no caso interesse-adequação, pois para que haja o interesse,
é preciso que o demandante tenha pleiteado um provimento que se revele
adequado para a tutela da posição jurídica de vantagem afirmada e, no caso, à
toda evidência, o caminho escolhido, não é idôneo à satisfação do direito
perseguido e falecendo ao demandante interesse de agir, urge , também por
esse motivo, extinguir o feito, restando prejudicadas todas as demais questões,
processuais ou meritórias.”

A recorrente busca a reforma da sentença, alegando não ter ocorrido a


ofensa à coisa julgada, forte na tese de que réu continuou a desobedecer o
comando sentencial que impôs a obrigação de retirada do nome da parte
autora dos cadastros de proteção ao crédito, pugnando assim pela execução
das astreintes fixadas naquele processo.

A sentença atacada não merece reforma. Com efeito, verifica-se que


ocorrera o fenômeno da coisa julgada, haja vista que o pleito objeto da
presente demanda se refere a fatos que já foram objeto de apreciação no
processo de no 0155230-37.2011.8.05.0001, que tramitou perante o 1° Juizado
especial cível de defesa do consumidor- NAJ, tendo havido o trânsito em
julgado da sentença lá prolatada, com a discussão ampla das teses que se
busca novamente levantar no bojo dos presentes autos.

A parte recorrente pleiteia a fixação de astreintes em relação ao


suposto descumprimento de comando sentencial fixado noutro processo, o que
se revela, para além de ofensa à coisa julgada, pedido juridicamente
impossível, dado que a eventual execução de multa apenas guarda relação
com eventual descumprimento de liminar ou obrigação de fazer determinados
no bojo do próprio processo, no âmbito de uma única relação jurídica
processual.
Nesse sentido a jurisprudência, in verbis:

RECURSO INOMINADO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. INSCRIÇÃO


NEGATIVA. ASTREINTE JÁ EXECUTADA EM PROCESSO ANTERIOR.
ESGOTAMENTO DA VIA COERCITIVA. COISA JULGADA CONFIGURADA.
SENTENÇA MANTIDA. 1 - Afirma o recorrente já haver procedido na execução
da multa por descumprimento de obrigação concernente à retirada de inscrição
negativa em seu nome, requerendo a execução da multa, agora por período
diverso. 2 - A astreinte fixada no processo n° 041/3.09.0001031-2 já foi objeto
de execução naquele de n° 041/3.09.0001655-8, relativa à inscrição indevida,
havendo o esgotamento do pronunciamento jurisdicional, tendo sido a multa
inclusive reduzida em grau recursal. 3 - Se a exclusão anteriormente efetivada
pela demandada foi relativa a um único cadastro ou se a inscrição que restou
mantida se refere a outra contratação, tal discussão não resultou esclarecida
nos autos. 4 - O certo é que já houve execução da astreinte fixada no processo
de conhecimento, não cabendo ao autor reativar a mesma multa, ainda que por
período posterior, mesmo que não tenha havido limitação em dias-multa. 4 -
Coisa julgada que ficou claramente configurada, mantendo-se a sentença que
extinguiu a execução; 5 - Sentença mantida por seus próprios fundamentos, a
teor do disposto no art. 46 da Lei 9.099/95. RECURSO DESPROVIDO.
(Recurso Cível Nº 71005306998, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Nara Cristina Neumann Cano Saraiva, Julgado em
27/01/2016)

Logo, a sentença fustigada é incensurável, e por isso merece


confirmação pelos seus próprios fundamentos. Em assim sendo, servirá de
acórdão a súmula do julgamento, conforme determinação expressa do art. 46,
da lei n°. 9099/95, segunda parte:
“O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com
indicação suficiente do processo sucinta e dispositiva. Se a sentença for
confirmada pelos seus próprios fundamentos, a súmula do julgamento
servirá de acórdão”.
ISTO POSTO, voto no sentido de CONHECER DO RECURSO
INTEERPOSTO E NEGO-LHE PROVIMENTO, para manter a sentença
objurgada pelos próprios fundamentos. Sem custas processuais e
honorários advocatícios, por ser a parte beneficiária da justiça gratuita.

Salvador, Sala das Sessões, 06 de Julho de 2017.


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo nº. : 0138186-63.2015.8.05.0001


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : ELIANE PEREIRA DE SANT¿ANA

Recorrido(s) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S A

Origem : 8ª VSJE DO CONSUMIDOR (VESPERTINO


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

ACÓRDÃO
Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado
da Bahia, CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente,
MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE – Relatora e ALBÊNIO LIMA DA
SILVA HONÓRIO, em proferir a seguinte decisão: RECURSO CONHECIDO
E IMPROVIDO. UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento. Sem custas
processuais e honorários advocatícios.
Salvador, Sala das Sessões, 06 de Julho 2017.
BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

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