Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
SÉCULO XX E XXI
RESUMO
INTRODUÇÃO
1
Acadêmico do Curso de Direito – 4° Semestre. Faculdades Integradas Machado de Assis.
affonsohenriquep@gmail.com
2
Acadêmica do Curso de Direito – 4° Semestre. Faculdades Integradas Machado de Assis.
maisavalentina@gmail.com
3
Doutora em Direito Público pela Universidade do Rio dos Sinos (UNISINOS), com período
de doutoramento na Universidade de Sevilla (US - Espanha). Mestre em Integração Latino-Americana
pela Universidade Federal de Santa Maria (MILA/UFSM). Graduada em Direito pelo Instituto de
Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA). sinara@fema.com.br
2
teóricos, que não se concretizam mesmo nos países mais ricos e estáveis. Apesar
de assegurar direitos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, suprime
culturas, promove a opressão e, aliada ao neoliberalismo, aumenta a desigualdade
social e a torna algo natural, assim como legaliza o individualismo.
teria força para universalização, sem o direito a economia abriria espaço de forma
inconsequente e sem direção. Dessa forma é necessário que se estude e
compreenda a universalização de forma a conjugar essas duas matizes da
globalização.
No entanto, a autora lembra que, os principais objetivos da Declaração dos
Direitos Humanos e dos órgãos de controle internacional é (ou ao menos deveria
ser) a concretização de direitos sociais:
superando a oposição entre teoria e prática por
uma confrontação constante do ideal imaginário
pela realidade observável, esta realidade
observável é que, malgrado as resistências, os
direitos econômicos e sociais fazem, todavia, parte
dos direitos do homem e que os direitos humanos
se tornam oponíveis a economia. (DELMAS-
MARTY, 2003, p.39)
Sendo assim, apesar de a teoria aproximar o direito e a economia
internacionais, estes estão em extremos opostos, na maior parte das vezes em que
são aplicados.
Zygmut Bauman (1999), ao analisar o caráter da privatização das funções do
Estado percebe que a privatização, em geral, acaba gerando o sedentarismo do
princípio da igualdade social. Assim torna-se inviável o processo de transformação
positiva do status quo dos indivíduos e fixa regras de manutenção da desigualdade
de classes, incentivando políticas neoliberais de livre iniciativa privada do desmonte
do Estado. Afetando com impacto maior o contexto social de países pobres e/ou em
desenvolvimento.
Com a ascensão do capitalismo e da globalização torna-se necessário e
obrigatório que os indivíduos de determinado território passem fome para que ele
esteja em estado de pobreza (BAUMAN, 1999). Com isso torna-se mais fácil simular
o crescimento dos países, pois só será considerado pobre o país que passa fome,
excluindo fatores como desestruturação familiar, analfabetismo, falta de saneamento
básico, altos índices de violência e aumento da população carcerária, fatores estes
que influenciam muito a economia local dos Estados.
Mauch (2008) afirma que com a globalização a produção dos produtos está
atrelada ao custo da mão-de-obra, em outras palavras, quanto mais barata for a
mão-de-obra de determinado país, mais empresas estrangeiras se fixaram nele para
8
produzir seus produtos. Tendo apenas uma visão econômica isso parece
extremamente benéfico, porém ao analisarmos países como a China, pode-se
perceber que na prática isso apenas fomenta o trabalho análogo à escravidão e cria
uma falsa noção da necessidade de desenvolvimento de aumento do poder e de
potência estatal no contexto mundial (BAUMAN, 1999)
As forças econômicas da Globalização agem de acordo com o Estado, ou
seja, cada Estado escolhe suas políticas para auxiliar na uniformidade global.
(MAUCH,2008) Essas decisões políticas colocadas como decisões próprias de cada
país parecem extremamente boas, porém o que ocorre é que em países de terceiro
mundo as políticas devem ser extremamente liberais e com menor número de
garantias ao proletariado, fazendo com que países subdesenvolvidos massacrem
seu povo trazendo empresas de países desenvolvidos que não pagarão valores
considerados justos ao trabalho, mas sim salários extremamente baixos para
serviços de alta periculosidade e/ou insalubridade. Porém mesmo com uma
população proletária subordinada às organizações internacionais “nem todo mundo
pode ser consumidor” (BAUMAN, 1999, p.94), porque o consumismo é conjugado
juntamente com a renda e quando estes não são equivalentes, o consumidor acaba
se afundando em contas.
Bauman ainda afirma que a globalização transmite “a ausência de um centro,
de um painel de controle, de uma comissão diretora, de um gabinete administrativo”
(BAUMAN, 1999, p.67) e isso acaba contribuindo para a retirada da soberania de
cada Estado, pois estarão regulados por uma uniformidade mundial que não levará
em conta aspectos específicos importantes de cada região. Não há como
uniformizar sem generalizar e a generalização é uma das formas de deslegitimar o
contexto social de toda uma população, fazendo aumentar o discurso meritocrático e
de diminuição de políticas públicas para a inclusão social.
Munidos dessas informações fica claro que a globalização beneficia
extremamente a economia dos países do norte, desenvolvidos, porém é
extremamente tóxica para as realidades sulistas dos países em desenvolvimento e
pobres. Ela gera uma competição entre países de terceiro mundo que não querem
estar de fora das relações internacionais e faz com o povo sofra as consequências.
Por isso baixando cada vez mais os custos da mão-de-obra. Ela dificulta ainda mais
o desenvolvimento dos países e traz uma ilusória imagem de melhoramento de
imagem internacional para os países de terceiro mundo, quando que na verdade são
9
CONCLUSÃO
REFERÊNCIA
ALVES, J.A. Lindgren. Os Direitos Humanos como Tema Global. São Paulo:
Perspectiva, 1994.
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio
de Janeiro: Campus, 2004.
DOUZINAS, Costas. O Fim dos Direitos Humanos. Tradução de Luzia Araújo. São
13