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Uberlândia
2018
MÔNICA MARTINS RIBEIRO
Uberlândia
2018
MÔNICA MARTINS RIBEIRO
BANCA EXAMINADORA
Agradeço primeiramente a Deus, sem dúvidas não teria chegado onde estou se
não fosse por Sua presença em minha vida.
Agradeço meus pais, meus irmãos, meu sobrinho e familiares que sempre me
apoiaram a seguir rumo aos meus sonhos. O carinho deles sempre me envolveu e
me fizeram mais forte.
Agradeço ao meu esposo Elvis pela paciência e por estar sempre ao meu lado
dando o apoio necessário para seguir em frente.
Obrigada professores e colegas, vocês foram fundamentais na construção do
conhecimento.
RIBEIRO, Mônica Martins. Gestão de Resíduos na Construção Civil. 2018. 32
folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil – Faculdade Pitágoras,
Uberlândia, 2018.
RESUMO
ABSTRACT
AL – Alagoas
CE - Ceará
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
OMS – Organização Mundial de Saúde
PIB - Produto Interno Bruto
RCC - Resíduos da Construção Civil
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 13
2. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................. 15
3. IMPACTOS AMBIENTAIS DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL.......... 21
4. GESTÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL .................................... 25
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 30
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 31
13
1. INTRODUÇÃO
acordo com a NBR 10.004 (ABNT, 2015). A norma alhures citada os divide em
classes: I (perigosos), II (não inertes), classe III (inertes) dentre outras, considerando
suas características e o risco oferecido à população e ao meio ambiente.
Os resíduos da construção civil se enquadram na classe III (inertes), a qual
”abrange resíduos que não se decompõem quando descartados no solo (degradam-
se muito lentamente), assim surge a necessidade de aplicar as técnicas de reciclar
ou reutilizar os resíduos gerados pelo setor.” (RIBEIRO; MOURA; PIROTE, 2016, p.
5)
Assim posto, é importante salientar que a grande parte dos municípios do
país não possui uma política municipal de gestão e gerenciamento dos resíduos da
construção civil. Tanto que de acordo com o Relatório do IPEA 2012, cerca de 1%
dos 5.564 municípios brasileiros estabeleceram seus planos de gerenciamento de
RCC.
O relatório do IPEA (2012) evidencia as normas brasileiras sobre os Resíduos
da Construção Civil, estabelecendo um rol que necessita ser conhecido para uma
gestão adequada neste setor.
Quadro 01. Normas Técnicas Brasileiras de RCC
Norma Descrição
NBR 1004 Resíduos sólidos (classificação)
NBR 15112 RCC e resíduos volumosos - áreas de transbordo e
triagem (diretrizes para projetos, implantação e operação).
NBR15113 RCC e resíduos inertes - aterros (diretrizes para projetos,
implantação e operação)
NBR15114 RCC - áreas para reciclagem (diretrizes para projetos,
implantação e operação).
NBR15115 Agregados reciclados de RCC - execução de camada de
pavimentação (procedimentos)
NBR15116 Agregados reciclados de RCC - utilização em
pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural
(requisitos)
Fonte: IPEA 2012
A minimização, o adequado gerenciamento dentro de uma gestão em
resíduos sólidos são ações que necessitam ser desenvolvidas por profissional
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Valença et. al. (2015), descrevem alguns prejuízos ao meio ambiente que é
bem de todos, causados pela deposição ilegal ou irregular dos resíduos. Segundo os
22
autores, os principais impactos na área urbana são: “poluição visual, obstrução dos
corpos de drenagem provocando inundações, contaminação dos recursos hídricos,
obstrução do tráfego e proliferação de vetores.” (VALENÇA; MELO, WANDERLEY,
2008, p. 45).
Os autores alhures citados destacam ainda os impactos econômicos em
função do desperdício e esclarecem inclusive sobre alguns aspectos de prejuízos ao
meio ambiente que assumem caráter dramático, impactando os corpos d’água,
provocando desastres e problemas em situação de enchentes, chegando a
prejudicar a saúde pública em vários aspectos, do aquático à segurança das
pessoas de um modo geral.
Silva (2015, p. 36) adverte para o que deve ser considerado no quesito
periculosidade nos resíduos, tecendo algumas características como a
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e a patogenicidade. A autora,
citando Ângulo e Jhon (2006), que o poder contaminante dos resíduos provenientes
de demolição é maior do que os resíduos da construção. Tal apontamento denuncia
a importância de uma gestão eficiente dos resíduos para a proteção do ambiente e
das pessoas, no que se refere à segurança e saúde pública, que compreendem
direitos fundamentais estabelecidos na Constituição Federal do Brasil.
Tessaro et. al. (2012) afirma que o descarte inadequado dos resíduos da
construção civil é um dos maiores problemas na gestão dos municípios, por
ocasionar “impactos significativos no meio ambiente urbano, o que pode
comprometer a paisagem, o tráfego de pedestres e veículos, a drenagem urbana,
além de atrair resíduos não inertes que contribuem para a multiplicação de vetores.”
(TESSARO; SÁ; SCREMIN; 2012, p. 122).
Oliveira e Mendes (2008) tecem uma crítica agressiva sob a qual chamam de
ônus da irracionalidade o ato de muitas empresas e pessoas agirem na
clandestinidade ao descartar os resíduos da construção civil. Os autores chamam a
atenção para o fato de que “muitas vezes, esse resíduo é retirado da obra e disposto
clandestinamente em locais como terrenos baldios, margens de rios e de ruas das
periferias, gerando uma série de problemas ambientais e sociais.” (OLIVEIRA;
MENDES, 2008, p. 2).
Os autores acima citados citam o risco deste tipo de prática que gera a
contaminação do solo por gesso, tintas e solvente; a proliferação de insetos e outros
vetores contribuindo para o agravamento de problemas de saúde pública. Há dez
anos atrás, Oliveira e Mendes (2008), já relatavam que os resíduos gerados nessa
atividade possuíam considerável heterogeneidade em termos da sua composição,
assim como já havia comentado Silva (2015). Com relação à quantidade afirmaram
variar de 54% a 70% dos resíduos sólidos urbanos de cidades brasileiras, como o
Rio de Janeiro e Belo Horizonte, representando uma geração per capita entre 0,4 e
0,76 t /hab./ano.
Considerando a relevância econômica da construção civil para o
desenvolvimento do país, a outra face desta é o prejuízo, a lesão ao meio ambiente
que reflete diretamente na sociedade. Muitas irregularidades são cometidas em
nome do lucro e da irresponsabilidade social de empresas.
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Silva (2015, p. 21) dá destaque para a reciclagem, isto porque tal modalidade,
segundo a autora, promove a redução de consumo de recursos naturais não
renováveis, diminuindo ainda áreas necessárias para aterro, o consumo de energia
durante o processo de produção, como também o faz com a poluição.
Silva (2015) destaca que a reciclagem no Brasil, encontra-se muito atrasada,
o que não é nem um pouco positivo, pois sua prática contribui com a limpeza da
cidade, resguardando rios, represas e terrenos. “Além dos benefícios ambientais, a
atividade de reciclagem de resíduos, traz o retorno social, pois a atividade tem o
potencial de expandir a geração de trabalho e renda.” (SILVA, 2015, p. 22)
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
<http://www.tnh1.com.br/noticias/noticias-detalhe/maceio/mp-encontra
irregularidades-em-contrato-de-2011-para-gestao-do-aterro-de-
maceio/?cHash=522827f69e227beeb44bd16119d7abe7> Acesso em 14 de abril de
2018.
SOUZA; Adriano Stanley Rocha. O meio ambiente como direito difuso e a sua
proteção como exercício de cidadania. Revista da Faculdade Mineira de Direito.
V. 13, nº25, 2010. Disponível em:
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/Direito/article/view/P.23187999.2010v13n2
5p22/3956> Acesso em 29 de março de 2018.
VALENÇA; Mariluce Zepter; MELO, Ivan Vieira de; EANDERLEY, Lillian Outtes. A
degradação de corpos d’água e a deposição irregular de resíduos da
construção civil na cidade do Recife,Pernambuco, Brasil. Revista Intertox de
Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, vol.1, nº1, out, 2008. Disponível em:
<http://www.revistarevinter.com.br/autores/index.php/toxicologia/article/view/5/216>
Acesso em abril de 2018.