As estrelas nascem em nebulosas, estas basicamente são grandes nuvens de
hidrogênio e hélio, há algumas partes nessas nebulosas com uma concentração maior de gases, nessas áreas a força gravitacional é maior, isso faz com que os gases comecem a se contrair, quando um gás se contrai ele esquenta, a temperatura final dessa bola de gás vai depender do tamanho dessa região mais densa, caso não haja gás suficiente, nasce uma anã marrom, um corpo mais parecido com Júpiter do que com uma estrela. Caso haja gás suficiente (cerca de 50 vezes a massa de Júpiter) a temperatura final fará com que os átomos de hidrogênio fiquem tão energéticos que esses começarão a se chocar, quando dois átomos de hidrogênio se chocam, o elétron de um deles se une ao seu próton formando um nêutron que se liga ao núcleo do outro átomo de hidrogênio formando assim o deutério, um isótopo do hidrogênio, essa reação chega ao final quando dois deutérios se chocam formando um átomo de hélio, porém, a massa de 4 átomos de hidrogênio é maior do que a massa de um átomo de hélio (diferença de cerca de 0,029158 u), essa massa ao contrário do que se pensa não é perdida, ela é convertida em energia, e podemos calcular essa conversão com a famosa fórmula de Albert Einstein E=mc2, essa é a tão conhecida fusão nuclear. A partir da primeira fusão a estrela se torna um campo de guerra de duas forças, a força gravitacional que tenta comprimir toda a massa no menor raio possível, e a pressão causada pelas fusões nucleares, o equilíbrio entre essas duas forças é chamado equilíbrio hidrostático. Toda a luz e calor que o sol emana são frutos das inúmeras fusões nucleares que ocorrem em seu núcleo, se fossemos capazes de coletar toda a energia que o sol emite em um segundo, isso seria suficiente para suprir todas as necessidades de energia do mundo por cerca de meio bilhão de anos, infelizmente ainda não conseguimos esse feito, porém, já somos capazes de coletar uma parcela da energia solar através das células fotovoltaicas.