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VIGAS – 52 ARTIGOS

 Armadura de pele e longitudinal de torção de vigas segundo a NBR 6118 (2014)


 Armaduras transversais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Aviso 08 - Viga com carga negativa
 Aviso 26 - Possibilidade de instabilidade lateral
 Aviso 38 - Verificar condição de apoio sobre o pilar
 Aviso 38 - Verificar condição de apoio sobre o pilar PXX
 Aviso 48 - Verificar elevação entre elementos
 Como altero a vinculação de várias vigas ao mesmo tempo?
 Como configurar o diâmetro da armadura construtiva de vigas?
 Como inserir furos em vigas
 Como lançar uma viga invertida
 Como lançar vigas curvas?
 Como lançar vigas de transição?
 Como lançar vigas inclinadas?
 Como otimizar o detalhamento das armaduras negativas de vigas?
 Como otimizar o detalhamento das armaduras positivas de vigas?
 Como otimizar o detalhamento de vigas?
 Como são determinados os comprimentos de traspasse para emendas de armaduras?
 Como utilizar os coeficientes de escolhas das armaduras?
 Comparativo entre vinculações de vigas
 Comprimento da armadura menor do que a soma dos trechos
 Deslocamentos limites e controle de fissuras em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Erro A04 - CG da armadura muito alto (Vigas)
 Erro A11 – Largura de apoio insuficiente em vigas
 Erro A16 - Impossível calcular seção à torção
 Erro A17 - Erro na armadura do grampo
 Erro D10 - Força cortante Vsd maior que Vrd2
 Erro D11 - Esforço de torção TSd maior que TRd2
 Erro D12 - (VSd/VRd2 + TSd/TRd2) > 1
 Erro D14 - Seção variável no vão
 Erro D15 - Erro na armadura positiva (Vão ***)
 Erro D16 - Erro na armadura negativa (Nó ***)
 Erro L15 - Barra com comprimento nulo
 Erro L71 - Viga com apoio inválido
 Espaçamentos entre barras longitudinais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Estribos não estão sendo desenhados na fôrma das vigas
 Instabilidade lateral em vigas de concreto armado
 Instabilidade lateral: conclusões
 Por que uma bitola não está habilitada?
 Prescrições de cálculo e detalhamento de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Quando aplicar um nó semirrígido?
 Quando devo engastar uma viga?
 Quando devo utilizar barras rígidas?
 Quando devo utilizar barras?
 Quando posso utilizar vigas sem rigidez?
 Quando rotular uma viga?
 Relação entre CG da armadura e altura das vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Taxa de armadura máxima e mínima em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Torção de compatibilidade e de equilíbrio
 Viga de apoio e viga apoiada
 Vigas com variação de seção no vão
 Vigas inclinadas com apoios intermediários

Aviso 38 - Verificar condição de apoio


sobre o pilar PXX
De modo geral, as vigas lançadas em projeto possuem dimensões compatíveis com os
pilares que as apoiam. Isso significa que as vigas possuem dimensões menores ou iguais
ao pilar. Este tipo de lançamento é recomendado pois garante que todo o carregamento
presente na viga está devidamente apoiado sobre o pilar, sem variação de esforços ao
longo da base da viga:

Todavia, em alguns casos, é possível que a viga seja maior que o apoio do pilar. Isso
acontece sobretudo com vigas fora do alinhamento, ou vigas chatas, que normalmente
apresentam uma base muito elevada. Nesses casos, há regiões da viga que não estão
apoiadas diretamente sobre o pilar e que, portanto, não possuem um caminho de carga
(representado em cinza na figura abaixo) tão direto.

Quando isso ocorre, haverá uma concentração de esforços nas regiões apoiadas para
garantir que o carregamento da viga será repassado integralmente ao pilar. Em
contrapartida, haverá regiões da viga que deixarão de contribuir tão ativamente para a
resistência do elemento. Como no Eberick os elementos são representados como barras
de pórtico, essas diferenças não são contabilizadas, de modo que fica a cargo do
projetista verificar se o dimensionamento fornecido pelo programa é aplicável e, se for o
caso, adotar os reforços necessários. Para deixar o projetista ciente disso, é emitido
o Aviso 38 - Verificar condição de apoio sobre o pilar PXX.

Levando em consideração a situação acima, a distribuição de esforços passa a tomar


uma forma análoga ao mostrado abaixo.
De modo geral, esse aumento nos esforços não deve alterar o dimensionamento do pilar,
que continua absorvendo o mesmo carregamento. Todavia, o dimensionamento da viga
deve ser validado para garantir que os pontos mais solicitados respeitem a resistência da
viga. É interessante pontuar que, quanto maior a diferença entre case da viga e
dimensões do pilar, maior será a concentração de esforços e, consequentemente o
reforço a ser previsto.

Armadura de pele e longitudinal de


torção de vigas segundo a NBR 6118
(2014)
A NBR 6118 de 2014 define prescrições a serem obedecidas durante as etapas de
dimensionamento e detalhamentos de vigas, com o intuito de considerar diversos fatores
que possuem influência direta nestas etapas de projeto e execução.

Para auxiliar o projetista na elaboração de seus projetos, criamos uma série de artigos
listados abaixo:

 Prescrições de cálculo e detalhamento de vigas segundo a NBR 6118 (2014)


 Deslocamentos limites e controle de fissuras em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras longitudinais:
o Taxa de armadura máxima e mínima em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Espaçamentos entre barras longitudinais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Armadura de pele e longitudinal de torção de vigas segundo a NBR 6118
(2014) (este artigo)
o Relação entre CG da armadura e altura das vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras transversais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)

Armadura de pele

Cada face lateral da viga possuirá uma armadura de pele cuja sua área apresente valor
igual ou superior a 0,10% da área de concreto da alma "Ac,alma", não sendo necessária
uma armadura superior a 5 cm²/m por face. No cálculo da armadura de pele não são
consideradas as áreas das armaduras principais de tração e compressão.
A armadura de pele deve ser composta por barras de alta aderência (ηi = 2,25, conforme
o quadro 8.3 da NBR 6118) em CA-50 ou CA-60. Os espaçamento entre as barras não
deve ser superior a 20 cm ou um terço da altura útil da viga (d/3), conforme
demonstrado na imagem abaixo:

Para vigas com altura inferior a 60 cm, a armadura de pele pode ser dispensada.

Os valores do diâmetro mínimo das barras da armadura de pele, o espaçamento máximo


entre cada barra e a altura mínima da viga para inserir a armadura de pele podem ser
configurados no Eberick acessando o menu "Configurações>Dimensionamento>Vigas":

Armadura longitudinal de torção

As barras longitudinais da armadura de torção podem ter arranjo distribuído ou


concentrado ao longo do perímetro interno dos estribos, espaçadas no máximo em 35
cm.

No Eberick, o item "Espaçamento máximo" em "Armadura de torção", acessível no


menu "Configurações>Dimensionamento>Vigas", define-se a altura máxima de viga a
partir da qual o programa colocará, se houverem esforços de torção, armadura de pele
na viga a fim de distribuir a armadura. Para vigas com altura abaixo do configurado
neste item, a armadura longitudinal de torção será concentrada nos cantos da seção
transversal.
Armaduras transversais de vigas
segundo a NBR 6118 (2014)
A NBR 6118 de 2014 define prescrições a serem obedecidas durante as etapas de
dimensionamento e detalhamentos de vigas, com o intuito de considerar diversos fatores
que possuem influência direta nestas etapas de projeto e execução.

Para auxiliar o projetista na elaboração de seus projetos, criamos uma série de artigos
listados abaixo:

 Prescrições de cálculo e detalhamento de vigas segundo a NBR 6118 (2014)


 Deslocamentos limites e controle de fissuras em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras longitudinais:
o Taxa de armadura máxima e mínima em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Espaçamentos entre barras longitudinais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Armadura de pele e longitudinal de torção de vigas segundo a NBR 6118
(2014)
o Relação entre CG da armadura e altura das vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras transversais de vigas segundo a NBR 6118 (2014) (este artigo)

Armaduras transversais
Diâmetro mínimo e máximo

O diâmetro das barras Øt que constituem os estribos deve ser igual ou superior a Ø5,0
mm, não podendo ultrapassar um décimo do valor da largura da alma viga (bw),
conforme o item 18.3.3.2 da NBR 6118:2014.
Em casos onde a barra é lisa, seu diâmetro não pode ser superior a 12 mm. No caso de
estribos formados por telas soldadas, o diâmetro mínimo pode ser reduzido para 4,2
mm, desde que sejam tomadas precauções contra a corrosão dessa armadura.

No menu "Configurações>Materiais e Durabilidade" o usuário pode definir quais bitolas


serão utilizadas no dimensionamento das armaduras transversais das vigas.

Quando a barra configurada possuir diâmetro superior 1/10 da largura da alma da viga,
o Eberick impedirá o detalhamento com essas bitolas. Lembrando que isso pode
mensagem que pode ser exibida para as bitolas de 12,5 e 16,0 mm, uma vez que a
dimensão mínima para a largura das vigas é de bw=12 cm (ou 10 cm, em casos
especiais).

Espaçamento entre estribos

O espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo longitudinal do elemento


estrutural,
deve ser suficiente para permitir a passagem do vibrador. Já o espaçamento máximo
entre os estribos " S,máx" deve respeitar as seguintes condições:
 Se Vd ≤ 0,67 VRd2 , então S,máx = 0,6 d ≤ 300 mm;
 Se Vd > 0,67 VRd2 , então S,máx = 0,3 d ≤ 200 mm.

No Eberick, existe a opção "Configurações>Dimensionamento>Vigas>Estribos", onde é


possível determinar os espaçamentos máximos e mínimos, .

Em vigas de pequenas dimensões (por exemplo, uma viga chata com altura inferior a 20
cm), esse espaçamento máximo pode ficar bastante pequeno, impossibilitando a
execução da peça. A opção "Relação entre espaçamento máximo e d" permite
configurar uma altura, abaixo da qual o programa ignorará os limites de espaçamento
dos estribos definidos na norma para atendimento aos esforços cortantes, usando
diretamente a relação especificada no item "Adotar espaçamento máximo".

O espaçamento transversal entre ramos sucessivos dos estribos não deve ser superior
aos seguintes valores:

 Se Vd ≤ 0,20 VRd2 , então St,máx = d ≤ 800 mm;


 Se Vd > 0,20 VRd2 , então St,máx = 0,6 d ≤ 350 mm.
As prescrições citadas acima também são válidas para os estribos necessários para os
esforços de torção.

Aviso 08 - Viga com carga negativa


Em algumas situações, pode ocorrer carregamento distribuído negativo sobre um ou
mais trechos de uma viga. Normalmente, isto está relacionado com as reações de apoio
das lajes adjacentes. Uma situação comum de análise é quando as lajes adjacentes
apresentam valores de vão muito distintos, como mostrado na grelha da figura abaixo:

Perceba que no caso mostrado acima, os deslocamentos da laje de maior vão fazem com
que a laje de menor vão seja alavancada. A viga na borda da laje de menores dimensões
tende a restringir estes deslocamentos, de modo que é criada uma carga puxando-a para
cima. Isto faz com que o carregamento da viga seja negativo. Com isto, o diagrama de
momentos fletores da viga pode ficar invertido em relação ao usual:
Para entender por que isto pode alterar os detalhamentos realizados pelo programa, é
interessante compreender que o programa faz a distinção de nós e vãos com base nos
diagramas de momentos fletores:

 Verifica a existência de momento fletor negativo no meio do vão;


 Compara o momento negativo máximo no meio do vão com o momento
negativo nos nós, feito pela envoltória
 Caso ocorra momento maior que o do apoio, é feito um dimensionamento com a
seção invertida.

Nestes casos, o programa emitirá o Aviso 08 - Viga com carga negativa. Quando isto
ocorre, há dois aspectos do detalhamento que devem ser observados pelo usuário:

 Não é feito escalonamento das barras;


 Não se garante a ancoragem das barras no apoio.

Isto ocorre porque o detalhamento é feito com base em armadura dupla. Este aviso
existe para que o usuário verifique o detalhamento e o adeque. Neste sentido, há duas
opções para contornar esta situação:

 Você pode alterar a concepção para que estas cargas sejam menos expressivas.
Esta solução deverá ser adequada para cada caso, mas, no exemplo utilizado
acima, poderia ser interessante manter os vãos mais similares, evitando o
alavancamento da laje de menor dimensão.
 Na maioria das situações, a solução é simplesmente emendar as armaduras
negativas com a dupla. Isto pode ser feito utilizando o editor de armaduras, ou
então aumentando o valor do campo Distância máx. para unir negativos,
disponível em Configurações - Detalhamento - Vigas - Otimização.

Aviso 26 - Possibilidade de instabilidade


lateral
Quando vigas esbeltas são usadas, a instabilidade lateral pode ser, em alguns casos, a
causa do esgotamento da capacidade resistente da peça antes que seja atingido o estado
limite último por flexão. Por conta disto, é interessante que este fenômeno seja
verificado. Neste sentido, criamos esta série de artigos para auxiliá-lo a avaliar este
efeito:

 Instabilidade lateral em vigas de concreto armado


 Aviso 26 - Possibilidade de instabilidade lateral (este artigo)
 Instabilidade lateral: conclusões

Aviso 26 - Possibilidade de instabilidade lateral

As vigas de concreto armado dimensionadas à flexão, quando não possuem travamento


lateral garantido por lajes, estão sujeitas à instabilidade lateral. Esta instabilidade é
devida ao fenômeno de flambagem da região comprimida da viga, que incorre em
deformação acompanhada da rotação da seção transversal:

Vigas moldadas in-loco

A norma NBR 6118:2014, no item 15.10, prescreve que a segurança a este efeito deve
ser garantido através de procedimentos apropriados. Como um procedimento
aproximado, a norma indica que pode-se verificar a largura da seção comprimida da
viga com alguns limites, isto é:

onde:

 b é a largura da zona comprimida da viga;


 h é a altura total da viga;
 é o comprimento do flange comprimido, medido entre os suportes que garantam
contraventamento lateral;
 βfl é um coeficiente que depende do formato da viga (Tabela 15.1 da norma)

A tabela 15.1, para obtenção do coeficiente βfl é a tabela abaixo, que dá o valor do
coeficiente em função do formato da viga:

Tipologia da Viga
βfl
0,40

0,20

Vigas pré-moldadas

Para os elementos de viga pré-moldada, o Eberick realiza a mesma verificação, porém


de acordo com o item 6.1.6 da norma NBR 9062:2017, que diz que a verificação
simplificada da estabilidade lateral das vigas pré-moldadas deve ser realizada de acordo
com os seguintes critérios:

onde L é o comprimento da flange comprimida, medido entre os apoios, e h é a altura


total da viga, considerando a seção de 2º estágio de concretagem, caso exista.

Como resolver o aviso

O Eberick verifica a estabilidade lateral da viga com estas verificações simplificadas da


norma. Portanto, nos casos em que a viga não possui nenhuma laje garantindo a
estabilidade lateral da zona comprimida, o Eberick irá verificar os critérios acima, e
caso eles não sejam respeitados irá emitir o Aviso 26 - Possibilidade de instabilidade
lateral. Esta mensagem é um aviso (e não um erro de dimensionamento) pois entende-
se que o critério normativo é simplificado, portanto a estabilidade lateral da viga pode
ser verificada por métodos mais precisos.

Desta forma, o projetista deve decidir se irá realizar uma verificação mais detalhada da
estabilidade lateral, ou se irá respeitar a verificação simplificada das normas. Caso
realize verificação mais detalhada, pode-se ignorar o aviso. Caso não seja realizada
nenhuma outra verificação, então deve-se alterar a geometria da viga, aumentando sua
largura ou reduzindo a distância entre os apoios.
Aviso 38 - Verificar condição de apoio
sobre o pilar
Nos apoios extremos de vigas sobre pilares, é importante que o Pilar ofereça uma região
favorável de apoio à viga, para que a transmissão de esforços e a ancoragem das
armaduras possa ser efetuada no encontro dos elementos. Para validar esta condição, o
Eberick verifica as condições de apoio da viga sobre o pilar, e caso encontre que a
situação é desfavorável, emite o Aviso 38 - Verificar condição de apoio sobre o pilar.

Para verificar esta questão, o programa verifica se a largura da viga em todo o seu vão
efetivo está contida no pilar. Para isso, a extremidade do vão efetivo da viga é
localizada a uma extensão com o comprimento igual ao menor valor entre 0,3h (30% da
altura da viga) e t/2 (metade do comprimento do apoio) (a1 = min(0,3h; t/2)) do ponto
de encontro do eixo da viga com o pilar.

Desta forma, caso em qualquer ponto esta região esteja localizada fora do pilar, será
emitido o Aviso 38, para que o projetista reveja o lançamento desta situação. Algumas
situações comuns que podem causar este aviso estão relacionadas abaixo.

Viga com largura maior que o pilar

Neste caso a viga possui largura maior que o pilar, portanto uma parte da região
verificada está localizada fora do pilar, emitindo o aviso. Para resolver este caso, deve-
se ajustar a largura dos elementos para que fiquem compatíveis.
Viga com apoio deslocado da face do pilar

Caso exista algum problema de alinhamento entre os elementos, é possível que uma
região do apoio da viga fique para fora do pilar, causando a emissão do aviso. Para
corrigir esta questão, deve-se revisar o alinhamento entre os elementos, podendo para
isso utilizar os comandos "Verificar alinhamento" e "Alinhar elementos na vertical /
horizontal":

Pilar inclinado em relação ao eixo da viga

Neste tipo de situação, o encontro da viga com o pilar ocorre inteiramente na face do
pilar, não existindo nenhum problema de alinhamento, porém a região verificada com a
extensão do vão efetivo possui uma área no vazio, devido à inclinação do pilar. Para
corrigir este tipo de caso, deve-se deslocar a viga do canto do pilar, para garantir uma
região de apoio favorável:
Aviso 48 - Verificar elevação entre
elementos
No lançamento da estrutura, os elementos estão, a princípio, todos nivelados pela cota
do pavimento. Para alterar os níveis dos elementos individualmente é possível alterar
suas elevações. O Eberick verifica as elevações entre elementos interligados a fim de
observar alguma incompatibilidade entre os planos e ligações entre estes. Caso algum
incompatibilidade seja observada, é emitido o Aviso 48 - Verificar elevação entre
elementos. Este aviso pode ser emitido para elementos diferentes, os quais são
abordados no modelo 3D abaixo.

Para uma definição mais rigorosa dos critérios do programa, sugiro a leitura dos
critérios disponíveis mais abaixo no artigo. Além disso, no final do artigo, encontra-se
anexado o projeto com o qual foi gerado o modelo tridimensional.
Vigas

O presente aviso será emitido para vigas e seus elementos de contorno (pilares, paredes
e outras vigas), quando:

Ligação com pilares ou paredes:

 NV > NP

Ligação com outras vigas:

 NV ≤ NV2 - hV2
 NV ≥ NV2 + hV

Onde:

 NV: Nível do pavimento + elevação (viga)


 NV2: Nível do pavimento + elevação outra viga (ligada à viga analisada)
 NP: Nível do pavimento + elevação (pilar ou parede)
 hV: Altura da viga
 hV2: Altura da outra viga (ligada à viga analisada)

Lajes

O presente aviso será emitido para lajes com seus elementos de contorno (vigas e
paredes) quando:

 NL > NV + hL
 NL < (NV - hV) + hL

Onde:

 NL: Nível do pavimento + elevação (laje)


 NV: Nível do pavimento + elevação (viga ou parede)
 hL: Espessura da laje
 hV: Altura da viga

Como altero a vinculação de várias vigas


ao mesmo tempo?
Quando você lança uma viga no Eberick, suas vinculações (nós) são inicialmente
consideradas como engastes. Desta maneira, fica a critério do projetista avaliar quais
vigas poderão ser flexibilizadas, seja por meio de nós semirrígidos, seja por meio de
rótulas. Para mais informações sobre qual vinculação deverá ser aplicada, recomendo a
leitura da série de artigos Quando devo engastar uma viga?. O Eberick permite aplicar
de maneira simultânea os vínculos nas vigas de acordo com os elementos ligados a cada
um dos nós (pilares, paredes ou outras vigas).

Para isso, acesse Elementos – Vigas – Aplicar vínculos.

Através deste diálogo, é possível definir para cada situação de elemento ligado à viga
um tipo específico de vinculação (engastar, semi-rígido, rotular), ou então que
permaneça o lançamento definido anteriormente pelo usuário (não alterar). Estas regras
de vinculação, a critério do usuário, poderão ser aplicadas tanto a vigas especificamente
selecionadas no croqui corrente, quanto para todas as vigas de um ou mais pavimentos
simultaneamente.
Em uma aplicação prática, você pode tomar o croqui abaixo como referência:
Como configurar o diâmetro da
armadura construtiva de vigas?
Em trechos de vigas que não estejam submetidos a momentos fletores negativos é
necessário dispor uma armadura longitudinal construtiva, a qual tem a função de
permitir o posicionamento dos estribos, amarrando a armadura transversal.

No detalhamento da viga abaixo verifique que a armadura construtiva esta sendo


detalhada com diâmetro de 5 mm.

Para alterar o diâmetro desta armadura, acesse o menu "Configurações -


Detalhamento", na aba "Vigas", altere o item "Diâmetro da armadura
construtiva".
Caso esteja selecionado a opção "Φt" a armadura construtiva seja detalhada com o
mesmo diâmetro da armadura transversal.

A título de exemplo, alterando o diâmetro da armadura construtiva para 6,3 mm,


observe que o detalhamento será atualizado.

Em função da facilidade construtiva, é comum que as armaduras construtivas sejam


unificadas com as armaduras negativas nos apoios, evitando assim o corte de barras ao
longo da viga. Para isso, siga as recomendações indicadas no artigo Como otimizar o
detalhamento das armaduras negativas de vigas?

Como inserir furos em vigas


Por vezes, a compatibilização entre projetos de várias disciplinas demanda que sejam
previstos furos e aberturas nos elementos estruturais, de modo a viabilizar a passagem
de tubulações, por exemplo. O Eberick permite a inserção de furos horizontais ou
verticais em vigas. Para lançá-los, você deve seguir o procedimento abaixo:

 Identifique no croqui o ponto em relação ao qual a abertura estará centrada


 Com o auxílio da ferramenta Elementos - Adicionar nó, adicione um nó neste
ponto
 Habilite a ferramenta Elementos - Vigas - Inserir furo. Na janela que se abre,
você pode escolher em Tipo se o furo será vertical ou horizontal e, em Formato,
se será circular ou retangular.

 No que diz respeito às dimensões do furo, podem ser representadas como


mostrado abaixo:
 Havendo definido as dimensões do furo, confirme em Ok e selecione o nó
inserido. Este passará a ser representado como mostrado abaixo:

Vale destacar que há algumas limitações associadas aos furos em vigas. Estas limitações
são, de modo geral geométricas, e asseguram que o dimensionamento e detalhamento
desses elementos sejam feitos normalmente:

 Cobrimentos suficientes das armaduras e não seccionamento das mesmas;


 Distância entre faces de furos deve ser maior que 1,2 vezes a altura da viga no
trecho considerado;
 A abertura/furo deve estar posicionado na zona de tração da viga;
 A distância de um furo à face de um elemento de apoio, que pode ser um pilar,
viga ou parede, deve ser maior que a altura da viga.
 Segundo Süssekind (1991), ainda deve-se considerar que a face do furo esteja
distante de ao menos 10 cm da face superior ou inferior da viga.

Ao dimensionar a viga em questão, o programa irá gerar uma armadura para o furo
inserido. Abaixo seguem dois modelos 3D representando o posicionamento destas
armaduras em furos verticais e horizontais. Vale destacar que os modelos foram gerados
por programas externos:

Furo horizontal
Furo vertical
Como lançar uma viga invertida
Para realizar o lançamento de uma viga invertida, basta adequar a elevação da viga para
que a face inferior desse elemento fique alinhada com a face inferior da laje. Logo, o
valor que deve ser atribuído a elevação da viga é a diferença entre a altura da viga "hv"
e a espessura da laje "hl".
Na imagem abaixo, as lajes foram definidas com 10cm de espessura e a viga possui
altura de 40cm.

Para alinhar as faces inferiores dos elementos, basta elevar a viga utilizando 30cm como
valor da elevação. Para isso, executa-se um duplo clique sobre a viga e insere-se o valor
30cm, que representa os 40cm da altura da viga subtraídos os 10cm da espessura da
laje.

Para lajes maciças, como do exemplo acima, é possível utilizar a opção "Obter elevação
para viga invertida". Assim, a altura da elevação será calculada e fornecida
automaticamente pelo software, alinhando-se a face inferior da viga à face inferior da
laje adjacente de menor elevação.

Esse comando pode ser utilizado para qualquer tipo de laje, mas é necessário destacar
que lajes com elementos pré-moldados geralmente devem apoiar suas vigotas na viga.
Nessa situação, é necessário estar atento para garantir que, mesmo com a elevação, a
vigota tenha apoio e ancoragem na viga invertida.
Após ajustar as vigas, em muitos casos pode ser necessário adequar o pilar a nova
elevação. Para isso, basta executar um duplo clique sobre o pilar em questão e informar
o mesmo valor de elevação inserido na viga.
Como lançar vigas curvas?
Como o módulo Vigas curvas, o programa permite que o usuário lance vigas com
trechos retos e curvos, visando uma melhor adequação a arquiteturas mais arrojadas.
O lançamento deste tipo de elemento é feito por meio de arcos circulares, de modo que
serão necessários três pontos para definir a curvatura da viga. Para inserir uma viga
curva, siga o procedimento abaixo:

 Acesse o menu Elementos - Vigas - Adicionar viga


 Na janela que se abre, defina as propriedades da seção da viga que será lançada e
confirme em Ok
 Perceba agora que a janela Formato é exibida no canto superior esquerdo da
tela. É nesta janela que você definirá se deseja lançar uma viga reta ou curva.
Esta opção poderá ser alterada trecho a trecho, de modo que é possível lançar
vigas com trechos retos e curvos.
 Selecione a opção Curva

Conforme destacado anteriormente, o lançamento da viga se dará em quatro etapas, de


modo que o usuário deverá definir três pontos contidos na curvatura da viga. Na janela
de Comando, será exibido:

 Viga - Nó inicial: ponto onde começa o trecho da viga


 Viga - Nó intermediário: qualquer ponto pertencente ao arco formado pela viga
 Viga - Próximo nó: ponto onde termina o trecho da viga
 Viga - Informe o lado do eixo: lado do eixo no qual a seção será posicionada.

Podemos exemplificar este lançamento da seguinte forma:


 Nó inicial: extremidade da viga V2
 Nó intermediário: quadrante do arco inserido na arquitetura
 Próximo nó: extremidade da viga V3
 Lado do eixo: centralizado (ao invés de clicar em um lado da seção, apenas
confirme o comando com Enter).

Havendo lançado o trecho, você pode continuar lançando trechos curvos para a mesma
viga, ou então alterar para Reto, na janela Formato, caso queira lançar um trecho reto.

O detalhamento da viga é gerado automaticamente pelo Eberick, apenas deve-se


verificar se o comprimento obtido das armaduras longitudinais, que se baseia pelo eixo
da Viga, será o mesmo para todas as barras, já que as barras mais internas ao eixo de
curvatura da Viga tendem a ter um comprimento menor e as barras mais externas do
eixo de curvatura da viga tendem a ter um comprimento maior.

Como lançar vigas de transição?


Em certos casos, é necessário que um pilar nasça sobre um pavimento. Esta situação é
observada com frequência na transição de pavimentos de garagem com os demais
pavimentos, onde não é possível seguir de maneira contínua com as prumadas de pilares
devido à interferências entre as arquiteturas. Estas novas prumadas usualmente são
lançadas sobre vigas, denominadas como vigas de transição.

Como o apoio do pilar é feito sobre um elemento deslocável e não fixo, como uma
fundação, há alguns esforços adicionais que são gerados por conta destes
deslocamentos.

Tendo esta necessidade em mente, elaboramos uma série de artigos a fim de auxiliá-lo
no seu lançamento, além de apresentar algumas das possíveis implicações estruturais de
sua aplicação em projeto:

1. Como lançar vigas de transição? (presente artigo)


2. Vinculação de pilares em vigas de transição

Como lançar vigas de transição?

No presente artigo, apresentamos os passos sugeridos para lançamentos de novas


prumadas nascendo sobre vigas no Eberick. Para exemplificar estes passos, partimos da
situação abaixo:
Para lançar estes elementos no programa, em um primeiro momento, devemos inserir os
pilares em suas devidas posições:

 Acesse o croqui do pavimento Baldrame e insira o pilar P1 na sua posição, através do


comando Elementos - Pilares - Adicionar
 Altere para o croqui do pavimento Térreo e insira o pilar P2 na posição onde este irá
nascer, através do mesmo comando Elementos - Pilares - Adicionar

Agora, é necessário copiar os pilares para seus pavimentos adjacentes, a fim de gerar
sua continuidade:
 Para copiar o pilar P1 para o pavimento Térreo, acesse o croqui do Baldrame e execute
o comando Elementos - Pilares - Copiar para outro pavimento. Como pavimento
destino, selecione o pavimento Térreo

 Para o pilar P2, repita o passo anterior através do croqui Térreo, e selecionando
o Superior como pavimento destino

Com os pilares definidos, podemos inserir a viga que fará a transição. A viga de
transição deve ser inserida no pavimento Térreo, suportando o pilar P2 nascendo sobre
ela:

 Insira a viga através do comando Elementos - Vigas - Adicionar, selecionando


corretamente os pontos de apoio, bem como o pilar que fará a viga de transição

Observação: elementos de transição usualmente estão sujeitos a elevados esforços


solicitantes. Portanto, deve ser considerada uma seção capaz de suportar tais esforços
gerados pelo apoio de um pilar em seu vão, permitindo seu dimensionamento.

Caso não seja possível visualizar as indicações de continuidade dos pilares, acesse o
menu Configurações - Entrada gráfica - aba Pilares (botão ) e habilite o item
Continuidade dos pilares.
Após finalizar este lançamento, o pilar superior estará apoiado sobre uma viga de
transição em seu projeto.

Como lançar vigas inclinadas?


A depender da arquitetura de um projeto, pode ser necessário inserir vigas inclinadas.
Estas vigas são interessantes sobretudo para conferir rigidez a outros elementos
inclinados, como rampas e escadas, por exemplo. Nesta série de artigos, mostrarei como
inserir estas vigas e como o programa as considera em seu modelo estrutural.

 Como inserir vigas inclinadas? (este artigo)


 Vigas inclinadas com apoios intermediários

Como lançar vigas inclinadas?

A inserção de vigas inclinadas difere um pouco de vigas planas. Isto porque, para as
primeiras, é necessário inserir os seus nós antes do lançamento, de modo que você
apenas selecionará estes nós durante o lançamento. Caso os nós não sejam criados
previamente, a viga não poderá ser lançada. Assim:

 Acesse o pavimento inferior da viga inclinada e, por meio do


comando Elementos - Adicionar nó, adicione um nó no ponto de apoio inferior
da viga inclinada.
 Acesse o pavimento superior da viga inclinada e, por meio do
comando Elementos - Adicionar nó, adicione um nó no ponto de apoio da
superior viga inclinada
Cabe destacar que pilares dispensam a criação de nós, pois já são considerados pelo
programa como um nó. Perceba que, na imagem acima, o pilar P4 já cumpre o papel de
nó para uma das vigas inclinadas.

Uma vez feito isso, podemos inserir a viga:

 Acesse o pavimento superior de viga


 Acesse o menu Elementos - Vigas - Adicionar viga inclinada.
 Na janela que se abre, determine as propriedades da viga. Nesta janela, também
é definido o nível inferior da viga. Você poderá selecionar os níveis
intermediários do pavimento, ou o pavimento inferior

 Confirme as informações em Ok
 Selecione o nó superior da viga. O Eberick irá alterar o croqui corrente para o
croqui do nível selecionado no item Nível inferior, da janela de lançamento.
 No croqui inferior, selecione o nó inferior

Neste ponto, o programa retorna ao croqui do pavimento superior e solicita que você
defina o lado do eixo que será inserida a viga. Selecione um dos lados ou, se a viga
estiver alinhada pelo seu eixo, tecle Enter. Feito isto a viga estará lançada corretamente,
como mostrado na imagem abaixo. No próximo artigo da série, irei mostrar como
realizar o lançamento de vigas inclinadas com apoios intermediários.
Como otimizar o detalhamento das
armaduras negativas de vigas?
O programa dispõe de uma série de configurações que permitem que o usuário adeque
os detalhamentos de vigas aos critérios do projetista. A depender das configurações
adotadas em cada projeto, o detalhamento emitido pode demandar um maior número
barras e cortes. Para fins construtivos, é válido que os detalhamentos sejam otimizados,
reduzindo a demanda de mão de obra para montagem das peças estruturais.

Para auxiliar o projetista a uniformizar as armaduras de vigas no programa, criamos


uma série com quatro artigos que exemplificam como utilizar os recursos de otimização
do Eberick.

1. Como otimizar o detalhamento de vigas?


2. Como otimizar o detalhamento das armaduras positivas de vigas?
3. Como otimizar o detalhamento das armaduras negativas de vigas? (presente artigo)
4. Como utilizar os coeficientes de escolhas das armaduras?

Como otimizar as armaduras negativas de uma viga?

O vídeo abaixo exemplifica a utilização de todas as configurações disponibilizadas pelo


Eberick para otimização do detalhamento de vigas.

Ver vídeo: otimização de detalhamento de vigas com o Eberick


As configurações disponibilizadas pelo programa estão acessíveis através do menu
"Configurações - Detalhamento - Vigas", clicando sobre o botão "Otimização".

Esta janela se encontra dividida em três seções, que organizam as configurações de


melhoria de acordo com seu campo de aplicação. Neste artigo iremos exemplificar as
configurações disponibilizadas na seção Negativas.

Distância máxima para unir

Para que o Eberick una as barras negativas automaticamente nos detalhamentos, pode-se
informar no item "Distância máxima para unir" uma medida maior que a distância
entre as extremidade das barras negativas.

Caso a distância entre as barras seja inferior ao valor configurado, e seus diâmetros
forem próximos, estas barras serão unidas em uma única barra. Para diâmetros
diferentes o programa modifica automaticamente as barras de um dos apoios, unificando
pelo maior diâmetro.
Unir com construtivas para trecho menor que

Neste item é possível definir um valor de distância, abaixo da qual, o programa irá
unificar automaticamente barras negativas e construtivas.

Em vigas onde as barras negativas sobre os apoios possuam diâmetros iguais e a


distância entre suas extremidades seja menor que a configurada, o programa irá unificar
o trecho de armadura construtiva com as armaduras negativas em uma única barra.

Caso as bitolas das armaduras negativas sobre os apoios sejam diferentes e a distância
seja menor que o valor configurado, o programa irá estender a armadura negativa até a
mesma cobrir o comprimento da armadura negativa.
Sobreposição máxima para unir

Esta configuração é utilizada em situações específicas de detalhamento, quando as


configurações mostradas anteriormente não são suficientes para unir automaticamente
barras negativas das vigas, ocasionando sobreposições de armaduras.

Caso as barras negativas das vigas estiverem a uma distância menor que a configurada
neste item e o diâmetro utilizado seja próximo as barras serão unidas.

Para sobreposição de barras com diâmetros muito distintos, o programa irá verificar se o
comprimento da sobreposição é maior que o configurado neste item, unificando as
armaduras automaticamente.
Como otimizar o detalhamento das
armaduras positivas de vigas?
O programa dispõe de uma série de configurações que permitem que o usuário adeque
os detalhamentos de vigas aos critérios do projetista. A depender das configurações
adotadas em cada projeto, o detalhamento emitido pode demandar um maior número
barras e cortes. Para fins construtivos, é válido que os detalhamentos sejam otimizados,
reduzindo a demanda de mão de obra para montagem das peças estruturais.

Para auxiliar o projetista a uniformizar as armaduras de vigas no programa, criamos


uma série com quatro artigos que exemplificam como utilizar os recursos de otimização
do Eberick.

1. Como otimizar o detalhamento de vigas?


2. Como otimizar o detalhamento das armaduras positivas de vigas? (presenta artigo)
3. Como otimizar o detalhamento das armaduras negativas de vigas?
4. Como utilizar os coeficientes de escolhas das armaduras?

Como otimizar as armaduras positivas de uma viga?

O vídeo abaixo exemplifica a utilização de todas as configurações disponibilizadas pelo


Eberick para otimização do detalhamento de vigas.

Ver vídeo otimização de detalhamento de vigas

As configurações disponibilizadas pelo programa estão acessíveis através do menu


"Configurações - Detalhamento - Vigas", clicando sobre o botão "Otimização".
Esta janela se encontra dividida em três seções, que organizam as configurações de
melhoria de acordo com seu campo de aplicação. Neste artigo iremos exemplificar as
configurações disponibilizadas na seção Positivas.

Unir barras entre vãos

Para as armaduras positivas o programa permite unir automaticamente as barras entre


vãos habilitando o item "Unir barras entre vãos".

Habilitando este item, as barras longitudinais positivas serão unidas entre vãos
adjacentes, respeitando o comprimento máxima de cada barra configurado no
menu "Configurações - Materiais e durabilidade".
As armaduras longitudinais positivas somente serão unificadas entre vãos adjacentes
caso possuam bitolas iguais.

Como otimizar o detalhamento de vigas?


O programa dispõe de uma série de configurações que permitem que o usuário adeque
os detalhamentos de vigas aos critérios dos projetistas. A depender das configurações
adotadas em cada projeto, o detalhamento emitido pode demandar um maior número
barras e cortes. Para fins construtivos, é válido que os detalhamentos sejam otimizados,
reduzindo a demanda de mão de obra para montagem das peças estruturais.

Para auxiliar o projetista a uniformizar as armaduras de vigas no programa, criamos


uma série com quatro artigos que exemplificam como utilizar os recursos de otimização
do Eberick.

1. Como otimizar o detalhamento das armaduras de vigas? (presente artigo)


2. Como otimizar o detalhamento das armaduras positivas de vigas?
3. Como otimizar o detalhamento das armaduras negativas de vigas?
4. Como utilizar os coeficientes de escolhas das armaduras?
Como otimizar as armaduras de vigas?

O vídeo abaixo exemplifica a utilização de todas as configurações disponibilizadas pelo


Eberick para otimização do detalhamento de vigas.

As configurações disponibilizadas pelo programa estão acessíveis através do menu


"Configurações - Detalhamento - Vigas", clicando sobre o botão "Otimização".

Esta janela se encontra dividida em três seções, que organizam as configurações de


melhoria de acordo com seu campo de aplicação. Neste artigo iremos exemplificar as
configurações disponibilizadas na seção Geral.
Espaçamento máximo para igualar barras

Este item permite definir uma diferença máxima no comprimento de duas barras para
que sejam consideradas iguais no detalhamento. Esta opção pode ser útil para armaduras
negativas sobrepostas, que possuam comprimento diferentes sobre os apoios.

No exemplo a seguir, verifique que a diferença do comprimento das barras sobrepostas


é de 43 cm. Informando no item "Espaçamento máximo para igualar barras" um
valor maior que a diferença de comprimento o programa irá considerar todas as barras
iguais.

Detalhamento com barras escalonadas

Com esta opção habilitada o programa irá cortar as barras de acordo com o diagrama de
momentos fletores da viga, decalagem do diagrama e o comprimento de ancoragem das
armaduras, resultando em barras com comprimentos diferentes.

Caso esta opção esteja desabilitada o programa irá igualar as armaduras ao longo do
vão, sem realizar o escalonamento das barras.
Arredondar espaçamento entre barras

Por questões de praticidade e facilidade construtivas é possível optar por arrendondar os


espaçamentos entre as barras no detalhamento. Com este item habilitado o programa irá
arrendondar todos os espaçamentos para valores múltiplos de 5.
Indicar camadas individualmente

Ao habilitar este item, a identificação da camada na qual cada barra se encontra, será
feita individualmente para armadura detalhada. Esta configuração é válida para todas as
armaduras de vigas, exceto as construtivas.

Para que o Eberick inicie a indicação a partir da primeira camada, deve-se habilitar a
opção "Indicar 1ª camada". Caso contrário, a indicação será iniciada sempre na
segunda camada.
O texto utilizado para indicar as camadas de armaduras pode configurado pelo usuário
em "Configuração - Detalhamento - Vigas", alterando a opção "Indicar camadas".
Como são determinados os
comprimentos de traspasse para
emendas de armaduras?
Em situações em que se faz necessário realizar a emenda de barras para cumprir um
determinado detalhamento, uma das opções existentes no programa é a emenda por
traspasse das barras. Neste tipo de emenda, o comprimento necessário de traspasse é
calculado em função das propriedades de ancoragem da armadura. Na sequência,
explica-se como é realizado, pelo Eberick, o cálculo do comprimento de traspasse
necessário para barra tracionadas e comprimidas.

Este procedimento de cálculo é inteiramente baseado na norma NBR 6118:2014, item


9.5.2. Além da norma, que simplesmente prescreve o procedimento de cálculo, é
possível encontrar mais detalhes e justificações na literatura, da qual citam-se Fusco
(1995) e Leonhardt (1978), que apresentam a teoria por trás do procedimento de cálculo
prescrito por norma.

Comprimento de traspasse para barras tracionadas

Para determinar o comprimento de traspasse de barras tracionadas, o item


9.5.2.2.1 prescreve a equação:

onde:

 l0t = comprimento de traspasse necessário para barras tracionadas;


 α0t = coeficiente função da proporção de barras emendadas na mesma seção,
conforme Tabela 9.4;
 lb,nec = comprimento de ancoragem necessário para a barra, de acordo com
item 9.4.2.5 da norma;
 l0t,mín = comprimento mínimo de traspasse, definido como o maior valor entre
0,3*α0t*lb, 15Φ e 20cm

Para obter o valor de α0t, observa-se a Tabela 9.4 da norma:


Este coeficiente depende do percentual de barras sendo emendadas na mesma seção.
Importante: O Eberick, por critério interno e a favor da segurança, adota o valor deste
coeficiente como fixo em 2,0.

Para obter-se o comprimento de ancoragem necessário, o item 9.4.2.5 prescreve:

onde,

 α = Coeficiente função da existência de ganchos de ancoragem;


 lb = Comprimento de ancoragem básico, definido no item 9.4.2.4 da norma;
 As,calc = Área de aço calculada para esta armadura;
 As,ef = Área de aço adotada para a armadura;
 lb,mín = Comprimento mínimo de ancoragem, definido como o maior valor
entre 0,3*lb, 10 Φ e 10 cm.

No caso de traspasse sem gancho, detalhado pelo Eberick, o coeficiente α tem o valor
fixo de 1,0. Para obter o comprimento de ancoragem básico, o item 9.4.2.4 prescreve:

onde,

 Φ = diâmetro da barra;
 fyd = tensão de cálculo de escoamento do aço;
 fbd = tensão resistente de aderência da barra.

A resistência de aderência da barra é função da resistência à tração fctd do concreto,


modificada por coeficientes η1, η2 e η3, determinados de acordo com a condição da
barra e da região que está situada, de acordo com o item 9.3.2.1:

onde:

 fbd = tensão resistente de aderência da barra.


 fctd = resistência de cálculo à tração do concreto = fctk,inf/γc (conforme 8.2.5,
com γc = 1,4)
 η1 = coeficiente função do tipo de barra (1,0 para barras lisas, 1,4 para barras
entalhadas, 2,25 para barras nervuradas)
 η2 = redução para regiões de má aderência, conforme item 9.3.1. (0,7 para
regiões de má aderência, 1,0 para regiões de boa aderência)
 η3 = coeficiente redutor para barras com diâmetros maiores que 32mm (1,0 para
Φ < 32mm, (132-Φ)/100 para Φ ≥ 32mm)

Comprimento de traspasse para barras comprimidas

O procedimento para obtenção do comprimento de traspasse para barras comprimidas é


análogo ao para barras tracionadas, sendo desconsiderado apenas o coeficiente α0t. O
item 9.5.2.3 da norma prescreve:

onde,

 l0c = comprimento de traspasse necessário para barras comprimidas;


 lb,nec = comprimento necessário de ancoragem, conforme item 9.4.2.5;
 l0c,mín = comprimento mínimo de traspasse para barras comprimidas, definido
como o maior valor entre 0,6*lb, 15Φ e 20cm

Como utilizar os coeficientes de escolhas


das armaduras?
O programa dispõe de uma série de configurações que permitem que o usuário adeque
os detalhamentos de vigas aos critérios do projetista. A depender das configurações
adotadas em cada projeto, o detalhamento emitido pode demandar um maior número
barras e cortes. Para fins construtivos, é válido que os detalhamentos sejam otimizados,
reduzindo a demanda de mão de obra para montagem das peças estruturais.

Para auxiliar o projetista a uniformizar as armaduras de vigas no programa, criamos


uma série com quatro artigos que exemplificam como utilizar os recursos de otimização
do Eberick.

1. Como otimizar o detalhamento de vigas?


2. Como otimizar o detalhamento das armaduras positivas de vigas?
3. Como otimizar o detalhamento das armaduras negativas de vigas?
4. Como utilizar os coeficientes de escolha das armaduras? (presente artigo)

Como utilizar os coeficientes de escolhas das armaduras?

No Eberick, outra configuração de grande relevância para otimizar automaticamente o


detalhamento dos elementos é a definição dos coeficientes de escolha das armaduras.
Quanto maior o valor do coeficiente, maior será a importância do parâmetro
correspondente no processo de detalhamento dos elementos.
Neste artigo iremos exemplificar como alterar os coeficientes para vigas. Estes
coeficientes podem ser configurados através do menu "Configurações -
Dimensionamento - Vigas", nesta janela acesse o botão "Coeficientes".

Os coeficientes de escolhas de armaduras podem ser configurados para cada tipo de elemento. No
menu "Configurações - Dimensionamento", na aba respectiva de cada elemento é possível
configurar seus coeficientes individualmente.

Os coeficientes para escolha das armaduras possuem as seguintes definições:

 Área de aço: O programa seleciona a armadura com a bitola que proporcionar a área
de aço mais próxima ao valor calculado;
 Mão de obra: O programa irá selecionar a armadura com menor número de barras,
proporcionando uma menor demanda de mão de obra;
 Diâmetro das barras: O programa seleciona a armadura com barras de menor
diâmetro, proporcionando maior facilidade no dobramento.

Após configurar os coeficientes de escolha de armadura, o programa irá ponderar os


valores atribuídos para cada item durante o processo de escolha das armaduras.

Esta escolha se dá apenas para a sugestão inicial de diâmetro de armadura para o


detalhamento. Após alterar o diâmetro utilizado na janela de dimensionamento, será
utilizado o diâmetro marcado pelo usuário, e os coeficientes não serão mais
considerados.

Comparativo entre vinculações de vigas


Atribuir as vinculações de vigas em um projeto é de suma importância, visto que têm
influência direta nos esforços, deslocamentos e na própria estabilidade global da
edificação. Neste sentido, criamos uma série de quatro artigos para auxiliá-lo a definir
qual a vinculação mais adequada para cada elemento:

1. Quando devo engastar uma viga?


2. Quando aplicar um nó semirrígido?
3. Quando rotular uma viga?
4. Comparativo entre vinculações de vigas (presente artigo)

Este artigo compara, para as três vinculações, quais são os esforços gerados, bem como
a diferença entre os detalhamentos para cada um dos casos.

Ver o vídeo: Projeto Estrutural - Diferenças no comportamento da estrutura de acordo


com a vinculação adotada

Vinculação engastada

Por padrão, o Eberick lança as vigas com suas vinculações engastadas, de modo que
essas podem ser identificadas em vigas que não possuem indicação nenhuma no apoio
do pilar. Este tipo de vinculação garante que não haja rotações relativas entre a viga e o
pilar no nó de apoio. Isto é, ambos os elementos apresentarão a mesma rotação naquele
ponto, o que se traduz como uma transferência de momentos da viga para o pilar.
Uma das vantagens deste tipo de ligação é a rigidez que apresenta. Uma vez que há
continuidade de rotação, a rigidez do pilar contribui para a rigidez da viga, diminuindo
seus valores de deslocamento e seus momentos positivos. Em contrapartida, o aumento
de rigidez pode também aumentar as armaduras dimensionadas para a estrutura,
sobretudo no tocante aos pilares, que passa a apresentar momentos fletores maiores do
que se comparados com vinculações semirrígidas ou rotuladas. Para mais informações
sobre estes efeitos, recomendamos a leitura dos artigos Como enrijecer uma estrutura
deslocável? e Como reduzir flechas em vigas. Solicitando o detalhamento da viga,
observa-se que a armadura negativa se estende quase até o meio do vão da viga.

Vinculação semirrígida

Sabe-se que em uma estrutura, após a sua execução, não se garante a totalidade da
rigidez da ligação entre os elementos, sempre existirá certa deformação e fissuração do
elemento. Sendo assim, pode-se considerar uma redistribuição de esforços devido a este
efeito. No caso abaixo, foi aplicada uma redistribuição de 50%.
Pode-se perceber que em relação ao modelo anterior, houve uma redução no momento
negativo e um pequeno acréscimo no momento positivo da viga. Esta pequena redução
do momento fletor na ligação da viga com o pilar pode não ser tão significativa para o
dimensionamento da viga, mas para o dimensionamento do pilar, quanto menor for o
momento fletor em que este encontra-se submetido, menor será a sua taxa de armadura,
isso considerando um mesmo esforço de compressão.

Solicitando o detalhamento da viga, observa-se que houve ainda uma pequena redução
no comprimento total dos ferros negativos, o que resulta em uma relativa economia de
aço. Repare que, apesar do momento positivo ser maior, manteve-se a mesma armadura
que a do modelo anterior.

Vinculação rotulada
As vinculações rotuladas são as mais flexíveis dentre as três, indicando que o momento
que a viga repassa ao pilar é nulo. Isto faz com que o dimensionamento do pilar seja
menos robusto, visto que os momentos agindo sobre ele são menores. Todavia, ao
liberar a rotação da viga nos seus apoios, seus deslocamentos e momentos positivos
aumentam. Além disso, a perda de rigidez dos pórticos formados por essas vigas pode
ter impacto direto na estabilidade global da edificação. Para mais informações sobre
esta consideração, recomendamos a leitura do artigo Quando rotular uma viga? que
explica em que casos o projetista poderá considerar a viga como rotulada em suas
extremidades.

Para a aplicação desta vinculação sobre a estrutura, basta acessar o menu “Elementos –
Vigas – Rotular” e escolher as barras e respectivos nós onde deseja-se aplicar este tipo
de vinculação. Uma vinculação rotulada será representada com um semicírculo

Pode-se visualizar que a armadura negativa detalhada é a armadura mínima,


preconizada pelo item 17.3.5.2 da NBR 6118/2007 e o restante da armadura superior é
meramente construtiva. Como o acréscimo de momento positivo foi grande, devido à
redistribuição do momento negativo, a bitola das barras positivas teve de ser aumentada
para atender à área de aço calculada para o novo valor de momento fletor do vão.
Conclusão

De uma maneira geral, foram apresentados 3 modelos com lançamentos iguais onde
foram alteradas apenas as vinculações extremas das vigas com o objetivo de demonstrar
o comportamento quanto ao dimensionamento e detalhamento dos elementos. Cabe a
observação que à medida que se flexibiliza uma estrutura, aplicando nós semi-rígidos ou
rótulas, a estrutura tende a apresentar maiores deformações. Cabe ao engenheiro
responsável avaliar o modelo lançado e aplicar as vinculações de acordo com as
rigidezes desejadas para cada região.

Comprimento da armadura menor do


que a soma dos trechos
Na armadura abaixo, a soma dos comprimentos retos é 27+314+27 = 368, porém a
indicação 2N1 ø8.0 C=364 mostra uma diferença de 4cm entre a soma dos trechos retos
e o comprimento total da armadura.

O comprimento total de uma barra apresentado na sua representação (364cm no


exemplo acima) é o comprimento reto da barra a ser cortado pelo armador, ou seja, o
comprimento de corte. Já o comprimento dos trechos equivale ao comprimento do
trecho reto medido pela parte externa da armadura.

Para melhor compreender esta diferença, é preciso manter em mente que as barras não
são dobradas em ângulos retos, mas que há um raio de dobramento que é preconizado
pela norma NBR6118:2014. No caso de não se respeitar o diâmetro interno de
dobramento, o risco de fendilhamento do concreto na região da dobra é grande e seria
necessário dispor uma armadura transversal à armadura longitudinal para absorver os
esforços transversais de tração.

A tabela do item 9.4.2.3 - Ganchos e estribos da NBR 6118 mostra os valores de di:

Abaixo, segue o esquema de uma mesa de dobramento, composta pelo pino padrão, que
deve ter o diâmetro especificado pela norma, e os pinos auxiliares para o dobramento. O
armador ao dobrar o barra, mede a distância correspondente a ponta da dobra até a face
interna dos pinos auxiliares, conforme a figura abaixo.
Desta maneira, ao dobrar a barra, o dobrador medirá um comprimento para o trecho que
é equivalente a uma dobra reta. Como a barra acompanha a curvatura do pino padrão, o
que resulta em um comprimento menor, é preciso descontar alguns centímetros da soma
dos trechos para chegar ao comprimento total da barra.

comprimento de arco do eixo da barra, correspondente a


C1
¼ do perímetro de um círculo de raio re

re raio de curvatura da barra medido pelo eixo


comprimento reto medido da face externa da barra até o
C2
início da parte reta

A diferença entre a soma dos trechos retos e o comprimento de corte será igual a
diferença para cada uma das dobras multiplicada pelo número de dobras que possui a
barra em questão:

N número de dobras na barra

Se tomarmos a barra acima como exemplo, teremos o cálculo para a bitola de 8mm:

Podemos então calcular o comprimento total da armadura, que é igual à soma dos seus
trechos menos a diferença de comprimento das dobras. Como valor final, encontramos
os 364cm definidos pelo programa:

Deslocamentos limites e controle de


fissuras em vigas segundo a NBR 6118
(2014)
A NBR 6118 de 2014 define prescrições a serem obedecidas durante as etapas de
dimensionamento e detalhamentos de vigas, com o intuito de considerar diversos fatores
que possuem influência direta nestas etapas de projeto e execução.

Para auxiliar o projetista na elaboração de seus projetos, criamos uma série de artigos
listados abaixo:

 Prescrições de cálculo e detalhamento de vigas segundo a NBR 6118 (2014)


 Deslocamentos limites e controle de fissuras em vigas segundo a NBR 6118
(2014) (este artigo)
 Armaduras longitudinais:
o Taxa de armadura máxima e mínima em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Espaçamentos entre barras longitudinais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Armadura de pele e longitudinal de torção de vigas segundo a NBR 6118
(2014)
o Relação entre CG da armadura e altura das vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras transversais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)

Deslocamentos limites e controle de fissuras


Valores limites

Visando obter bom desempenho relacionado à proteção das armaduras quanto à


corrosão e à aceitabilidade sensorial, a NBR 6118, no item 13.4, discrimina limites para
controlar a abertura de fissuras.

A tabela 13.4 apresenta esses valores limites para a abertura característica wk das
fissuras em função do tipo de concreto e da classe de agressividade ambiental - a tabela
também cita valores para concreto protendido.

Os valores de aberturas máximas das fissuras podem ser configurados no Eberick


acessando o menu "Configurações>Materiais e durabilidade":

Estimativa de abertura de fissuras

No item 17.3.3 são apresentados critérios para estimativas de aberturas de fissuras.


Estes limites obtidos devem ser vistos apenas como critérios para um projeto adequado
de estruturas, não devendo-se esperar que as aberturas de fissuras reais eventualmente
não ultrapassem estes limites.

Para cada elemento de armadura longitudinal que controla a fissuração (posicionado


abaixo da linha neutra da viga), é considerada uma área retangular "Acr" de concreto de
envolvimento. As dimensões dessa área "Acr" são limitadas até sete vezes e meia o
diâmetro da barra (7,5Ø). É conveniente que todo o perímetro da viga em sua zona
tracionada seja contornada por essas áreas de concreto de envolvimento "Acr", ou seja,
tenha armaduras que limitem a abertura de fissuras espaçadas não mais do que 7,5Ø,
como demonstrado na imagem abaixo:

Em cada parte da região de envolvimento, o tamanho da abertura da fissura "wk" será o


menor dos valores entre as duas expressões abaixo:
Sendo:

 Ø - diâmetro da barra que está sendo avaliada;


 ηi - coeficiente de conformação superficial, expresso no quadro 8.3 da NBR 6118;

 σsi - tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada, calculada no


estádio II;
 Ei - módulo de elasticidade do aço da barra considerada, de diâmetro φi;
 fct,m - resistência média do concreto a tração,

 ρri - taxa de armadura em relação a área de envolvimento Acr.

Controle de fissuras sem verificação do valor da abertura

Para dispensar a avaliação da grandeza da abertura de fissuras e atender ao estado-limite


de fissuração, um elemento estrutural deve ser dimensionado respeitando as restrições
quanto ao diâmetro máximo "Ømáx" e ao espaçamento máximo "smáx" das armaduras
passivas, demonstrado na tabela 17.2 da norma, bem como as exigências de cobrimento
e de armadura mínima.
Verificação no Eberick

O Eberick utiliza os critérios de estimativa de fissuras conforme o item 17.3.3.2,


comparando então com o valor definido em "Abertura máxima das fissuras", existente
em Configurações-Materiais e durabilidade. Caso o valor calculado da abertura de
fissura seja maior que o limite configurado, a armadura de tração da viga é aumentada
automaticamente até que este implique em uma abertura menor ou igual ao limite. Caso
a armadura não possa ser aumentada por algum critério de dimensionamento ou
detalhamento, será apresentado Erro A12 - Fissuras nocivas.

Erro A04 - CG da armadura muito alto


(Vigas)
Segundo o item 17.2.4.1 da NBR 6118:2014, a distância do centro de gravidade da
armadura longitudinal até a armadura mais afastada da linha neutra não deve superar
10% da altura da seção da viga. Esta limitação busca evitar que barras sejam
posicionadas em pontos que não contribuam para a resistência da peça.

Como é possível ver na figura acima, conforme adicionamos camadas nas barras da
viga, sua contribuição para a resistência de peça diminui. Caso a barra seja colocada em
regiões muito elevadas, é possível que a barra não seja solicitada o suficiente para
atingir a tensão de escoamento do aço, de modo que sua contribuição cai
significativamente.

No Eberick, é possível configurar este valor entre 5% e 20%, a critério do usuário, em


Configurações - Dimensionamento – Vigas - Relação máxima entre altura e CG da
armadura. Quando a relação máxima entre altura da viga e o CG da armadura da viga
for maior que o valor configurado, o Eberick apresenta o erro A04 – CG da armadura
muito alto no dimensionamento do elemento estrutural. Abaixo listei algumas
alternativas para contornar esta mensagem.
Habilitar armaduras com bitolas maiores

Quanto maior o diâmetro das barras utilizadas, menos barras serão posicionadas na
seção. Com isso, reduz também o número de camadas necessárias e, consequentemente
a altura do CG do conjunto. As armaduras habilitadas para o cálculo das vigas são
configuradas em Configurações – Materiais e Durabilidade – Vigas – Bitolas.

Rever a configuração “Relação máxima entre altura e CG da armadura”

Conforme apresentando anteriormente, o Eberick permite configurar a relação máxima


entre altura e CG da armadura de 5% a 20%. Com isso, uma possível solução seria rever
esta configuração em Configurações – Dimensionamento – Vigas - Relação máxima
entre altura e CG da armadura.

Ajustar a seção da viga

Ao aumentar a altura da viga, além de diminuir a área de aço, pois tem-se uma altura
útil “d” maior para a peça, a relação entre a altura da viga e a distância entre armadura
mais distante da linha neutra até ao CG da armadura também é reduzida.

Cabe observar que, caso se aumente a largura da viga, podem ser distribuídas mais
armaduras por camada e com isso também diminuir a relação da altura da viga com o a
distância da armadura mais afastada da linha neutra ao CG da
armadura. Alternativamente, é possível alterar a concepção estrutural para que os
esforços na laje diminuam, resultando em um dimensionamento menos robusto.

Erro A11 – Largura de apoio insuficiente


em vigas
O erro de dimensionamento A11 ocorre quando o comprimento de ancoragem mínimo
necessário para ancorar as barras positivas tracionadas dentro dos apoios extremos das
vigas é maior que o comprimento disponível no apoio.

Habilitar a ancoragem em laço


Quando o comprimento de ancoragem necessário for maior que a largura de apoio
disponível, o Eberick permite utilizar grampos horizontais nas barras tracionadas dos
apoios com o objetivo de aumentar a área de aço efetiva do apoio. Como o comprimento
necessário depende da área de aço que chega no apoio, ao aumentá-la com grampos,
diminui o comprimento.

A ancoragem em laço (grampo) pode ser habilitada no Eberick em Configurações –


Dimensionamento – Vigas – Ancoragem – Permitir ancoragem em laço. Ao
habilitar esta opção, o Eberick vai adotar grampos quando a largura do apoio for menor
que o lb,nec.

Habilitar ancoragem integral

Quando o comprimento do apoio for menor que o comprimento de ancoragem mínimo


da armadura longitudinal, lb,mín, tal armadura não poderá ser considerada para a
ancoragem da viga neste apoio extremo. Nesta situação, caso esteja habilitada a
ancoragem integral, a ancoragem da viga poderá ser realizada exclusivamente pelos
grampos. Caso contrário, apresentará o erro de armadura Erro A11 - Largura do apoio
insuficiente.
Aumentar a largura do apoio

No caso de nenhuma das opções resolverem o problema de dimensionamento de


ancoragem, uma outra solução seria aumentar a largura do apoio (pilar, viga...) da viga a
fim de garantir o comprimento de ancoragem necessário (lb,nec).

Vigas apoiadas frente a frente

O Eberick define a largura de apoio das vigas automaticamente por meio do


lançamento. Todavia, no caso de duas vigas estarem apoiadas uma frente à outra, como
mostrado na figura abaixo, o programa não consegue determinar uma largura de apoio
bem definida.

Assim, esta largura é definida como zero, de modo que o Erro A11 também é emitido.
Quando isto ocorre, é necessário informar manualmente esta largura. Para isso, acesse a
planilha de dimensionamento das vigas e então a guia nó. Identifique o nó correto e
altere a coluna Largura de 0cm para o valor desejado.
Fazendo isto, a viga deve ser dimensionada normalmente. Cabe destacar que podem ser
necessárias edições nos detalhamentos gerados.

Erro A16 - Impossível calcular seção à


torção
Para realizar o cálculo das armaduras que resistirão esforços de torção, o Eberick se
baseia no item 17.5.1.4.1 da norma NBR6118. Em linhas gerais, este item prevê que os
esforços de torção serão resistidos apenas por uma casca de concreto localizada na parte
externa da seção, cuja espessura é definida como a espessura efetiva he. Isto é
importante pois a parte interior da peça não torce o suficiente para que o concreto
apresente uma resistência significativa, de modo que é descartada. Isto permite que a
seção seja dimensionada como se fosse oca e de parede fina, simplificando os cálculos.

A NBR6118 especifica que esta espessura deve respeitar as seguintes condições:

, onde:

área da seção bruta do elemento

perímetro da seção do elemento

é a distância entre o eixo da barra longitudinal do


canto e a face lateral do elemento estrutural.

Como o valor de c1 é a distância entre o centro da barra de canto e a face lateral do


elemento, depende do diâmetro desta barra. Caso a barra possua um diâmetro muito
elevado, é possível que seu valor ultrapasse o limite superior imposto por norma. Neste
caso, não há como definir uma espessura efetiva, de modo que o cálculo à torção é
impossibilitado.
Há algumas medidas que podem ser tomadas neste caso:

 Realizar o dimensionamento da viga com barras menores. Neste caso, o


limite inferior diminui. Será necessário verificar por que as bitolas menores não
estão sendo escolhidas. Para determinar isto, recomendo a leitura do artigo Por
que uma bitola não está habilitada?.
 Redimensionar a seção para um formato quadrado. Como o limite superior é
a razão entre a área e o perímetro desta seção, formatos retangulares fornecem
valores maiores para este limite (têm uma razão de área por perímetro maior).
 Reduzir os esforços de torção: a peça somente será dimensionada para torção
caso esta ultrapasse o valor mínimo correspondente. Assim, caso o elemento não
apresente uma torção significativa, a necessidade de uma espessura fictícia é
descartada, de modo a viabilizar o dimensionamento.

Erro A17 - Erro na armadura do grampo


No Eberick, para realização da ancoragem das armaduras longitudinais de vigas, em
situações onde a largura de apoio da viga é menor do que o comprimento de ancoragem
necessário, como solução para o Erro A11 – Largura de apoio insuficiente em vigas, é
possível adotar grampos de ancoragem. A adoção destes grampos permite que a
ancoragem das armaduras seja realizada em uma largura de apoio menor que o
comprimento de ancoragem necessário, porém ainda assim devem ser respeitados
alguns limites de dimensionamento para os grampos de ancoragem. O Erro A17 - Erro
na armadura do grampo, é emitido quando algum dos critérios de dimensionamento
dos grampos de ancoragem não é atendido.

Critérios de verificação dos grampos de ancoragem

Os critérios verificados para o dimensionamento dos grampos de ancoragem são:

 Comprimento mínimo de ancoragem: Mesmo com a adoção de grampos de


ancoragem (que permitem a dispensa de Lb,nec), ainda deverão ser respeitados alguns
comprimentos de ancoragem mínimos, detalhados no item 18.3.2.4.1 da norma NBR
6118:2014. Os comprimentos que ainda devem ser verificados são "r + 5,5Φ" e "60
mm". Desta forma, caso o comprimento de ancoragem disponível no apoio seja menor
do que algum desses valores, mesmo com a adoção dos grampos, é impossível realizar
a ancoragem da viga neste apoio, portanto será emitido o Erro A17.
 Quantidade de camadas de grampos: Ao calcular a quantidade de grampos
necessários para a ancoragem, o Eberick irá verificar se o número de grampos
calculados é menor do que a configuração "Número máximo de camadas", localizada
nas configurações de ancoragem, na janela de configuração de dimensionamento das
vigas. Portanto, caso o número de camadas necessário seja maior que o valor máximo
configurado, então será emitido o Erro A17.
 Posição das camadas de grampos: Além de calcular o número de camadas
necessárias, o Eberick realiza uma verificação da posição dos grampos, na qual os
grampos devem estar localizados abaixo de uma altura máxima, determinada através
da consideração de um plano de corte inclinado a 60º, saindo da face interna do apoio.
Caso a altura total dos grampos seja maior que que a altura máxima desta verificação,
então não é possível resolver a ancoragem com os grampos, e será emitido o Erro A17.

 Posição relativa a uma abertura na região dos grampos: Caso exista uma abertura na
viga, na região dos grampos de ancoragem, então todos os grampos deverão estar
localizados abaixo da abertura. Caso não seja possível posicionar todos os grampos
abaixo da abertura, também será emitido o Erro A17.

Como resolver o erro

Com base nos critérios explicados acima, existem algumas soluções possíveis para o
Erro A17. A escolha da solução mais adequada depende de qual é o caso de
dimensionamento que ocasionou o erro.

As possíveis soluções para este erro são:

 Aumentar a largura do apoio externo da viga, aumentando o comprimento disponível


para ancoragem e a altura máxima para disposição dos grampos.
 Aumentar o número máximo de camadas de grampos, o que permite que sejam
adotados um número maior de grampos para as vigas, caso o limitante para o
dimensionamento dos grampos tenha sido o número máximo de grampos
configurado.
 Reduzir o espaçamento mínimo entre os grampos, o que reduz a altura necessária
para disposição das camadas, e resolve o dimensionamento caso o limitante tenha
sido a altura dos grampos.
 Reduzir a bitola utilizada para os grampos, o que reduz o comprimento de ancoragem
necessário pelo critério "r + 5,5Φ", e pode resolver o dimensionamento caso este
critério seja o motivo da falha nos grampos.
 Aumentar a bitola utilizada para os grampos, o que pode reduzir o número de
camadas necessárias de grampos, permitindo o dimensionamento em casos em que o
limitante é o número de camadas ou a altura máxima das camadas.

As alterações mencionadas podem ser realizadas na janela de configuração de


ancoragem, localizada na janela de configuração de dimensionamento das vigas, ou
então na janela de configuração de "Materiais e durabilidade", onde pode-se alterar as
bitolas utilizadas para o grampo através da opção "Transversais" das vigas.

Erro D10 - Força cortante Vsd maior que


Vrd2
No item 17.4.2.1 da norma NBR 6118:2014, estão estabelecidas as condições de
dimensionamento dos elementos de concreto armado sujeitos a solicitações de força
cortante:

De acordo com este item de norma, para dimensionamento ao esforço cortante dos
elementos estruturais, a força cortante solicitante de cálculo da seção (Vsd) deve ser
menor do que a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais
comprimidas de concreto (Vrd2).

O Erro D10 - Força cortante Vsd maior que Vrd2 será emitido quando, em algum
elemento estrutural, esta condição não for respeitada, ou seja, a seção do elemento
estrutural está sujeita a ruína por compressão excessiva das bielas de concreto. Isto
significa que este tipo de situação não é passível de ser resolvido com o aumento da taxa
de armadura, uma vez que a limitante de dimensionamento é justamente a resistência à
compressão do concreto.

Como resolver o erro?

Para resolver o erro, podem-se adotar algumas alternativas:

 Alterar a concepção da estrutura, de modo a reduzir os esforços cortantes do


elemento em questão.
 Aumentar as dimensões da seção, para aumentar a resistência do elemento ao esforço
cortante.
 Alterar o modelo de cálculo da resistência a esforços cortantes através das
configurações de dimensionamento das vigas, através do botão "Estribos".
 Em casos especiais, aumentar a resistência do concreto utilizando uma classe com fck
superior.

Erro D11 - Esforço de torção TSd maior


que TRd2
Ao realizar o dimensionamento de elementos estruturais à torção, o item 17.5.1.3 da
norma NBR 6118:2014 prescreve que o esforço de torção deve respeitar três limites de
resistências, definidos pela resistência à tração dos estribos normais ao eixo do
elemento, pela resistência à tração das armaduras longitudinais da viga, e pela
resistência à compressão das diagonais comprimidas de concreto.
As duas últimas condições, referentes aos estribos e às armaduras longitudinais,
dependem da armadura adotada na viga. A primeira condição, no entanto, diz respeito
apenas à resistência à compressão do concreto. Caso essa primeira condição não seja
respeitada, é emitido o Erro D11 - Esforço de torção TSd maior que TRd2.

Neste caso, como a falha do dimensionamento ocorre devido à compressão ser maior
que a resistência à compressão do concreto, não é possível simplesmente aumentar a
armadura da viga para atender ao dimensionamento.
Como resolver o erro?

Para resolver esta situação de que a tensão solicitante causa compressão maior que a
compressão do concreto, a única solução é alterar o lançamento para que a resistência à
compressão seja maior que a compressão causada pela torção. Isso pode ser realizado de
algumas formas diferentes:

 Alterar a seção do elemento, reduzindo a compressão resultante da torção e


aumentando a resistência da seção. Para este caso, é importante lembrar que para a
torção, não é eficiente aumentar apenas a altura da viga. A seção ideal para resistência
à torção é uma seção quadrada (e não retangular, como no caso da flexão), portanto,
quanto mais próxima de um quadrado for a viga, mais eficiente ela será para resistir
aos esforços de torção. Aumentar a largura da viga é portanto mais eficiente para
melhorar a resistência à torção.
 Reduzir a solicitação de torção do elemento, ajustando o lançamento da estrutura
para que o elemento não receba esforços elevados de torção. Para isso, deve-se
verificar a origem dos esforços de torção e ajustar o lançamento. Um exemplo comum
desta questão é o de uma viga que se apoia em outra. Caso a viga apoiada esteja
engastada, a rotação no apoio da viga irá produzir torção em sua viga de apoio.

 Reduzir a rigidez à torção dos elementos, que pode ser configurada na janela de
configuração "Análise", no grupo "Geral". Estes parâmetros configuram a redução da
rigidez dos elementos à torção, e alteram o esforço de torção absorvido pelas vigas e
pilares da estrutura. Para as vigas, este parâmetro pode ser configurado de forma
individual no botão "Modelo" da janela de dimensionamento.
 Utilizar concreto com resistência superior. Em casos especiais, pode-se aumentar o
fck do concreto. Esta solução aumenta diretamente a tensão resistente do concreto,
portanto é uma alternativa para solução em casos especiais.

Erro D12 - (VSd/VRd2 + TSd/TRd2) > 1


Os modelos de resistência dos elementos lineares de concreto armado, quando sujeitos à
torção e ao cisalhamento, apresentam uma sobreposição das bielas comprimidas. Isto é,
a mesma região de concreto (biela) que sofre compressão no cisalhamento, também
pode sofrer compressão na torção. A figura abaixo é um esquema dos modelos de
comportamento de viga sujeita a esforço cortante e à torção.

Através destes modelos, percebe-se que existe uma região de concreto sujeita à
compressão tanto no cisalhamento quanto na torção. Por este motivo, caso a seção seja
dimensionada à torção e ao cisalhamento, e estejam atendendo a estes esforços de forma
isolada, ainda assim a seção pode sofrer ruptura por excesso de compressão no concreto,
caso os efeitos ocorram em conjunto.
Por este motivo, o item 17.7.2.2 da norma NBR 6118:2014 prescreve uma verificação
em conjunto da resistência à compressão da viga sob torção e cisalhamento. Esta
verificação é representada pela equação abaixo:

Onde,

Esforço cortante solicitante de cálculo

Limite de resistência ao esforço cortante referente à compressão das diagonais


de concreto

Torção solicitante de cálculo

Limite de resistência à torção referente à compressão das diagonais de concreto

Atendendo a este item de norma, o Eberick realiza a verificação desta condição para os
elementos estruturais e, caso encontre que em algum elemento a condição não é
atendida, emite o Erro D12 - (VSd/VRd2 + TSd/TRd2) > 1.

Como resolver o erro?

Para resolver este erro, deve-se reduzir a solicitação de torção ou de cortante do


elemento ou aumentar a sua resistência. Para o caso deste erro, o projetista pode
escolher se irá melhorar o desempenho à torção ou ao cisalhamento. As orientações
referentes a como resolver este erro dependem do esforço que se deseja abordar, e
podem ser encontradas nos artigos abaixo:

 Para melhorar a condição ao cisalhamento: Erro D10 - Força cortante Vsd maior que
Vrd2
 Para melhorar a condição à torção: Erro D11 - Esforço de torção TSd maior que TRd2

Erro D14 - Seção variável no vão


O Eberick permite que a seção de uma viga varie tanto na largura quanto na altura
quando esta variação é feita sobre um apoio da viga. Adicionalmente, com o módulo
“Viga com variação de seção no vão”, é possível fazer com que varie sua altura no meio
do seu vão. Com isto, pode-se adotar uma viga com alturas diferentes para vãos de
comprimentos diferentes, de modo que se otimize a seção de concreto mantendo as
armaduras em um mesmo detalhamento.

Sabendo disso, o Erro D14 - Seção variável no vão pode ocorrer em duas situações
distintas:
 Quando o módulo Variação de seção do vão não está disponível e ocorre uma
variação de seção da viga fora de um ponto de apoio.
 Quando ocorre uma variação de largura fora dos pontos de apoio da viga.

Em ambos os casos, é necessário rever o modelo adotado, de modo a compatibilizar esta


variação de seção com as ferramentas disponibilizadas pelo programa. Dentre as
opções, destacamos:

 Dividir a viga em dois trechos com o comando "Elementos - Vigas – Dividir";


 Manter a seção constante ao longo da viga;
 Adicionar um ponto de apoio no ponto de variação da viga.

Erro D14 no apoio

Em alguns casos, é possível que o erro D14 seja exibido em um ponto de apoio da viga,
como um pilar, por exemplo. Isto ocorre porque o pilar em questão não está
funcionando, de fato, como um apoio para a viga. Para definir quais são os pontos de
apoio da viga, o programa analisa os diagramas de esforços cortantes e momentos
fletores da mesma, de modo a verificar qual o comportamento dela nestes pontos
específicos.

De um modo geral, pode-se afirmar que o programa verifica dois aspectos principais
nesses diagramas: descontinuidades no diagrama de cortantes e picos negativos no
diagrama de fletores. Estes critérios foram tomados como base pois:

 A descontinuidade no diagrama de esforços cortantes indica que há uma força


pontual atuando sobre aquele ponto na viga. Desta forma, se o diagrama assumir
valores positivos, há uma força atuando de baixo para cima na viga,
caracterizando um apoio. Se esta descontinuidade for negativa, isto significa que
esta força está agindo de cima para baixo, caracterizando um elemento apoiado.
Isto pode ser verificado no diagrama abaixo, onde o pilar P3 é considerado um
apoio, enquanto que o pilar P2 está apoiado sobre a viga.

 Caso o nó analisado apresente um pico de momentos negativos, ele poderá ser


considerado um apoio. Este pico caracteriza a presença de uma carga agindo de
baixo para cima. Caso os momentos permaneçam positivos, a carga age de cima
para baixo, indicando que o elemento presente naquele nó está apoiado na viga.
Analisando o diagrama da mesma viga, verificamos que a situação se mantém:
momentos positivos para o pilar P2 e negativos para o P3.
No exemplo mostrado acima, o pilar P2 não funciona como apoio para a viga V1,
estando na verdade apoiado nela. Neste caso específico, isto ocorre por conta de um
efeito alavanca causado pelo pilar P4. Como este pilar nasce sobre a viga, faz com que a
viga se desloque de tal maneira que provoca um esforço de arrancamento no pilar P2.

Uma vez que o pilar P2 não pode ser considerado com um apoio para a viga, este estará
por definição posicionado no centro do vão, sendo que eventuais mudanças de seção
sobre este pilar serão consideradas como pertencentes ao vão. Logo a viga em estudo
tem apenas dois vãos: do P1 ao P3, e do P3 ao P4.

Erro D15 - Erro na armadura positiva


(Vão ***)
Para realizar o dimensionamento dos elementos estruturais, o Eberick calcula uma
determinada área de aço proporcional aos esforços que atuam sobre ele. O programa
então verifica quais as bitolas de aço que foram habilitadas pelo usuário e tenta detalhar
a peça com cada uma delas. Este erro ocorre quando nenhuma destas bitolas pode ser
utilizada para realizar o dimensionamento da peça. Este impedimento pode acontecer
por motivos distintos, de modo que o usuário deve identificar qual a situação associada
à viga, de modo a tomar medidas direcionadas à situação específica. Este artigo busca
direcioná-lo na resolução deste tipo de erro.

O Erro D15 é exibido para as armaduras positivas da viga. Assim, para analisá-lo:

 Acesse a planilha de dimensionamento das vigas (botão ).


 Acesse a guia Vão
 Na lista de vãos da viga, selecione o Vão indicado no erro. No caso da figura
abaixo, vão 1.
 Clique sobre o botão Resultados da armadura
A janela que se abre exibirá o erro associado com cada uma das bitolas, de modo que é
possível identificar o erro mais recorrente, ou então aquele que ocorre na bitola que
deseja utilizar.

Neste caso, deve-se adotar medidas direcionadas para os erros exibidos. Para mais
informações sobre um determinado erro, você pode dar um clique duplo sobre a bitola
que apresenta o erro em questão. A página da ajuda referente a este erro se abrirá.

Alternativamente, a nossa base de conhecimento conta com artigos sobre grande parte
dos erros de armadura. Para acessar o artigo desejado, basta digitar a o códio do erro
(A04, por exemplo) na caixa de pesquisa abaixo:
Erro D16 - Erro na armadura negativa
(Nó ***)
Para realizar o dimensionamento dos elementos estruturais, o Eberick calcula uma
determinada área de aço proporcional aos esforços que atuam sobre ele. O programa
então verifica quais as bitolas de aço que foram habilitadas pelo usuário e tenta detalhar
a peça com cada uma delas. Este erro ocorre quando nenhuma destas bitolas pode ser
utilizada para realizar o dimensionamento da peça. Este impedimento pode acontecer
por motivos distintos, de modo que o usuário deve identificar qual a situação associada
à viga, de modo a tomar medidas direcionadas à situação específica. Este artigo busca
direcioná-lo na resolução deste tipo de erro.

O Erro D15 é exibido para as armaduras negativas da viga. Assim, para analisá-lo:

 Acesse a planilha de dimensionamento das vigas (botão ).


 Acesse a guia Nó
 Na lista de vãos da viga, selecione o Vão indicado no erro. No caso da figura
abaixo, nó 1.
 Clique sobre o botão Resultados da armadura

A janela que se abre exibirá o erro associado com cada uma das bitolas, de modo que é
possível identificar o erro mais recorrente, ou então aquele que ocorre na bitola que
deseja utilizar.
Neste caso, deve-se adotar medidas direcionadas para os erros exibidos. Para mais
informações sobre um determinado erro, você pode dar um clique duplo sobre a bitola
que apresenta o erro em questão. A página da ajuda referente a este erro se abrirá.

Alternativamente, a nossa base de conhecimento conta com artigos sobre grande parte
dos erros de armadura. Para acessar o artigo desejado, basta digitar a o códio do erro
(A04, por exemplo) na caixa de pesquisa abaixo:

Erro L15 - Barra com comprimento nulo


No Eberick, ao realizar o processamento da estrutura, serão criadas barras representando
as vigas e os pilares para montagem do modelo de pórtico espacial. Neste modelo, caso
alguma barra tenha um comprimento muito pequeno (ou nulo), a matriz de rigidez
poderá encontrar erros durante o processamento, ou então o resultado da análise pode
ficar comprometido por erros computacionais associados ao fato de dois nós possuírem
coordenadas muito próximas.

Por este motivo, antes de processar a estrutura, o Eberick verifica se existe algum
elemento de barra (mais tipicamente uma viga, porém pode ser qualquer outro elemento
linear no lançamento) que possui um comprimento muito próximo de zero, o que
causaria problemas no processamento. Caso seja encontrada alguma barra nesta
situação, o processamento falha, e é emitido o Erro L15 - Barra com comprimento
nulo.

Para resolver este erro, deve verificar-se em que posição do projeto está localizada a
barra, e corrigir o lançamento da região. Para realizar isso, pode-se seguir os passos
abaixo:

 Com o croqui do pavimento que resultou no erro L15 aberto, execute o comando
"Elementos - Verificar lançamento".
 Será aberta uma janela mostrando os erros de lançamento do pavimento.
Navegue pelas setas na parte superior da janela até encontrar o Erro L15.
 Com o erro L15 sendo exibido, clique no botão "Localizar" ( ), que irá ajustar
a visualização do croqui para mostrar a barra em questão.
 Através desta visualização, localize a barra que apresenta comprimento nulo.
Neste caso, veja que esta barra é um trecho da viga V2. Refaça o lançamento da
região da forma correta (neste caso do exemplo, a viga deve chegar diretamente
no pilar, sem existir nenhum nó no encontro da viga com o pilar)
Com isso, o erro L15 deve ser resolvido para este caso. Através da janela do comando
"Verificar lançamento" podem-se verificar e corrigir outras situações de lançamento
inválido, que devem ser resolvidas de forma semelhante.

Erro L71 - Viga com apoio inválido


De acordo com o lançamento que se deseja inserir no Eberick, é possível que haja
seções de pilares sobrepostas no croqui. Situações como o lançamento de vigas de
equilíbrio, por exemplo, podem gerar lançamentos onde o pilar de fundação se sobrepõe
ao pilar que nasce na divisa.

No caso da figura acima, o pilar P3 nasce na divisa, de modo que a sua seção se
sobrepõe à seção do pilar de fundação P2, que morre no mesmo pavimento. Neste caso,
perceba que a viga V1 se encontra entre estas duas seção, com sua orientação invertida.
Assim, não é possível definir qual o apoio desta viga, além de que seu comprimento não
chega a ser bem definido, fazendo com que o programa emita o erro de lançamento:

Para corrigir esta situação, o programa disponibiliza a ferramenta Elementos - Pilares -


Representar como nó. Esta ferramenta faz com que o programa ignore a seção do pilar
para fins de lançamento, de modo que as vigas se apoiarão diretamente sobre o centro
de gravidade do pilar. Assim:

 Acesse a ferramenta Elementos - Pilares - Representar como nó


 Selecione o pilar sobreposto que nasce

Perceba que, fazendo isso, o pilar P3 passa a ser representado com um contorno
pontilhado, indicando que está representado como nó. Além disso, a orientação e
posicionamento da viga foram alterados, ficando em concordância com o projeto.

Ainda em tempo, caso o centro de gravidade do pilar estiver contido na seção do outro
pilar, ao representá-lo, como nó, o programa solicita se você deseja utilizar o pilar P2
como pilar de apoio, de modo que uma barra rígida é lançada entre o centro desses dois
pilares.
Perceba que neste caso, a viga não se faz necessária, de modo que o lançamento do pilar
assume a seguinte representação.

Por fim, destacamos ainda que este tipo de lançamento somente será necessário para
quando a sobreposição ocorrer por conta de pilares distintos. Em casos de redução ou
alteração da seção de um mesmo pilar, não há necessidade de realizar estas alterações,
de modo que o lançamento será feito de acordo com o exposto no artigo Como lançar
pilares com mudança de direção?

Espaçamentos entre barras longitudinais


de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
A NBR 6118 de 2014 define prescrições a serem obedecidas durante as etapas de
dimensionamento e detalhamentos de vigas, com o intuito de considerar diversos fatores
que possuem influência direta nestas etapas de projeto e execução.

Para auxiliar o projetista na elaboração de seus projetos, criamos uma série de artigos
listados abaixo:

 Prescrições de cálculo e detalhamento de vigas segundo a NBR 6118 (2014)


 Deslocamentos limites e controle de fissuras em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras longitudinais:
o Taxa de armadura máxima e mínima em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Espaçamentos entre barras longitudinais de vigas segundo a NBR 6118
(2014) (este artigo)
o Armadura de pele e longitudinal de torção de vigas segundo a NBR 6118
(2014)
o Relação entre CG da armadura e altura das vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras transversais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)

Espaçamentos vertical e horizontal mínimos entre as barras


longitudinais

O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais de uma viga no
plano da seção transversal, deve ser no mínimo igual aos seguintes valores:
 Espaçamento horizontal "ah":
- 2 cm;
- diâmetro da barra
- 1,2 vezes a dimensão máxima do agregado
 Espaçamento vertical "av":
- 2 cm;
- diâmetro da barra;
- 0,5 vezes a dimensão máxima do agregado.

Existe ainda a verificação dos espaçamentos em relação a necessidade de introdução do


vibrador, onde o espaçamento horizontal entre barras deve ser de no mínimo o diâmetro
da agulha do vibrador, sendo essa verificação realizada a partir da segunda camada da
armadura positiva.

O valor do diâmetro do vibrador pode ser configurado no Eberick acessando o menu


"Configurações>Dimensionamento>Vigas":
Estribos não estão sendo desenhados na
fôrma das vigas
Para evitar detalhamentos muito poluídos, o Eberick somente desenha os estribos na
fôrma em casos específicos, onde é necessária uma representação mais detalhada das
armaduras de cisalhamento. O programa permite ainda que o usuário configure para
quais casos estes estribos serão exibidos. Para fazer isso:

 Acesse o menu Configurações - Detalhamento - Vigas


 Para que os estribos sejam desenhados, habilite a opção Desenhar estribos na
fôrma

O programa ainda permite que você defina quais estribos serão desenhados na fôrma. O
item Quando o trecho for menor que define o tamanho máximo para que um trecho de
estribos seja desenhado em fôrma. No caso da figura acima, por exemplo, trechos de
estribos com mais de 60cm não serão desenhados, enquanto que trechos com menos de
60cm, serão. Alternativamente, o programa também disponibiliza o item Quando o
espaçamento for menor que, que define o espaçamento máximo para que um trecho de
estribos seja desenhado em fôrma. Assim, se os estribos possuírem um espaçamento de
mais de 7cm, não serão desenhados em forma, enquanto que estribos menos espaçados
serão.

Instabilidade lateral em vigas de


concreto armado
Quando vigas esbeltas são usadas, a instabilidade lateral pode ser, em alguns casos, a
causa do esgotamento da capacidade resistente da peça antes que seja atingido o estado
limite último por flexão. Por conta disto, é interessante que este fenômeno seja
verificado. Neste sentido, criamos esta série de artigos para auxiliá-lo a avaliar este
efeito:

 Instabilidade lateral em vigas de concreto armado (este artigo)


 Aviso 26 - Possibilidade de instabilidade lateral
 Instabilidade lateral: conclusões

Instabilidade lateral em vigas de concreto armado

O colapso por instabilidade lateral é acompanhada por uma rotação da viga, conforme
mostrado na figura abaixo. Em linhas gerais, a parte comprida da viga está propensa à
uma instabilidade análoga à flambagem em pilares. Isto faz com que a viga rotacione,
diminuindo a sua capacidade portante.

O fenômeno da instabilidade lateral pode ser importante no caso de vigas com


insuficiência de travamento lateral, quando a rigidez à flexão no plano vertical (Mx) é
muito maior se comparada com a rigidez lateral. A ocorrência deste fenômeno é
minimizada pelo fato de que geralmente a zona comprimida das vigas estão travadas por
lajes ou mesmo por vigas.

Cálculo do momento crítico Mcr

Um tratamento analítico para o cálculo do momento crítico que resulta em instabilidade


lateral se tornaria muito complexo se fossem avaliadas todas as características que
influenciam o comportamento realista das vigas de concreto armado. Como há poucos
estudos experimentais comprovando a teoria derivada de cargas críticas, fica difícil
quantificar quais são esses parâmetros relevantes no processo.
MICHELL´S (1899) propôs uma solução clássica para o momento crítico Mcr, que
produz instabilidade lateral em uma viga de material isotrópico, elástico linear e
homogênio, mostrada abaixo:

onde:

coeficiente que depende do tipo de carregamento que solicita a viga,


possuindo os valores a seguir: (a) p para momento uniforme ao longo da viga;
λ
(b) 3.53 para carga uniformemente distribuída; (c) 4.24 para uma carga
pontual no meio do vão;

Ec módulo de elasticidade longitudinal do concreto;

G módulo de rigidez transversal do concreto;

Ix,Iy momentos de inércia nas direções principais;

momento polar de inércia equivalente para uma seção transversal do


J
concreto;

l vão livre da viga;

distância do ponto de aplicação da carga acima do centro de gravidade da


yw
seção.

MARSHALL (1969) estudou a aplicabilidade de cada termo da equação para vigas de


concreto armado, procurando estabelecer limites dentro dos quais é mais provável que o
momento crítico ocorra. As seções transversais que são sensíveis à instabilidade lateral
tem a relação altura/largura pelo menos igual a 2. Além disso, se o efeito da fissuração
for levado em consideração, a razão Iy/Ix torna-se pequena e pode chegar a zero. Com
esta simplificação, a equação acima é simplificada para:

Na avaliação do momento crítico, alguns pontos devem ser analisados:

 O primeiro deles diz respeito ao comportamento não linear do concreto armado.


Isto leva a considerações especiais no módulo de elasticidade Ec como também
no cálculo do momento de inércia, que é função do grau de fissuração desse
material;
 O módulo de rigidez transversal "G" está relacionado ao módulo de elasticidade
longitudinal Ec. No entanto, a contribuição efetiva do concreto quando
solicitado a torção, neste caso, ainda é incerta e controversa.

Partindo das premissas acima, é evidente que há dificuldades em estimar


adequadamente os parâmetros de rigidez. Substituindo yw por 0.5h na equação acima,
considerando a não linearidade física do concreto como sendo uma parcela da
resistência característica do concreto f'c e expressando Ix, Iy e J em função das
dimensões do elemento, a equação do momento crítico para uma viga retangular reduz-
se a:

onde:

k constante numérica;

b a largura da seção transversal;

d é a altura útil da viga;

f'c resistência característica do concreto definido pelo ACI-318.

A NBR 6118:2007 no item 8.2.8, prescreve a utilização do módulo de elasticidade


secante Ecs para a determinação dos esforços solicitantes e verificação dos estados
limites de serviço, tomado como uma parcela do módulo de elasticidade inicial Eci,
sendo Ecs = 0.85Eci, onde Eci = 5600 fck1/2,quando não forem feitos ensaios e não
existirem dados mais precisos para sua determinação.

Apesar de haver diferenças na formulação dos valores de f´c e fck nas normas do ACI-
318 e NBR 6118:2014 (ver VASCONCELOS (1993)), neste artigo será adotado fck no
lugar de f´c. Portanto, a equação acima torna-se:

fck resistência característica do concreto definido pela NBR 12655.

Para que ocorra o fenômeno da instabilidade lateral em vigas, é necessário que a


resistência a flexão da viga Mu seja maior que o momento crítico Mcr. Caso contrário, a
flexão será preponderante. A capacidade a flexão da viga depende, dentre outros fatores,
da quantidade de aço contida na seção transversal, que, para uma seção simplesmente
armada estão entre os limites de:

Considerando vigas com máximas taxas de armaduras permitidas, a condição crítica é


aproximadamente:

ou simplesmente:

onde:

Criando limites aceitáveis para as variáveis, o valor de k1 fica dentro do intervalo de 100
a 580 para vigas com cargas uniformemente distribuídas. Dados esses limites, maiores
refinamentos da análise levando em consideração a contribuição à flexão do aço não é
garantida. Examinando dados experimentais disponíveis, MARSHALL (1969) concluiu
que a maioria dos valores encontrados para ld/b2 estavam mais próximos do limite de
580.

Vale frisar que a tradicional relação vão/largura (l/b), quando utilizada isoladamente,
não descreve adequadamente o critério de instabilidade em vigas. Além disso, o efeito
da deformação lenta e a falta de ductilidade aumentam o grau de incertezas na
determinação do momento crítico Mcr. No próximo artigo da série, Aviso 26 -
Possibilidade de instabilidade lateral, abordaremos estes critérios aplicados ao Eberick.

Instabilidade lateral: conclusões


Quando vigas esbeltas são usadas, a instabilidade lateral pode ser, em alguns casos, a
causa do esgotamento da capacidade resistente da peça antes que seja atingido o estado
limite último por flexão. Por conta disto, é interessante que este fenômeno seja
verificado. Neste sentido, criamos esta série de artigos para auxiliá-lo a avaliar este
efeito:

 Instabilidade lateral em vigas de concreto armado


 Aviso 26 - Possibilidade de instabilidade lateral
 Instabilidade lateral: conclusões (este artigo)

Instabilidade lateral: conclusões

A verificação prescrita pela NBR 6118:2014 no item 15.10 relativo a instabilidade


lateral em vigas de concreto armado é simplificada: não apresenta uma relação entre
vão, altura e largura e não apresenta a determinação de um momento crítico. Já
a verificação proposta pelo "British Code CP 110" se comparada com a NBR 6118:2007
é menos conservativa, e sugere ainda uma segunda verificação em função do vão, altura
útil e largura da viga. Quando os limites estabelecidos pela NBR 6118:2007 para a
ocorrência da instabilidade lateral em vigas de concreto armado forem ultrapassados,
pode-se utilizar a estimativa do valor do momento crítico Mcr, proposta por
MARSHALL (1969), conforme R. PARK AND T. PAULAY (1975).

O valor do momento crítico é dado por:

onde:

coeficiente redutor da capacidade do momento crítico devido as incertezas quanto


ϕ ao fenômeno da instabilidade lateral; R. PARK AND T. PAULAY (1975) sugerem para
f o valor de 0,5 (f = 0,5).

fck resistência característica do concreto definido pela NBR 12655;

b a largura da seção transversal;

d é a altura útil da viga;

l vão livre

O valor do momento crítico Mcr é comparado com o momento fletor de cálculo


Mdx máximo atuante na viga. Quando Mcr < Mdx , existe a possibilidade de
esgotamento da capacidade da viga por instabilidade lateral. Entende-se por Mdx =
γfMx.

Por que uma bitola não está habilitada?


No Eberick, é possível determinar quais bitolas serão utilizadas para detalhar a área de
aço pelo programa. Por default, a bitola desejada pode não estar habilitada para o
elemento em questão. Isto pode acontecer por dois motivos.

Habilitar a bitola para o elemento


Para que o programa utilize uma determinada bitola no detalhamento, é necessário que
esteja habilitada nas configurações. Isto pode ser feito acessando o
menu Configurações - Materiais e durabilidade. Perceba que cada um dos elementos
está associado a um botão Bitolas. Clique sobre o botão Bitolas das vigas.

Perceba que o programa lista as bitolas disponíveis, sendo possível habilitar as


desejadas para armaduras longitudinais e transversais. Neste caso, habilitamos a bitola
de 6.3mm

Verificando o dimensionamento
Habilitando as bitolas, elas serão utilizadas para detalhar o elemento. Todavia, é
possível que ela ainda não aparece dentre as opções de detalhamento. Isto pode ocorrer
caso apresentem algum tipo de erro de dimensionamento. Para verificar isto, devemos
nos valer da janela de dimensionamento dos elementos.

 Abra a planilha dp;


 Acesse a aba referente a armadura que será verificada;
 Selecione o trecho correspondente;
 Clique sobre o botão Resultados da Armadura (botão ).

No caso deste exemplo, abrimos a planilha de dimensionamento das Vigas, acessamos a


aba Vão e selecionamos o primeiro trecho da viga V17

Na janela que se abre, perceba que o programa lista as bitolas previamente habilitadas,
além de indicar se ela pôde ser utilizada para o dimensionamento da peça. Nos casos
onde isto não foi possível, o programa ainda indica qual a mensagem emitida para
aquela bitola.
Assim, para que a bitola de 16mm seja utilizada, por exemplo, será necessário resolver
o Erro A04 - CG da armadura muito alto, aumentando a base da viga, por exemplo.

Prescrições de cálculo e detalhamento de


vigas segundo a NBR 6118 (2014)
A NBR 6118 de 2014 define prescrições a serem obedecidas durante as etapas de
dimensionamento e detalhamentos de vigas, com o intuito de considerar diversos fatores
que possuem influência direta nestas etapas de projeto e execução.

Para auxiliar o projetista na elaboração de seus projetos, criamos uma série de artigos
listados abaixo:

 Prescrições de cálculo e detalhamento de vigas segundo a NBR 6118 (2014) (este


artigo)
 Deslocamentos limites e controle de fissuras em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras longitudinais:
o Taxa de armadura máxima e mínima em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Espaçamentos entre barras longitudinais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Armadura de pele e longitudinal de torção de vigas segundo a NBR 6118
(2014)
o Relação entre CG da armadura e altura das vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras transversais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)

Dimensões mínimas

A seção transversal das vigas não deve ser inferior a:

 15cm em vigas-parede;
 12cm nas demais vigas.

Em casos excepcionais, esses valores podem ser reduzidos até 10cm, valor mínimo
aceito pelo Eberick, conforme descrito no item 13.2.2 da NBR 6118.

Furos horizontais e verticais em vigas

Conforme prescrito no item 13.2.5.1, em qualquer que seja a posição do furo (horizontal
ou vertical) a distância mínima de um furo à face mais próxima da viga deve ser
superior ou igual a 5 cm e duas vezes o cobrimento previsto para essa face. A seção
remanescente nessa região, tendo sido descontada a área ocupada pelo furo, deve ser
capaz de resistir aos esforços previstos no cálculo, além de permitir uma boa
concretagem.

Para furos horizontais, é possível dispensar a verificação da resistência da seção


remanescente para os seguintes casos:

 Furos em zona de tração e a uma distância da face do apoio de no mínimo 2h, onde h
é a altura da viga;
 Dimensão máxima do furo de 12 cm e h/3 – um terço da altura da viga;
 Distância entre faces de furos de no mínimo 2h - duas vezes a altura da viga;
 Cobrimentos suficientes e não seccionamento das armaduras.

Quando não respeitados esses limites, a verificação estrutural da abertura pode ser feita
pelo método de bielas e tirantes, conforme a seção 22 da NBR 6118.

Para furos verticais, deve-se sempre verificar a redução da capacidade portante ao


cisalhamento e a flexão na região da abertura, além de que a seção remanescente deve
permitir uma boa concretagem.

 Dimensão máxima do furo de b/3 – um terço da largura da viga;


 Espaçamento entre furos sequenciais de no mínimo 5 cm;
 Garantir no mínimo um estribo entre furos sequenciais;
 Alinhamento entre furos sequenciais;
 Cobrimentos suficientes.
Quando aplicar um nó semirrígido?
Atribuir as vinculações de vigas em um projeto é de suma importância, visto que têm
influência direta nos esforços, deslocamentos e na própria estabilidade global da
edificação. Neste sentido, criamos uma série de quatro artigos para auxiliá-lo a definir
qual a vinculação mais adequada para cada elemento:

1. Quando devo engastar uma viga?


2. Quando aplicar um nó semirrígido? (presente artigo)
3. Quando rotular uma viga?
4. Comparativo entre vinculações de vigas

Este artigo orienta você a atribuir nós semirrígidos às vigas e a definir qual a
porcentagem de redistribuição que poderá ser utilizada.

Ver vídeo: qual porcentagem de redistribuição posso usar...

Nós semirrígidos

Considerar uma redistribuição na ligação entre uma viga e um pilar significa, de forma
simplificada, considerar que uma parcela do momento negativo que ocorre na ligação
entre os elementos é redistribuído para o momento positivo da viga. O programa
permite que o usuário aplique um nó semirrígido por meio do menu "Elementos - Vigas
- Nós semirrígidos". Ao aplicar um nó semirrígido, o programa aplicará a redistribuição
de acordo com o valor configurado em "Configurações - Análise".
O valor de redistribuição pode ser arbitrado pelo usuário de acordo com a sua
necessidade, mas as especificações normativas devem ser levadas em consideração ao
determiná-lo. A NBR6118:2014, em seu item 14.6.4.3 (Limites para redistribuição de
momentos e condições de dutilidade), define que o coeficiente de redistribuição δ deve
ser designado observando a deslocabilidade da estrutura, o que pode ser feito por meio
do coeficiente γz. O coeficiente δ é o quociente entre o momento fletor de cálculo após
efetuar a redistribuição e o momento fletor de cálculo na condição engastada e segue os
seguintes valores:

Desta maneira, se a estrutura for considerada como de nós fixos (γz ≤ 1.10), é possível
adotar uma redistribuição de até 25%, enquanto que, caso seja considerado como de nós
deslocáveis (γz > 1.10), a redistribuição não deve ultrapassar os 10%. De todo modo,
caso o usuário queira aplicar uma redistribuição maior do que a especificada no item
14.6.4.3 da NBR6118:2014, deve-se verificar a capacidade de rotação plástica na região
onde foi efetuada a redistribuição, procedimento especificado no item 14.6.4.4
da mesma norma.

Este mesmo item indica que caso os valores de x/d (posição da linha neutra/altura de
cálculo) atendam certos limites, pode ser dispensada a verificação da capacidade de
rotação plástica, de modo que o usuário poderá arbitrar um valor qualquer de
redistribuição. Isso ocorre pois, quanto menor for o valor de x/d, menor será a área de
concreto comprimido e maior será a contribuição do aço na resistência da peça, que, por
ser um material mais dúctil que o concreto, permite uma maior redistribuição dos
esforços. Neste caso, deve-se realizar a verificação viga à viga, podendo se valer do
relatório de cálculo das vigas, gerado a partir da janela de dimensionamento, menu
"Relatórios - Cálculo".

A título de exemplo, podemos verificar o quociente x/d da seguinte maneira:

Sendo a relação x/d do nó menor que 0,25 é possível adotar valores de redistribuição
maiores que o indicado no item 14.6.4.3 da NBR6118, desse modo não há a necessidade
de verificar a rotação plástica nas regiões dos apoios (onde aplicaremos a
redistribuição). Como esta verificação foi feita para uma viga específica, a
redistribuição adicional deverá ser aplicada para a viga em questão. Isto poderá ser feito
por meio da janela de lançamento da viga, botão "Modelo". Na figura abaixo, foi
habilitada a opção "Permitir redução na rigidez diferente da configurada" e então
atribuída uma redução de 90% para ambas as extremidades do trecho.
Quando devo engastar uma viga?
Atribuir as vinculações de vigas em um projeto é de suma importância, visto que têm
influência direta nos esforços, deslocamentos e na própria estabilidade global da
edificação. Neste sentido, criamos uma série de quatro artigos para auxiliá-lo a definir
qual a vinculação mais adequada para cada elemento:

1. Quando engastar uma viga? (presente artigo)


2. Quando aplicar um nó semirrígido?
3. Quando rotular uma viga?
4. Comparativo entre vinculações de vigas

Este artigo orienta como engastar vigas e em que casos o engastamento pode ser
interessante para a redução de deslocamentos e flechas.

Vinculações engastadas
Por padrão, o Eberick lança as vigas com suas vinculações engastadas, de modo que
essas podem ser identificadas em vigas que não possuem indicação nenhuma no apoio
do pilar. Este tipo de vinculação garante que não haja rotações relativas entre a viga e o
pilar no nó de apoio. Isto é, ambos os elementos apresentarão a mesma rotação naquele
ponto, o que se traduz como uma transferência de momentos da viga para o pilar. Para
engastar uma viga no programa, acesse o menu Elementos - Vigas - Engastar.

De modo geral, o engastamento deve ser utilizado havendo a sua necessidade, uma vez
que tende a aumentar os esforços da estrutura, deixando-a mais onerosa do que modelos
que permitem algum deslocamento. Desta forma, podemos destacar alguns casos onde o
engastamento é interessante:

 Vigas com deslocamentos excessivos: engastá-las restringe o deslocamento, de


modo que as flechas finais apresentam valores menores. Para mais informações,
recomendamos a leitura do artigo Como reduzir flechas em vigas
 Estruturas muito deslocáveis: caso a estrutura encontre-se globalmente
deslocável, engastar as vigas confere uma rigidez adicional, de modo a torná-la
mais rígida. Para mais informações, recomendamos a leitura do artigo Como
enrijecer uma estrutura deslocável?.
 Vigas em balanço: vigas em balanço que considerem rótulas ou nós
semirrígidos apresentarão um comportamento que não corresponde à realidade,
de modo que deverão estar engastadas.
 Vigas que suportem pilares: de modo geral, vigas que possuam pilares
nascendo em seu vão precisam ser rígidas, de modo que o apoio do pilar que
nasce apresente a capacidade de suporte necessária para apoiar estes elementos.
Desta maneira, é interessante mantê-la engastada, de modo a evitar
deslocamentos elevados.

Nos demais casos, pode-se avaliar a necessidade de engastar a viga, de modo que pode
ser interessante permitir alguma deslocabilidade. Isto será feito adotando nós
semirrígidos ou rótulas, assunto abordado no próximo artigo da nossa série, Quando
aplicar um nó semirrígido?

Quando devo utilizar barras rígidas?


Além de vigas, o Eberick também permite o lançamento de outros elementos lineares
que possuem propriedades similares a vigas. Todavia, estes elementos são utilizados em
momentos diferentes do lançamento, de modo que é importante que sejam utilizados
corretamente, de modo a assegurar um modelo estrutural adequado para o seu projeto.
Neste sentido, elaboramos esta série de três artigos:

1. Quando devo utilizar barras?


2. Quando posso utilizar vigas sem rigidez?
3. Quando devo utilizar barras rígidas? (este artigo)

Barras rígidas
Barras rígidas podem ser inseridas no Eberick por meio do comando Elementos -
Barras - Adicionar barra rígida. Estes elementos são representados no croqui com
uma linha dupla, como mostrado na figura abaixo:

Lançamento

Essas barras são utilizadas para modelar ligações rígidas entre elementos. Assim,
normalmente são utilizadas em pilares, representando elementos de grande rigidez para
simular a seção transversal dos pilares. Isto é especialmente útil para situações nas quais
não é possível reproduzir as conectividades necessárias entre o pilar e as vigas
adjacentes apenas com o ponto de inserção do pilar. Por exemplo, caso existam vigas
apoiando-se em posições muito diferentes no pilar, pode-se colocar Barras Rígidas a
partir deste para apoiar as vigas.

Cabe destacar que estes elementos devem ser utilizados com um certo cuidado, uma vez
que representam uma ligação que não permite deformações. Barras rígidas nunca
deverão ser utilizadas para representar bordos livres de lajes, por exemplo. Como é
possível ver na imagem abaixo, ao definir o contorno livre como barras rígidas, é
considerada uma rigidez que não existe no projeto, de modo que o modelo torna-se
inconsistente com o projeto.
Carregamento sobre barras rígidas

Da mesma maneira que barras, é possível aplicar carregamentos sobre as barras rígidas.
Isto pode de feitor feito com um duplo clique sobre a barra em questão, ou então por
meio do menu Elementos - Cargas - Lineares. Diferentemente das barras, as barras
rígidas são consideradas no modelo estrutural e, portanto, os carregamentos inseridos
sobre elas serão repassados à estrutura de acordo com a concepção adotada, sem a
necessidade de lajes adjacentes.

Quando devo utilizar barras?


Além de vigas, o Eberick também permite o lançamento de outros elementos lineares
que possuem propriedades similares a vigas. Todavia, estes elementos são utilizados em
momentos diferentes do lançamento, de modo que é importante que sejam utilizados
corretamente, de modo a assegurar um modelo estrutural adequado para o seu projeto.
Neste sentido, elaboramos esta série de três artigos:

1. Quando devo utilizar barras? (este artigo)


2. Quando posso utilizar vigas sem rigidez?
3. Quando devo utilizar barras rígidas?

Barras

Além de vigas, o Eberick também permite que o usuário utilize barras em seu modelo.
Estes elementos podem ser inseridos por meio do menu Elementos - Barras -
Adicionar barra. As barras são utilizadas para modelar contornos de laje, nas posições
nas quais não existem vigas (bordos livres). No croqui, são representadas por uma linha
única, como mostrado na figura abaixo:

Carregamentos sobre barras

Este elemento, por não possuir função estrutural, não irá transmitir reações para os
elementos a que está conectado. De todo modo, é possível inserir uma carga de parede
sobre a barra, de modo a considerar cargas de beiral. Neste caso, o carregamento será
aplicado diretamente sobre a laje adjacente à barra, de modo que será a própria laje que
absorverá os esforços. Neste caso, é importante que a barra seja lançado junto a alguma
laje. Do contrário, os esforços não serão absorvidos por nenhum elemento. O
lançamento de cargas em barras pode ser feito com um duplo clique sobre a barra em
questão, ou então por meio do menu Elementos - Cargas - Lineares.

Largura da barra

Como a barra é um elemento sem dimensões definidas, como as vigas, o detalhamento


das lajes será feito, por default, até o seu eixo. Em alguns casos, contudo, pode ser
interessante deslocar este detalhamento, de modo a facilitar o processo de lançamento.
Nestes casos, é interessante lançar mão do recurso de largura da barra. A largura pode
ser definida no momento da inserção da barra, ou então posteriormente, com um duplo
clique sobre ela.

A largura da barra é equivalente à base de uma viga, de modo que, ao conferir uma
largura para a barra, é criada uma seção fictícia de base correspondente à largura, de
modo que os detalhamentos de lajes serão representados até a face desta seção, e não até
o eixo da barra. No caso da imagem abaixo, foi atribuída uma largura de 20cm à barra,
de modo que esta foi fixada pelo seu centro (10cm para cada lado da barra). Da mesma
maneira que as vigas, também é possível fixar a seção da barra por uma das faces (20cm
para a esquerda ou direita do eixo da barra), o que deve ser feito no momento do
lançamento da barra.
No caso do exemplo abaixo, foi atribuída uma largura de 20cm para as barras laterais da
laje. Perceba que o detalhamento da laje é deslocado para que fique restrito pela face da
barra, e não pelo seu eixo.

Quando posso utilizar vigas sem rigidez?


Além de vigas, o Eberick também permite o lançamento de outros elementos lineares
que possuem propriedades similares a vigas. Todavia, estes elementos são utilizados em
momentos diferentes do lançamento, de modo que é importante que sejam utilizados
corretamente, de modo a assegurar um modelo estrutural adequado para o seu projeto.
Neste sentido, elaboramos esta série de três artigos:

1. Quando devo utilizar barras?


2. Quando posso utilizar vigas sem rigidez? (este artigo)
3. Quando devo utilizar barras rígidas?

Vigas sem rigidez

Dentre as configurações possíveis no Eberick, pode-se considerar que uma determinada


viga não possui rigidez. Isto pode ser feito acessando a janela de lançamento da viga,
botão Modelo, e então habilitando a opção Viga sem rigidez (bordo de laje).
As vigas sem rigidez diferem de vigas normais pois não são considerados como
elementos estruturais. Deste modo, são utilizadas apenas quando se deseja definir o
contorno de uma laje, porém, sem a intenção de que este bordo suporte a laje, ou seja,
sem transmitir reações para os elementos a que estejam conectados. A grande vantagem
destes elementos é que, ao contrário das barras, possuem uma seção associada a elas, de
modo que é possível contabilizar o volume de concreto adicionado.

O programa permite ainda que sejam aplicadas cargas de parede sobre estas vigas, de
modo a considerar eventuais elementos sobre elas. Desta forma, tanto o peso-próprio da
viga, quanto as cargas sobre elas aplicadas serão utilizados apenas no cálculo da laje.
Assim, a viga em si não é dimensionada, mas sim considerada como um carregamento
adicional agindo sobre a laje, como mostrado na grelha abaixo. Perceba que a laje da
esquerda, é tratada como um bordo livre:

Desta maneira, não é recomendado utilizar vigas sem rigidez sem uma laje adjacente,
uma vez que os únicos apoios estarão localizados nas extremidades das vigas, de modo
que serão gerados esforços nestes elementos, para os quais é absolutamente necessário
atribuir uma armadura.

Quando rotular uma viga?


Atribuir as vinculações de vigas em um projeto é de suma importância, visto que têm
influência direta nos esforços, deslocamentos e na própria estabilidade global da
edificação. Neste sentido, criamos uma série de quatro artigos para auxiliá-lo a definir
qual a vinculação mais adequada para cada elemento:

1. Quando devo engastar uma viga?


2. Quando aplicar um nó semirrígido?
3. Quando rotular uma viga? (presente artigo)
4. Comparativo entre vinculações de vigas

Este artigo orienta você como atribuir nós rotulados às vigas e a definir em que casos
esta consideração pode ser tomada.

Nós rotulados

Ao aplicar uma rótula na vinculação viga-pilar, considera-se, em linhas gerais, que não
haverá transferência de momentos fletores entre a viga e o pilar. Isto faz com que a
ligação fique flexibilizada e garante que não haja continuidade de rotação entre os dois
elementos. O programa permite que o usuário aplique rótulas por meio do menu
"Elementos - Vigas - Rotular". Vinculações rotuladas serão representadas com um
semicírculo junto ao nó correspondente.

De modo geral, é possível identificar duas situações, previstas em norma, onde a


aplicação da rótula é justificada.

Redistribuição de esforços

A primeira delas está relacionada com a redistribuição de esforços utilizada em nós


semirrígidos, tendo sido abordada em maior detalhe no artigo precedente Quando
aplicar um nó semirrígido?. Brevemente, o item 14.6.4.4 da NBR6118:2014 permite
que o projetista utilize um valor de redistribuição arbitrário para nós semirrígidos, caso
seja verificada a capacidade de rotação plástica do nó. Além disso, caso o quociente x/d
(posição da linha neutra/altura de cálculo) atendam certos limites, pode ser dispensada a
verificação da capacidade de rotação plástica, de modo que o usuário poderá arbitrar um
valor qualquer de redistribuição.

Neste caso, o projetista poderá optar por utilizar uma redistribuição com um valor
elevado, ou então uma rótula na vinculação. É importante destacar que, mesmo rotulada,
a viga pode ainda apresentar uma armadura mínima nos apoios para evitar a fissuração,
de modo que, construtivamente, haverá a transferência de um pequeno momento fletor
para o pilar. Analiticamente, este momento não será considerado no dimensionamento
do pilar, uma vez que a vinculação será rotulada. Assim, aplicar uma redistribuição
considerando o momento repassado por essa armadura pode ser uma medida
interessante, alternativa à aplicação de rótulas.

Torção de compatibilidade

Vigas apoiadas em outras vigas caracterizam uma situação trivial de projeto, uma vez
que reduzem a necessidade de pilares no encontro desses elementos. No exemplo
abaixo, a viga V3 se apoia sobre as vigas V1 e V2.

Estando a viga V3 engastada em suas vigas de apoio, é criado um momento fletor


negativo nas extremidades da viga. Este será então repassado às vigas de apoio como
um esforço de torção. Este comportamento pode ser visualizado com facilidade no
pórtico unifilar, onde podemos ver uma equivalência dos momentos fletores na viga V3
e dos momentos torsores nas vigas V1 e V2:
Todavia, este esforço não é necessário à estabilidade da viga, de modo que, a critério do
projetista, pode ser desconsiderado na análise. O item 17.5.1.2 da norma NBR
6118:2014 diz que: “Quando a torção não for necessária ao equilíbrio, caso da torção de
compatibilidade, é possível desprezá-la, desde que o elemento tenha a adequada
capacidade de adaptação plástica e que todos os outros esforços sejam calculados sem
considerar os efeitos por ela provocados”. Assim, é possível rotular as extremidades da
viga V3, de modo a reduzir as solicitações em suas vigas de apoio.

Relação entre CG da armadura e altura


das vigas segundo a NBR 6118 (2014)
A NBR 6118 de 2014 define prescrições a serem obedecidas durante as etapas de
dimensionamento e detalhamentos de vigas, com o intuito de considerar diversos fatores
que possuem influência direta nestas etapas de projeto e execução.

Para auxiliar o projetista na elaboração de seus projetos, criamos uma série de artigos
listados abaixo:

 Prescrições de cálculo e detalhamento de vigas segundo a NBR 6118 (2014)


 Deslocamentos limites e controle de fissuras em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras longitudinais:
o Taxa de armadura máxima e mínima em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Espaçamentos entre barras longitudinais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Armadura de pele e longitudinal de torção de vigas segundo a NBR 6118
(2014)
o Relação entre CG da armadura e altura das vigas segundo a NBR 6118
(2014)(este artigo)
 Armaduras transversais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)

Relação máxima entre o centro de gravidade da armadura e o altura da


viga

Em acordo com o item 17.2.4.1 da NBR 6118:2014, a distância entre o centro de


gravidade da armadura ao centro da armadura mais afastada deve ser inferior a 10% da
altura da viga.

O Eberick permite configurar esse valor entre 5 e 20%, no menu "Configurações>


Dimensionamento>Vigas", na opção "Relação máxima entre altura e CG da armadura":
Taxa de armadura máxima e mínima em
vigas segundo a NBR 6118 (2014)
A NBR 6118 de 2014 define prescrições a serem obedecidas durante as etapas de
dimensionamento e detalhamentos de vigas, com o intuito de considerar diversos fatores
que possuem influência direta nestas etapas de projeto e execução.

Para auxiliar o projetista na elaboração de seus projetos, criamos uma série de artigos
listados abaixo:

 Prescrições de cálculo e detalhamento de vigas segundo a NBR 6118 (2014)


 Deslocamentos limites e controle de fissuras em vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras longitudinais:
o Taxa de armadura máxima e mínima em vigas segundo a NBR 6118
(2014) (este artigo)
o Espaçamentos entre barras longitudinais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)
o Armadura de pele e longitudinal de torção de vigas segundo a NBR 6118
(2014)
o Relação entre CG da armadura e altura das vigas segundo a NBR 6118 (2014)
 Armaduras transversais de vigas segundo a NBR 6118 (2014)

Disposição das armaduras longitudinais

Armadura mínima é inserida para evitar rupturas frágeis e absorver pequenos esforços
não considerados no cálculo. Já a armadura máxima decorre da necessidade de
assegurar condições de ductilidade e respeitar o campo de validade dos ensaios que
deram origem às prescrições de funcionamento do concreto armado.

Armadura mínima de tração

Conforme descrito no item 17.3.5 da NBR 6118, a armadura mínima de tração deve ser
determinada considerando um momento fletor mínimo dado pela expressão a seguir:

Sendo:

 fctk,sup - resistência característica superior do concreto à tração;

 Wo - módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo à fibra


mais tracionada;
 Ic = momento de inércia da seção bruta;
 yt = distância da linha neutra até a fibra mais tracionada da seção.

A taxa de armadura, ou seja, área de aço dividida pela área de concreto, nunca sendo
inferior a 0,15%.

A imagem abaixo refere-se a tabela 17.3 da norma, a qual apresenta taxas mínimas de
armadura de flexão para vigas que, se respeitadas, considera-se atendido o
dimensionamento por Md,min.

Armadura máxima

A soma das armaduras de tração e de compressão (As + As’) não pode ter valor maior
que 4 % da área da seção transversal bruta de concreto Ac, calculada na região fora da
zona de emendas.

O valor da taxa de armadura máxima pode ser configurado no Eberick acessando o


menu "Configurações>Dimensionamento>Vigas":
Apesar de o valor normativo indicar um máximo de 4%, é importante prever eventuais
regiões de traspasse. Nestas regiões, haverá um acréscimo na área de aço da seção
transversal por conta do traspasse, sendo possível que a área de aço ultrapasse os 4%
previstos em norma. Neste caso, pode ser interessante utilizar um valor menor, como
2% por exemplo. Fazendo isto, garante-se que, em nenhum ponto da viga, a taxa de aço
ultrapassará os 4%.

Torção de compatibilidade e de equilíbrio


Ao analisar a vinculação de vigas, a NBR6118:2014 diferencia os tipos de torção que
agem sobre vigas - torção de equilíbrio e torção de compatibilidade. No seu item,
17.5.1.2, "Quando a torção não for necessária ao equilíbrio, caso da torção de
compatibilidade, é possível desprezá-la, desde que o elemento estrutural tenha a
adequada capacidade de adaptação e que todos os outros esforços sejam calculados sem
considerar os efeitos por ela provocados".

Ver vídeo: Torção de equilíbrio...

Esta colocação visa diferenciar a torção de equilíbrio da torção de compatibilidade:


enquanto a primeira é essencial ao equilíbrio da estrutura, a segunda é oriunda apenas
da compatibilidade entre as deformações dos elementos e, portanto, pode ser
redistribuída pela estrutura sem prejuízo ao equilíbrio estático. Para determinar se a
torção aplicada por uma viga é de compatibilidade, ou se é necessária ao equilíbrio,
deve-se analisar a concepção estrutural adotada. O exemplo mostrado abaixo apresenta
as duas situações para as vigas V1 e V2:

Viga V1 - torção de equilíbrio


A viga V1 é uma viga em balanço. Logo, para que ela fique em equilíbrio, é necessário
que seja engastada na sua viga de apoio, sendo o modelo estrutural da mesma o definido
abaixo:

Através da figura acima se pode observar que o momento fletor máximo negativo
atuante no engaste da viga V1. Ainda, se analisarmos o diagrama de momentos torsores
da viga que a apoia, veremos que há uma torção de mesmo valor atuando sobre a viga

Caso a viga V1 fosse considerada rotulada na sua extremidade, a mesma não seria
estável (viga hipostática), como visto abaixo:

Viga V2 - Torção de compatibilidade

Bem como para a viga V1, a viga V2 também apresentará momentos fletores em suas
extremidades, uma vez que se encontra engastada às suas vigas de apoio. Da mesma
maneira, estes esforços serão repassados para as vigas de apoio como torção.
Caso a viga V2 seja considerada no modelo com as ligações em seus apoios definidas
como rotuladas, o esquema estrutural da mesma seria o definido abaixo:

Como visto no esquema estrutural acima, ao contrário do que ocorre para a viga V1,
para a viga V2, o engaste na ligação com seus apoios não é fundamental para o
equilíbrio da viga (torção de compatibilidade). Logo, de acordo com o exposto no item
17.5.1.2, as extremidades da viga V2 poderiam ser rotuladas. Dessa forma os momentos
fletores negativos nos apoios da viga seriam redistribuídos para o seu momento
positivo. Como neste caso os momentos fletores negativos tornam-se nulos, as vigas de
apoio não absorvem momentos torsores.

Viga de apoio e viga apoiada


O Eberick baseia a modelagem da estrutura em um pórtico espacial composto por
barras, que representam os pilares e vigas e que são conectados através de nós. Dessa
maneira, permite-se definir como serão consideradas as ligações entre os nós das barras
para a modelagem da estrutura, através das vinculações entre os elementos, permitindo
ao usuário controlar de forma mais precisa o comportamento do modelo estrutural.

Tendo em vista a distribuição de esforços ao longo de toda a estrutura, e de acordo com


o lançamento adequado das peças estruturais (vãos, secções etc), o programa calcula e
define a rigidez dos elementos e a peça estrutural que possui a menor deformação,
definindo então qual viga irá se apoiar em outra viga. Para exemplificar a situação
proposta neste artigo, utilizaremos o modelo composto por lajes e vigas ligando-se a
pilares de seção retangular, como mostra a imagem abaixo:

Uma vez processada a estrutura, acessando a janela e dimensionamento das vigas (botão
), é possível analisar os diagramas de esforços para elas calculados. Nesta janela, é
possível visualizar os diagramas de cortantes e fletores que permitirão avaliar qual viga
é apoiada e qual viga serve de apoio. Para o exemplo proposto, avaliaremos essa
condição para as vigas que no modelo se cruzam, as vigas V1 e a V2.

Diagrama de esforços cortantes

No diagrama de esforços cortantes, é importante analisar como os valores se comportam


ao longo dos nós da viga. Em linhas gerais, caso o esforço cortante apresente uma
descontinuidade positiva (seu valor aumenta), há uma força agindo de baixo para cima,
o que caracteriza um apoio. Já se o cortante apresentar uma descontinuidade negativa
(seu valor diminui), há uma força agindo de cima para baixo, o que caracteriza um
carregamento, ou então, um elemento apoiado.

Analisando os diagramas das duas vigas, podemos ver o comportamento citado. Perceba
que a viga V1 apresenta uma descontinuidade positiva no ponto de cruzamento com a
viga V2. Já a viga V2, apresenta uma descontinuidade negativa. Isto nos fornece um
forte indício de que a viga V1 está apoiada sobre a viga V2.
Diagrama de momentos fletores

No diagrama de momentos fletores, é importante estar atento a picos de momentos. De


modo geral, picos negativos de momento fornecem uma boa ideia de qual das vigas se
encontra apoiada. Caso analisemos os diagramadas das vigas, podemos perceber que a
viga V1 apresenta um pico no cruzamento com a viga V2, enquanto que este pico não
está presente no diagrama da viga V1. Isto nos garante, portanto, que a viga V1 se
encontra apoiada sobre a biga V2

Pórtico unifilar

Por fim, podemos ainda utilizar o pórtico unifilar de deslocamentos para analisar o
comportamento das duas vigas. Analisando os deslocamentos das duas vigas,
percebemos que a viga V1 apresenta uma rigidez reduzida em relação à V2, de modo
que se desloca mais que ela. Perceba ainda que, no ponto de cruzamento das vigas, a
viga V2 restringe o deslocamento da viga V1, o que também indica um apoio por parte
da V2.
Vigas com variação de seção no vão
A existência de desníveis na edificação ou mesmo limitações geométricas muitas vezes
exigem soluções alternativas como a alteração da seção em pequenos trechos da viga.
Para isso, além de permitir a variação da seção da altura de uma viga entre dois apoios,
o Eberick conta com o módulo “Viga com variação de seção no vão”, o qual acrescenta
a possibilidade de calcular vigas com alturas diferentes no mesmo vão.

Variação da seção de uma viga que passa por um apoio

A plataforma básica do Eberick permite o lançamento de vigas contínuas com variação


de seção quando essa viga passa por um apoio. Como é possível visualizar na imagem
abaixo, ao passar por um pilar, a viga V1 varia sua seção de 15x50 cm para 20x30 cm:
É importante destacar que nem sempre um pilar comporta-se como apoio para a viga.
Caso a reação no apoio seja negativa, a viga está sustentando o pilar, pois este atua
como um tirante ou é um pilar que nasce sobre a viga.

Para alterar a seção da viga acima, basta clicar duas vezes sobre o trecho que se deseja
alterar a seção, desabilitar a opção “Seção constante na viga” e alterar suas dimensões e
o tipo da seção.
Variação da seção de uma viga no meio de um vão

O módulo “Vigas com variação de seção no vão” permite ao usuário variar a altura ao
longo do vão de uma viga, possibilitando atender a necessidades específicas de projeto.
Porém, para alterar a altura da seção de uma viga no meio do vão, é necessário criar um
nó no ponto a partir do qual a altura irá variar. Assim, é necessário acessar o comando
“Elementos>Adicionar nó” e selecionar um ponto do eixo da viga:

A partir deste ponto, basta alterar a seção do trecho como informado anteriormente. É
válido lembrar que em um mesmo vão, apenas a altura pode ser alterada, sendo que a
largura da viga deve ser constante em um mesmo vão.
A imagem abaixo apresenta alguns exemplos de como é possível alterar a altura das
vigas com o módulo de variação da seção no vão:

O detalhamento da viga do 3° Nível pode ser visualizada na imagem abaixo:


O detalhamento da viga do 2° Nível pode ser visualizada na imagem abaixo:

O detalhamento da viga do 1° Nível pode ser visualizada na imagem abaixo:


Vigas inclinadas com apoios
intermediários
A depender da arquitetura de um projeto, pode ser necessário inserir vigas inclinadas.
Estas vigas são interessantes sobretudo para conferir rigidez a outros elementos
inclinados, como rampas e escadas, por exemplo. Nesta série de artigos, mostrarei como
inserir estas vigas e como o programa as considera em seu modelo estrutural.

 Como lançar vigas inclinadas?


 Vigas inclinadas com apoios intermediários (este artigo)

Vigas inclinadas com apoios intermediários

Em alguns casos de lançamento, é necessário prever apoios intermediários para as vigas


inclinadas, sobretudo quando estas possuem vãos muito significativos. No Eberick, há
duas maneiras de fazer isso, a depender do tipo de apoio previsto para a viga. No final
deste artigo, disponibilizo também um arquivo de projeto com os dois lançamentos para
exemplificar os assuntos aqui expostos.

Viga apoiada por outras vigas

No caso de apoios lineares, como outras vigas, ou mesmo paredes de contenção, é


necessário dividir o lançamento da viga inclinada em dois. Neste caso, siga o
procedimento:

 Lance um nível intermediário na altura do apoio da viga.


 Lance a viga de apoio neste nível
 Acesse o pavimento superior e lance uma viga inclinada até o nível
intermediário.
 Acesse o nível intermediário e lance uma viga inclinada até o pavimento inferior

Com este lançamento, a distribuição dos esforços será analisada de maneira adequada.
Cabe destacar, todavia, que uma vez que a viga foi lançada como dois elementos
distintos, seus detalhamentos também serão gerados separadamente.

Viga apoiada por pilares

No caso de vigas inclinadas com apoio em pilares intermediários, como mostrado na


figura abaixo, o apoio é identificado automaticamente pelo Eberick, provido que os
pilares se cruzem com a viga inclinada

Para realizar este lançamento, você deve seguir o procedimento abaixo:

 Lance um nível intermediário na altura da intersecção do pilar com a viga


 Lance o pilar passando por este nível intermediário (ele pode morrer neste nível,
ou continuar para os níveis superiores).
 Lance a viga inclinada partindo do pavimento superior ao inferior. Não há
necessidade de dividi-la no nível intermediário.

O programa irá identificar os apoios da viga automaticamente. Caso você possua muitos
apoios intermediários, você também pode lançar mão de elevações para exprimir o
desnível. Neste caso, lance o pilar até o nível superior e atribua uma elevação negativa.
Se o pilar for lançado no pavimento inferior, com elevações positivas, o programa não
consegu'irá identificar o cruzamento.

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