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ANHANGUERA EDUCACIONAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA- LEME


CURSO DE PSICOLOGIA

Dinah Pereira da Silva RA 178488111272


Tais Pereira Xavier RA 178488311272

RELATÓRIO PARCIAL DE ESTÁGIO BÁSICO III-


EDUCACIONAL

ESCOLA ESTADUAL NEWTON PRADO

LEME
2018
Dinah Pereira da Silva
Tais Pereira Xavier

RELATÓRIO PARCIAL DE ESTÁGIO BÁSICO III-


EDUCACIONAL

ESCOLA ESTADUAL NEWTON PRADO

Trabalho apresentado ao Curso de


Psicologia do Centro Universitário
Anhanguera - Leme, como parte
integrante da avaliação na disciplina
de Estágio Básico III - Educacional,
apresentando a professora
orientadora: Maria Laura França.

LEME
2018

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................7
3 OBJETIVO..................................................................................................11
3.1 Objetivo Geral.............................................................................................11
3.2 Objetivo Específico.....................................................................................11
4 MÉTODO....................................................................................................12
4.1 Local...........................................................................................................12
4.2 Participantes...............................................................................................12
4.3 Material.......................................................................................................12
4.4 Procedimentos............................................................................................12
5 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO.....................................................14
5.1 Histórico......................................................................................................14
5.2 Aspectos Estruturais...................................................................................16
5.3 Dinâmica Institucional.................................................................................17
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................19

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1- INTRODUÇÃO
As áreas da psicologia escolar e psicologia educacional são bem abrangentes
e embora os termos possam ser semelhantes em sua etimologia, são diferentes em
suas práticas, o que torna necessário, em um primeiro momento entender
exatamente o papel de cada uma dessas áreas.
Atualmente a psicologia educacional é considerada uma sub-área da
psicologia. Está mais ligada a ciência, conhecimento e produção de saberes
relativos ao fenômeno psicológico no processo educativo. Já a psicologia escolar é a
ação, a prática propriamente dita nesse campo de trabalho. O profissional irá intervir
na escola e suas relações, tendo como foco o fenômeno psicológico,
fundamentando suas ações nos conhecimentos advindos da psicologia educacional
(BARBOSA, 2012)
Portanto deve-se destacar que ambos os temos são intrinsecamente
relacionados, mas não idênticos, cada um possui suas especificidades. Mas nem
sempre esses termos foram empregados com essa finalidade, ao longo da história e
do desenvolvimento desses campos muitas contradições foram surgindo.
Essa diferenciação surgiu principalmente sob influências estadunidenses,
onde apareceu pela primeira vez o termo “psicologia Educacional” em um livro no
ano de 1903, o qual é um marco na história crucial para o desenvolvimento desse
campo, pois a partir dele inúmeros periódicos e autores dessa área foram surgindo
para discutir inclusive a diferenciação entre os conceitos (BARBOSA, 2012).
No Brasil não foi diferente, porém sua particularidade está no fato de que a
psicologia escolar se consolidou junto a psicologia propriamente dita, e não após ela
como em vários países, servindo de pilar para que a profissão fosse reconhecida.
Desde o período colonial há indícios de conhecimentos psicológicos sendo
aplicados na educação dos jesuítas por exemplo, ou seja, antes das influências
estadunidenses e europeias pode-se verificar o uso de conhecimentos e saberes
psicológicos em interação com os processos educativos, nos temas como família,
desenvolvimento e aprendizagens infantis. Ainda no período colonial com a prática
da educação dos indígenas e da população recém-chegada no Brasil, tinha-se como
objetivo, além da aprendizagem, moldar e domar as crianças sobre perspectivas
adultas, utilizando de castigos e prêmios para controle de comportamentos
(BARBOSA, 2012)

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Entretanto só pode-se falar de psicologia educacional como uma área
propriamente dita entre os séculos XIX e XX, com o reconhecimento da profissão em
1962, e aos poucos foram sendo definidas as especificidades desse campo
(BARBOSA, 2012). Antes de seu reconhecimento, a psicologia ainda em seu
desenvolvimento “tomava de empréstimo” as produções que eram realizadas em
outros campos de saber como biologia e medicina.
Inicialmente um de seus objetivos era de diagnosticar as crianças quanto a
sua “normalidade ou anormalidade” dentro das escolas, modelo de atuação que
contribuiu para a segregação de crianças em salas especiais e classificação de
aptos e não aptos para o desenvolvimento nos espaços educativos. Estava aí a raiz
da política de exclusão da escola, sobretudo a que se destinava à população mais
pobre e oriunda da classe trabalhadora - considerado uma prática de higiene mental
escolar. (GUZZO, 2010).
O foco de intervenção era o aluno, considerado a criança problema na escola,
aquela que não aprende, o “anormal” que a psicologia devia trabalhar com formas
de ajustamento. Mais tarde os testes psicológicos sobre inteligência, maturidade e
prontidão vieram à tona tentando explicar essas diferenças individuais dos sujeitos.
O processo evolui ainda mais quando o objeto de interesse da psicologia na
educação passa a ser a criança no contexto educacional, compreendendo assim,
suas características, seu processo de desenvolvimento, tendo como foco também o
estudo das influências familiares e contextuais (muda o olhar médico para um olhar
mais totalizante do sujeito).
Por influência dos E.U.A surge a teoria da carência cultural, a qual visava
explicar as diferenças individuais entre as minorias pobres, negras e latinas no país,
partindo do princípio de que a inteligência é algo que se pode aumentar pela
estimulação ambiental, assim defende-se a ideia dos programas de educação
compensatória, para crianças que teriam um ambiente muito pobre de estimulação
(BARBOSA, 2012).
Nos anos 1980 a psicologia escolar passa a ter uma visão mais totalizante
sobre os sujeitos e contextos educacionais, onde o “não aprender” está relacionado
a toda uma produção do fracasso escolar, cujas origens vem desde políticas
públicas educacionais a formação docente, o material didático, organização do
espaço escolar, entre outros. Nessa linha de pensamento, a função do psicólogo

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escolar é buscar as raízes do processo de escolarização, incluindo em seu trabalho
uma atuação junto ao aprendiz, docentes, família, escola e comunidade, ampliando
o modo de olhar para as “dificuldades de aprendizagem do aluno” (BARBOSA,
2012). Com isso, as intervenções do psicólogo escolar também passaram a envolver
orientação profissional, orientação educacional, orientação a queixas escolares e
formação docente.
Atualmente o perfil da educação brasileira vem sofrendo inúmeras
transformações, porém as expectativas de intervenções do psicólogo na educação
não condizem com o que a sociedade espera: algo voltado para ajustar os
estudantes ao sistema, sugestionando que esse profissional reproduza relações
instituídas e atue como legitimador da desumanização do homem, mantendo a
exclusão (GUZZO, 2010).

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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Educação. Quanto peso e significado traz essa pequena palavra. Educação


tem um amplo leque de significados, e diante desse estágio, acrescentamos mais
um: esperança. Simples, pode até ser, mas após fazer o levantamento teórico,
participar dos debates, eis que esperança é o significado que se tira, não dos livros
ou artigos, mas ali do dia a dia. Na escola estão os jovens que são o futuro de toda
humanidade e uma boa parte de seus primeiros anos de vida, eles passaram dentro
de uma sala de aula.
Agora, estão ali para que? Como está a educação, principalmente no ensino
público? De fato, ensino público e privado, no papel, não possuem tantas diferenças.
Ambos são dotados de um plano de ensino estruturado e professores capacitados
para ensinar.
Porém, percebe-se que há um dualismo perverso entre o ensino público e o
privado, o qual traz o primeiro como sendo uma escola do acolhimento social para
os pobres e o segundo como uma escola do conhecimento para os ricos,
reproduzindo e mantendo desigualdades sociais (LIBÂNEO, 2012).
O marco da educação no Brasil se deu com a chegada dos padres jesuítas,
os quais foram responsáveis pelo desenvolvimento de um sistema educacional. Os
Portugueses tinham um interesse apenas exploratório das riquezas do País, não se
importavam em ampliar e melhorar a estruturação educacional para alcançar a
população subalterna; o sistema educacional abrangia apenas a elite, o que
comprova que desde seu início o sistema educacional foi estruturado de forma
excludente e seletiva (PIANA, 2014).
Após a Segunda Guerra, em 1945, o Brasil passa por uma redemocratização
com a promulgação da Constituição de 1946 e o Estado populista
desenvolvimentista. Movimentos em prol da escola pública, universal e gratuita
repercutiram no Congresso Nacional e resultou, em 1961, com a promulgação da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a qual passou a ser compreendida
como a medida mais importante assumida pelo Estado em relação à política
educacional. Em 1964, o Estado amplia o ensino obrigatório de quatro para oito
anos (PIANA, 2014).

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Todas as reformas educacionais no Brasil ocorreram devido às crises
nacionais e internacionais do sistema capitalista. O sistema de educação sempre
esteve a serviço de um modelo econômico de natureza concentradora de rendas e
socialmente excludente (PIANA, 2014).
A Declaração dos Direitos Humanos, (ONU, 1948) em seu artigo 26,
parágrafo 1, traz que:
“Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo
menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será
obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem
como a instrução superior, esta baseada no mérito (ONU, 1948, p. 14).”

Educação é um direito de todos e dever do Estado. Não se trata de obrigar


que todos cursem faculdade e sigam alguma profissão que gere muito dinheiro e
prestígio, como a tão cobiçada medicina. A questão é dar a pessoa o direito de
escolha: se ela quer estudar, ela pode, não importa sua condição financeira. Porém,
a qualidade de ensino atualmente deixa a desejar. Há diversas crianças fora da
escola, jovens que desistem dos estudos e, como observado em campo, muitos
adolescentes chegam ao terceiro ano do ensino médio com graves dificuldades em
resolver exercícios simples que envolvem cálculo ou interpretação de texto.
A escola é um espaço de conhecimento e contato com a diversidade, pois a
sala de aula e os corredores estão repletos de pessoas com suas histórias de vida,
culturas, religião, enfim, é um lugar com muitas possibilidades de aprendizagem que
vão além da matéria estudada. Entender as demandas nas escolas é muito difícil,
aparentemente até impossível, pois tudo parece estar tão interligado que não há
como encontrar um ponto de partida. As estratégias de intervenção do psicólogo
para solucionar problemas concretos que se expressam na escola ou comunidade
envolvem os demais profissionais da instituição, principalmente nos projetos de
natureza preventiva em relação, por exemplo, a violência, uso de drogas, gravidez
precoce, preconceito, entre outros (MARTINEZ, 2009).
Enxergar a escola não apenas como um lugar onde uns ensinam e outros
aprendem, mas como um espaço social no qual as pessoas convivem e atuam,
implica reconhecer a importância da sua dimensão psicossocial (MARTINEZ, 2009).
O psicólogo escolar pode atuar de múltiplas formas visando que a proposta
pedagógica se constitua efetivamente como um instrumento útil para a organização
coerente do trabalho educativo. Seu trabalho pode ser na integração e coesão da

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equipe escolar; coordenação do trabalho em grupo; na mudança de representações,
de crenças e mitos; na definição coletiva de funções e ainda no processo de
negociação e resolução de conflitos. Em articulação com outros profissionais da
escola, o psicólogo pode realizar pesquisas com alunos, professores, pais e
membros da comunidade sobre questões que contribuam com informações
relevantes para a otimização do processo educativo entendido no seu sentido mais
amplo, assim como para aprimorar o funcionamento organizacional e promover o
bem-estar emocional e o desenvolvimento daqueles que participam do espaço social
da escola (MARTINEZ, 2009).
O trabalho do psicólogo por muito tempo teve uma visão mais adaptacionista,
tido como aquele que iria solucionar os problemas escolares, especialmente os de
comportamento e aprendizagem (GUZZO, 2010). O fracasso escolar era atribuído ao
aluno.
A escola é um meio que tem grande importância no desenvolvimento de
crianças e jovens, pois é o local onde se busca a integração social, troca de
experiências, aprendizado e preparação para o futuro. Ela deve proporcionar que o
indivíduo consiga realização individual através do desenvolvimento das próprias
capacidades e potencialidades, mobilizando o indivíduo para o trabalho e as
necessidades da sociedade, bem como o incentivando para uma participação ativa
como cidadão em sua comunidade (GEQUELIN; CARVALHO, 2007). Infelizmente
evidências têm mostrado que nem sempre a dinâmica escolar funciona assim. A
escola, principalmente entre as classes menos favorecidas, tem fracassado na sua
função de ensinar, socializar e igualizar, e isso afeta a sociedade como um todo
(GEQUELIN; CARVALHO, 2007).
Após as aulas observadas em campo, poderíamos dizer que a culpa de tudo
isso é do professor, que não faz nada, só falta e o substituto ganha para ficar
sentado mexendo no celular. Ou que a culpa é do aluno, que não quer nada com
nada, só faz bagunça, não quer estudar. E ainda poderíamos dizer que a culpa é
dos pais que não educaram seus filhos direito. Talvez culpássemos a direção que
não cobra dos professores que as aulas sejam dadas. Que prepotência seria dizer
algo assim. O campo escolar abrange muitos fatores, envolve questões políticas,
sociais e culturais. Acreditamos sermos ainda incapazes de entender como todo
esse processo se forma e porque ele assim se mantém. Vale ressaltar a importância

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de buscar um entendimento mais amplo sobre isso, não na intenção de encontrar o
culpado, mas de compreender melhor o campo e, com ele, discutir possíveis
soluções.
É a partir desse olhar que o trabalho do psicólogo pode ter êxito,
compreendendo todos os lados da história. A realidade é cruel. Ao chegar no campo
de estágio nos deparamos com situações inesperadas, mas o problema vai muito
além dos muros da instituição. O campo faz o que é possível neste momento. Falta
professores, a estrutura precisa de reformas, o ambiente é sem vida, muitas coisas
dependem do Estado.
E os alunos? Até mesmo aquele que vibra quando o professor falta, que age
de maneira grosseira e não quer saber de estudar. O que mais esses
comportamentos vêm nos mostrar? Qual o real motivo dessas ações?
Vida difícil, bairro com altos índices de violência e tráfico. Ambiente familiar
turbulento. Eles lidam e aguentam situações que para outras pessoas seria
insuportável, mesmo que por apenas um dia.
Para concluir destaca-se a importância de um olhar para a formação de todos
os profissionais, que independente da área de atuação devem buscar uma
atualização constante, pois nada é fixo e concreto. O ser humano está em constante
evolução; é necessário sempre se reinventar e estar aberto às múltiplas
possibilidades para lidar com as diferentes demandas que surgem.

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3- OBJETIVO

3.1 Objetivo Geral

Proporcionar ao aluno a oportunidade de conhecer o papel do psicólogo na


área educacional na escola estadual Newton Prado Leme.

3.2 Objetivos Específicos

● Contextualizar a instituição;

● Observar e analisar a dinâmica das interações existentes;

● Evidenciar / levantar as principais necessidades da Instituição;

● Propor um Projeto de Intervenção;

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4 - MÉTODO

4.1 Local

Escola Estadual Newton Prado, situada a Rua José Manoel de Arruda Oliveira
no 95, Bairro Bela Vista, Município de Leme, São Paulo.

4.2 Participantes

Alunos, pais e funcionários da instituição.

4.3 Material

Ultilizamos para esse estágio: caneta, caderno para anotações, diário de


campo, cronograma para contagem das horas, textos e artigos sobre o assunto,
resenhas dos textos lidos e avaliação do supervisor e orientador.

4.4 Procedimento
Ao decidirmos realizar o estágio na escola estadual Newton Prado de Leme,
fomos até a instituição para um primeiro contato, lá podemos conversar com diretora
do local que prontamente nos recebeu e nos concedeu a oportunidade de estágio.
Após explicarmos os objetivos do estágio e entendermos um pouco sobre a
dinâmica da escola, acertamos os dias e horários disponíveis.
Um dia antes da data marcada passamos na instituição para confirmar nossa
presença no próximo dia e enfim iniciamos nosso estágio no dia 15 de Março de
2018.
Ficou combinado que iriamos todas as quintas feiras no período noturno, das
19 horas até às 23 horas, pois não teríamos aulas na faculdade nesse dia e visto
que por conta do nosso trabalho pessoal não poderíamos ir durante o dia na
instituição.
E nessa primeira noite acompanhamos uma sala de terceiro ano do ensino
médio que nos recebeu muito bem. Acertamos também que a diretora seria nossa

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supervisora e que estaríamos livres para escolher em qual sala ficaríamos a cada
quinta feira, desde que o professor permitisse nossa presença.

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5 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

5.1 – Histórico
O próprio histórico da Escola Estadual Newton Prado se confunde com a
história e desenvolvimento da cidade de Leme, enquanto primeira e única por muitos
anos, escola de Ensino Médio. No período de sua criação, há sessenta anos, a
economia da cidade era basicamente agrícola e poucos tinham condições de
mandar seus filhos continuarem o Ensino Ginasial em cidades vizinhas, até pela
necessidade em se manter a mão-de-obra em família. Porém, no Estado era época
de investimentos de grandes vultos políticos e, assim através do projeto de lei n° 835
da Assembleia Legislativa, em 10 de Novembro de 1949, foram instalados 37
Ginásios nas cidades do interior, dos quais, ressaltamos nossa cidade: Leme (região
sudeste do Estado).
Em atendimento a esse projeto, políticos municipais doaram um extenso
terreno de 16.823m, nos quais iniciou-se a construção do que seria à principio um
Centro de Educação Lemense.
Inicialmente, suas atividades estudantis e administrativas foram
desencadeadas na então Escola Coronel Augusto César (1 escola da cidade de
ensino primário e hoje escola municipal).
Construído baseado numa arquitetura surrealista, e após algumas
modificações em 1955, foi inaugurado o Ginásio Newton Prado, homenageando
como patrono o tenente Newton Sizenando Prado, morto na Revolução de 1.922, e
considerado herói nacional além de fiel representante filho da terra lemense e cujo
exemplo, estava de acordo com a proposta do novo e ousado empreendimento na
cidade.
A partir de então, ano após ano foram criados novos cursos na escola
atendendo as necessidades e os ideais do Estado, por meio da educação.
Ao longo dos anos estudaram e trabalharam na escola personalidades
atuantes na política, no comércio, na sociedade, na economia, enfim pessoas que
decidiam sobre o futuro da cidade. Sendo assim, embora outras escolas de Ensino
Médio surgissem, a E Newton Prado, se firmou como tradicional no município e
vizinhança, não apenas por seu caráter educativo, mas pela influência. política que
exerceu, quando muitas situações ocorrem em pleno pátio da escola, como quando

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a guarda estadual enveredou-se armada e com seus cavalos em perseguição pela
escola a alguns lemenses acusados de enfrentamento à ditadura vigente no país ou
quando o diretor Sr. Paulo Bonfanti foi afastado de suas funções por, na época
(1966), organizar um mutirão de limpeza com os alunos, o que era imoral e
constrangedor, de acordo com as normas e os padrões ditados na época, o que hoje
chamaríamos de gestão participativa.
Atualmente, a E.E. NEWTON PRADO permanece localizada na Rua José
Manoel de Arruda Oliveira, n° 95, Bairro Bela Vista, atendendo os seus alunos nas
modalidades de Ensino médio e fundamental, agora, em conformidade com as
necessidades dos educandos e da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 como escola
de tempo integral.
Sob a jurisdição da Diretoria de Ensino de Pirassununga, com base na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação nacional e no ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente), respeitadas as normas regimentais estabelecidas, é administrada
conforme Regimento Próprio, elaborado pela Comunidade e Equipe Escolar,
assegurados e preservados o atendimento as suas características e especificidades.
Localizada numa área próxima ao centro da cidade em 300m, seu entorno
basicamente é constituído de estabelecimentos comerciais. A escola recebe alunos
oriundos de diferentes localidades do município, inclusive da zona rural. Devido á
sua área de abrangência, existe consequentemente uma diversidade de
caracterização do nível socioeconômico dos alunos, filhos de comerciantes
autônomos, trabalhadores rurais, funcionários de empresas e do comércio local, ou
seja, de trabalhadores de serviços essenciais à população que buscam na escola a
oportunidade para o desenvolvimento de competências e habilidades gerais das
quais se destaca a capacidade de aprender para que o futuro profissional possa
atender as mudanças do mercado de trabalho.
São alunos em sua maioria pertencentes a uma classe social, atualmente,
sem perspectivas de ascensão em geral, apesar da demanda se caracterizar em sua
maioria por indivíduos curiosos e predispostos ás mudanças, apresentando sua
autoestima baixa, com muita revolução hormonal e vivendo em uma sociedade cada
vez mais complexa e imprevisível.

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5. 2 - Aspectos Estruturais

RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS:

Recursos Físicos:
O prédio de funcionamento da escola construído em 1954, já passou pôr
varias reformas.
A E.E. Newton Prado, construída em arquitetura surrealista na década de 50,
apresenta 16.823 m2 de área total e no projeto original apresenta um enorme
corredor, análogo a um tronco com ramificações laterais que são os pavilhões onde
se encontram as salas de aula e salas do corpo administrativo da unidade.
Este enorme corredor, estrutura dorsal do prédio desce em declive acentuado
até desembocar na quadra principal da escola, coberta recentemente pelo Governo
Estadual, ladeada pela segunda quadra que a unidade possui, ainda sem cobertura.
Num lado oposto às quadras encontram-se a cantina, sala de vídeo,
almoxarifado, cozinha e refeitório. Metros abaixo se iniciam os dois primeiros
pavilhões dos oito totais que a unidade apresenta, sendo que os dois últimos não
faziam parte do projeto inicial da escola, construídos posteriormente devido às
necessidades de abrigar o contingente discente do bairro onde a escola está
localizada.
Nestes dois primeiros pavilhões encontram-se a sala de leitura e sala de aula,
à direita, e, à esquerda, cinco salas de aula.
Nos dois pavilhões abaixo, encontram-se outras cinco salas de aula (à
direita), dois banheiros e laboratório de química e sala do acessa escola (à
esquerda). Os dois últimos pavilhões que Iadeiam o corredor central da unidade
apresenta salas reservadas aos professores, coordenadoras e inspetora (à direita),
secretarias, diretoria e banheiro de professores (à esquerda).
Contígua à quadra principal surgem os dois últimos pavilhões que integram o
complexo E.E. Newton Prado, formados estes que são por mais cinco salas de aula
no penúltimo pavilhão e mais duas salas no último, ladeadas por dois banheiros de
alunos (à direita) e por um salão nobre (à esquerda) que finaliza o referido pavilhão.

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Recursos Materiais:
Um orgulho da escola é a Biblioteca Estudantil Prof. Pauto Bonfanti.
Atualmente, o acervo da safa de leitura é de 19.885 livros, mas esta possui também
jornais locais (assinaturas pela A P.M. da escola), revistas (Veja) que constituem em
rico material de apoio para consulta e estudos dos alunos e da comunidade local.
O acesso dos alunos à Sala de Leitura está comprometido devido a
infiltrações.
A escola possui mobiliário em bom estado de conservação, materiais
pedagógicos diversificados tais como: aparelhos de TV, vídeo, antena parabólica,
microscópios, retroprojetor, episcópio, laboratórios portáteis de física, química e
biologia, rádios, máquina de xerox, data show.

Recursos humanos:
1.Núcleo do Apoio Administrativo: Diretora, Vice-Diretora.
2.Núcleo Técnico Pedagógico: Professores Coordenadores
3. Núcleo de Apoio Operacional: Secretário: Secretárias e agentes de
organização escolar

5. 3 - Dinâmica Institucional
Períodos do Funcionamento: A escola funciona em três períodos: manhã,
tarde e noite, na modalidade de Ensino Médio:
1° Período: das 07:00 às 12h2Omin.
2° Período: das 12h4Omin às 18:00 horas.
3° Período: das 19:00 às 23:00 horas.

Carga horária dos cursos e dos componentes curriculares


A escola se organiza de forma a oferecer, no Ensino Fundamental – Ciclo II
(5° a 8° série) e Médio, carga horária de 1.000 horas anuais, ministradas em, no
mínimo 200 dias de efetivo trabalho escolar no período diurno e 800 horas anuais no
período noturno.
Turno Diurno: Jornada de 6 horas diárias e 30 semanais, totalizando 1.200
horas anuais, distribuídas no mínimo em 200 dias de atividades escolares
(Resolução SE 4 Artigo 3, Inciso I).

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Turno Noturno: Jornada de 05 horas diárias e 25 semanais, totalizando 1000
horas semanais.
Consideram-se de efetivo trabalho escolar, os dias em que forem
desenvolvidas atividades regulares de aula ou de outras programações didático
pedagógicas, planejadas pela escola desde que contem com a presença de
professores e a frequência controlada dos alunos.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Deborah Rosária e SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Psicologia Educacional ou
Escolar? Eis a questão. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e
Educacional, SP. Volume 16, Número 1, Janeiro/Junho de 2012: 163-173.

GEQUELIN, Juliane; CARVALHO, Maria Cristina N. Escola e comportamento anti-social. Ciênc.


cogn. vol.11, Rio de Janeiro, 2007.

GUZZO, Raquel Souza Lobo & cols. Psicologia e Educação no Brasil: Uma Visão da História e
Possibilidades nessa Relação. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141

LIBÂNEO, José Carlos. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do


conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. Educação e
Pesquisa, v. 38, n. 1, p. 13-28. São Paulo- SP, 2012.

MARTINEZ, Albertina Mitjáns. Psicologia Escolar e Educacional: compromissos com a educação


brasileira. Psicologia Escolar e Educacional, vol.13 n°.1. Campinas –SP, 2009.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Declaração dos Direitos Humanos. Assembleia
Geral das Nações Unidas. Resolução 217 A (III) . Paris -FR, 1948.

PIANA, Maria Cristina. As políticas educacionais: dos princípios de organização à proposta da


democratização. I Seminário Internacional De Pesquisa Em Políticas Públicas E Desenvolvimento
Social. Franca-SP, 2014.

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