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Parte 01

HIGIENE
OCUPACIONAL
E AGENTES
FÍSICOS
Tema Tem

03
01
HIGIENE
OCUPACIONAL
Podemos definir Higiene Ocupacional
como a ciência da antecipação, do reconheci-
mento, da avaliação e do controle dos agentes
ambientais presentes na realização do trabalho,
que possam causar desconforto, doenças ou pre-
juízos à saúde do trabalhador.
Desta forma, a Higiene Ocupacional
tem a finalidade de proporcionar ao trabalha-
dor condições que o levem a desenvolver suas
atividades profissionais com o mínimo de expo-
sição possível aos Agentes Ambientais.

Segundo a NR 09, os agentes ambientais


podem ser:

DD Agentes físicos;
DD Agentes químicos;
DD Agentes biológicos.

O trabalhador, quando exposto a um


ambiente contaminado por agentes ambientais,
fica vulnerável a ocorrência de acidente ou a con-
trair doenças, que podem afastá-lo do trabalho.
Para reduzirmos o risco físico, químico ou bioló-
gicos, devemos reduzir a probabilidade da expo-
sição ocupacional a agentes ambientais, tratando
as causas da exposição. Assim, para tratarmos o
ambiente de trabalho, devemos adotar quatro
procedimentos: a antecipação, o reconhecimen-
to dos agentes ambientais presentes, a avaliação
dos mesmos para identificar o risco à saúde do
trabalhador e, por fim, o controle desses agen-
tes, eliminando a exposição ou deixando-os em
níveis aceitáveis.
1.1 Requisitos legais

A higiene ocupacional visa a melhorar as condições de trabalho e,


consequentemente, a saúde do trabalhador através de aplicações técnicas que
permitem eliminar ou minimizar (abaixo do limite de tolerância proposto) os
agentes ambientais aos quais os trabalhadores possam estar expostos, aten-
dendo assim aos requisitos legais vigentes: CLT (Consolidação das Leis Traba-
lhistas); NR (Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego);
Legislação Ambiental; e Previdenciária.
Muitas vezes os trabalhadores ficam expostos a situações difíceis,
quando ocorre um acidente causando dano ou lesão através da exposição a
agentes físicos, químicos e biológicos. Daí a importância da antecipação, do re-
conhecimento, da avaliação (qualificação e quantificação do agente de risco) e
do controle (medidas propostas para neutralizar ou minimizar os agentes am-
bientais), fundamentado em conhecimentos técnicos científicos e nos limites de
tolerância estabelecidos na legislação vigente.

Neste sentido, a proteção ao trabalhador pode ser feita através das


seguintes medidas:

DD Instalação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança


e Medicina do Trabalho – SESMT (NR 04);

DD Instalação da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Aciden-


tes (NR 05);

D D Elaboração e implantação do PPRA – Programa de Prevenção


dos Riscos Ambientais (NR 09);

DD Elaboração e implantação do PCMSO – Programa de Controle


Médico de Saúde Ocupacional;

DD Elaboração e implantação do PCMAT – Programa das Condições


e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;

10 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
DD Elaboração do LTCAT - Laudo técnico de condições ambientais

Higiene Ocupacional
do trabalho;

DD Cumprimento da Legislação Previdenciária, através da elaboração


do PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário, em conformidade
com Instrução Normativa do INSS.

Compreendendo os Requisitos Legais

Todas as Pessoas Jurídicas (detentoras de CNPJ) estão obrigadas a


cumprir as exigências das leis, decretos leis, portarias e medidas provisórias.
De acordo com o artigo 157 da CLT, em caso de descumprimento dos
requisitos legais (administrativos ou de segurança e saúde ocupacional), a em-
presa será notificada, podendo sofrer penalidades como embargo (aplicação na
construção civil) ou interdição das suas atividades.
Uma das obrigações da empresa é o fornecimento gratuito de EPI
(equipamento de proteção individual) para os trabalhadores, tendo como ob-
jetivo proteger a cabeça, olhos e face, aparelho auditivo, sistema respiratório,
tronco, membros superiores, membros inferiores, corpo inteiro e contra que-
das, de acordo com a NR 06 (Equipamento de Proteção Individual - EPI), e
respeitando-se a portaria nº 3.214/78 e os artigos 166 e 167 da CLT.
Devemos destacar que o EPI, para ser validado, deve possuir Certifica-
do de Aprovação (CA), emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assim
como o CRF (Certificado de Registro do Fabricante). Em caso de negligência,
com relação ao cumprimento das normas regulamentadoras do MTE (Ministé-
rio do Trabalho e Emprego) com relação às medidas de caráter administrativo,
medidas de proteção coletiva ou medidas de proteção individual, a previdência
(INSS) poderá exigir ação regressiva contra os responsáveis pelo dano, lesão ou
acidente do trabalho, caso seja comprovado o nexo causal (relação devidamente
comprovada entre o dano ou lesão, e a atividade desenvolvida pelo trabalhador).
Vale destacar que os recursos pagos pela previdência em caso de aci-
dente do trabalho não excluem as empresas, ou outros, da responsabilidade ci-
vil. Com relação ao trabalhador, suas obrigações estão determinadas no artigo
158 da CLT, podendo o mesmo ser alertado verbalmente ou por escrito, ser sus-
penso ou demitido por justa causa, quando do não cumprimento dos procedi-
mentos de segurança e saúde ocupacional na empresa.

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Na ocorrência de Acidente do Trabalho

Em caso de acidente do trabalho, o profissional de segurança ou


o SESMT - Serviço Especializado em Medicina e Segurança do Trabalho (NR
04), quando houver, deve ser imediatamente comunicado para que seja feita
uma investigação das possíveis causas (Causas básicas - falta de gestão em segu-
rança e saúde ocupacional; Causas imediatas - ato inseguro ou condição insegu-
ra). Apesar do termo, “ato inseguro”, não mais constar na legislação brasileira,
conforme Portaria MTE nº 84/2009, ainda é mantida neste texto em função da
Norma Brasileira Registrada NBR 14280 (2001), sobre Cadastro de Acidente do
Trabalho - Procedimento e Classificação.
A caracterização do acidente típico (no desenvolvimento da atividade)
ou de trajeto (ida ou volta para o trabalho) também é de fundamental importân-
cia para que sejam definidas as ações corretivas e ações preventivas, no sentido
de evitar repetição do evento indesejado.
Faz-se necessário ainda termos conhecimento para definir os indica-
dores reativos (indicadores após a ocorrência de acidentes – taxa de frequência,
taxa de gravidade, controle dos atos inseguros, das condições inseguras, desvios
comportamentais) e indicadores proativos (indicadores que mostram o que está
sendo feito para evitar futuras ocorrências de acidentes – através de treinamen-
tos, checklist, simulados de emergência, programa de gestão, certificação em
segurança e saúde ocupacional).

Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT)


Acidente de trabalho:
Conceito legal: evento inesperado ocorrido no exercício do trabalho,
tendo como consequência um dano ou lesão;
Conceito prevencionista: evento esperado ocorrido no exercício do
trabalho e que pode e deve ser adequadamente evitado.

Está prevista na legislação previdenciária a emissão da CAT sempre


que ocorrer um acidente do trabalho, com ou sem afastamento, independente-
mente da gravidade. Aqui, é importante observarmos que apenas o INSS, através
de seus peritos, pode caracterizar o acidente do trabalho ou doença ocupacio-
nal (doença relacionada ao trabalho).

12 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
A emissão da CAT é importante no sentido de preservar os interesses

Higiene Ocupacional
da empresa, bem como os direitos do trabalhador. Algumas vezes pequenos aci-
dentes ou ferimentos, assim como exposições que possam gerar doenças ocu-
pacionais podem, ao longo do tempo, apresentar consequências que agravem
a saúde do trabalhador, trazendo sérias complicações para o mesmo e para a
empresa. Nestes casos, a CAT pode ser reaberta, se de fato for comprovado o
nexo causal.

Considerações a respeito do SESMT (NR 04)

Devemos conhecer o objetivo do SESMT - Serviço Especializado em


Medicina e Segurança do Trabalho (NR 04), que é promover a saúde e proteger a
integridade física do trabalhador em seu local de trabalho, devendo ser composto
por médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do tra-
balho, engenheiro de segurança do trabalho e técnico de segurança do trabalho,
onde seu dimensionamento se dá em função da quantidade de funcionários e do
grau de risco da atividade econômica da empresa, conforme CNAE - Classifica-
ção Nacional de Atividades Econômicas (NR 04 - Quadro I). É da competência
dos profissionais que compõem o SESMT a aplicação das normas de segurança
e saúde ocupacional, através dos princípios técnicos da engenharia de seguran-
ça do trabalho e medicina do trabalho, com o objetivo de minimizar os riscos
inerentes às atividades desenvolvidas.
Compete aos profissionais integrantes do SESMT: aplicar os conheci-
mentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de
trabalho; determinar a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Pro-
teção Individual - EPI; colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implan-
tação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa; responsabilizar-
-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR
aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
manter permanente relacionamento com a CIPA, além de apoiá-la, treiná-la e
atendê-la; promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doen-
ças ocupacionais; esclarecer e conscientizar os empregadores sobre aciden-
tes do trabalho e doenças ocupacionais; analisar e registrar em documento(s)
específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com

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ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional; registrar mensalmente
os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes
causadores de insalubridade; manter os registros de suas atividades prevencionistas,
inclusive de planos de emergência e de contigência.

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A CIPA (NR 05) tem como principal objetivo a prevenção de acidentes


do trabalho, assim como de doenças ocupacionais, através do desenvolvimento
de atitudes prevencionistas como reuniões, campanhas educativas por melhores
condições de trabalho e conscientização do trabalhador com relação à utilização e
cumprimentos das normas de segurança e saúde ocupacional propostas pela legis-
lação vigente, como também as proporcionadas pela empresa.
A CIPA deve ser composta de representante dos empregados (eleito pe-
los funcionários) e representante do empregador (indicado pelo empregador).
O número de membros indicados e eleitos será estabelecido de acordo com o
número de funcionários e grau de risco da empresa conforme estabelecido
na NR 05. O mandato será de 01 ano, permitindo apenas uma reeleição, sendo
de direito do empregador indicar o presidente da CIPA. O mais votado dentre os
membros eleitos será o vice-presidente. É fundamental destacarmos ainda que
quando a empresa não se enquadrar no dimensionamento da CIPA, segundo
a NR 05, quadro I, deverá o empregador indicar um responsável pelo cumpri-
mento da referida NR.
Além disso, é importante sabermos que é de responsabilidade do em-
pregador proporcionar aos membros da CIPA as condições necessárias ao melhor
desempenho de suas atividades, garantindo que seja cumprido o plano de ação,
proposto por esta comissão.
Com relação aos empregados, vale destacar que os mesmos têm o direi-
to de participar da eleição dos membros da CIPA e de colaborar com sua gestão
através da apresentação de sugestões que visem a melhoria das condições
de trabalho e a eliminação de condições inseguras, evitando assim acidentes e
doenças ocupacionais que possam ser adquiridas no trabalho.

14 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
Já com relação ao funcionamento da CIPA, devemos saber que seu pre-

Higiene Ocupacional
sidente tem a atribuição de convocar os demais membros para reuniões mensais
de acordo com calendário proposto, assim como convocar reuniões extraordiná-
rias, encaminhando ao empregador às sugestões de melhoria propostas. Além
disso, os membros titulares da CIPA perderão o mandato, podendo ser substituí-
dos pelo suplente, caso faltem a quatro reuniões ordinárias mensais conse-
cutivas sem justificativa.

Mapa de riscos

Uma das atribuições dos membros da CIPA, conforme NR 05, que é


importante destacar, é identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar
o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com
assessoria do SESMT, onde houver. O mapa de risco é formado a partir da ela-
boração do Lay Out do setor (planta baixa do local de trabalho, com a respecti-
va distribuição das máquinas e equipamentos), sendo identificado no mesmo,
através de círculos coloridos, os riscos relacionados aos agentes físicos (verde),
agentes químicos (vermelho), agentes biológicos (marrom), agentes ergonômicos
(amarelo) e agentes mecânicos ou promotores de acidentes (azul), em tamanhos
na proporção 4:2:1, identificando o grau de risco, grande, médio e pequeno.

Limite de Tolerância (NR 15 - atividades e operações insalubres)

Representa os limites máximos das concentrações dos agentes quími-


cos ou físicos, levando-se em conta o tipo do agente e o tempo de exposição, que
não irão causar dano à saúde e à integridade física dos trabalhadores expostos
em uma determinada atividade, de até 48 horas/semanais.
Devemos também levar em consideração que o limite de tolerância é
estabelecido para jornada de trabalho de 08 horas diárias, representando um
total de 40 horas semanais (critério americano da ACHIH – American Confe-
rence of Governamental Industrial Higienist), sendo necessário um descanso de
no mínimo 16 horas para que seja estabelecido o estado de equilíbrio no orga-
nismo (Homeostase).

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Correção de Limites de Exposição (LE) da ACGIH para o Brasil

O limite de exposição corrigido é feito considerando as diferentes jor-


nadas de trabalho. Ele é estabelecido conforme modelo matemático levando-se
em consideração o limite de exposição fixo de 40 horas/semanais, em seguida
multiplicando este por um fator de correção, levando em conta as 04 horas de
aumento da exposição, tendo como consequência uma redução na capacidade
de recuperação do organismo.

FC Semanal = 40 x (168 - hs)


hs 128
Onde:
Hs = horas de trabalho semanal real; 40 = duração da jornada semanal
em horas (ACGIH); 168 = número total de horas da semana; 128 = total de horas
de descanso semanal (ACGIH).

Quando aplicada para 44 horas, teremos: FCsemanal = 0,88

Logo, o Limite de exposição para 44 horas de trabalho semanal, será:


LE44h = 0,88 x LE40h

Correção de valores da NR 15 para jornadas superiores a 48 horas

FC Diário = 8 x (24-hd)
hs 16

FC Semanal = 48 x (168-hs)
hs 120
Onde:
FC = Fator de Correção diário ou semanal; 8 = duração da jornada
diária em horas; hd = horas de trabalho diário real; hs = horas de trabalho
semanal real; 48 = duração da jornada padrão semanal em horas (NR 15); 24
= número total de horas do dia; 16 = número de horas diária de descanso (NR
15); 168 = número total de horas da semana (7dias x 24horas); 120= total de
horas de descanso semanal (168 - 48).

16 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
A fórmula adotada para o cálculo do Fator de Correção diário ou

Higiene Ocupacional
semanal, foi desenvolvido por Brief e Scala (1975).

Para saber mais sobre higiene ocupacional, principalmente no que se refere aos
requisitos legais da norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Em-
prego, leia o livro de:

ARAUJO, Giovanne de Moraes de. Legislação de segurança e saúde no


trabalho. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Editora LTR, 2009.

Em seu livro, Giovanne Moraes de Araújo trata do entendimento e aplicação


das normas regulamentadoras e seu impacto na saúde do trabalhador e na or-
ganização da empresa, colocando que é de responsabilidade de todos a melho-
ria das condições de higiene e segurança ocupacional para o desenvolvimento
de variadas atividades laborais.

BONCIANI, Mário. CIPA Comentada. São Paulo: Editora VK Ltda,1999.

Em seu livro CIPA Comentada, Mário Bonciani nos mostra o aspecto legal que
deve ser levado em consideração quando da formação de uma Comissão Interna
de Prevenção de Acidente, em atendimento com a NR 05, incluindo comentá-
rios referentes a esse tema tão importante na melhoria das condições de trabalho
e, consequentemente, na saúde do trabalhador, através da possibilidade de in-
terdição da empresa por não cumprimento da NR 05.

De acordo com o descrito, podemos observar que um trabalhador no exercício


de sua função pode estar exposto a agentes ambientais. Analise seu local de
trabalho ou de estudo identificando possíveis agentes ambientais e descreva quais
medidas você adotaria para proteger sua saúde e integridade física. Compartilhe
sua opinião com seus colegas no AVA.

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1.2 Agentes ambientais

Os Agentes Ambientais (físicos, químicos ou biológicos) precisam


ser antecipados, reconhecidos, avaliados e controlados para que sejam to-
madas decisões no sentido de eliminar ou minimizar seus potenciais de
causar dano ou lesão à saúde e à integridade física do trabalhador.

Agentes físicos: Consideram-se agentes físicos as diversas formas


de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como:

DD Ruído;
DD Vibrações;
DD Pressões anormais;
DD Temperaturas extremas;
DD Radiações ionizantes e não-ionizantes;
DD Infrassom e Ultrassom.

Agentes químicos: Substâncias orgânicas e inorgânicas, naturais ou


sintéticas, que durante a fabricação, manuseio, transporte, armazenamento e
uso podem dispersar-se no ar em quantidade que possa causar danos à saúde
das pessoas expostas. Os agentes químicos podem se apresentar como aerodis-
persóides, gases ou vapores.
Partículas sólidas, em forma de grão ou
Poeiras fibra, resultantes da ruptura mecânica
de sólidos.
Estado
Partículas sólidas produzidas por conden-
sólido
sação ou oxidação de substâncias (ex.: me-
Fumos
tais) que são sólidas à temperatura normal.

Aerodispesóides
Partículas líquidas resultantes da ruptura
Névoas
mecânica de líquidos (Ex.: névoa de tinta).
Estado
líquido Partículas líquidas produzidas por con-
Neblinas densação de vapores de substâncias que
são líquidas à temperatura normal.

18 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
Higiene Ocupacional
Gás é o estado físico normal de uma
substância a 25ºC e 760 mmHg e vapor
Gases e Vapores Estado Gasoso
é fase gasosa de uma substância que é
líquida ou sólida a 25ºC e 760 mmHg.

Agentes químicos: Consideram-se agentes biológicos os microrga-


nismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células; as toxinas e
os príons, capazes de provocar dano à saúde humana, tais como: infecções, efei-
tos tóxicos, efeitos alergênicos, doenças autoimunes e a formação de neoplasias
e malformações.

DD Bacilos; Bactérias;
DD Fungos; Parasitas; Protozoários;
DD Vírus; entre outros.

Antecipação

A antecipação de agentes ambientais envolve trabalho com equipes de


projeto, a verificação de modificações ou ampliações propostas, bem como de
uso de novas matérias primas, máquinas ou equipamentos, para detecção ante-
cipada de fatores de risco ligados a agentes ambientais e adotando alternativas
de projeto e de mudanças que favoreçam sua eliminação ou controle.

Reconhecimento

A importância do reconhecimento se dá ao fato de que, se o agente


ambiental não for reconhecido, o mesmo não será avaliado nem controlado,
deixando assim o trabalhador exposto a esse agente. Quando identificamos que
as concentrações ou exposições estão muito acima dos limites legais, devemos
iniciar o controle ainda nesta etapa, antes mesmo de avaliarmos esse ambiente,
pois os trabalhadores estariam expostos a esses agentes enquanto estivéssemos
realizando a avaliação. Desta forma, após adotarmos as medidas de controle,
procedemos à avaliação, verificando se essas medidas foram suficientes para a
adequação das condições do ambiente de trabalho.

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No que se refere ao reconhecimento dos agentes ambientais, se faz ne-
cessário conhecer melhor os riscos presentes nos insumos, processos, produtos
e rejeitos, estudar as atividades e operações desenvolvidas na empresa e com-
plementar com informações disponíveis na literatura ocupacional específica aos
riscos identificados, devendo ainda levar em consideração alguns fatores, como:

a) Localização das fontes de geração de contaminantes: Local onde o


agente de risco é gerado, tal como máquinas, equipamentos, atmos-
fera explosiva, processo de produção etc.

b) Identificação dos contaminantes, pode estar relacionado com:

DD Agentes físicos, agentes químicos e agentes biológicos;

DD Composição (combinação de agentes de risco ou ação por agentes


isolados);

DD Efeitos sobre a saúde (lesões provocadas pela ação dos agentes de


risco).

c) Identificação dos ciclos de trabalho dos expostos e condições de


exposição:

DD tempo de exposição; vias de absorção pelo organismo.

Avaliação

Etapa muito importante, pois nela é que determinamos se o trabalha-


dor encontra-se num ambiente saudável ou insalubre. Assim, se existir falha na
estratégia ou na metodologia aplicada, o trabalhador poderá estar desenvolven-
do suas atividades num ambiente insalubre sem que qualquer medida de con-
trole tenha sido implantada pela empresa, desenvolvendo desta forma doenças
profissionais que só serão descobertas quando apresentarem seus sintomas, ou
seja, quando já for tarde demais para prevenção.

20 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
No que se refere à avaliação dos riscos ambientais, devemos levar em

Higiene Ocupacional
consideração alguns fatores como:

a) A avaliação pode ser qualitativa (como adotado no mapa de riscos)


ou quantitativa (mensurada através de equipamentos específicos)
ou na ACGIH que trata dos os limites índices de exposição.

b) A avaliação quantitativa dá-se pela análise comparativa dos dados


obtidos nas medições com os índices estabelecidos como toleráveis,
dispostos na NR 15 que trata de atividades e operações insalubres ou
na ACGIH (2014), que trata dos limites e índices de exposição.

c) A avaliação qualitativa dá-se pela avaliação do impacto e probabili-


dade de riscos identificados, priorizando-os conforme seus efeitos
potenciais no trabalhador.

Medidas de controle

A proteção do ambiente de trabalho é realizada através de medidas de


controle do agente ambiental, após seu reconhecimento e avaliação, priorizan-
do-se a adoção de medidas de engenharia.

As medidas de controle dos agentes ambientais podem ser:

a) Relativas ao ambiente: Fonte (geração); Percurso (propagação).

b) Relativas ao trabalhador (recepção).

Essas medidas devem ser priorizadas conforme sua eficiência, ou seja,


prioritariamente devem ser adotadas as que se referem à fonte, pois se extin-
guirmos a produção do agente estaremos resolvendo o problema. Não sendo
suficientes as medidas de controle adotadas na fonte, devemos adotar as que se
referem ao percurso, impedindo que esses agentes espalhem-se pelo ambiente.
Por fim, se as medidas de controle adotadas na fonte e no percurso não forem
suficientes, devemos adotar as que se referem aos trabalhadores, como sendo a
última linha de defesa o uso do EPI.

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Para a NR 09, deverão ser adotadas as medidas de controle dos riscos
ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:

a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;

b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde;

c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos


trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15
ou, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional
adotados pela ACGIH (2014), ou aqueles que venham a ser estabe-
lecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigoro-
sos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;

d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o


nexo causal entre danos observados na saúde os trabalhadores e a
situação de trabalho a que eles ficam expostos.

Nota 1: A ACGIH- American Conference of Governmental Industrial


Higyenists é uma associação americana de higienistas, responsável entre outras
ações, pela produção dos Limites de Exposição Ocupacional (TLVs®) para Subs-
tâncias Químicas e Agentes Físicos & Índices Biológicos de Exposição (BEIs® ).
No Brasil a Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO), é res-
ponsável pela tradução destes Índices e Limites de Exposição.

Nota 2: Outra entidade importante para a Higiene Ocupacional é o Ins-


tituto do Governo Norte-Americano - National Institute of Occupational Safety
and Health (NIOSH), responsável entre outras ações por procedimentos de ava-
liação de agentes ambientais. No Brasil a Instituição equivalente, é a Fundação
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO).

Monitoramento

Após a aplicação das etapas de antecipação (quando aplicável), reco-


nhecimento, avaliação e controle dos agentes ambientais, devemos implantar

22 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
um plano de monitoramento do ambiente de trabalho, para estabelecer a efi-

Higiene Ocupacional
cácia das medidas de controle adotadas e para estarmos atualizados sobre os
números encontrados nas medições desses agentes. A importância do mo-
nitoramento do ambiente de trabalho é o acompanhamento do comportamento
dos agentes ambientais existentes e o possível surgimento de novos agentes,
necessitando assim a adoção de novas medidas de controle.
Na ACGIH (2014), os limites de exposição referem-se a concentrações
de substâncias químicas e intensidades de agentes físicos dispersas no ar e re-
presentam condições às quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa
estar exposta, repetidamente, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde.
Neste sentido, para um adequado monitoramento é importante considerarmos
as condições mais prevencionistas, podendo-se adotar os limites e índices de
exposição da ACGIH, conforme previsto na NR09.
Vale ressaltar que, para fins legais, como a caracterização de insalubri-
dade, por exemplo, devem-se adotar os limites de tolerância estabelecidos pela
NR 15.

Para saber mais sobre avaliação de riscos ambientais, consulte os livros e nor-
mas que apresentam como esses agentes são avaliados, esses textos lhe darão
uma visão mais ampla sobre principais agentes físicos, químicos e biológicos:

 Agentes Físicos

Ruído

PORTARIA nº 3.214/1978, NR 15 - Atividades e Operações Insalubres, Anexo


n.º 1, os Limites de Tolerância para exposição a ruído contínuo ou intermitente.

Norma de higiene ocupacional - NHO 01. Procedimento Técnico - Avalia-


ção da Exposição Ocupacional ao Ruído. FUNDACENTRO São Paulo, 2001

23
Calor

PORTARIA nº 3.214/1978, NR-15, Atividades e Operações Insalubres, Anexo


n.º 3, Limites de Tolerância para Exposição ao Calor;

FUNDACENTRO, Norma de higiene ocupacional NHO 06: Avaliação da Expo-


sição Ocupacional ao Calor. São Paulo, 2002.

ACGIH. Limites de Exposição (TLVs®) para substâncias químicas e agentes


físicos & índices biológicos de exposição (BEIs®). Tradução da ABHO -
Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais. São Paulo, 2014.

Iluminação

PORTARIA nº 3.214/1978, NR-17, no item 17.5.3, dispõe que todos os locais de


trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suple-
mentar, apropriada à natureza da atividade.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO/CIE 8995-


1:2013. Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior. São Paulo,
2013.

 Agentes Químicos

ANJOS, Alcinéa Meigikos Santos. O tamanho das partículas de poeira suspensas


no ar dos ambientes de trabalho. São Paulo: Spel, 2001.

ACGIH. Limites de Exposição (TLVs®) para substâncias químicas e agentes


físicos & índices biológicos de exposição (BEIs®). Tradução da ABHO -
Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais. São Paulo, 2014.

CARRIL, José Luiz Montserrat Alonso; et al. Manual de higiene industrial Ed.
4a. Madrid: MAPFRE, 1991.

NBR 10.562/1988 - Calibração de Vazão pelo Método da Bolha de Sabão.

24 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
NBR 14.725/2001 - FISPQ - Ficha de Informação Segurança de Produtos Químicos.

Higiene Ocupacional
NHO 03 - Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados Sobre
Filtros e Membranas. Fundacentro, 2001.
NHO 04 - Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho. Funda-
centro, 2001.

NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da


Bolha de Sabão. Fundacentro, 2002.

RIBEIRO, Marcela Gerardo et al. Avaliação qualitativa de riscos químicos : orien-


tações básicas para o controle da exposição a produtos químicos - São Paulo :
Fundacentro, 2012.

TUFFI, Messias Saliba et al. Higiene do trabalho e PPRA. São Paulo: LTR, 2014.

LEIDEL, NELSON A. et al. Manual de Estratégia de Amostragem. Instituto


Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional - NIOSH (EUA), 1977.

Faça uma análise da importância do que foi visto neste conteúdo, levando
em conta sua utilização na melhoria das condições laborais de forma a tornar o
ambiente de trabalho menos agressivo à saúde e a proporcionar uma melhor
qualidade de vida para o trabalhador.

25
1.3. Análise de riscos ambientais

Nesse conteúdo conheceremos as principais técnicas de análise de ris-


cos ambientais, em especial os conceitos e metodologia de análise. Para nosso
estudo, conforme NR 09, “consideram-se riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de
sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de
causar danos à saúde do trabalhador”.
Analisar é decompor em partes o objeto em questão e estudar minucio-
samente cada uma delas. O objeto a ser analisado pode ser uma empresa, um
serviço, sistema produtivo, atividade, uma área ou um projeto. A análise dos
riscos consiste, então, num estudo detalhado dos riscos presentes em cada um
dos objetos.
Na análise do objeto serão definidas as partes e as exposições de for-
ma a caracterizar grupo de pessoas que estejam homogeneamente expostos aos
mesmos riscos ambientais.
No primeiro momento deparamo-nos com o todo, objeto da análise,
que pode ser um risco ambiental numa determinada área de trabalho. Esta área
de trabalho pode ser dividida em áreas menores, atividades em passos, seção
em subseção até se conseguir o detalhamento mais fracionado possível da área
analisada e o risco geral do objeto dividido, em relação à exposição a agentes
físicos, químicos, biológicos.
Analisar riscos consiste em identificar os perigos e então, avaliar os
riscos a ele relacionados. Essa identificação e avaliação têm como objetivo final
criar mecanismos de controle para reduzir os danos aos trabalhadores expostos.
Desse modo é importante reconhecer qual é a dinâmica que envolve a geração
desses danos.
Então, vamos agora observar o mecanismo de produção de danos. Ob-
serve o exemplo a seguir:
Um trabalhador num laboratório de química ao manusear um produto
químico num determinado instante sofre uma intoxicação gerada pelo derra-
mamento acidental de um ácido na sua bancada de trabalho.

Vamos compreender o mecanismo deste acidente? Ok!

26 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
Vamos utilizar dois modelos de mecanismos que produzem danos ao

Higiene Ocupacional
trabalhador. No primeiro a ênfase é o agente agressivo x alvo da agressão e, no
segundo, as falhas presentes nos sistemas que fazem parte de uma determinada
organização.

1) No primeiro os danos são oriundos da relação agente agressivo x alvo,


onde estão contidos três fatores geradores dos danos: o agente agressivo, o alvo e
a exposição. A relação pode ser representada na expressão: D = A1 x E x A2, onde:

D = Dano resultante da ação do agente (intoxicação com ácido);


A1 = Agente agressivo (ácido);
E = Exposição (agente ambiental); e
A2 = Alvo (trabalhador do laboratório).

2) No segundo, os danos e as perdas são oriundas das falhas no sistema


da organização. Uma empresa é composta por sistema organizacional e siste-
mas operacionais.
O sistema organizacional é composto por: sistema de gestão, cultura
organizacional etc., e seus principais componentes são as subdivisões da orga-
nização e os trabalhadores.
O sistema operacional regula o processo e tem como principais compo-
nentes o processo e os recursos humanos e materiais. Tanto os recursos huma-
nos quanto os materiais são suscetíveis de falhas pela própria natureza humana
e a constituição dos recursos materiais.
Então existirá sempre uma demanda de falhas nos sistemas. O mais
importante é reconhecer e mensurar esta demanda de falhas.
Anote: As falhas nos sistemas organizacionais ou na gestão em segu-
rança e saúde ocupacional são causas básicas e as falhas nos sistemas opera-
cionais, ato inseguro ou condição insegura são causas imediatas de danos (D).

A seguir apresentamos uma técnica de análise de riscos, aplicado a


higiene ocupacional, que contempla os mecanismos que produzem danos ao
trabalhador, sejam eles resultantes da relação agente agressivo versus alvo da
agressão ou de falhas presentes nos sistemas que fazem parte de uma determi-
nada organização.

27
Análise Preliminar de Riscos para Higiene Ocupacional (APR)

Em Higiene Ocupacional a APR é aplicada na fase de antecipação, em


novos projetos e mudanças de processos já existentes ou na fase de reconheci-
mento de riscos ambientais, quando a empresa já está em operação. Esta técni-
ca é simples e de uso geral que leva em consideração causas, efeitos, categorias
de riscos, medidas preventivas e corretivas. Uma de suas vantagens é que ela é
de fácil aplicação e compreensão por todos os envolvidos.

A APR, aplicado a Higiene Ocupacional, se inicia com a caracterização


básica ou reconhecimento da exposição ocupacional aos agentes ambientais,
com a coleta, tabulação e análise de dados relacionados às instalações físicas,
processo produtivo, métodos de trabalho, atividades desenvolvidas, números
de expostos etc., que permitam estimar o tempo e tipo de contato (por inala-
ção, cutânea, auditiva, digestiva, e visual) às diferentes intensidades de energia,
substâncias químicas ou micro-organismos presentes no ar (agentes físicos, quí-
micos e biológicos). Sua elaboração contempla basicamente as seguintes etapas:

DD Listar trabalhadores por função, atividade e tarefas similares;


DD Agrupar trabalhadores em Grupos Homogêneos de Exposição;
DD Identificar os agentes ambientais, fontes geradoras e frequência
de exposição;
DD Descrever potenciais de dano à saúde dos respectivos agentes;
DD Descrever as medidas de controle existentes;
DD Analisar qualitativamente a Exposição Ocupacional;
DD Propor recomendações de melhoria.

Vale ressaltar que a identificação dos agentes ambientais envolve visi-


tas técnicas ao local de trabalho, entrevista com os trabalhadores, análise da Ficha
de Informações de Segurança do Produto Químico - FISPQ (NBR 14725, 2001),
quando houver exposição a substâncias químicas, e pesquisa de bibliografia
para aprofundar conhecimento sobre o agente ambiental em foco.

Além de sua aplicação na prevenção de exposição a agentes ambien-


tais, a APR também é importante na elaboração do Programa de Prevenção de

28 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
Riscos Ambentais - PPRA (NR 09), de Laudos de Insalubridade (NR 15), bem

Higiene Ocupacional
como no desenvolvimento de Laudo Técnico das Condições Ambientais de Tra-
balho - LTCAT, do Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, assim como na
defesa, com relação ao Fator Acidentário de Prevenção - FAP, conforme Instru-
ção Normativa do INSS.

CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes:


uma abordagem holística. São Paulo: Atlas, 2007. p. 133.

Para conhecer mais um pouco sobre o assunto leia o texto “Técnicas de Análise
de Riscos”, nele o autor Benedito Cardella apresenta algumas técnicas de análise
de riscos e métodos de análise de perigos, bem como técnicas complementares.

PORTO, Marcelo Firpo de Souza; FREITAS, Carlos Machado de. Análise


de riscos tecnológicos ambientais: perspectivas para o campo da saú-
de do trabalhador. 1997. Disponível em http://www.scielosp.org/pdf/csp/
v13s2/1364.pdf. Acesso em 15/01/2016.

Leia o texto, no qual os autores fazem uma abordagem crítica sobre as atuais
metodologias como insuficientes para dar conta de modo eficaz, pois entende
que os riscos ambientais ultrapassam os conceitos de ambiente de trabalho.

29
Observando o grau de responsabilidade, quanto à análise e controle de riscos,
das empresas que você conhece na sua cidade, identifique as responsabilida-
des do Estado, da sociedade e do trabalhador e observe se cada qual possui seu
papel definido nesse contexto e como podem interferir no controle dos riscos
ambientais.

1.4 Estratégia de Amostragem

Neste tópico iremos estabelecer algumas orientações sobre estratégias


de amostragem, tomando como base procedimentos de avaliação ambiental de
aerodispersóides, gases e vapores, podendo seus conceitos serem usados para
avaliação de outros agentes ambientais.

Avaliação Ambiental

Avaliar um risco é avaliar a frequência na qual ele ocorre e as conse-


quências que pode trazer para o organismo ou para o meio ambiente. O risco
pode ser avaliado qualitativamente e quantitativamente.
Um ambiente onde há ocorrência de riscos biológicos pode ser avalia-
do de forma qualitativa como um hospital de tratamento de doenças infecto-
contagiosas, não é possível quantificar os vírus e bacilos, porém pode-se dizer
com segurança que estão presentes no ambiente por causa da atividade de
contato com pessoas infectadas.

30 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
Já uma área ruidosa notadamente apresenta perturbação auditiva, po-

Higiene Ocupacional
rém somente uma avaliação quantitativa com uma dosimetria de ruídos trará
subsídios que servirão para as devidas medidas de controle.
A avaliação quantitativa dos riscos ambientais, para fins de caracteri-
zação da exposição, para saber se poderá causar um dano à saúde, dependerá da
existência de limites de exposição, elaborados com base em estudos epidemioló-
gicos, para poder comparar os resultados com os valores encontrados na avalia-
ção quantitativa. Neste caso, em algumas situações de exposição, dependendo
do agente ambiental, mesmo havendo técnicas para avaliá-lo, sua quantificação
não será efetiva, se não existir Limites de Exposição ou de Tolerância (LT) para
compará-los.
Caso o interesse da avaliação quantitativa seja para se analisar a efetivi-
dade de uma medida de controle, não é necessária a existência de LT, bastando
apenas que exista tecnologia disponível para se realizar a avaliação quantitativa.
Como exposto brevemente, existem diversas possibilidades e fatores
que influenciam uma avaliação ambiental, sendo assim muito importante que
se planeje, previamente, quais avaliações serão necessárias e de que forma serão
avaliadas, para isso, precisaremos conhecer melhor estratégias de amostragem.

A estratégia de amostragem tem sua importância baseada nas garan-


tias que ela possibilita para que obtenhamos resultados de avaliações ambien-
tais, mais próximas da realidade. Para que isso ocorra, todos os fatores que de
alguma forma afetam os resultados de uma avaliação quantitativa, devem ser
considerados ao ser planejada uma estratégia de amostragem, de modo que as
amostras ou medições sejam verdadeiramente “representativas” da exposição
e que os dados obtidos sejam “confiáveis”, permitindo assim sua melhor ava-
liação, pois a ocorrência de contaminantes atmosféricos no local de trabalho
varia com o tempo e lugar, dependendo da hora do dia, da semana, mês ou ano,
podendo existir diferenças significativas nas exposições a estes contaminantes
e, portanto nos seus efeitos resultantes.

Caracterização Básica
A estratégia de amostragem se inicia bem antes de qualquer avaliação
quantitativa ou qualitativa. O primeiro passo antes de se medir é conhecido,
conforme Manual de Estratégia de Amostragem da NIOSH (Leidel, 1977) como

31
Caracterização Básica, para se conhecer os agentes ambientais, os expostos, em
que atividades e em quais locais.
Assim, nessa Caracterização Básica, de planejamento das amostragens,
é necessário se conhecer: os ambientes de trabalho ou os processos existentes
na empresa, os matérias e equipamentos utilizados; os expostos ou as tarefas
e atividades executadas e o perfil desses trabalhadores; e por fim os agentes
ambientais presentes nesse ambiente e seus efeitos sobre a saúde e o meio
ambiente, além dos seus limites de exposição.

Grupos Homogêneos de Exposição - GHE

A partir desse estudo, em especial do agente ambiental e do local de tra-


balho, poderemos determinar os Grupos Homogêneos de Exposição – GHE. Vale
ressaltar que esse termo foi originalmente proposto pela NIOSH e pela AIHA (As-
sociação Americana de Higienistas Industriais), mas também está presente no
Anexo 13-A da NR-15, na NR-22 e nas Instruções Normativas do INSS.

Os grupos homogêneos de exposição reúnem trabalhadores em grupos


que possuem as mesmas características de exposição a um determinado agente
ambiental, ou seja, por definição o resultado fornecido pela avaliação da ex-
posição de qualquer trabalhador do GHE será representativo da exposição do
restante dos trabalhadores do mesmo grupo.

Para se caracterizar o GHE, seguem algumas recomendações: comece


pela função e atividades que são executadas, e que desenvolvam suas funções
no mesmo local de trabalho. A seguir, verificam-se os agentes e separam-se as
funções em subgrupos, de forma que se mantenham as funções com mesmo
perfil de exposição.

Exposto de Maior Risco – EMR

A partir do GHE, podemos fazer uso de outro conceito, conhecido


como Exposto de Maior Risco. Com o EMR, será possível caracterizar o GHE de
forma mais objetiva, sendo necessária apenas uma avaliação qualitativa para se
identificar qual trabalhador possui maior exposição em relação aos demais do
mesmo grupo homogêneo.

32 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
Para a avaliação qualitativa do Exposto de Maior Risco, devemos ob-

Higiene Ocupacional
servar dentro do GHE o trabalhador que execute atividade mais próxima da
fonte do agente ambiental, que esteja com maior concentração estimada, com
mais tempo de exposição em relação aos demais ou que desenvolva a sua tarefa
de forma a se expor mais ao agente.

Complementando os conceitos apresentados, para o adequado pla-


nejamento de uma amostragem, devemos observar ONDE deve ser realizada
a amostragem, o TEMPO DE AMOSTRAGEM, quais os dias e horários se deve
realizar a amostragem e o NÚMERO DE AMOSTRAS a serem realizadas.

ONDE AMOSTRAR

A escolha adequada do ponto de coleta da amostra ou de medição é


de grande importância, particularmente quando houver gradiente de concen-
tração apreciável. Embora a verdadeira exposição só possa ser conhecida após
a amostragem e análise do ar, é possível determinar qual ou quais as piores
situações, através da observação cuidadosa das tarefas e da maneira como elas
são realizadas. Para que possamos determinar onde realmente avaliar ou qual
a melhor localização (pior exposição) para a coleta, alguns fatores devem ser
observados, tais como: localização dos trabalhadores em relação às fontes de
contaminantes; natureza dos processos e importância relativa das várias fontes;
mobilidade dos trabalhadores; práticas de trabalho (ex.: localização do empre-
gado em relação às tarefas); tempo de permanência em locais mais poluídos;
condições de movimentação do ar e de ventilação dos locais.
Se for estimado que todos os trabalhadores estivessem nas mesmas
condições quanto ao risco, aqueles cuja exposição será avaliada podem ser
escolhidos aleatoriamente. A fim de identificar trabalhadores que pertencem
ao mesmo GHE (nem sempre fisicamente próximos uns dos outros), devem-
-se observar cuidadosamente o ambiente e posto de trabalho, as descrições de
tarefas, as práticas de trabalho, bem como características individuais. Pode
ocorrer que trabalhadores com a mesma descrição de tarefas tenham expo-
sições diferentes devido a diferenças nas práticas de trabalho, ventilação do
posto de trabalho etc.

33
Quando um número suficiente de trabalhadores em um determinado
GHE tiver sido avaliado, ter-se-á informação suficiente para descrever a expo-
sição de todos os trabalhadores considerados como na mesma “zona de exposi-
ção”. Essa descrição pode ser por meio de uma estimativa de intervalo (faixa de
concentrações) dentro de certo grau de confiança.
Na maioria dos casos, há necessidade de avaliar a exposição de um grupo
de trabalhadores, e não de um só. Por razões práticas, não é possível avaliar a expo-
sição de cada um e, portanto, deve ser tomada ainda outra decisão quanto a “onde
amostrar”, ou seja, qual trabalhador (ou quais trabalhadores) deve(m) levar o
amostrador pessoal, de modo que as conclusões alcançadas sejam representativas e
válidas para todo o grupo. Uma maneira é avaliar a exposição do(s) trabalhador(es)
com a pior exposição, se esta estiver dentro do aceitável (nível de ação, conforme
NR), pode-se concluir que assim estará a exposição dos outros trabalhadores no
mesmo grupo. Caso contrário, mais avaliações serão necessárias.

Amostras na Zona de Respiração

Para avaliar a exposição de um trabalhador, por via respiratória, é neces-


sário coletar amostras na “zona de respiração” que pode ser definida como uma
região hemisférica, com um raio de aproximadamente 30 cm à frente da cabeça.
A melhor maneira de coletar tais amostras é com um amostrador pessoal, ou seja,
uma unidade portátil de amostragem que pode ser carregada pelo trabalhador
(sem impedir sua movimentação), com o elemento coletor na zona de respiração.
Um procedimento usual para amostragem ativa é colocar a bomba de sucção em
um cinturão e o elemento coletor na lapela da roupa do trabalhador.
Se o trabalhador permanece sempre em um determinado local, pode
ser utilizado um amostrador estacionário, com a entrada (de ar contaminado)
localizada na altura da zona de respiração. Isto pode ser necessário, por exem-
plo, quando não houver disponibilidade de amostradores pessoais ou quan-
do for utilizado um elemento coletor difícil de colocar na lapela (ex.: frasco
com reagente líquido). Porém, sempre que possível, devem ser utilizados
os amostradores pessoais, pois permitem uma amostragem mais representati-
va, além de serem mais práticos. Os amostradores pessoais são indispensáveis
quando os trabalhadores se movimentam através de ambientes com níveis de
concentração diferentes.

34 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
Amostras no Ambiente de Trabalho

Higiene Ocupacional
Quando existirem muitas fontes de contaminantes atmosféricos espa-
lhadas pelo ambiente de trabalho, diversos amostradores poderão ser utilizados
simultaneamente, ou um mesmo amostrador, em diferentes localizações. Se as
fontes de poluição forem localizadas e os trabalhadores permanecerem mais ou
menos no mesmo local, será possível avaliar o risco para a saúde (e, portanto, a
necessidade de implantar medidas de controle), a partir de amostras coletadas
com amostradores estacionários convenientemente localizados, mesmo se não
for possível determinar a exposição individual dos trabalhadores.
Por exemplo, uma amostra coletada entre uma fonte de poluição e os
trabalhadores pode indicar se a situação é aceitável ou se medidas de controle
são necessárias. Nesse tipo de avaliação é importante verificar se o ar amostrado
não é menos poluído do que o ar que está sendo respirado pelos trabalhadores.
Há casos em que uma primeira impressão pode enganar, pois pode ocorrer que
fatores como sistemas de ventilação, entradas de ar, correntes de ar etc, nem
sempre muito evidentes, tenham uma influência apreciável nas concentrações.
Após a implantação de medidas de controle, é recomendável coletar
amostras no mesmo ponto de amostragem a fim de avaliar a eficiência das me-
didas. Aliás, quando o objetivo for a avaliação de métodos de controle, os pontos
de amostragem podem ser escolhidos exclusivamente em relação às fontes de
poluição que estão sendo estudadas.

QUANDO AMOSTRAR

Para detectar picos máximos de concentração, não é suficiente esta-


belecer que a amostragem deve ser de curta duração, deve-se também esta-
belecer “quando” efetuá-la, a fim de que seja representativa da exposição dos
trabalhadores. Para isso, se devem considerar fatores, tais como: quando a
exposição é a um agente de ação rápida no organismo; quando há exposição a
agente com efeitos crônicos, com estimativa a partir de amostras contínuas de
longa duração ou de curta duração (instantâneas); bem como quando amos-
trar novamente.

35
Do ponto de vista de duração, a amostragem pode ser: Instantânea
(coleta de uma amostra de ar em menos de 5 minutos) ou Integrada (de curta
duração - 15 min, a longa duração - 4h). Os fatores a serem considerados para
determinação da duração da amostragem, além do tempo de ação do agente no
organismo humano, será o volume de ar amostrado, necessário para a coleta,
sendo importante observar o volume mínimo e máximo de ar necessário para a
amostra, o que varia em função do método adotado.

Quando amostrar novamente

Quando medidas preventivas são recomendadas, é necessário fazer


nova avaliação após sua implantação, a fim de verificar sua eficiência. Mesmo
quando a situação for satisfatória, haverá necessidade de exercer vigilância. As
condições podem variar, por exemplo, sistemas existentes de prevenção (ex.
ventilação local exaustora) podem deteriorar se não forem bem mantidos.
Além disso, existem processos que podem eventualmente sofrer alte-
rações, por exemplo, na temperatura de operação ou nos materiais e produtos
utilizados. Em consequência, poderá haver a formação ou liberação de contami-
nantes atmosféricos que diferem daqueles que eram produzidos quando foi feita
a primeira avaliação, quanto ao tipo de agente, quanto à quantidade formada ou
ainda quanto ao estado físico do agente.
Um solvente utilizado a uma temperatura mais elevada ou a mudança
para um solvente com pressão de vapor mais elevada resultará em uma maior
produção de vapor; a utilização de uma rocha diferente, em um processo que in-
clua subdivisão (como, por exemplo, moagem), poderá modificar a distribuição
de tamanhos de partícula na poeira resultante ou a porcentagem de sílica livre e
cristalina nessa mesma poeira.
A fim de planejar quando deverá ser feita uma nova avaliação, todas as
possibilidades de alterações, que possam levar a mudanças nas exposições dos
trabalhadores, devem ser cuidadosamente investigadas.

36 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
NÚMERO DE AMOSTRAGENS

Higiene Ocupacional
As concentrações de contaminantes atmosféricos variam com o tempo
e lugar. Além disso, ainda que as amostras sejam colhidas no mesmo lugar e
ao mesmo tempo, os resultados obtidos através de amostragem e análise do ar
podem variar dependendo da precisão do sistema de medição utilizado. A con-
centração “verdadeira” não é realmente medida; o que se faz é uma estimativa,
a partir de análise do ar amostrado durante parte do tempo total de exposição,
em um número limitado de locais (ou de trabalhadores), um número limitado
de vezes. A confiabilidade nessa estimativa será maior ou menor dependendo
do método utilizado, da duração da amostragem e do número de amostras (uti-
lizadas para a mesma estimativa).
Os fatores considerados para a determinação do número de amostras
são: o grau de Confiabilidade Necessário; e o número de amostras relacionadas
ao nível de confiabilidade possível.

Grau de Confiabilidade Necessário

Esse fator inclui considerações quanto à gravidade dos riscos em ques-


tão, magnitude das concentrações esperadas, número de trabalhadores expos-
tos, impacto socioeconômico da decisão etc.
A confiabilidade nos resultados obtidos depende do tipo de amostra-
gem (duração, número de amostras e número de trabalhadores cuja exposição é
avaliada) e da “qualidade” do sistema de medição utilizado (sensibilidade, pre-
cisão). Deve-se ter a maior confiança possível nas avaliações feitas, porém, não
se deve esquecer de que há um custo associado a cada nível de confiança e que,
para otimizar os recursos disponíveis, deve-se estabelecer qual o grau de confia-
bilidade factível e aceitável, em função do objetivo da avaliação. Se a avaliação
de exposição tiver como objetivo a obtenção de dados para o estabelecimento de
relações “dose-resposta”, técnicas mais confiáveis e precisas serão necessárias
do que se o objetivo fosse apenas ter uma ideia da situação.
Sempre que o objetivo da avaliação for o de determinar se há ou não
necessidade de implantar Medidas de Controle, um enfoque realista deve ser
adotado. Se as concentrações esperadas forem muito elevadas, ou muito baixas,
em relação ao Limite de Tolerância (LT) ou ao Limite de Exposição Ocupacional

37
(TLV-TWA), conforme ACGIH (2014), a precisão de avaliação não é tão crítica
para uma decisão correta quanto à necessidade de medidas preventivas. Por
exemplo, em uma situação em que os trabalhadores estão expostos continua-
mente a concentrações altíssimas, da ordem de 20 vezes o limite de exposição
ocupacional, a precisão da avaliação não alterará de maneira apreciável a deci-
são de adotar medidas preventivas para controlar a exposição; a decisão será
a mesma quer a avaliação seja feita com base em uma concentração estimada
a 30% ou a 5% do seu valor real. Por outro lado, quando as concentrações são
extremamente baixas em relação ao limite de exposição ocupacional, o nível de
precisão também não é tão crítico do ponto de vista da sua influência no proces-
so de decisão relativo à necessidade de medidas preventivas.

No entanto, quando as concentrações do contaminante atmosférico


estão ao redor do limite entre “aceitável e não aceitável”, as avaliações quan-
titativas tornam-se mais críticas e um nível mais elevado de confiabilidade é
necessário, o que significa maior número de amostras e/ou maior precisão no
sistema de medição utilizado.

Número de amostras relacionadas ao nível de confiabilidade

Os fatores que influenciam o nível de confiabilidade que é possível al-


cançar com os procedimentos de avaliação disponíveis em certo ambiente in-
cluem: erros inerentes aos métodos de amostragem e de análise ou aos instru-
mentos de leitura direta, cuja magnitude depende da qualidade do sistema de
medição (considerando que estes sejam calibrados e operados corretamente); e
flutuações ambientais de concentração. Por exemplo, para um mesmo sistema
de medição, há maior confiabilidade com um número maior de amostras. Com
um sistema de medição mais preciso, é possível ter o mesmo nível de confiabi-
lidade com um número menor de amostras. Quanto às flutuações ambientais,
quanto mais acentuadas, maior o número de amostras necessárias para uma
estimativa da mesma ordem.

38 Higiene e Segurança no Trabalho


Tema | 01
Higiene Ocupacional
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS - ABHO.
Limites de Exposição (TLVs®) para substâncias químicas e agentes físicos &
índices biológicos de exposição (BEIs®), da ACGIH. São Paulo, 2012.

O livreto da ACGIH é uma referência básica para os Higienistas Ocupacionais,


pois atualiza a cada ano sua relação de indicadores e índices de exposição ocu-
pacional a riscos ambientais. Nesse documento, são apresentados diversos con-
ceitos que vão subsidiar na escolha da melhor estratégia de amostragem.

PORTARIA nº 3.214, de 8 de junho de 1978 do Ministério do Traba-


lho - MTE, que aprova as Normas Regulamentadoras - NR, do capítu-
lo V, título II, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, relativas a
segurança e medicina do trabalho. Disponível em: <http://www010.data-
prev.gov.br/sislex/paginas/63/mte/1978/3214.htm>. Acesso em: 11 jan. 2016.

As Normas Regulamentadoras - NR são as referências mais importantes em ter-


mos de higiene ocupacional no Brasil, em especial a NR 15 que, ao tratar das con-
dições insalubres, aborda aspectos importantes sobre estratégia de amostragem.

Dados os conceitos e técnicas de estratégia de amostragem, discuta de que for-


ma podemos identificar um dia típico que represente uma condição adequada
para realização de avaliação ambiental, seja qualitativa ou quantitativa.

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Neste tema abordamos os requisitos legais que permeiam o tema Higiene Ocu-
pacional, os principais conceitos sobre agentes ambientais, análise de riscos
ambientais e sobre estratégia de amostragem, de forma a permitir avançarmos
para os próximos temas, sobre avaliação dos agentes físicos, químicos e biológi-
cos, com todos os fundamentos necessários.

40 Higiene e Segurança no Trabalho


Use a sua criatividade e registre aqui as ideias principais presentes no
conteúdo estudado, buscando construir uma síntese pessoal sobre o tema.

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