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I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO


18-21 julho 2004, São Paulo. ISBN 85-89478-08-4.

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE UM PROTÓTIPO


HABITACIONAL CONSTRUÍDO NA CIDADE DE PORTO ALEGRE -
PERÍODO DE INVERNO DE 2003

Alessandro Morello (1); Miguel A. Sattler (2);


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, NORIE
(1) amorello@cpgec.ufrgs.br
(2) sattler@ufrgs.br

RESUMO
O presente trabalho trata dos estudos de verificação, in loco, do comportamento térmico de um
protótipo de edificação térrea unifamiliar, de padrão popular, construída no Campus da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre/RS (30º 02' S; 51º 13'). No período de
inverno de 2003, foram realizadas medições em intervalos horários de diversas variáveis ambientais
no interior da edificação. Paralelamente, em uma estação meteorológica monitorada pelo Instituto de
Pesquisas Hidráulicas, localizada a menos de 500 metros de distância do protótipo, foram coletados os
valores externos de temperatura e umidade relativa do ar.
Neste artigo, são apresentados os procedimentos e equipamentos usados na monitoração, bem como os
resultados das medições, através da quantificação das horas de desconforto estimadas. Por fim, são
realizadas considerações a respeito dos limites de conforto adotados para este estudo e discutidos os
resultados obtidos.
Palavras chave: conforto térmico; desempenho de edificações; monitoramento de variáveis térmicas

1. INTRODUÇÃO
O déficit habitacional brasileiro é um problema conhecido por todos. As tentativas do poder público de
resolver essa carência, nos últimos anos, têm-se mostrado pouco efetivas. Muitas vezes, nessa corrida
irrefletida para a geração de construções que atendam à população carente, aspectos qualitativos como,
por exemplo, o de conforto térmico, são relevados a um segundo plano ou simplesmente ignorados.
Por outro lado, observa-se que, através de decisões de projeto e da escolha de materiais adequados, é
possível desenvolver habitações populares que apresentem melhor desempenho térmico, sem que para
tal, seja necessário investir muito mais recursos do que os que já são gastos com as atuais construções
de uso similar. Além disso, o consumo de energia com o condicionamento térmico (uso de
ventiladores e/ou aquecedores elétricos) poderá ser minorado, diminuindo-se, também, os gastos
energéticos durante a vida útil da edificação.
Assim, para cada localidade ou região que possua condições climáticas específicas, deverão ser
adotados procedimentos de projeto adequados, para que se alcance uma solução que proporcione o
maior número de horas de conforto, com o menor custo construtivo possível. Nesse sentido, o Núcleo
Orientado para a Inovação da Edificação (NORIE - UFRGS) vem desenvolvendo estudos direcionados
para a melhoria das condições das habitações de interesse social, sempre considerando os princípios de
sustentabilidade ambiental e econômica.
2. CARACTERIZAÇÃO DO PROTÓTIPO ALVORADA

2.1. Aspectos gerais


O processo de desenvolvimento do projeto do Protótipo Casa Alvorada teve início com a análise das
idéias propostas no Concurso Internacional ANTAC/PLEA 95 - Design Ideas Competition:
Sustainable Housing for Poor, que visou discutir novos parâmetros para políticas habitacionais,
segundo princípios sustentáveis. A partir das idéias propostas, uma equipe composta por alunos e
professores do NORIE, passou a desenvolver um projeto de habitação popular para a cidade de
Alvorada-RS, através de convênio firmado com a Prefeitura daquele município.
Em 2000, a construção de um protótipo foi iniciada em Porto Alegre, no Campus da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, na avenida Bento Gonçalves, nº 9500. A edificação já foi objeto de
estudo de diversos trabalhos, desenvolvidos por pesquisadores ao longo dos últimos anos. Entretanto,
pela primeira vez, é realizada uma avaliação de desempenho térmico, através da monitoração e
quantificação das horas de desconforto por um período tão longo. Isso permitirá uma avaliação mais
precisa da eficiência das estratégias adotadas na fase de projeto do protótipo, bem como a
identificação de possíveis aperfeiçoamentos que poderão ser implementados para melhorar as
condições de conforto interno

2.2. Aspectos conceituais


Sob vários aspectos, o protótipo Alvorada se diferencia do padrão comumente adotado em edificações
de interesse social. Por seu caráter distinto, se faz necessário discorrer a respeito dos pressupostos
adotados na fase de concepção do projeto.
Segundo Sattler e Bonin (1999), o projeto foi desenvolvido considerando a realidade sócio-econômica
de Alvorada/RS e dos futuros usuários, com uma abordagem baseada em sistemas regenerativos para
maior eficiência nos fluxos de materiais e energias de todo o sistema. Para assegurar a interação entre
habitação e lote, algumas soluções foram aplicadas, incluindo a consideração da orientação, ventilação
cruzada, coletores solares para aquecimento d'água, coletores de água da chuva, paisagismo produtivo,
criação de pequenos animais, e tratamento de resíduos (leitos de evapotranspiração e compostagem).
Embora, até hoje, não tenha sido construída nenhuma edificação similar na cidade de Alvorada/RS, o
protótipo do Campus da UFRGS foi executado segundo os delineamentos estipuladas no seu projeto
original.
Entre os pressupostos e diretrizes básicos estabelecidos nas fases do projeto do protótipo podem ser
destacadas as seguintes como principais:
a) uso de materiais produzidos na região;
b) reduzido consumo de materiais ambientalmente inadequados (poluentes, tóxicos ou de alto
conteúdo energético);
c) especificação, no projeto, de materiais compatíveis com os princípios de sustentabilidade e
com os valores culturais da população;
d) cultura de construção local;
e) uso de mão de obra local (com pouca ou nenhuma especialização);
f) utilização de tecnologias de fácil apropriação pelos usuários da habitação, de forma a permitir
os processos de autoconstrução ou programas de mutirão.
g) observação das condições climáticas da região, visando o aproveitamento máximo da
capacidade dos materiais, em relação à manutenção dos níveis de conforto no interior da
edificação.
h) utilização de recursos da arquitetura bioclimática;
i) inclusão, no projeto, de relações espaciais que permitam a utilização da habitação por pessoas
portadoras de deficiências físicas (acessibilidade universal);
2.3. A edificação
A edificação possui uma área construída de aproximadamente 48 m2, na qual estão contemplados os
seguintes compartimentos: dois dormitórios, uma sala de estar integrada a cozinha, um banheiro, uma
varanda e uma pequena área de serviço aberta (ver planta baixa na figura 1).

Figura 1: planta baixa do protótipo Alvorada


Com relação aos materiais que compõe o envelope construtivo: nas paredes, foram utilizados tijolos
maciços, visando a diminuição das variações de temperatura no interior da edificação. Junto à parede
oeste foi previsto um revestimento de argamassa mais claro (atualmente, cinza), além da construção de
um pergolado, com troncos de eucalipto, para sombrear a parede e controlar a incidência dos raios
solares e conseqüente absorção de calor. Na parede sul, não existe nenhuma janela e a superfície
externa também é revestida com argamassa, para criar uma resistência maior à perda de calor no
inverno e evitar a ocorrência de patologias, já que essa face ficará mais exposta a ação das intempéries.
A cobertura é composta de duas águas, sendo que a maior área fica voltada para a orientação sul, para
diminuir a densidade de radiação solar proveniente do norte. A estrutura da cobertura constitui-se de
cinco camadas: telha cerâmica, colchão de ar, placa metálica reciclada, colchão de ar e forro de cerne
de cedrinho vermelho. A placa metálica funciona como barreira à radiação térmica, reduzindo
significativamente a transmissão de calor pela cobertura. Além disso, foi criado um sistema de
ventilação da cobertura através de portinholas de fácil operação, no beiral do lado sul, e aberturas
permanentemente decerradas, no lado mais alto do beiral na face norte da edificação, que tem por
objetivo, extrair o ar quente durante o período de verão. Deve-se ressaltar, no entanto, que durante os
meses englobados nesse estudo, as portinholas permaneceram fechadas.
Considera-se importante ressaltar alguns aspectos de implantação propostos e executados de forma a
maximizar as técnicas passivas de controle térmico. Entre elas, destaca-se a orientação solar da
edificação, onde as janelas das áreas de permanência prolongada são preferencialmente orientadas para
o norte ou leste; a captação dos ventos predominantes do quadrante leste, permitindo a ventilação
cruzada durante o verão, a partir da abertura das esquadrias; a manutenção da vegetação existente no
entorno para sombrear e proteger a fachada oeste, que comumente, é a face que recebe uma grande
parcela da radiação solar diurna.
Abaixo, na tabela 1, são apresentados os valores de transmitância térmica dos elementos do sistema
construtivo.
Tabela 1 - Características térmicas do protótipo Alvorada
Transmitância Térmica
Componente Construtivo
(W/m2K)
Paredes externas sem revestimento 2,9
Paredes externas com revestimento 2,7
Telhado 1,2
Piso 1,1

Os dormitórios são orientados para o norte e leste, para receber a radiação solar da manhã, em
qualquer estação do ano, enquanto que no período da tarde ficam protegidos do forte calor do verão.
Todas as esquadrias do protótipo Casa Alvorada foram confeccionadas em madeira de eucalipto, com
as dimensões indicadas na planta baixa (figura 1). Os vidros são do tipo plano, liso, com 3mm de
espessura. A superfície envidraçada das janelas corresponde, em média, a 50% da área total da
esquadria.
Na figura 2, pode ser visualizado o protótipo, que mostra as fachadas leste e norte da habitação, ao
final do mês de julho de 2003.

Figura 2: Protótipo Alvorada

3. MATERIAIS E MÉTODO

3.1 Revisão Bibliográfica


Os trabalhos de monitoração foram precedidos por uma revisão bibliográfica, visando obter
informações sobre as experiências realizadas no Brasil envolvendo questões metodológicas para
avaliação de desempenho térmico de edificações térreas de interesse social.
Além disso, ao longo do trabalho, fez-se necessário estudar com mais profundidade as questões
referentes aos limites de conforto térmico, dados climáticos e equipamentos utilizados para medição
das variáveis físicas no interior e exterior do protótipo.

3.2 Definição dos limites de conforto


Com a finalidade de avaliar o desempenho térmico da edificação estudada, comparar-se-ão os
resultados obtidos com os critérios da zona de conforto, para países em desenvolvimento, estabelecida
por Givoni (1992). Este autor propõe uma delimitação na zona de conforto para habitantes de países
em desenvolvimento e de clima quente. Sobre um diagrama psicrométrico são traçados os limites de
temperatura e umidade considerados confortáveis (ver Fig. 3). Esses limites são: temperatura entre 18
e 29ºC, sendo que para o inverno, o valor máximo é de 27ºC;.umidade, que pode variar de 4 g/kg a
15g/kg de conteúdo de vapor, no inverno, e de 4 g/kg a 17 g/kg, no verão, nunca ultrapassando a curva
dos 80% de umidade relativa do ar.
Bogo et al. (1994), realizaram um estudo no qual foram analisadas as metodologias de vários autores,
entre eles Watson e Labs, Olgyay, Givoni e Szokolay. Como conclusão, os autores sugerem a adoção
da carta Bioclimática para Edifícios de Givoni por que esta apresenta melhores condições de aplicação
para o Brasil (Fig. 3).
Segundo Lamberts et al. (1997) a zona de conforto delimitada por Givoni consegue enquadrar uma
faixa relativamente ampla de condições nas quais o indivíduo pode sentir-se confortável, em um
ambiente interno.

Figura 3: Carta bioclimática adotada, para países em desenvolvimento, proposta por Givoni
Sobre a carta psicrométrica da figura 3, são identificadas nove zonas de estratégias que, se seguidas,
podem proporcionar melhoras nas condições de conforto térmico e redução no consumo de energia
interno (LAMBERTS et. al. 2000):
a) zona 1 - de conforto;
b) zona 2 - de ventilação;
c) zona 3 - de resfriamento evaporativo;
d) zona 4 - de massa térmica para resfriamento;
e) zona 5 - de ar-condicionado;
f) zona 6 - de umidificação;
g) zona 7 - de massa térmica para aquecimento;
h) zona 8 - de aquecimento solar passivo;
i) zona 9 - de aquecimento artificial.
Segundo Lamberts et al. (1997), o ano climático de referência, que contém valores horários de
temperatura e umidade relativa, pode ser plotado sobre a carta bioclimática, obtendo-se o conjuto das
estratégias mais adequadas para cada período do ano.
Neste contexto, o procedimento sugerido foi realizado por Lamberts et al. (1997), para a cidade de
Porto Alegre onde se verifica que a capital gaúcha está submetida a uma grande variação climática ao
longo do ano. Percebe-se também, que um percentual significativo das horas de desconforto é
decorrente da alta umidade relativa (acima de 80%) e das baixas temperaturas (menores que 18ºC). Ao
se extrair da carta os percentuais respectivos de cada zona, tem-se que em apenas 22,4% das horas do
ano haverá conforto térmico. No restante (77,5%), o desconforto se divide em 25,9%, provocado pelo
calor, e 51,6%, pelo frio. Segundo a tabela, gerada a partir dessas constatações, verifica-se que para
33,7% dos casos, a solução recomendada seria a utilização de massa térmica, associada a aquecimento
solar; a ventilação natural deveria ser adotada em 19,5% dos casos; o aquecimento solar passivo
poderia ser utilizado em 11,7%; e o aquecimento artificial seria necessário em apenas 6% das
situações.
O critério de avaliação sugerido por Barbosa (1997), para habitações térreas padrão COHAB, em
Londrina-PR também é discutido nesse artigo. Onde são realizadas medições e simulações
computacionais anotando a quantidade de horas de calor e de frio no interior das edificações, para cada
estação. Abaixo de um determinado número de horas de desconforto, a edificação é considerada
aprovada sob o aspecto de conforto térmico (valor inferior a 1000 horas anuais, para a cidade de
Londrina). Acima deste valor devem ser adotadas medidas que diminuam o número de horas de
desconforto interno.
Considera-se também neste artigo, o limite inferior de conforto proposto por Becker (1992), que
afirma ser admissível uma temperatura do ar de 16ºC, para o período noturno, no inverno, desde que,
seja adotado um valor de 2.0 clo para o nível de vestimenta (obtido com um pijama longo e
cobertores).

3.3 Equipamento de medição


Para a realização das medições in loco foi utilizado um analisador de ambientes interiores, da linha
instrumental BABUC (ver figura 3). Este corresponde a um conjunto de instrumentos, sensores,
acessórios e programas para a aquisição, visualização, memorização e elaboração de uma grande
variedade de grandezas físicas, geradas em um ambiente de informações. O aparelho possui ingressos
universais, isto é, pode receber qualquer combinação de sensores dos mais diversos tipos. Todas as
sondas estão em conformidade com a norma ISO 7726 (1996).

Figura 3: BABUC-A (Laboratori di Instrumentazione Industriale S.P.A., 2002)


O modelo específico BABUC/A, utilizado na medição, possui 11 canais de ingresso, sendo que três
deles possuem finalidades específicas (anemômetro e sinal voltimétrico), enquanto que os outros oito
reconhecem automaticamente qualquer um dos sensores conectados. Algumas sondas ocupam mais de
um canal de entrada, no entanto, uma mesma sonda pode medir uma série de grandezas, como é o caso
do psicrômetro e do radiômetro de dupla face.
Outro aspecto a ser destacado em sua utilização, é o nível de informações desejado, já que o aparelho
permite a visualização imediata de todos os valores instantaneamente. Além disso, permite a
memorização dos dados e a transferência das informações para um computador, desde que este possua
o programa de intercâmbio. A partir dos dados armazenados, podem ser gerados gráficos e tabelas,
com grande facilidade. Para tal pode-se utilizar o software denominado InfoGAP 1.2®, de autoria da
LSI Lasten da Itália (Laboratori di Strumentazione Industriale, 2002).
A alimentação do aparelho é realizada em 9V, sendo que o equipamento possui 6 baterias internas de
1,2V, que são recarregáveis e possuem uma autonomia de dois dias de trabalho contínuo. Para
medições mais longas, o aparelho deve ser ligado à rede elétrica. Existe a possibilidade de conexão a
corrente 110V ou 220V, embora esta última seja mais aconselhável, já que, pelos testes realizados nos
meses de fevereiro e março, após o uso contínuo por mais de duas semanas a bateria descarrega
gradativamente, ocorrendo perdas nas leituras devido ao desligamento temporário do aparelho (quando
ligado à rede 110V).
De acordo com as recomendações da bibliografia consultada, optou-se por programar o equipamento
para realizar leituras com intervalos horários. Dessa forma se consegue ter uma boa definição das
curvas de temperatura e umidade relativa do ar sem perder a qualidade da informação.
As variáveis que estão sendo medidas e/ou calculadas pelo aparelho instalado no protótipo Alvorada
são as seguintes: temperatura de globo; de bulbo seco; de bulbo úmido (com e sem ventilação
forçada); de orvalho; temperatura assimétrica radiante e umidade relativa do ar.
Além dessas variáveis ambientais, o aparelho calcula e armazena os valores do índice de IBUTG, que
correlaciona a temperatura de bulbo úmido e a temperatura de globo, estimando o stress térmico por
calor para trabalhadores de acordo com a norma ISO 7243 (1989).
Segundo a LSI (2002), os sensores do Babuc/A não suportam muito bem temperaturas inferiores a 0ºC
e nem temperaturas superiores a 50ºC. Além disso, sugere que o equipamento não seja exposto
diretamente à radiação solar, para que não ocorram discrepâncias nos dados registrados e/ou danos de
caráter irreversível nos sensores. Em nenhum momento, durante todo o período de medição, as
temperaturas ultrapassaram os limites estabelecidos.
Todas as sondas conectadas ao Babuc/A foram calibradas na fábrica e, conforme orientações
constantes nos manuais do fabricante, devem ser recalibradas a cada dois anos no laboratório da
empresa. Como o equipamento é novo e ainda não completou dois anos, considera-se que seus
sensores ainda estejam dentro do prazo garantido pelo fabricante no que se refere a sua precisão.

3.4 Dados externos


As medições externas estão sendo realizadas em uma estação meteorológica localizada no campus da
UFRGS, a menos de 500 metros do local onde está construído o protótipo Alvorada. O equipamento
registra dados a cada 15 minutos, durante as 24 horas do dia. A coleta é realizada mensalmente pelo
Instituto de Pesquisas Hidráulicas e, para tal, utiliza-se o programa denominado GroWeather Software
1.1.®.
A estação começou a funcionar no ano 2000, mas, o fornecimento de dados para esse estudo iniciou
no mês de abril de 2003 (paralelamente às medições realizadas no protótipo). Entre os dados
fornecidos pela estação Meteorológica podem ser citados os seguintes: temperatura do ar; temperatura
de orvalho; radiação solar; velocidade e direção do vento; umidade relativa do ar; precipitação entre
outros.
Neste trabalho, serão apresentados apenas os dados referentes à temperatura do ar e umidade relativa,
embora as demais informações tenham servido de base para a confirmação de determinados
fenômenos observados.
3.5 Medições in loco
As medições no interior do protótipo Alvorada iniciaram no final do mês de abril do ano de 2003.
Entretanto, neste artigo, serão considerados apenas os valores obtidos durante o período de inverno
(23/06 a 22/09).
O equipamento de medição foi instalado no centro da sala/cozinha, sobre um tripé, de forma que os
sensores ficaram posicionados a aproximadamente 1,10m de altura. As sondas foram programadas
para registrar valores em intervalos horários, durante todo o período de estudo.
Com relação às janelas, optou-se por mantê-las fechadas devido ao grande risco de roubo do
equipamento, decorrente da inexistência de guardas ou seguranças para vigiar o local, nos finais de
semana e durante o período da noite. No inverno, isso não irá afetar o desempenho da edificação, visto
que a manutenção das janelas fechadas é algo normal nesta estação (excetuando-se, é claro, o caso da
ventilação higiênica).Também por motivo de segurança, a veneziana da janela do dormitório 2
permaneceu fechada durante todo o período de medição. Neste caso, especificamente, cabe salientar
que poderia haver um ganho térmico significativo, caso essa veneziana fosse aberta no período da
manhã. As portas internas ficaram abertas, permitindo a circulação do ar entre os compartimentos.
As escotilhas de ventilação da cobertura permaneceram fechadas durante o período. Essa estratégia já
estava prevista na fase de concepção do projeto do protótipo Alvorada, e foi adotada ao longo do
período de inverno.
Não existiam aparelhos elétricos, lâmpadas ou qualquer outro tipo de equipamento que pudesse se
caracterizar como uma fonte geradora de calor no interior do protótipo. Observe-se que, em uma
situação real de uso, esses equipamentos podem elevar a temperatura interna.
Os períodos de medição foram programados semanalmente, e a extração dos dados para o computador
foi realizada a cada seis ou sete semanas, em função da memória disponível no aparelho e dos riscos
decorrentes da função de desmontar e conduzir desde o local, até a cidade, um equipamento caro e
sensível.
Ainda se deve atestar que a edificação foi monitorada sem que houvesse nenhum ocupante em seu
interior. Sempre que ocorriam visitas à edificação, os intervalos de medição eram desconsiderados no
cômputo geral. Essa medida foi adotada para que não ocorresse nenhuma distorção nos dados de
temperatura e umidade relativa do ar interno. Além disso, deve ser apontado que, em uma determinada
semana do mês de setembro, a água destilada do psicrômetro evaporou completamente, gerando dados
distorcidos para a umidade relativa do ar. Em função do que foi exposto acima, em 29 horas do
período de medição, o aparelho não registrou valores ou esteve desligado. Por motivo semelhante, só
que por um período de 215 horas (não seqüenciais), não foram registrados dados de umidade relativa
do ar.

3.6 Tratamento dos dados


A estação meteorológica do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da UFRGS, registra dados
climáticos a cada 15 minutos, enquanto que, o equipamento de medição instalado no interior do
protótipo foi programado para armazenar informações em intervalos horários. Para que fosse possível
realizar uma análise comparativa dos dados internos e externos, foram eliminados os valores
intermediários, medidos pela estação meteorológica, trabalhando-se apenas com valores de hora cheia.
Os dados externos gerados pelo programa denominado GroWeather Software 1.1.®, foram
disponibilizado pelo IPH em formato "txt". Da mesma forma, os dados gerados pelo programa
InfoGAP 1.2.0® usado na extração dos dados do equipamento BABUC, foram exportados em formato
"txt" para as planilhas do software Excel®. Também no Excel, foram quantificadas as horas de
conforto/desconforto e gerados os gráficos comparativos da temperatura do ar e umidade relativa, que
serão apresentados no capítulo de resultados.
Também se utilizou o programa Analysis Bio 2.1.1., desenvolvido pela equipe do Laboratório de
Eficiência Energética em Edificações, da Universidade Federal e Santa Catarina, para plotar os valores
de umidade relativa e temperatura do ar sobre a carta psicrométrica. Os arquivos "try" foram gerados a
partir das planílhas do Excel, mais uma vez exportadas em formato "txt".
4. RESULTADOS
O período englobado neste estudo corresponde ao inverno de 2003, tendo sido estipulado o dia 23 de
julho como seu início e 22 de setembro como o dia final (o que corresponde a um total de 92 dias ou
2208 horas).

4.1 Condições externas


A semana de dias mais frios do inverno ocorreu entre 8 e 14 de julho, quando a média dos valores
mínimos absolutos da temperatura do ar externo foi igual a 3,3 ºC. O valor mínimo da temperatura do
ar externo foi registrado às 4:00 h do dia 12 de junho, quando o termômetro atingiu a marca de 0,5ºC.
Por outro lado, a semana que apresentou os dias mais quentes da estação ocorreu entre 2 e 8 de
setembro. A média das temperaturas máximas absolutas do ar, neste período, foi igual a 27,2ºC. O
maior valor para a temperatura do ar externo foi atingido às 16:00 h, do dia 6 de setembro, quando o
termômetro registrou o valor máximo de 33,7ºC. O valor médio da temperatura do ar, no período de
inverno de 2003, foi de 13,7ºC.
No que se refere a umidade relativa do ar, observou-se que os valores externos oscilaram entre 28% e
100%, e a média calculada para o período foi de 87,9%.
Em seu trabalho, Uber (1993) apresenta os valores horários-mensais médios da temperatura de bulbo
seco e umidade relativa do ar, registrados pela estação meteorológica do aeroporto Salgado Filho, para
o período compreendido entre 1951 e 1970. Comparando os valores de Uber com os que foram
registrados no presente estudo, verificou-se que o inverno de 2003 foi mais frio e mais úmido que a
média ocorrente naquele período (1951 a 1970).
Para a avalição do desempenho térmico do Protótipo Alvorada, foram contabilizadas as horas de
desconforto verificadas no período estudado (23-06 a 22-09) no exterior do protótipo. Em 1789 horas,
das 2208 horas monitoradas, a temperatura do ar externo esteve abaixo dos 18ºC. Por outro lado, em
49 horas a temperatura do ar esteve acima de 27ºC, considerado como o limite superior de conforto,
para o período de inverno, em países em desenvolvimento (GIVONI, 1992). Tem-se portanto, 81,02%
de horas de desconforto devido ao frio e 2,22% de horas de desconforto devido ao calor. Além disso,
em 6,8% das horas, embora a temperatura do ar externo estivesse dentro dos limites de conforto,
verificou-se que a umidade relativa do ar estava acima dos 80%.
Conclui-se portanto, que para os valores horários registrados pela estação meteorológica, em apenas
9,96% das horas as condições higrotérmicas externas permaneceram dentro dos limites de conforto
sugerida por Givoni (1992) para países em desenvolvimento.

4.2 Condições internas


Com relação aos dados internos deve ser ressaltado que, em 29 horas do período de medição, o
aparelho não registrou valores ou esteve desligado (por motivos de manutenção ou devido à presença
de visitantes no protótipo). Da mesma maneira, só que por um período mais longo (215 horas), não
foram registrados dados de umidade relativa do ar. Em função disso, os gráficos das figuras 4 e 5
possuem alguns trechos interrompidas, o que no entanto, não inviabiliza sua perfeita compreensão.
Acompanhando as condições registradas no interior da edificação, o valor mínimo absoluto da
temperatura do ar foi registrado às 8:00 h do dia 13 de junho, quando o termômetro atingiu a marca de
8,7ºC. O valor máximo absoluto da temperatura do ar interno foi atingido às 17:00 h do dia 7 de
setembro, quando o termômetro registrou o valor máximo de 25,9ºC.
No interior do protótipo, a umidade relativa do ar apresentou valores que oscilaram entre 55,1% e
89,4%, e a média interna calculada para o período foi de 71,6%.

4.3 Análise comparativa


4.3.1 Temperatura
No gráfico da figura 4, são apresentadas as curvas com a oscilação da temperatura, ao longo do
período de inverno de 2003. As linhas horizontais (na cor verde) indicam os limites superior e inferior
da zona de conforto de Givoni (1992), para países em desenvolvimento .
Figura 4: Gráfico comparativo das temperaturas interna e externa no período.
Observando a figura 4, é possível notar que o período estudado se caracteriza por altos gradientes de
temperatura ao longo do dia. Houve casos em que, em menos de doze horas, foram constatadas
variações de até 23,5ºC na temperatura do ar externo (dia 21 de agosto).
Com relação aos dias mais frios da estação, quando a temperatura externa chegou ao seu valor mínimo
de 0,5ºC, no dia 12 de julho, ocorreu um atraso térmico de três horas (indicando o período decorrido
até que este valor mínimo externo fosse percebido no interior do protótipo, a saber 8,8ºC).
Na semana em que ocorreram as temperaturas mais baixas (8 a 14 de julho), o amortecimento térmico
médio verificado foi de 7,4ºC para as mínimas absolutas. A temperatura média externa durante esta
semana foi de 9,3ºC enquanto que a média interna calculada foi de 13,24ºC. Deve-se observar ainda,
que nesta semana as temperaturas externas permaneceram abaixo dos 18ºC durante a maior parte do
tempo.
Para os dias mais quentes da estação, observou-se que a temperatura externa ultrapassou os 27ºC em
49 horas distribuídas da seguinte maneira: cinco dias do mês de setembro, três dias do mês de agosto e
dois dias do mês de julho. Mesmo assim, esta temperatura mais elevada permaneceu acima do limite
superior por apenas algumas horas no período da tarde. Em nenhum dia, a temperatura do ar interno
esteve acima dos 27ºC (o valor máximo registrado foi de 25,9ºC).
4.3.2 Umidade Relativa
Repetindo o que já foi comentado anteriormente, a umidade relativa no exterior oscilou
constantemente, tendo como valor mínimo 28% e chegando várias vezes aos 100% (quase sempre
esses valores eram registrados durante as horas mais frias da madrugada).
Enquanto isso, no interior do protótipo, a variação constatada permaneceu entre 51,1% para o valor
mínimo e 89,4% para o valor máximo, com uma média de 71,6% (durante as horas medidas). No
gráfico da figura 5, são apresentados os valores de umidade relativa para o período de estudo.
Figura 5: Gráfico comparativo das umidades relativas interna e externa no período.
Verificou-se que a umidade relativa do ar, no exterior, esteve abaixo dos 80% em apenas 527 horas em
um total de 2208 horas medidas no período (aproximadamente 24%). Já no interior do protótipo, das
1993 horas medidas, em 1751 horas a umidade relativa do ar esteve abaixo dos 80% (equivalente a
quase 90% das horas medidas).
Parte dessa estabilidade da umidade relativa do ar no interior do protótipo se deve ao fato da
temperatura interna ser maior que a do exterior. Isto ocorre porque o ar, a uma determinada
temperatura é capaz de suportar uma determinada quantidade de vapor d’água, e, quanto mais elevada
essa temperatura, maior a capacidade de conter umidade (MARKUS & MORRIS, 1980), reduzindo,
portanto, a umidade relativa.
4.3.3 Cartas bioclimáticas
Como as condições de conforto consideradas neste trabalho correlacionam a temperatura com a
umidade relativa do ar, optou-se por utilizar o programa Analysis Bio desenvolvido pela equipe do
Laboratório de Eficiência Energética em Edificações, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Deve-se ressaltar que este programa exige a sequência completa dos dados, ou seja, os 2208 valores de
temperatura e umidade relativa. Como já foi explicado anteriormente, alguns dados internos não foram
registrados pelo equipamento. Em função disso, alguns valores faltantes foram estimados por
interpolação.
Também é necessário frisar que o programa estabelece o limite superior de temperatura em 29ºC,
enquanto que neste estudo foi adotada a temperatura de 27ºC como temperatura máxima de conforto
para o inverno.
Nas figuras 6 e 7, são apresentados os valores horários de temperatura e umidade relativa do ar
plotados sobre a carta psicrométrica.
Figura 6:Carta bioclimática com os valores horários de temperatura e umidade relativa
verificados no exterior do protótipo para o período de inverno de 2003 (programa Analysis Bio)
Observando a figura 6, verifica-se que os pontos plotados sobre as diferentes zonas estão amplamente
distribuídos sobre a carta bioclimática. Os relatórios do programa apontam uma temperatura do ar
abaixo dos 10,5ºC em 579 horas. Isso corresponde a 26,22% do total de horas registradas no período.
De acordo com Lamberts et.al. (2000), quando a temperatura do ar se encontra dentro da zona 9, a
estratégia bioclimática de adoção mais recomendável é o aquecimento artificial, pois a estratégia de
aquecimento solar passivo já não é suficiente para produzir a sensação de conforto.

Figura 7:Carta bioclimática com os valores horários de temperatura e umidade relativa


verificados no interior do protótipo para o período de inverno de 2003 (programa Analysis Bio)
Na figura 7, a maioria dos pontos concentram-se dentro de uma faixa relativamente estreita, entre as
curvas de umidade relativa de 60 e 80%. Em 1565 horas a temperatura do ar interno do protótipo
Alvorada, esteve abaixo dos 18ºC (das 2179 horas monitoradas no período). Mas, em 265 destas 1565
horas, a temperatura do ar esteve acima de 17ºC, ou seja, muito próxima da zona de conforto.
Observa-se ainda que, 639 horas de desconforto ocorreram entre as 22:00 h e 6:00 h, quando o usuário
provavelmente estará dormindo e com um nível de vestimenta maior. Assim sendo, se for considerado
o valor mínimo de 16ºC para a temperatura do ar durante essas horas noturnas, conforme sugerido por
Becker (1992), o número de horas de desconforto pode diminuir ainda mais.
Com relação à temperatura do ar deve-se ressaltar ainda que, em alguns casos, apenas o número de
horas de desconforto não é suficiente para demonstrar a diferença entre os valores medidos externa e
internamente. Isso porque, se considerarmos apenas as horas em que a temperatura do ar interno esteve
abaixo dos 18ºC, teremos um valor absoluto, que não expressa a distribuição das diferentes
temperaturas ao longo do tempo.
Para expressar mais adequadamente os períodos de frio e de calor, foram calculados os graus/hora,
tanto para o exterior, como para o interior do protótipo, sendo seus valores apresentados na tabela 2.
Na mesma tabela são apresentadas as horas de conforto/desconforto comparando os dados coletados
externa e internamente.
Tabela 2: Número de horas de conforto/desconforto verificadas no período de inverno de 2003
Parâmetros limite de conforto/ Referente ao número de horas Referente ao número de horas
desconforto condições externas medidos internamente
2179 horas para temperatura
Número de horas de leitura 2208 horas
1993 para umidade relativa
Número de horas abaixo de 18ºC 1789 horas (81,02%) 1565 horas (71,82%)
Número de horas acima de 27ºC 49 horas (2,22%) 0 horas (0,0%)
Número de horas com umidade
1681 horas (76,13%) 242 horas(10,01%)
relativa igual ou superior a 80%
Número total de horas de
desconforto devido a
1838 horas (83,24%) 1565 horas (71,99%)
temperatura do ar indadequada
(<18ºC e >27ºC)
Número total de horas de Aproximadamente 533 horas
220 horas (9,96%)
conforto (segundo Givoni) (24,14%)

Número de graus/horas 11007,7 graus/hora, para uma 4878,8 graus/hora, para uma
calculado para temperaturas base condição de frio condição de frio
de 18ºC, para condições de frio e 132,4 graus/hora, para uma 0 graus/hora, para uma condição
de 27ºC, para condições de calor condição de calor de calor

O número de graus/hora, para as condições de desconforto, no interior da edificação, foi reduzido para,
menos da metade valor calculado externamente. Já o ganho em número de horas de conforto,
proporcionado pela envolvente construtiva da edificação, ampliado de 9,96 para 24,14% .

5. CONCLUSÃO
Mesmo que um grande número de horas de frio se encontre abaixo dos limites sugeridos por Givoni
(1992) para países em desenvolvimento, os valores medidos no interior do protótipo Alvorada
apontaram um abrandamento significativo das condições de desconforto verificadas externamente. Os
valores medidos internamente apontaram um número de horas de conforto quase três vezes maior que
aquele constatado no exterior.
Observa-se ainda, o inverno de 2003 foi mais frio que a média para cidade de Porto Alegre. Também é
necessário considerar que, no momento em que a edificação estiver em uso, a produção de calor pelos
ocupantes e equipamentos, poderá diminuir ainda mais, o número de horas de desconforto
contabilizadas nesse estudo.
Com a construção do fogão à lenha, previsto no projeto do protótipo Alvorada, poderão ser realizados
outros testes contabilizando o abrandamento das condições de desconforto provocadas pelo frio
(principalmente quando as condições externas apresentarem valores de temperatura abaixo de 10,5ºC).
Ainda deve ser comentado que, segundo Barbosa (1997) na cidade de Londrina, PR, as condições
externas encontram-se dentro dos limites de conforto sugeridos por Givoni (1992), em praticamente
70% das horas do ano (para o ano climático de referência, tomado como base). Em Porto Alegre, a
situação praticamente se inverte. Para as 8760 horas do ano climático de referência, verifica-se um
percentual de desconforto anual de 77,5%, dos quais, 51,6% são associados à condição de frio
(LAMBERTS et. al., 1997). Portanto, considera-se que o método das horas anuais de desconforto
sugerido por Barbosa (1997) como um parâmetro de referência para a avaliação de desempenho
térmico de edificações é válido, mas deve ser adaptado para a cidade de Porto Alegre, principalmente
no que tange ao número máximo de 1000 horas de desconforto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, M. J. Uma Metodologia para Especificar e Avaliar o Desempenho Térmico de
Edificações Residenciais Unifamiliares. 1997. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) -
Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina
Florianópolis: Tese de doutorado, 1997.
BECKER, M.F.M. Análise de Desempenho Térmico de uma Habitação Unifamiliar Térrea . 1993.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre 1993.
BOGO, A.; PIETROBON, C. E.; BARBOSA, M.J.; GOULART, S.; PITTA, T.; LAMBERTS, R.;
Bioclimatologia Aplicada ao Projeto de Edificações Visando o Conforto Térmico. Relatório
interno nº 02/94. Núcleo de Pesquisa em Construção, UFSC, Florianópolis, SC.
GIVONI, B. Confort, Climate Analysis and Building Design Guidelines. Energy and Building.
Vol 18, 1992. p 11-23.
Laboratori di Strumentazione Industriale S.P.A. Babuc/A/M - Strumento Portatile per
L'acquisizione, Visualizzazione, Memorizzazione ed Elaborazione di Grandezze Ambientali.
Manuale per l'utente. Milano: LSI, 2002. 75p.
LAMBERTS, R.; PEREIRA, F.; DUTRA, L. Eficiência Energética na Arquitetura. São Paulo: PW
Editores, 1997. 192p.
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manual da disciplina de mesmo nome da Universidade Federal de Santa Catarina, 2000. 62p.
MARKUS, T.A.; MORRIS, E.N. Buildings, Climate and Energy. London. Pitman Publishing
Limited , 1980.
SATTLER, M.; BONIN, L.C. (coordenadores) et. al. Memoriais do Projeto - Protótipo de
Habitação Sustentável. [S.l.: s.n.] 1999. 63p.
UBER, L.L. A climatologia Aplicada ao Ambiente Construído: Uma Contribuição à
Caracterização Climática de Porto Alegre/RS. 1993. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) -
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
UFRGS, Porto Alegre, 1993.

AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem aos responsáveis pela estação meteorológica do Campus da UFRGS, pela
cessão dos dados relativos ao período estudado. Também agradecemos ao auxílio do CNPq, que
possibilitou a compra do equipamento de aquisição de dados ambientais, e ao CNPq e CAPES, pela
bolsa concedida a um dos autores.

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