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Nulidades

- Sistema formalista (se não observar a forma), privatista, legalista (lei expressamente
declarar), judicial/instrumental (juiz avalia prejuízo e prevalece o atingimento do fim) e
sistema misto (se forma essencial, nulidade, se acidental, não decreta, e se atingir a finalidade,
sana-se: prevalece a validade – a forma não é um fim em si mesmo).

- Ato perfeito (típico – válido e eficaz) ou irregular.


a) Mera irregularidade sem consequências (não será declarado nulo) – formalidades não
essenciais (acidentais) ou, no máximo, com sanção extraprocessual (não invalida, mas
gera efeitos fora do processo:
Ex.: Multa a perito que não apresenta laudo no prazo.
Ex.: (STJ) Falta de recibo de entrega do preso ao condutor do flagrante, se
observadas as demais garantias constitucionais.
Ex.: Formalidades do CPP para reconhecimento pessoal (“se possível”).
Ex.: Não tomar compromisso da testemunha.
Ex.: Pequenos erros na inicial acusatória (capitulação, p. ex.).

b) Inexistência: Elemento essencial à existência, estruturante – suporte fático inexistente.


Absolutamente ineficaz, não interesse avaliar o prejuízo, sequer precisa de declaração
judicial (RBL entende que precisa, pois gera efeitos até declarada, mas não gera
depois). Nunca se convalida.
Ex.: Sentença por quem não é juiz ou ato estagiário sem atribuição, ou por MP
sem atribuição [salvo se oferecido por um promotor e ratificado pelo outro].
Ex.: Sentença sem dispositivo.
Ex.: Juiz impedido (RBL).
Ex.: Certidão de trânsito em julgado sem remessa necessária;
Ex.: Conflito de coisas julgadas – prevalece a mais favorável, a outra “inexiste”.
Ex.: Extinção punibilidade certidão óbito falsa (STF).

 Divergências:
o Sem assinatura.
o Em férias (STF: Válido).

c) Irregularidades que podem invalidar – “NULOS” (interesse público – absoluta – ou


preponderante das partes – relativa).
- Suporte fático deficiente. Elementos essenciais.
- Forma é garantia (Aury): eficiência da aplicação da coerção penal, porém sem
prejudicar direitos e garantias fundamentais.

- 1ªC: Sanção em face da atipicidade: desconformidade à forma constitucional ou legal. Para


que a tipicidade tenha caráter cogente e normativo, exige-se uma SANÇÃO: nulidade, da qual
deriva a inaptidão do ato para produzir seus efeitos. Sanção é a “Ineficácia judicialmente
declarada”.
- Pode ser “do ato” (originária) ou decorrer e se projetar como consequência
(derivada).

- 2ªC: Vício (é “a inobservância da forma”, que tem por consequência de seu


reconhecimento judicial a aplicação da sanção de ineficácia).
- Geram efeitos até declarada a nulidade judicialmente (ex.: sentença sem fundamentação) e
podem manter alguns efeitos mesmo reconhecida a nulidade – ex.: reformatio in pejus
indireta em recurso exclusivo da defesa (efeito prodrômico).
- Podem ser convalidadas e, a depender do caso, mesmo vícios gravíssimos, se
favorecerem o réu com trânsito em julgado (não há revisão pro societate).

(i) Absoluta.
- Interesse/ordem público (CF, direta ou indireta: nulo ou inexistente). “No campo
da atipicidade constitucional não há espaço para meras irregularidades ou
nulidades relativas” (Ada Peregrini Grinover).
- Em regra não convalida (salvo trânsito em julgado pro reo);
- Alega a qualquer momento.
Ex.: Interrogatório sem defensor;
Ex.: Sentença sem fundamentação;
Ex.: Juiz não analisa teses de defesa preliminar (só fala “genericamente”);
Ex.: Incompetência matéria e pessoa.
Ex.: Vício/falta na citação (ainda que tenha constituído advogado na fase
investigatória e este tenha atuado na instrução criminal por determinação do
juiz).
Ex.: Defesa por estagiário “advogado”.
Ex.: Acórdão que só reproduz sentença e adota parecer do MP, sem sequer
transcrever (pode fundamentar “per relationem”, mas ao menos transcrever a
parte que legitima o raciocínio).
Ex. FALTA de defesa.

(ii) Relativa;
- Inderesse preponderante da parte (legal ou súmula);
-Podem se convalidados (aceitação)/precluem. Alegação oportuna.
Ex.: Incompetência territorial (divergência Aury). Lembrar Súm. 33, STJ (ofício).
Ex.: Ausência de intimação da parte da expedição da CP.
Ex.: Não intimar réu para oitiva das testemunhas se tem advogado.
Ex.: Não observar procedimento da defesa preliminar nos procedimentos
especiais.
Ex.: Ordem de oitiva do 212 do CPP.
Ex.: DEFICIÊNCIA de defesa.

 Prevalece que AMBAS o juiz pode de ofício (não é parte, mas garantidor da
regularidade e do devido processo legal).

 Em qualquer caso, além de atipicidade, verificar: prejuízo (não confunde com


insanabilidade) e atingimento da finalidade. Ainda, quanto às relativas, a preclusão, o
P. do interesse e da lealdade (não pode alegar quem a aproveita ou quem a deu
causa).

 Prejuízo? Em tese, na nulidade absoluta seria presumido, ordem pública (RBL – iuris
tantum, inverte ônus) ou “pressuposto” (Pacceli – nem cabe prova em contrário).
Atualmente, jurisprudência e doutrina falam que em AMBAS deve ser comprovado o
prejuízo por quem alega. Na relativa, deve provar o prejuízo.
o Criticar.
 Recursal: Depende de provocação (efeito devolutivo e inércia).
o De ofício? Se favorecer defesa, pode sempre. Se for desfavorável à defesa
(anular absolvição), só pode se a acusação alegou em seu recurso, ou se for
caso de “recurso de ofício”.
 Ampla defesa e contraditório + juiz estaria corrigindo o órgão de
acusação + desigualdade partes.
 Lembrar da exceção do STF do caso de corréus em júri federal, em que
só um recorreu, e deveria ser estadual, e o outro foi absolvido pelos
crimes contra a vida, mas condenado pelos outros.
o Prequestionamento, mas pode HC de ofício se não suprir instância.

 Revisão criminal? Art. 621 não fala. Mas pode, pois o art. 626 diz “anular o processo”.

Momento Limite para Alegar Nulidades Relativas


- Resposta à acusação.
- Em audiência: imediatamente.
- Alegações finais (fim da instrução).
- Após alegações finais ou na própria decisão: razões do recurso ou sustentação oral.
- As nulidades relativas anteriores podem ser reiteradas.
- 2ª Fase Júri:
- Após pronúncia: na preparação do processo (art. 422 e 433, CPP);
-Após preparação para plenário: imediatamente após anunciado o julgamento em
plenário.
- Em plenário: imediatamente (inclusive quesitos).
- Ações originárias: alegações escritas ou sustentação oral.

Princípios Nulidades

1) P. da Tipicidade das Formas.

2) P. do Prejuízo (pas de nullité sans grief).


- Prejuízo: (i) ao contraditório (CPP: “prejuízo para acusação ou defesa”); (ii) à correção
da sentença (CPP: “influído apuração verdade ou decisão da causa”).

3) P. da Instrumentalidade das Formas.


- Atingir finalidade.
- Regra: relativas. Exceção: absolutas se previsto em lei (p. ex., citação – comparece –
adia o ato se prejudicar).
- Forma e processo não são fins em si mesmos.

4) P. da Eficácia dos Atos Processuais.


- Nulos produzem efeitos enquanto não declarados.

5) P. da Restrição Processual á Decretação de Ineficácia.


- Instrumento e momento adequados.
Ex.: Indeferir pedido de incidente de falsidade sobre prova juntada aos autos há mais
de 10 anos e contra a qual a defesa só se insurge após a sentença.

6) P. da Causalidade (Consequencialidade, Contaminação, Extensão ou Efeito Expansivo).


- Uma vez declarada a nulidade do ato, os demais que dele decorrem também estarão
contaminados (seja relativa, seja absoluta). Os atos anteriores, que não tem nenhuma
pertinência lógica com o vício, serão aproveitados porque não ocorreu contaminação.
- Não “cronológica”, mas “lógica” (CPP: “dele dependam ou sejam consequência”).
- Originária (do ato) e derivada (atos dependentes).

7) P. da Conservação dos Atos Processuais.


- Os atos que não decorrem do ato nulo devem ser preservados num verdadeiro
sistema de aproveitamento. A lógica da conservação nos apresenta o “princípio do
confinamento da nulidade”.
- CPC, art. 281: Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os
subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato
não prejudicará as outras que dela sejam independentes.

- Essa regra não se aplica ao plenário do júri. Se houver nulidade em uma das provas
produzidas (ex. documento não juntado até 3 dias antes), o júri deve ser desfeito.

8) P. do Interesse.
- Não pode alegar nulidade [relativa] se só interessa à parte contrária (CPP).
- Tecnicamente, MP visa título executivo válido, com interesse em todas as
formalidades inclusive em benefício à defesa, podendo postular nulidades em prol da
defesa.

9) P. da Boa-Fé.
- Quem deu causa [dolo ou culpa] ou concorreu à nulidade não pode invocá-la (CPP).
- Boa-fé objetiva e subprincípios [Ex.: Oitiva de testemunha por precatória, nomeado
dativo com anuência, depois defesa pede anulação – venire contra...].

10) P. da Convalidação:

a) Em geral:
- Preclusão (prazos do CPP);
- Parte aceitar mesmo tacitamente seus efeitos (CPP)
- Ou prolação de sentença (juiz pronuncia nulidade e declarar os atos atingidos – CPC,
282, subsidiariamente e, também, não pronuncia nuldiade se pode decidir o mérito
em favor de quem a decretação aproveitaria – ex.: anular beneficia defesa, e será
absolvição). Idem teoria da causa madura (ao invés de anular, já absolve).
Por fim, a coisa julgada pro reo convalida.

b) Casos especiais:
- Representação da parte (capacidade postulatória, representante de menor ou
incapaz, ou APP Condicionada à Representação, se dentro do prazo) – basta ratificação
dos atos. Não é ilegitimidade ad causam (MP vs ofendido).
- Omissões [não essenciais] da queixa ou representação;
- Comparecimento supre a citação.
- Aproveitamento de atos se reconhecida incompetência do juízo.
- 1ªC: Só relativa, e só aproveita instrutórios, não decisórios (CPP, 567 e 108).
- 2ª C (STF): Inclusive decisórios, mesmo na absoluta. Ex.: Recebimento da
inicial.

11) P. da Não-Preclusão e Pronunciamento de Ofício das Nulidades Absolutas – v. acima.


Nulidades em Espécie
1) INCOMPETÊNCIA.
- Relativa vs absoluta e ratificação dos atos não decisórios.

2) SUSPEIÇÃO.
- Se juiz acolhe, nulidade relativa (provar prejuízo). Se juiz não acolhe, a lei presume
nulidade absoluta se o tribunal julgar procedente a exceção.

- Obs.: “IMPEDIMENTO” = INEXISTÊNCIA.

3) SUBORNO.
- Qualquer vantagem. Absoluta.

4) ILEGITIMIDADE DE PARTE.
- Ad causam = absoluta.
- Ad processum:
- Representante da parte não poderia estar por ela = relativa (ratificação pelo
correto);
- Da própria parte = absoluta.

5) FALTA DE ATOS E TERMOS:

a) Denúncia, queixa ou representação.


- Falta “da peça”, e não da “atribuição do promotor” (inexistência) e nem de
formalidade da peça (falta de elemento essencial, outro inciso).

- Falta de representação: nulidade absoluta.


- Representação por representante legal incorreto: nulidade relativa.

b) AECD se crime deixa vestígio.

c) Nomeação de defensor ao réu.


- Obs. que mesmo o defensor público ou dativo, por lei devem “SEMPRE” exercer por
manifestação fundamentada (CPP, 261, p. único). Na prática, admite-se genérica a R.A.

d) Intervenção do MP em crime de ação pública (ou privada subsidiária).


- “Notificação” para intervir.
- Absoluta se o MP denunciou;
- Relativa se privada subsidiária.

e) Citação, interrogatório e prazos à acusação e defesa.


- Pode ser “não declarada” na citação, se suprida.
- Prazos menores é nulidade relativa.

f) Sentença de pronúncia.

g) Intimação do réu para julgamento no júri.


- Se solto e, intimado, não comparece, julga-se à revelia.
- Se preso, polícia leva. Divergência se não quiser comparecer.
h) Presença 15 jurados, sorteio em nº legal (07) e incomunicabilidade;

i) Testemunhas arroladas para júri [só se arrolada com “caráter imprescindível”].

j) Quesitos e respostas no júri;


- Não constar os do CPP: Absoluta (STF);
- Constarem, mas a parte discorda da explicação ou se pretende quesito adicional:
relativa.
- Deficiência ou contradição dos quesitos e respostas no júri também é nulidade.

k) Falta de acusação ou defesa;

l) Sentença;
- Se por juiz impedido, a sentença é inexistente, e os posteriores são nulos.

m) Intimação das sentenças e despachos que caiba recurso;


- Inclusive do OFENDIDO acerca da sentença;
- Falta de intimação impede trânsito em julgado

[...]

n) Omissão de formalidade essencial do ato;


- CPP, 572, trata como relativa. Ex.: STF – Falta de intimação da expedição da CP para
oitiva de testemunha.
- Doutrina trata como absoluta, pois é formalidade “essencial”.
Ex.: Falta de descrição dos fatos na denúncia.

 Jurisprudência:
o Juiz complementar perguntas da defesa se ausente o MP = STF e STJ não
anularam (seria relativa violação ao 212, e precisaria mostrar prejuízo e não
precluir).
o Interceptação do advogado do investigado = NÃO anula TODO o processo (só o
ato respectivo e os subsequentes dele dependentes).
o Ausência de contrarrazões da defesa devidamente intimada = NÃO anula.

o Defensor público/dativo intimado da da data de julgamento do recurso. Em


regra, deve ser pessoalmente, e não só pela imprensa oficial, sob pena de
nulidade. Exceção: se o próprio defensor pediu para ser intimado pelo D.O.

o Constituído novo advogado, sem menção expressa ao anterior, entende-se


tacitamente revogado o anterior. Então, deve ser intimado o NOVO advogado,
sob pena de nulidade por cerceamento de defesa.

o A Defensoria Pública, ao tomar ciência de que o processo será julgado em data


determinada ou nas sessões subsequentes, não pode alegar cerceamento de
defesa ou nulidade de julgamento quando a audiência não realizada no dia
previamente marcado, ocorrer no dia seguinte à nova intimação [se não
requerer adiamento ou outra providência].
o Decisão proferida em audiência, na presença do defensor público. Deve ainda
assim haver a remessa dos autos à DP para intimação pessoal. Nulidade.

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