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Observações:
1) As questões abaixo foram retiradas dos três últimos concursos do
AFRF. Como vocês poderão constatar, praticamente todas as questões
podem ser respondidas pelos textos de nossas Aulas online.
2. O gabarito comentado aparece ao final das 20 questões aqui
propostas..
3. Na próxima 2ª feira vocês receberão uma 2ª bateria de exercícios,
ok?
* * *
Questões:
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econômica. Quanto ao aspecto de afetar a distribuição de renda, não se pode
afirmar que:
a) Os impostos indiretos aumentam a desigualdade na distribuição do produto
nacional.
b) A implantação de um sistema tributário em que todos pagam 7% de sua renda
como imposto caracteriza um sistema proporcional.
c) Os impostos diretos, tais como o ICMS e o IPI, que não incidem sobre a renda,
mas sobre o preço da mercadoria, são impostos regressivos.
d) Com impostos regressivos, os segmentos sociais de menor poder aquisitivo são
os mais onerados.
e) A estrutura tributária, baseada em impostos progressivos, onera
proporcionalmente mais os segmentos da sociedade de maior poder aquisitivo.
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b) Aumento dos impostos.
c) Diminuição da riqueza.
d) Aumento do pessimismo de empresas ou famílias.
e) Aumento da taxa de juros a cada taxa de inflação.
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b) Permite-se que o monopolista fixe qualquer nível de preço e de produção que
deseje e, então, taxa-se aquela parte do lucro operacional que foi considerada
excessiva.
c) A lógica que fundamenta a aplicação de imposto sobre os lucros do monopolista
é bastante simples.
d) O preço que maximiza os lucros do monopolista não muda com a aplicação do
imposto sobre os lucros excessivos e o vendedor absorve todo o impacto do
imposto.
e) O que torna o imposto sobre os lucros excessivos do monopolista diferente da
regulação direta é que esse imposto transfere uma parte dos ganhos do
monopólio para o governo.
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13. (AFRF-2002) Identifique a opção falsa no tocante aos efeitos de médio e longo
prazos que podem ocorrer na distribuição da carga tributária ao se adotar o
imposto sobre a Renda como instrumento de política econômica, em um contexto
de inflação e de crescimento econômico:
a) Se o efeito da inflação sobre as diferentes categorias de rendimento e os
diferentes níveis de remuneração forem uniformes, a utilização de um índice
representativo do aumento geral nos preços durante o período não contribui para
alterar o grau de progressividade do tributo.
b) A correção monetária do salário é automaticamente incluída na declaração de
rendimentos, não ocorrendo o mesmo para alguns rendimentos de capital.
c) Para contribuintes que aufiram basicamente rendimentos de capital, a correção
posterior dos intervalos de classe da tabela progressiva representa uma redução
gradual nos respectivos coeficientes de carga tributária efetiva.
d) Quando o desenvolvimento econômico é acompanhado por uma distribuição
mais eqüitativa da renda, o resultado é um aumento na progressividade efetiva do
tributo.
e) Em um contexto de crescimento econômico, uma elevação geral do nível da
renda real de todos os contribuintes, a longo prazo, eleva os coeficientes da carga
tributária média em todos os extratos da distribuição.
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16. (AFRF-2002.2) Compete à União, exclusivamente, com exceção do disposto no
Parágrafo ùnico do Art. 149 da Constituição Federal, instituir contribuições
sociais, de domínio econômico e de interesse da categorias profissionais ou
econômicas. Segundo a classificação das receitas públicas brasileiras, indique a
opção que é classificada como uma receita de contribuição do governo:
a) Contribuição para o instituto de Colonização e Reforma Agrária.
b) Contribuição Social para o Salário Educação.
c) Contribuição para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
d) Contribuição para o Serviço Social da Indústria.
e) Contribuição para o Programa de Integração Nacional e para o Programa de
Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste.
17. (AFRF-2002.2) Identifique a única opção incorreta no que tange aos tipos de
impostos:
a) Tributos diretos são aqueles cujo ônus de pagamento recai sobre o próprio
contribuinte.
b) Os impostos indiretos costumam ser proporcionais ou seletivos, de acordo com a
essencialidade do produto ou serviço em que incidem.
c) Os impostos diretos costumam ser progressivos, incidindo de forma graduada, de
acordo com a capacidade econômica do contribuinte.
d) Os impostos indiretos., por não serem transferíveis a terceiros, permitem que a
carga tributária seja distribuída de forma eqüitativa.
e) A diferenciação entre tributos diretos e indiretos é importante para a análise da
eqüidade.
19. (AFRF-2002.2) Modelos simples de oferta e demanda podem ser utilizados para
analisar uma ampla variedade de políticas governamentais. Com base no
impacato de um imposto, aponte a única opção falsa:
a) O impacto de um imposto depende das elasticidades da oferta e da demanda.
b) Se a demanda for muito inelástica em relação à oferta, a carga fiscal recairá
principalmente sobre os compradores.
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c) Se a curva de oferta for horizontal, nenhuma parcela do imposto será repassada
aos consumidores.
d) Se a demanda for muito elástica em relação à oferta, a carga fiscal incidirá
principalmente sobre os vendedores.
e) O ônus de um imposto é a perda líquida excedente dos consumidores e
produtores resultante da aplicação do imposto.
20. (AFRF-2002.2) Com base na evolução da carga tributária no Brasil, nos últimos
30 anos, aponte a única opção incorreta:
a) Ao longo dos anos 70 e 80, a carga tributária brasileira oscilou entre 23% e 26%
do PIB.
b) A menor arrecadação, verificada em alguns anos pode ser atribuída ao chamado
“efeito Tanzi”, que corresponde à queda de arrecadação real do governo,
observada em períodos de aceleração inflacionária.
c) Em 1990, ocorreu significativo aumento da carga tributária, provocada pelo
Plano Collor, chegando a atingir quase 30% do PIB.
d) Houve forte escalada tributária após a implantação do Plano Real, pasando a
carga tributária a representar mais de 30% do PIB no final da década de 90.
e) A elevação da carga tributária ocorrida nos anos 90 deveu-se, basicamente, ao
aumento da carga dos tributos incidentes sobre o patrimônio e a renda.
__________________
Questão 2:
Esta questão aborda a questão sobre a repartição do imposto e a análise da
elasticidade-preço. Esta repartição da carga tributária entre vendedor e comprador
(consumidor) depende, como já estudamos, da reação do consumidor (e do produtor)
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a uma variação do preço do bem. Ou seja, depende da elasticidade-preço da
demanda e da oferta. Graficamente, porém, a magnitude da elasticidade-preço é
indicada pelas inclinações das duas curvas – de demanda e de oferta. Quanto mais
inclinadas forem (isto é, mais em pé), mais inelásticas elas são. E, como sabemos,
quem for mais inelástico paga mais imposto.
A resposta é a letra d.
Questão 3:
Todas as alternativas, exceto a letra c, estão corretas. Ocorre, porém, que a
afirmativa contida na letra c está tecnicamente correta. O único erro desta opção é o
fato de ter denominado de diretos o ICMS e o IPI. Isso é um erro de redação. A
ênfase nesta opção não é o fato de estes impostos serem indiretos e sim o fato de
serem impostos regressivos – que, de fato, são. Mas, como as demais afirmativas
estão inteiramente corretas, só restou a opção c.
A resposta é a letra c.
Questão 4:
Um imposto pode ser cobrado “por dentro” e “por fora”. O cálculo do
imposto “por dentro” inclui o imposto na base de cálculo do valor do mesmo. Já no
caso do imposto “por fora”, exclui-se o imposto da fórmula. No imposto “por
dentro”, a alíquota t (50%, no caso presente) incide sobre o preço (P) do produto e o
valor do imposto é computado na base de cálculo do valor do tributo. O valor de P é
definido assim:
P = B + T, onde B é a base do cálculo do imposto (R$100,00, no caso
presente) e T é a receita do imposto por unidade de produto e é igual a
T = t.P.
Logo, P=B+ t.P >> ou, P –tP = B >> ou, P(1-t) = B >> ou, P = B/(1-t)
Assim, substituindo nesta última equaçaõ os valores de B e de t, temos:
P = 100/(1-0,50) >>ou, P = 100/0,5 >> ou, P = 200.
A resposta, portanto, é a letra e.
Questão 5.
Quando você achar que há duas opções que respondem à questão formulada,
marque a que for mais próxima da formulação. Este é o caso desta questão 5.
Claramente, a letra a está errada: um imposto sobre os vendedores desloca a curva
de oferta para cima, em montante igual ao do imposto, e não maior como está dito
nesta opção. Mas, a rigor, a letra b também está errada, pois se a oferta ou a
demanda forem totalmente elásticas, o imposto não é compartilhado pelos dois
lados, vendedores e compradores. Também, se qualquer delas – oferta ou demanda –
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for totalmente inelástica a preço, o imposto recai unicamente sobre quem for o
inelástico. Ma, como a letra a é muito evidente, ficamos com esta opção.
A resposta é a letra a.
Questão 6.
Exceto a letra a, todos os fatores listados reduzem a Demanda agregada,
deslocando-a para a esquerda. Mesmo que você não tenha tido oportunidade de
estudar a Demanda Agregada associada com taxas de inflação, você é capaz de
responder esta questão desde que você tenha um mínimo de conhecimento dos
modelos e teoria keynesianos. Intuitivamente, as afirmativas listadas de b a e levam
a um redução nas compras, isto é , na demanda agregada.
Logo, a resposta é a letra a.
Questão 7:
Este é o problema de muitas provas de concursos públicos: a existência de
mais de uma opção como resposta da proposição. Novamente aqui o problema
reaparece. Analisando uma a uma, verifica-se que a opção a está certa: aumentos de
impostos afetam os rendimentos do mercado de capitais, desestimulando aplicações;
a opção b está correta pois, quando o governo aumenta os impostos, a renda
disponível das pessoas se reduz; da mesma forma, a letra c está certa porque, quando
tem um déficit, o governo vai financiá-lo, geralmente, junto ao setor privado,
apropriando-se de parte da poupança privada e, daí, elevando os juros; já a opção d
não é inteiramente verdadeira, de vez que o governo pode financiar seu déficit (se
não for exorbitante!) através de seu poder de “senhoriagem” – isto é, do poder de
emitir moeda para atender as necessidades da economia. Isso significa que um
déficit não gera obrigatoriamente uma dívida (mas toda dívida surge de um déficit
público). Mas, como a opção e está totalmente errada, sem discussão ou polêmica,
ficamos com esta alternativa.
A resposta é a letra e.
Questão 8:
Os princípios de tributação foram o objeto de nosso primeiro texto de
Finanças Públicas (nossa Aula Zero – “demonstrativa”). Se você der uma nova
recordada naquele texto verá facilmente que os dois critérios para a aplicação do
princípio da eqüidade são o “benefício” e a “capacidade de pagamento” – este
último também chamado de “habilidade de pagamento”.
A resposta é a letra b.
Questão 9:
Vamos torcer para vir uma questão fácil como esta na sua prova. Todas as
afirmativas são claramente verdadeiras, exceto a contida na letra d. Um sistema
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tributário não pode ter como característica maximizar os custos de fiscalização da
arrecadação. Mas, observe que o examinador, talvez querendo induzir o candidato
ao erro, elaborou uma frase (a desta letra d) em que a primeira parte é verdadeira (“o
sistema tributário deve ser eficiente .. ). O restante da frase é o que a condena de
forma óbvia.
Resposta: letra d.
Questão 10:
O estudo da atuação do monopólio pertence à microeconomia e é um tanto
complicado até mesmo para os economistas. Mas, você não precisa entender a fundo
de monopólio para responder esta questão. Senão vejamos:
A opção a está errada porque o monopólio, como qualquer outra empresa, pode se
taxado, também, com um imposto único (lump-sum tax), como pode ser taxado
sobre suas vendas, etc. (Veja nossa Aula 3 sobre Impactos do Imposto – item 4.2.).
Então, esta alternativa já elimina todas as demais. Assim, mesmo que você não
entenda muito as demais alternativas (aliás, muitos bons economistas também não
entendem muito o que estas afirmativas querem dizer!!), a letra a é cristalinamente
óbvia e, com isso, nos livra de ter de analisar e interpretar as demais alternativas.
A resposta é a letra a.
Questão 11:
O déficit público não tem nada a ver com o investimento privado, a não ser o
fato de que, tendo déficit, o governo busca recursos junto ao setor privado para
financiar aquele déficit – o que reduz a poupança disponível para investimentos
privados. Mas, não é isso que consta da letra a que, como tal, está errada. Já o déficit
primário tem de ser menor que o déficit nominal pois neste último estão incluídos os
juros nominais que, por sua vez, são deduzidos do déficit primário. Logo a letra b
está errada. A carga líquida é definida dividindo-se a carga tributária total menos
transferências e menos subsídios pelo PIB a preços de mercado. Portanto, a letra c
também está errada. O financiamento do déficit público pode ser feito de várias
maneiras (emissão monetária, endividamento bancário, endividamento com títulos,
endividamento externo). Então, a letra d está errada. Sobrou, assim, a letra e que,
por exclusão, é a resposta da questão. Dizemos “por exclusão” porque, a rigor, a
definição de “setor público” contida na letra e não corresponde exatamente à
verdade pois deveria excluir das “empresas estatais” as empresas públicas
financeiras (B. Brasil, CEF, etc). Mas, como as demais opções estão, como dizemos,
cristalinamente erradas, a “menos” errada é a letra e.
A resposta, portanto, é a letra e.
Questão 12:
A opção a está correta: realmente, a partir da C.F. de 1988, o governo federal
instituiu várias contribuições ou aumentou as alíquotas da já existentes, como forma
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de não ter de dividir com os Estados e Municípios estas receitas (a distribuição das
receitas com os Estados e Municípios só se baseia no IPI e no IR!).
A opção b está errada por várias razões: primeiro, o crescimento da carga tributária
tem se baseado mais nos impostos diretos, reduzindo a participação dos impostos
indiretos na arrecadação; os impostos cumulativos (como o IOF, CPMF, Cofins, etc)
são de péssima qualidade do ponto de vista econômico pois distorcem os preços
relativos, desestimulam a produção, não atendendo o princípio da neutralidade.
As demais opções estão todas corretas e não necessitam de maiores comentários.
A resposta, portanto, é a letra b.
Questão 13:
A solução desta questão está toda no item 5 de nossa Aula 4.
A alternativa a está correta pelo seguinte motivo: se as correções de renda por
efeito inflação forem uniformes e se se utiliza um índice representativo do aumento
médio dos preços para corrigir as faixas ou tabelas do IR, o grau de progressividade
dos tributos, obviamente, permanece o mesmo.
A letra b é objetiva. De fato, a correção dos salários é automaticamente incluída na
declaração de rendimentos, enquanto os rendimentos de capital, por serem instáveis
e variáveis necessitam de uma iniciativa do contribuinte para sua inclusão na
declaração.
A letra c está correta porque os rendimentos de capital são ganhos reais e, como tal,
deveriam pagar um imposto maior. Assim, a correção das tabelas de IR – devido à
inflação, por exemplo – acabam “isentando” ou reduzindo o imposto a pagar
daqueles rendimentos de capital.
Quanto à letra d, vale observar que, se o crescimento econômico beneficia as classes
de renda mais elevadas, estas classes acabam pagando uma carga mais alta de
impostos, tornando-a mais progressiva. Mas, se os frutos do crescimento econômico
forem distribuídos de forma mais equânime, não haverá aumento da progressividade
efetiva dos tributos. Logo, a letra d está errada.
A letra e é um tanto óbvia: se todos têm, seguidamente, aumentos reais de renda,
todos pagarão mais impostos amanhã.
A resposta, portanto, é a letra d.
Questão 14:
Esta é uma questão muito mais de Macroeconomia do que de Finanças
Públicas. Se você fez o nosso curso de Economia 1 – online, você poderá se reportar
à Aula 7 – sobre modelos keynesianos par ver como é o multiplicador dos gastos
autônomos e o multiplicador do imposto autônomo.
A fórmula do multiplicador do imposto autônomo é : kt = -b/(1-b), onde b é a
propensão marginal a consumir. Assim, se b = 0,8, então kt = - 4; se b = 0,9, então
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kt = -9. Ou seja, o multiplicador de variações no imposto autônomo é sempre um
número negativo.
Resposta: letra c.
Questão 15:
A letra a está correta. Num sistema tributário regressivo, as classes de renda
mais elevadas pagam um percentual de IR menor do que as classes de menores
renda, ainda que aquelas classes paguem, em valores absolutos, um valor mais alto.
O que importa é a proporção da renda paga em impostos.
As opções b e c definem a eqüidade horizontal e não respondem à
proposição. Já a opção d atende o princípio do benefício recebido, enquanto a opção
e define um sistema tributário progressivo.
Logo, a resposta é a letra a.
Questão 16:
Esta é uma questão que foge do âmbito das Finanças Públicas, pertencendo,
isto sim, ao Direito Tributário. Procurando a resposta que seria a correta, por
exclusão, podemos excluir as opções c e d. Estas contribuições são para-fiscais e
vão direto para o Senai e o Sesi. De outra parte, sabe-se que a contribuição para o
INCRA – letra a – vai direto para este Instituto, enquanto a Contribuição Social para
o Salário Educação financia programas educacionais extra Ministério da Educação.
Resta assim, a alternativa e: ou seja, as contribuições para o PIN e para o
PROTERRA são as únicas que se constituem em receitas orçamentárias do governo.
Resposta: letra e.
Questão 17:
Esta é outra questão que a gente deve torcer para cair na nossa prova, de tão
simples que é, embora haja um pequeno problema na letra b. Mas, antes, vejamos o
mais óbvio: A opção a está correta, muito embora a melhor definição de “tributo
direto” não é dizer que é aquele que é recolhido pelo próprio contribuinte. Isso é
verdade, mas não é o mais relevante. O relevante é que este imposto recai sobre a
renda ou o patrimônio do contribuinte. Mas, deixa isso pra lá. A letra a pode ser
considerada correta.
A opção c está correta, também. Os impostos diretos podem, de fato, ser
progressivos. Já a opção e está obviamente correta. Vejamos, então, as opções b e
d:
A letra d está totalmente incorreta. Os impostos indiretos são, sim,
transferíveis para terceiros, tudo dependendo apenas das elasticidades da oferta e da
demanda. Mas, há um probleminha na opção b que pode dar margem a
questionamentos. Os impostos indiretos, como o IPI, por exemplo, são de fato
seletivos, no sentido de taxar com alíquotas mais elevadas produtos considerados
supérfluos, como bebidas, cigarros, etc. Mas, dizer que são proporcionais pode dar a
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entender que quem ganha mais paga mais do que os que ganham menos. Ou seja, o
examinador não foi muito feliz na redação da letra b. Mas de toda forma, a
alternativa mais obviamente errada é a letra d.
A resposta, portanto, é a opção d.
Questão 18.
As opções a, c e d me parecem obviamente erradas. Não fazem nem sentido.
Restam as opções b e e. A opção e não pode ser a opção correta porque a divisão do
imposto total pagão pela renda total fornece a alíquota média e não a marginal.
Resta, assim, a letra b. No entanto, esta definição é um tanto estranha, porque o
“peso morto” de um imposto é medido pelo sacrifício ou perdas econômicas, latu
senso, decorrentes de um imposto. A definição que nos parece correta de alíquota
marginal é a seguinte: corresponde à razão entre a variação do imposto e a variação
da renda. Por exemplo: Suponha que um indivíduo recebe uma renda de R$
5.000,00 e paga um imposto de R$1.000,00. Se, por hipótese, sua renda aumentar
para R$5.500,00 e, em conseqüência, seu imposto passar para R#1.100,00, então a
alíquota marginal é dada por 100/500 = 0,2, ou seja : 20%.
Assim, por falta de opção, a resposta é a letra b (sob protestos!).
Questão 19:
Para responder esta questão, seria interessante que você revisitasse o texto de
nossa Aula nº , sobre incidência tributária (ou impactos do imposto). Lendo aquele
texto você verá que as opções a, b, d e e estão objetivamente corretas, sem
comentários. Resta, assim, a opção c. Se a curva de oferta for horizontal, significa
que a oferta é totalmente elástica a variações de preços. E quem é totalmente elástico
não paga imposto indireto. Logo, a letra c está errada e responde á questão.
Resposta: letra c.
Questão 20:
Para responder esta questão, seria aconselhável que você lesse o texto de
nossa Aula 2, item 5, nossa Aula, item 4 e nossa Aula 6. Por ali se vê que a opção a
está correta. Também é verdadeira a afirmativa da letra b: em épocas de inflação
acelerada (anos 80 e no início dos anos 90) o efeito “Tanzi” provoca perdas reais na
arrecadação do governo, contribuindo para os déficits públicos. No Plano Collor foi
permitido que as pessoas e empresas com depósitos retidos nos bancos pagassem
seus impostos com este recurso retido – o que estimulou os agentes econômicos a
porem em dia seus débitos fiscais – aumentando, em conseqüência, a carga tributária
naquele ano. Logo, a letra c está correta, também. A letra d está correta: desde o
início do governo Fernando Henrique observa-se um aumento contínuo da carga
tributária, processo este que continua no governo Lula. Resta como alternativa
incorreta a letra e – um tanto polêmica, é verdade, porque no tocante à renda houve,
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sim, um aumento da carga tributária. Mas, por falta de opção melhor, ficamos com a
letra e.
Resposta: letra e.
* * *
Assim, encerramos nossa 1ª bateria de exercícios de Finanças Públicas. Na
próxima 2ª feira nós estaremos disponibilizando para vocês uma 2ª bateria. Até lá,
então.
Mz.
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