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Núbia Litaiff Moriz (Especialista em Língua Portuguesa - Linguística do Texto – UFRJ / Doutoranda em
Ciências da Educação – Universidad San Carlos) e Rosineide R. Monteiro (Especialista em Didática do
Ensino Superior – FASE / Doutoranda em Ciências da Educação – Universidad San Carlos).
Apostilha sobre a Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
Organizadoras: Profª. Núbia Litaiff Moriz e Profª. Rosineide R. Monteiro.
SEDUC/Tefé- AM - Ano 2012.
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BREVE HISTÓRICO
Observação: As palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros mantêm seus sinais diacríticos (sinais
que conferem às letras um valor fonológico especial como o acento agudo, til, acento circunflexo, cedilha,
trema etc.) e suas sequências de letras. Exemplos: shakesperiano, de Shakespeare, comtista, de Comte,
garrettiano, de Garrett, mülleriano, de Müller, entre outras.
Apostilha sobre a Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
Organizadoras: Profª. Núbia Litaiff Moriz e Profª. Rosineide R. Monteiro.
SEDUC/Tefé- AM - Ano 2012.
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Observação: Como o emprego dessas letras é determinado, sobretudo, pela história das palavras, não
houve alterações no Acordo.
Apostilha sobre a Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
Organizadoras: Profª. Núbia Litaiff Moriz e Profª. Rosineide R. Monteiro.
SEDUC/Tefé- AM - Ano 2012.
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A BASE VII DO NOVO ACORDO REFERE-SE AOS DITONGOS – Os ditongos orais, tanto os tônicos
(tónicos) como os átonos distribuem-se da seguinte forma:
Segundo elemento do ditongo oral representado por i ou u: ai, ei, éi, ui, au, eu, eu, iu, ou. Exemplos:
caixote, eirado, farnéis, lençóis, uivar, cacau, endeusar, mediu, ilhéu, passou.
Os ditongos nasais, representados por vogal com til e semivogal: ãe (usado em vocábulos oxítonos
e derivados como em mãe, mãezinha), ãi usado em cãimbra e zãibo, ão (usado em vocábulos como mão,
mãozinha, não, sótão, tão) e õe usados em Camões, orações, põe.
Os ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m são am e em. Exemplos:
amam, puseram, bem, cem, devem, quem, benquisto, enfim, amém, armazém, convém, também,
vintenzinho etc. Observe: /a/,/m/,/ ã/,/ w/.
Com referência às formas verbais oxítonas, quando as mesmas são conjugadas com os pronomes
clíticos lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e
perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)),
fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s) iam (de habitar-la(s)- iam), trá-la(s)-á (de trar-la(s)-á).
Apostilha sobre a Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
Organizadoras: Profª. Núbia Litaiff Moriz e Profª. Rosineide R. Monteiro.
SEDUC/Tefé- AM - Ano 2012.
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SOBRE A ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS - Não se usa mais o acento dos
ditongos abertos éi (ei) e ói (oi) das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico/tónico na
penúltima sílaba). Exemplos: alcaloide, alcateia, androide, debiloide, apoia e apoio, (verbo apoiar),
asteroide, boia, celuloide, jiboia, heroico, joia, colmeia, epopeia, estoico, estreia, geleia, ideia, paranoico,
plateia, tramóia etc.
ATENÇÃO: Continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis
(ditongos abertos). Exemplos: papéis, anéis, céu, lençóis, chapéu, véu, herói, heróis, troféu, troféus.
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos, quando vierem depois de
um ditongo. Exemplos: baiuca, feiura, boiuna. Porém se a palavra for oxítona e o i ou u estiverem em
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí, baús.
Prescinde-se de acento circunflexo as formas verbais paroxítonas que contêm um e tônico oral fechado
formando hiato com a terminação – em. Sendo assim não se acentuam mais a terceira pessoa do plural do
presente do indicativo dos verbos crer, dar, ler, prever e seus derivados. Exemplos: creem (verbo crer),
deem (verbo dar), leem (verbo ler), descreem (verbo descrer), reveem (verbo rever) etc.
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em oo(s). Exemplos da nova grafia: abençoo, doo
(verbo doar), enjoo, magoo (verbo magoar), voo, zoo, povoo (verbo povoar) etc.
Recebem acento circunflexo, as palavras paroxítonas que contêm na sílaba tónica/tônica, as vogais
fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as respectivas
(respetivas) formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules),
pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. cânone, (pl. cânones); plâncton (pl. plânctons);
Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), câncer, Tânger, bômbax (sg. e pl.), bômbix,
var. bômbice, (pl. bômbices).
INFORMAÇÕES SOBRE O USO DO ACENTO DIFERENCIAL - Não se usa mais o acento que
diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s)e pêra/pera.
Observe: O pelo (substantivo) do meu cachorro é macio. As meninas foram pelo (preposição) caminho mais
difícil. A diferenciação do sentido será feita pela classe gramatical e pelo contexto.
Permanece também o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou
pôr o CD-R novo na estante que foi feita por mim.
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de
seus derivados: (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois
carros. Marcos e Rita têm dois apartamentos. Ele vem de Fortaleza. Eles vêm de Salvador. A
professora mantém a palavra. / Elas mantêm a palavra.
É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos,
o uso do acento deixa a frase mais clara.
Veja estes exemplos: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Gostaria que o bolo fosse feito na fôrma de coração.
ATENÇÃO: Não se usa mais o acento agudo no u tônico (tónico) das formas (tu) arguis, (ele) argui,
(eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
Levam acento agudo (´) as proparoxítonas aparentes, ou seja, aquelas que apresentam na sílaba
tônica as vogais abertas a, e, o, i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que
terminem por sequências vocálicas pós-tônicas (pós-tónicas) consideradas ditongos crescentes
(ea, eo, ia, io, ao, ie), como em náusea, nívea, etéreo, enciclopédia, glória, lírio, língua, mágoa,
história, série etc.
Atenção: His-tó-ria (paroxítona terminada em ditongo crescente) e His-tó-ri-a (proparoxítona
aparente com a formação de hiato).
Levam acento circunflexo (^) as proparoxítonas aparentes, ou seja, aquelas que apresentam vogais
fechadas na sílaba tônica e terminam por sequências vocálicas pós-tônicas (pós-tónicas)
consideradas ditongos crescentes como em amêndoa, Islândia, serôdio, argênteo, Tailândia.
QUANTO AO USO DO TREMA – BASE XIV - Não se usa mais o trema ( ¨ ), sinal colocado sobre a letra
u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Na escrita atual há a supressão
completa do trema: aguentar (e não agüentar), frequente (e não freqüente), linguiça (e não lingüiça).
EXEMPLOS: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta, delinquente, eloquente, ensanguentado, equestre,
frequente, quinquênio, sagui, sequestro, tranquilo etc.
Atenção: O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas como em
Müller, mülleriano, Krüger, Völker.
Com alguns prefixos como ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, (antes de qualquer letra
que inicia o segundo elemento), sempre registrar a palavra com o hífen. Exemplos: além-mar, além-
-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, pré-projeto, pós-graduação, pré-história, ex-prefeito, ex-
-presidente, pré-vestibular, pró-europeu, ex-marido, recém-casado, recém-nascido, sem-teto, sem-
-terra.
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo
elemento da palavra composta. Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo,
antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,
extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.
ATENÇÃO: O prefixo co se aglutina, geralmente, com o segundo elemento, (coprodução, cosseno)
mesmo quando este se inicia por o: Exemplos: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar,
cooperação, cooptar, coorientador, coocupante. Mas a palavra co-herdeiro é registrada com hífen,
pois o segundo elemento é iniciado pela letra h.
Apostilha sobre a Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
Organizadoras: Profª. Núbia Litaiff Moriz e Profª. Rosineide R. Monteiro.
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ATENÇÃO: Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por consoante diferente de r ou s: Exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção,
coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, interurbano, interescolar.
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
Observação: Na página 82, da Nossa Gramática Completa Sacconi, o autor Luiz A. Sacconi (2008),
registra também a seguinte forma: subraça.
Usa-se sempre o hífen com palavras compostas formadas pelo prefixo vice: vice-rei, vice-almirante,
vice-reitor, vice-prefeito.
ATENÇÃO: Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
r ou s. Nesse caso, as consoantes r e s devem ser duplicadas. Observe: antirrábico, antirracismo,
antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, infrassom, microssistema,
minissaia, multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, ultrassom,
antisséptico, minirrádio, contrarreforma.
Usa-se o hífen quando o prefixo termina por vogal, somente se o segundo elemento começar pela
mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório, auto-
-observação, contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque, micro-ondas, micro-ônibus, semi-interno,
semi-internato, tele-educação.
Usa-se hífen quando o prefixo termina por consoante e o segundo elemento começa pela mesma
consoante. Observe os exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, inter-racial, sub-
-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
ATENÇÃO: Nos demais casos, não se usam o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal,
superinteressante e superproteção.
Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-
-navegação, pan-americano etc.
Não se usa o hífen, quando o prefixo termina por consoante, se o segundo elemento começar por
vogal. Exemplos: hiperacidez, hiperativo, hiperácido, interestadual, interestelar, interestudantil,
superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo,
subestação, subalimentação, suboficial.
OBSERVE: A palavra composta interescolar é formada por inter (que termina com a consoante r) e por
escolar (que se inicia com a vogal e), dessa forma, deve ser escrita sem o hífen: interescolar.
Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani (açu, guaçu, mirim), quando o primeiro
elemento acaba em vogal acentuada graficamente Observe os exemplos: igarapé-açu, amoré-
-guaçu, anajá-mirim, Ceará-Mirim. Atenção: cupuaçu não é escrito com hífen.
Nos encadeamentos vocabulares, deve-se usar o hífen para unir palavras que ocasionalmente se
combinam. Costumo viajar bastante entre o eixo Rio-São Paulo. Houve um grave acidente na ponte
Rio-Niterói.
ATENÇÃO: Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição como
em girassol, madressilva, pernalonga, mandachuva, paraquedas, paraquedista e pontapé.
A BASE XVIII – REFERE –SE AO USO DO APÓSTROFO – O apóstrofo é utilizado para cindir graficamente
uma contração ou aglutinação vocabular como em d’Os Lusíadas ou pel’Os Sertões, de Euclides da Cunha.
Contudo poderá ser escrito normalmente: de Os Lusíadas ou pelo Os Sertões, de Euclides da Cunha.
Emprega-se o apóstrofo também, entre outros casos, nas ligações das formas santo e santa a
nomes do hagiológio, quando importa acrescentar a elisão das vogais finais o e a. Observe os
exemplos: Rua de Sant’Ana, Colégio de Sant’Iago.
ATENÇÃO: Se as ligações se tornarem perfeitas unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos:
Maria de Santana, ilha de Santiago, Santiago do Chile.
A BASE XIX - O USO DE LETRAS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS – O uso das letras maiúsculas e
minúsculas obedece às seguintes regras:
1- Os meses do ano, dias, estações e os pontos cardeais deverão ser escritos em minúsculas (janeiro, outubro),
(segunda-feira), (primavera), (norte, sul, leste). Convém enfatizar que as abreviaturas dos pontos cardeais
sevem ser escritas com letras maiúsculas, como em SW = sudoeste.
2- Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas, poderão ser utilizadas tanto maiúsculas
como minúsculas: português ou Português, matemática ou Matemática, literatura amazonense ou Literatura
Amazonense.
3- Em títulos de livros, em bibliônimos (bibliónimos) a primeira palavra será sempre maiúscula. Após o primeiro
elemento escrito com maiúscula, os demais vocábulos podem ser escritos com minúscula. Exemplos: Grande
Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas, Insustentável Leveza do Ser ou Insustentável leveza do ser.
Convém enfatizar que caso o bibliônimo (ou bibliónimo) tenha nomes próprios, os mesmos deverão ser escritos
com inicial maiúscula; Exemplos: O Senhor do Paço de Ninães ou O senhor do paço de Ninães, Triste Fim de
Policarpo Quaresma ou Triste fim de Policarpo Quaresma. Atenção: Se os mesmos fizerem parte de indicação
bibliográfica dever ser colocados em itálico como em Beiradão, Inferno Verde, Senhora, Um click, um poema,
uma realidade, Triste Fim de Policarpo Quaresma.
Apostilha sobre a Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
Organizadoras: Profª. Núbia Litaiff Moriz e Profª. Rosineide R. Monteiro.
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4- Nos antropônimos (antropónimos), reais ou fictícios, continuam sendo utilizadas as letras maiúsculas: Zélia
Marinho, Suely Frazão, Núbia Moriz, Rosângela Porto, Rosineide Monteiro, Rita Eutrópio, Chapeuzinho
Vermelho, Cachinhos Dourados, Branca de Neve, Pinóchio, Caboré.
O mesmo ocorre com os topônimos como em Tefé, Amazonas, Uarini, Lisboa, Vila Valente. E também
com os topônimos (topónimos) fictícios: Tefelândia, Terra da Castanha, Paraíso etc.
5- Nos hagiônimos (hagiónimos), ou seja, nas palavras que se referem aos nomes sagrados e aos nomes
próprios relacionados a crenças religiosas devem ser utilizadas as letras maiúsculas. Exemplos: Ressurreição,
Deus, Jesus Cristo, Jeová, Tupã.
Os hagiônimos (hagiónimos) santo (a) e são poderão ser escritos opcionalmente como em Santa Teresa
ou santa Teresa, São José ou são José, Santo Antônio (António) ou santo Antônio (António).
ATENÇÃO: O nome próprio indiscutivelmente escrito com letra inicial maiúscula.
6- Nos axiônimos (axiónimos) que indicam a forma cortês de tratamento ou expressões de reverência também
é facultativo o emprego de maiúscula.
Observe os exemplos a seguir: Doutor Claudemir Queiroz ou doutor Claudemir Queiroz, Senhora Terezinha
Mota ou senhora Terezinha Mota, Ilustríssimo Senhor Protásio Lopes ou ilustríssimo senhor Protásio Lopes,
Dom Sérgio Eduardo Castriani ou dom Sérgio Eduardo Castriani.
7- A letra maiúscula também é usada em nomes de festas religiosas e festividades como em Natal, Páscoa,
Todos os Santos.
8- A letra maiúscula também é utilizada para escrever nomes de jornais; títulos de periódicos como em Folha
de Tefé, A Crítica, Folha de São Paulo, O Solimões.
9- A letra maiúscula também é usada em siglas (ABL (ou A.B.L.), FAO, ONU, EUA), em símbolos (ou
abreviaturas (Sr.) internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o
todo em maiúsculas.
ATENÇÃO: Conforme o gramático Sacconi (2008), em Nossa Gramática Completa Sacconi, p.39, na
indicação das horas, minutos e segundos, não deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo.
Exemplos: 12h (forma correta).
10- Nos nomes que designam instituições, também se utilizam as letras maiúsculas: Secretaria de Educação e
Qualidade de Ensino, Escola Normal Superior, Centro de Estudos Superiores de Tefé, Fundação Dom Joaquim,
Cruz Vermelha.
NOTA - A profª. Núbia Litaiff Moriz, docente de Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa e de Teoria da
Literatura do CEST/UEA, com base em pesquisas feitas, enfatiza aos alunos do curso de Letras que é
facultativo o uso de maiúscula inicial em palavras usadas em início de versos nos poemas.
Observe o poema escrito na ocasião da última grande seca que atingiu o estado do Amazonas:
ESTRANHO ENTARDECER
Ao entardecer, debruçada na janela,
olho em volta... Percebo que há algo diferente:
onde está a imensidão de águas
que avistava de minha janela?
O sol escaldante, pouco a pouco, vai diminuindo.
Observo, ao longe, a terra ressequida,
e o homem sofrendo as amarguras do isolamento,
noto que a seca castiga até os inocentes.
É tarde e já não vejo a canoa deslizando
pelas serenas e turvas águas do meu rio.
É tarde também para a misteriosa natureza
que sofre as consequências da inconsciência humana... (Núbia Litaiff Moriz)
Apostilha sobre a Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
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BASE XX – REFERE-SE À DIVISÃO SILÁBICA – Praticamente não houve alterações no Acordo Ortográfico,
visto que a separação silábica deve ser feita pela soletração, sem levar em conta os elementos etimológicos
que constituem os vocábulos da Língua Portuguesa.
São indivisíveis no interior de palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente, as
sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos: ablução = a-blu-ção, celebrar = ce-le-brar,
duplicação = du-pli-ca-ção, decreto = de-cre-to, regrado = re-gra-do, atlético = a-tlé-ti-co, fruir = fru-ir,
africano = a-fri-ca-no etc.
ATENÇÃO: Quando a palavra composta com hífen passar de uma linha para a outra, na escrita ou na
impressão, ou seja, na translineação da palavra, se a divisão silábica coincidir com o fim de um dos elementos,
deve-se repetir o hífen na linha seguinte. Para entender bem verifique atentamente o exemplo a seguir: micro-
- ônibus.
BASE XXI - REFERE-SE ÀS ASSINATURAS E FIRMAS - A BASE XXI assegura, para ressalva de direitos, que
cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registro local, venha a adotar na assinatura do seu
nome.
Ainda para ressalva de direitos, manter-se-á a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de
sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público.
Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem contou com ajuda dos editores de texto, computador. Quando eu
cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever
minimamente do jeito correto.
Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi.
Sim, esse animal existiu de fato. A professora de português nos disse que devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi
quando o u é pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enigmática na cabeça. Quando meditava sobre algum
problema terrível – pois na pré-adolescência sempre temos problemas terríveis -, eu tentava me libertar de coisa repetindo em voz
alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa prova de matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmula, lá vinham as palavras
mágicas.
Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha evocação, quis saber o que era esse tal Qüeqüi Güegüi.
- Você nunca ouviu falar nele? – perguntei.
- Ainda não fomos apresentados – ela disse.
- É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de terror.
- E ele faz o quê?
- Atrapalha a gente na hora de escrever.
Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia usar trema nem se lembrava da regrinha.
Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei
se conseguirei de outra forma – agora que teremos novas regras. Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que
servirão ao menos para determinar minha idade.
- Esse aí é do tempo do trema.
Artigo de autoria de Miguel Sanches Neto - Miguel Sanches Neto é escritor, crítico literário e professor de Literatura Brasileira.
Nasceu em 1965, em Bela Vista do Paraíso, PR. É autor, entre outros, dos romances Chove Sobre Minha infância, Um Amor
Anarquista e a Primeira Mulher. Lançou em 2008 a novela juvenil Amor de Menino. Todas as suas obras foram editadas pela Ed.
Record. Outras informações através do site: www.miguelsanches.com.br
AZEREDO, José Carlos de. Escrevendo pela nova ortografia – Como usar as regras do novo acordo ortográfico
da Língua Portuguesa – Instituto Houaiss / Coordenação e assistência de José Carlos Azeredo – São Paulo:
Publifolha, 2008.
HENRIQUES, Cláudio Cezar. A nova ortografia: o que muda com o acordo ortográfico. Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa Gramática Completa Sacconi – teoria e prática. 29. ed. São Paulo: Nova
Geração, 2008.
TUFANO, Douglas. Michaellis - Guia Prático da Nova Ortografia: Saiba o que mudou na ortografia brasileira. São
Paulo: Melhoramentos, 2008.