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Abril / Maio / Junho 2010 Nº 33

NEWS
BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO PLANALTO BEIRÃO

valorização
orgânica
um novo desafio
notade
abertura
ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
DA REGIÃO DO PLANALTO BEIRÃO

Vale da Margunda | Borralhal


3465-013 Barreiro de Besteiros

Tel. 232 870 020 | Fax 232 870 021


email: geral@amr-planaltobeirao.pt
web-site: www.amr-planaltobeirao.pt Em Portugal a gestão de resíduos sólidos urbanos encontra-se, cada
vez mais, sob restrições crescentes, em especial no que respeita aos
FICHA TÉCNICA resíduos orgânicos.
A União Europeia, consciente dos impactos negativos decorrentes da
Edição: deposição de resíduos orgânicos em aterro sanitário, impôs metas de
Associação de Municípios diminuição, nomeadamente, uma redução percentual, em peso, de de-
da Região do Planalto Beirão
posição em aterro da fracção biodegradável para 75% em 2006, 50%
Direcção: em 2009 e 35% em 2016, face aos valores registados em 1995.
António de Figueiredo Pereira Confrontados com a necessidade de encontrar outro tipo de soluções,
os sistemas de gestão de resíduos perspectivaram há uns anos atrás
Redacção:
Luis Abrantes
a sua estratégia, para levar a cabo a delicada tarefa de tratamento dos
José Portela resíduos orgânicos produzidos na sua área de influência.
No que diz respeito à Região do Planalto Beirão, a opção tomada passa
Concepção e Produção Gráfica: pelo tratamento mecânico e biológico dos resíduos orgânicos, através
Alínea Seguinte
de tecnologia avançada, seguindo exemplos, com largos anos de expe-
Tiragem: riência, tal como Espanha, Dinamarca e Alemanha.
1000 exemplares A implementação deste tipo de tratamento comporta um grupo de van-
tagens significativas que decorrem da selecção de diversos tipos de re-
síduos, a partir dos quais se produz e vende energia eléctrica renovável
e composto orgânico. Ao mesmo tempo, é um tratamento que permite
reduzir a produção de gases de efeito de estufa, bem como, a poluição
de solos e meios hídricos.
32º número da Revista
Planalto Beirão News

Janeiro / Fevereiro / Março 2010

Janeiro / Fevereiro / Março 2010 Nº 32


NEWS

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO PLANALTO BEIRÃO

recolha selectiva
balanço 2009
projecto
limpar Portugal

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BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO PLANALTO BEIRÃO

central de
valorização orgânica
A Central de Valorização Orgânica do Planalto Beirão Este gás natural, constituído essencialmente por dióxi-
está dimensionada para receber e tratar 130.000 tonela- do de carbono e gás metano, vai fornecer combustível
das de resíduos sólidos urbanos por ano. O custo total a um conjunto de 3 motogeradores de energia eléctrica,
deste investimento é de cerca de 34,5 milhões de eu- com capacidade instalada de 3 MW, criando electricida-
ros, financiado em 75% pelo Fundo de Coesão, entran- de para injecção na Rede Eléctrica Nacional (REN).
do em funcionamento já no 2º semestre de 2010.
Da entrada em funcionamento desta unidade advirão
Esta unidade está equipada com tecnologia recente e um grupo de vantagens significativas, tais como:
é composta por uma linha de pré-tratamento e triagem, - Cumprimento das metas exigidas pela União Europeia,
com a finalidade de separar 30.000 toneladas de resídu- relativamente à redução da deposição de resíduos orgâ-
os biodegradáveis, assim como, recuperar uma quanti- nicos em aterro sanitário;
dade significativa de materiais com potencial reciclável. - Produção de energia renovável, material reciclável e
Parte da matéria biodegradável é sujeita a um processo composto;
de digestão anaeróbia, onde ocorrem diversas fermen- - Redução das emissões de gases com efeito de estufa.
tações que originam a produção de biogás.

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Infra-estruturas
executadas
e em execução

Sistema de recepção e descarga

Os resíduos provenientes da recolha indiferenciada são depositados numa zona fechada, para minimizar a fuga de odo-
res e partículas para o exterior. A zona de recepção e descarga está preparada para receber os vários tipos de viaturas
que efectuam a recolha e o transporte de resíduos.

Pré-tratamento e triagem

Os resíduos recolhidos passam por uma linha de pré-tratamento, com a finalidade da separação da fracção orgânica,
com diâmetro entre os 6 e os 15 cm.
Os resíduos são crivados, passando por túneis rotativos e são, posteriormente, sujeitos a uma triagem manual onde são
retirados os resíduos mais volumosos. Após esta operação, sistemas mecânicos de abertura de sacos e separadores
balísticos permitem a separação da massa de resíduos em varias fracções: finos, planos/leves e rolantes/pesados.
Os separadores magnéticos retiram os metais, os separadores ópticos separam as embalagens de plástico e de papel/
cartão e os trituradores vão regularizando a granulometria da massa de resíduos.
Neste complexo processo também estão presentes separadores de raio-X, que separam os materiais mediante o seu
peso atómico, de forma a extrair materiais inertes como pedras e vidros, seguindo-se um silo de fundo móvel que ga-
rante a continuidade do abastecimento dos resíduos à digestão anaeróbia.
Os materiais recicláveis captados neste processo de triagem, são enfardados e encaminhados para a indústria reciclado-
ra, através das diversas entidades gestoras. Os elementos rejeitados são enviados para aterro sanitário ou para sistemas
de valorização de resíduos alternativos.

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Digestão anaeróbia

Os resíduos pré-tratados chegam à fase da digestão


anaeróbia / metanização previamente diluídos, ho-
mogeneizados e aquecidos, de forma a estarem nas
melhores condições para a degradação microbiana su-
cessiva, que requer um meio isento de oxigénio para
obter um rendimento eficaz.
O digestor com capacidade de 4200 m3 possui um diâ-
metro interior de 15 m e uma altura de 28 m e encerra
um sistema de isolamento térmico, constituído por lã
de rocha e por poliuretano projectado na base. O teor
em matéria seca no digestor situa-se entre os 17% e
os 32%, evitando assim a decantação das partículas
pesadas, uma vez que, o meio é mais viscoso e denso.
O sistema de agitação pneumática é accionado de 20
em 20 minutos e consiste na injecção de biogás sob
pressão na base do digestor, através de 42 injectores
distribuídos por 8 sectores. A pressão do biogás é de
6,5 bares.
Cada agitação unitária desenvolve uma energia corres-
pondente a uma massa de 50 toneladas que cairá do
alto do digestor directamente na matéria. O tempo de
retenção da massa no digestor é de 29 dias. 5
Compostagem

A compostagem é uma reacção de de-


gradação da matéria orgânica, da mes-
ma natureza que a metanização, condu-
zindo a uma estabilização dessa matéria
por consumo do carbono e produção de
CO2.
A compostagem (após metanização)
tem uma duração aproximada de 2 se-
manas e permite obter um produto final
estável, seco, homogéneo, desodoriza-
do e de fácil afinação.
Nesta Central existem 5 silos constitu-
ídos por duas paredes paralelas, com
um fundo composto por duas linhas
goteiras com ventilação, onde um re-
virador permite arejar o material, bem
como, revirá-lo ao longo dos túneis.
Está também instalada uma cadeia su-
plementar de alimentação de agente
estruturante, junto da área de compos-
tagem. Esta cadeia permite acrescentar
a quantidade de agente estruturante à
entrada do fluxo de ar da unidade de
compostagem.

Afinação do Composto

O composto bruto extraído segue para


um descompactador com regulador de
fluxo e deste para um trommel de 2 cm,
através de transportadores, para serem
removidos os contaminantes.
O composto é colocado a granel em
parque coberto, para salvaguardar o
composto da acção de agentes atmos-
féricos, no período de espera até à sua
colocação no mercado ou utilização. O
material rejeitado é enviado para aterro.

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Tratamento do ar e efluentes líquidos

Os odores provenientes da instalação são


tratados. O ar presente nos diversos edifí-
cios (em ligeira depressão) onde se proces-
sam os resíduos será captado e enviado para
lavagem química e tratamento de odores
através de filtro biológico.
Todas as águas do processo e escorrências
são encaminhadas para o sistema de trata-
mento de lixiviados existente no Centro de
Tratamento.

Valorização energética
O biogás produzido no aterro sanitário e o
gerado no digestor irá ser convertido em
energia eléctrica através da respectiva quei-
ma em 3 motogeradores instalados para o
efeito, permitindo assim a sua valorização
energética.

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