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Aula: 22/03/2019

Professor: Emanuel
Processo Penal I
➢ AÇÃO PENAL PRIVADA:
/Em determinada hipóteses, considerando a natureza do direito lesionado com a conduta ilícita, em
carácter excepcional, o legislador transfere ao particular a titularidade do direito da persecução penal.
Na ação penal privada, a iniciativa que é a titularidade do processo penal ficam a cargo do ofendido
ou de seu representante legal.
Vamos definir: uma Ação Penal Privada é toda ação movida por iniciativa da vítima ou, se for menor ou
incapaz, por seu representante legal. Transcrevemos abaixo a fundamentação no Artigo 100, § 2º, do Código
Penal:

Art. 100, § 2º do CP - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem
tenha qualidade para representá-lo.
E no Artigo 30 do Código de Processo Penal:
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
O que a gente não pode deixar de lembrar é que o direito de punir é do Estado e nunca nosso - como diz o
artigo 345 do Código Penal. Assim, o direito do ofendido neste caso não é o de querer fazer justiça ou não,
mas o de poder escolher se aciona ou não o Poder Público. Assim, enquanto na Ação Penal Pública a
legitimidade ativa é do Ministério Público, na Ação Penal Privada é do sujeito ofendido.

A lei processual apresenta três modalidade de ação penal privada:

Mas não é só isto. Existem três espécies de Ação Penal Privada:

• Propriamente Dita;

• Personalíssima; e

• Subsidiaria da Pública.
A) AÇÃO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE DITA: A titularidade da ação penal, cabe primeiramente
ao ofendido que no processo é denominado querelante admitindo no caso de ausência ou
impossibilidade do titular, sua substituição por representante legal.
→ A Ação Penal Privada Exclusiva é aquela em que a vítima ou seu representante legal exerce
diretamente. É a chamada Ação Penal Privada propriamente dita. Quer saber uma coisa bem legal nesta
espécie exclusiva? É que se por acaso houver morte do ofendido, por exemplo, o cônjuge, ascendentes,
descentes e irmãos podem propor a ação privada. Legal, não é? Fundamentação? Artigo 31 do Código de
Processo penal.

B) AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA: Nesta modalidade levando-se em consideração a


natureza do direito lesado, apenas o ofendido pode promover a ação penal não se admitindo
substituição processual na ausência ou impedimento do querelante ao processo será extinto.
→ A Ação Penal Privada Personalíssima é diferente, pois a ação somente pode ser proposta pela vítima.
Somente ela tem este direito. Não há representante legal nem a possibilidade dos legitimados no
artigo 31 do CPP. Se o ofendido falecer? Já era, amigo. Extingui-se a punibilidade. E se a vítima, em ação
privada personalíssima, tiver menos de 18 anos? Aí é ter paciência e esperar alcançar a maioridade - o que é
evidente: o prazo decadencial não estará correndo. Exemplo de um caso de Ação Privada Personalíssima?
Sim. Mas eu só tenho conhecimento de um: artigo 236 do Código Penal:

Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento
que não seja casamento anterior:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser
intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou
impedimento, anule o casamento.

C) AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: Constitui-se de uma garantia individual que
possibilita ao ofendido ou seus representantes, no processo caso de crimes de ação penal pública,
dar inicio ao processo penal diante da inércia do titular originário
Imaginemos que o Ministério Público tenha em suas mãos informações sobre um crime, já com
suficientes indícios de autoria e materialidade, e ainda assim, permaneça inerte não dando inicio a
ação penal.
A inércia do titular do direito processual pode acarretar o perdimento do direito material por força da
persecução.
Para evitar isso a legislação processual admite em carácter excepcional á ampliação do titularidade
permitindo ao ofendido iniciar ação penal.
Neste casos não se altera a natureza da ação penal, conservando-se a titularidade do Ministério
público, que a qualquer tempo pode retomar a titularidade ativa da ação penal.
A Ação Penal Privada Subsidiária da Pública. Tranquilo também de compreender: sempre que
numa ação penal pública o Ministério Público apresentar inércia, deixando de atuar nos prazos legais,
não promovendo a denúncia, não pedindo arquivamento ou não requisitando novas diligências
(previsão do artigo 46 do CPP), então o sujeito ofendido não vai sair no prejuízo, não é? Desta forma
o ofendido apresenta a queixa e o Ministério Público sairá de sua posição de inércia e poderá aditar a
queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervindo sempre em todos os termos do
processo. O MP continua sendo o autor da ação, o dono da legitimidade ativa.

➢ CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE:
Quando nos referimos as condições de procedibilidade, estamos falando d os requisitos formais exigidor por
lei para validade e propositura da ação. Será insecta a inicial que não atender a estes requisitos. São
requisitos gerais ou genéricos da ação:
A) POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: Representa o firmamento legal que se sustenta o pedido
apresentado perante a jurisdição. Exemplo disso no processo penal, seria a existência prévia de lei
tipificando a conduta que se pretenda condenar.
B) INTERESSE DE AGIR: Refere-se ao carácter utiliza-tório da pretensão apresentada em juízo. Aquele
que pleiteia uma prestação jurisdicional deve indicar ou demonstrar a utilidade do direito requerido
C) LEGITIMIDADE PARA AGIR / OU DE AD CAUSAM: Diz respeito a legitimidade para figurar como
sujeito na ação penal. Desdobrar-se em legitimidade de ATIVA OU PASSIVA.
A legitimidade ATIVA se refere a TITULARIDADE DA AÇÃO PENAL , que será exercida
exclusivamente pelo Ministério Público, nas ações penais públicas e pelo ofendido ou seus
representantes, na ação penal privada.
O polo PASSIVO da ação, será integrado pelo autor da conduta ilícita
objeto persecutório.
Além desses requisitos gerais, no processo penal tratando da ação penal pública condicionada,
podemos falar em uma condição de procedibilidade especial do Estado, seja na fase investigativa ou
processual somente pode ser realizada se satisfeita a condição de procedibilidade: A representação.
Representação é ato formal pelo qual o ofendido, autoriza o Estado a promover a persecução penal.
Sem isso nulo o processo.
O prazo para a representação será de 6 meses improrrogáveis. È possível falar em suspensão deste
prazo, quando por ocasião do fato for vitima incapaz.
Havendo discordância entre o ofendido menor e seu representante quando a renuncia da
representação, prevalece a vontade do ofendido.
Também existe a possibilidade da retratação, que será válida desde que realizado até o inicio da
ação penal.
➢ PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA:

I. OBRIGATORIEDADE: Em que pese definido juridicamente como um direito exclusivo do Ministério


Público, quando pensamos na ação penal pública, recai sobre o titular da ação o dever de promover
a persecução penal. Assim diante de um crime de ação penal pública o M.P é obrigado a requisitar
instauração de Inquérito Policial, para apuração de autoria e materialidade e igualmente obrigado a
promover ação penal quando já dispuser destes elementos..
II. BIODISPONIBILIDADE: Uma vez instaurada a ação penal o M.P não pode desistir do fato. Mesmo
com a inércia ou a negligência do titular da ação penal, não fazem perder o direito da ação.
III. OFICIALIDADE: A ação penal pública é exercida de forma exclusiva por órgão oficial do estado,
incumbido de atuar na persecução penal =, não cabendo substituição enquanto titularidade ativa no
processo.
IV. INTRANSCENDÊNCIA: Significa dizer que os efeitos da ação penal não podem atingir pessoas e
direitos estranhos a relação processual penal.
➢ PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PrRIVADA: Diz respeito a vontade/ escolha do ofendido em
promover ou não a ação. O titular da ação é o ofendido ou seu representante legal.
I. OPORTUNIDADE/ CONVIVÊNCIA: Considerando o carácter disponível, que o direito material confere
á relação processual é faculdade do QUERELANTE, PROMOVER OU NÃO A AÇÃO PENAL,, de
acordo com critérios pessoais de oportunidade e convivência. A única vinculação existente é de
carácter TEMPORAL , relacionado ao prazo de 6 meses a contar da definição de autoria para
promoção da ação penal.
II. DISPONIBILIDADE: Iniciada a ação, pode durante seu curso, a qualquer momento, o QUERELANTE
DESISTIR DA AÇÃO. Pode ainda conferir PERDÃO ao acusado, além disso o querelando pode
sofrer com consequências processuais por sua inércia ou negligência resultam na extinção do
processo e da punibilidade.
III. INDISPONIBILIDADE: Apesar de seu carácter disponível, na ação penal privada, havendo
multiplicidade de sujeitos possíveis não é permitido o FRACIONAMENTO DA PRETENSÃO
JURÍDICA.
Por consequência a ação penal somente poderá ser proposta contra todos os QUERELADOS. Além
disso o perdão ou renúncia realizada em favor de um QUERELADO aproveitará os demais.

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