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Ressalte-se que o Código Penal Brasileiro adotou a teoria da conditio sine qua
non, considerando causa “toda ação ou omissão sem a qual o crime não teria
ocorrido” (art. 13, in fine, do CP).
Norma penal proibitiva é aquela, como o nome sugere, vai proibir que o
agente realize determinada conduta. Assim, a pessoa precisa praticar um
comportamento positivo para infringi-la. Por exemplo, se o tipo penal diz que matar
alguém estará sujeito a pena de reclusão de 6 a 20 anos, tal previsão tipifica a ação
GRADUAÇÃO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME
PROFESSORA: CLAUDIANE ROSA GOUVÊA
Para o direito penal sim, entretanto, o autor tem de ter o dever de agir e
analisar se, no caso concreto, podia evitar o resultado. Assim, determina-se a
figura do garantidor, pessoa que tem a tarefa de zelar pela integridade da vítima,
nas hipóteses elencadas no art. 13, § 2º do Código Penal.
O fato é que o garantidor, por ter o dever de agir em razão das situações
estampadas no art. 13, §2º do Estatuto Penal, responderá por sua omissão como
se estivesse agindo comissivamente.
Desse acontecimento, caso seja comprovado que o pai foi negligente ao não
cuidar da segurança do filho, deixando o menor, inadvertidamente, aproximar-se
da jaula do animal, bem como se ficar atestado que o genitor podia evitar o
resultado danoso, então o pai deve responder pelo crime de lesão corporal culposa.
À vista disso, constatando a negligência do homem para com sua prole, pelos
motivos levantados, ele comete o delito de lesão corporal culposa.
GRADUAÇÃO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME
PROFESSORA: CLAUDIANE ROSA GOUVÊA
Para finalizar, comete crime omissivo próprio a pessoa que o tipo penal
manda agir e, mesmo tendo possibilidade de cumprir o preceito, ela se mantém
inerte.
De outro lado, pratica crime omissivo impróprio, o sujeito que o tipo penal
impõe o dever de não agir e ele, efetivamente, não age. Porém, nesse caso,
responderá pela infração penal por deixar de evitar um resultado o qual estava
obrigado por lei (art. 13, § 2º do CP).
[1] Existem salva-vidas que são bombeiros militares, então, nesse caso, é a lei que impõe a
eles o dever de velar pela segurança dos banhistas e não um contrato de trabalho (art. 144, V,
CRFB/88).