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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”


PROJETO A VEZ DO MESTRE

INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
JUNTO AO ADULTO

POR: ANA LUCIA SUZANO DE OLIVEIRA

PROFº ORIENTADOR: NELSOM JOSÉ VEIGA DE MAGALHÃES

RIO DE JANEIRO
2004
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE

INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
JUNTO AO ADULTO

Objetivos: Conhecer e dar relevância a intervenção


psicopedagógica junto ao adulto. Além de ampliar
e divulgar as possibilidades de intervenção da
Psicopedagogia Institucional.
3

AGRADECIMENTOS

Senhor, eu ouvi a vossa mensagem e enchi-me de


temor diante de vossa obra. Fazei-a reviver no
decorrer das idades, no decorrer das idades tornai a
manifesta . Em vossa ira, lembrai-vos da
misericórdia.
Hab 3,2

Agradeço a todos os meus familiares pelo


incentivo e força no decorrer desta formação, em
especial aos meus sobrinhos: Carmen Lucia, Pablo
Cezar e Lohany.
4

DEDICATÓRIA

Dedico essa monografia a meus pais,


Elza e Manoel meus exemplos de vida.
5

RESUMO

Este trabalho tem como problema central aprofundar o seguinte questionamento: Quais
os benefícios que os adultos podem ter com a intervenção psicopedagógica ? Este
questionamento advém da escassez de registro na literatura da intervenção
psicopedagógica junto aos adultos. Outro referencial importante é que de acordo com a
proposta curricular a nossa capacitação tem seu foco na Psicopedagogia Institucional
fato que norteia nosso universo de intervenção. Teremos assim como foco norteador :
no universo da psicopedagogia institucional, quais são as estratégias para intervenção
junto ao adulto? Ao desenvolvermos este tema foi nosso propósito ampliar os
horizontes do nosso conhecimento, bem como aprofundar a visão dinâmica da
intervenção na área psicopedagógica. No primeiro capítulo veremos um histórico
pontuando fatos significativos na recente história da psicopedagogia. No segundo
capítulo nortearemos com posicionamentos de vários autores especialistas nesta área,
quanto a contribuição da psicopedagogia na atualidade.No terceiro capítulo
elaboraremos um levantamento bibliográfico do tema Educação de Adultos- Qual o
limite para o aprender? Para dar conteúdo a este capítulo autores como Álvaro Vieira
Pinto, Paulo Freire e Lev Vygotsky. No quarto capítulo teceremos considerações do
tema no contexto psicopedagógico clínico e Institucional. Incluímos detalhamento do
trabalho psicopedagógico na educação de adultos, experiências relatadas
exclusivamente na literatura. Nas conclusões faremos algumas considerações
importantes sobre o percurso do tema e relevâncias. Desta forma tendo a finalidade de
cumprir o quesito de aporte do tema a habilitação.
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METODOLOGIA

Nosso encaminhamento metodológico dá ênfase a pessoa como um todo.


Este olhar metodológico considera as dimensões física, mental, emocional e espiritual.
Acreditamos que estas dimensões integradas é que impulsionam a pessoa a
exercer de forma criativa seu ser/estar no mundo. Por isto no nosso estudo selecionamos
autores que compartilham, aprofundam e fundamentam esta visão de mundo.
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................ 8
1 HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA ....................................................... 10
2 CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NA ATUALIDADE ........... 14
3 EDUCAÇÃO DE ADULTOS – QUAL O LIMITE PARA O APRENDER?
..................................................................................................... 18
4 POSSIBILIDADES DO TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO NA
EDUCAÇÃO DE ADULTOS ......................................................................... 25

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 37


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 37
8

INTRODUÇÃO

Ao vivenciar os estudos da formação em Psicopedagogia nesta instituição,


somada a nossa experiência profissional possibilitou questionamentos que alavancaram
a motivação para este tema e o desenrolar da pesquisa.
A nossa experiência profissional foi adquirida ao longo de 8 anos
trabalhando no cargo de Assistente Social, numa empresa estatal. Durante este período a
população alvo do atendimento foram seus empregados/as, aposentados/as e seus
dependentes. Dentre os benefícios prestados aos dependentes o Programa de Assitência
Especial – PAE prestava suporte socioeconômico aos filhos/as de empregados/as e
aposentado/as portadores de necessidades especiais.
No âmbito da coordenação deste programa pudemos vivenciar e questionar a
avaliação de laudos de vários técnicos, mas em particular os relatos do trabalho do
psicopedagogo.
E um questionamento ocorreu-nos: será que estes benefícios podem ser
extendidos aos adultos?
Integrava a rotina de trabalho o plantão social, ao prestar atendimento aos
empregados/as, aposentados/as, nesta ocasião era freqüente perceber dificuldades de
aprendizagem presentes na dinâmica do processo produtivo.
Quais as causas destas dificuldades de aprendizagem que surgem na
dinâmica empresarial? Podemos levantar suposições desde o histórico de aprendizagem
da pessoa até stress, problemas familiares, problemas existenciais, dificuldades no
processo de comunicação, as constantes mudanças de cenário e ameaças.
As causas podem ser imediatas ou remotas, o que importa é que há um bloqueio no
processo produtivo do empregado e em conseqüência prejuízo para seu grupo.
A sociedade no contexto empresarial determina constantes mudanças com
movimentos de aprendizado para apreender novas rotinas e novas tecnologias. Fato que
determina o exercício de inúmeras habilidades para o crescimento profissional e em
conseqüência garantia e manutenção de auto-empregabilidade.
Além desta necessidade as relações sociais no universo empresarial,
independente da complexidade da atividade, ocorrem na configuração de equipes.
Destas equipes participam empregados/as de mesma atividade ou não desenvolvendo
relações interdisciplinares.
Nestes trabalhos alguns pressupostos individuais estão presentes: motivação,
participação, memória, abertura para troca de experiência. Neste momento a presença de
bloqueios e resistências, bem como dificuldades de conviver em grupo podem resultar
num desempenho com resultados indesejáveis.
A psicopedagogia se apresenta a nosso ver como uma alternativa que
intentamos detalhar no presente trabalho.
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CAPÍTULO I

Histórico da Psicopedagogia

“ Como passam os dias,dia a dia,


e nada conseguido ou intentado!
Como, dia após dia, os dias vão,
Sem nada feito e nada na intenção!
Um dia virá o dia em que já não
Direi mais nada:
Quem nada foi nem é não dirá nada ’’

Fernando Lessa ( 1921)


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Iniciando nosso percurso transcreveremos de forma sucinta informes sobre


os principais fatos que marcaram a historia de psicopedagogia. A trajetória deste saber
começou na Europa, posteriormente, na América do Sul, na Argentina e mais
recentemente no Brasil. De Neves destacamos o trecho a seguir (in Pinto, 2003, p.118) :
A preocupação com os problemas de aprendizagem teve
origem na Europa, ainda no século XIX. Tais problemas
foram estudados por filósofos, médicos e
educadores.basicamente, a ênfase era a reeducação. No
final do século XIX, foi formada uma equipe médico-
pedagógica pelo educador Seguim e pelo psiquiatra
Esquilo, passando a neuropsiquiatria infantil a estudar os
problemas neurológicos que afetam a
aprendizagem.Conforme Mery (1985) , em 1946 foram
fundados e chefiados por J. Boutonier e George Mauco os
primeiros centros psicopedagógicos, nos quais se buscava
unir conhecimentos da psicologia, da psicanálise e da
pedagogia para tratar comportamentos sociavelmente
inadequados de crianças tanto na escola como no lar,
objetivando sua readaptação. A partir de 1948, entretanto,
o termo pedagogia curativa passa a ser definido, segundo
Debese, como terapêutica para atender crianças e
adolescentes incapacitados que apresentavam maus
resultados. A psicopedagogia curativa, introduzida no
Centro de Psicopedagogia de Estrasburgo, na França,
poderia ser conduzida individualmente ou em grupos,
sendo entendida como “método que favorecia a
readaptação pedagógica dos alunos”, uma vez que
pretendia tanto auxiliar o sujeito a adquirir conhecimentos
como a desenvolver sua personalidade. De acordo com
Bossa, a pedagogia
curativa situa-se no interior do que hoje chamam de
psicopedagogia.

O estudo realizado por Bossa (2000) registra que a psicopedagogia na


Argentina, de acordo com Sergio A. Silva , surgiu “ como uma área efetiva de
trabalho’’. Bossa prossegue detalhando que : segundo Alicia Fernandes, Bueno Aires
foi a primeira cidade Argentina a oferecer uma Faculdade de Psicopedagogia.
Esse curso passou por três momentos distintos: o primeiro correspondeu aos
planos de estudo de 1956, 1958 e 1961, com ênfase na formação filosófica e
psicológica; o segundo momento é constituído pelos planos de 1963, 1964 e 1969, nos
quais se evidencia a influência da Psicologia Experimental na formação do
psicopedagogo; em 1978, o terceiro momento do curso de psicopedagogia , com a
12

criação de licenciatura da matéria , tal como existe atualmente , ou seja, uma carreira de
graduação com duração de cinco anos.
Observam Fernandez e Montti que na Argentina, a atuação psicopedagógica
esta ligada , fundamentalmente a duas áreas: a educação e a saúde. Na intervenção
utilizam os seguintes instrumentos: provas de inteligência; provas de nível pedagógico;
avaliação perceptomotora; testes projetivos; testes psicomotores; hora do jogo
psicopedagógico. (BOSSA, 2000, p.41-47)
No Brasil de acordo com o artigo de Maria Célia Malta Campos , sob o título
“Encruzilhadas do Saber : Desafios da Psicopedagogia” consta (in Masini, 2000, p. 51-
57):

Os primeiros cursos na área das dificuldades de aprendizagem


dos atuais cursos, iniciam-se em Porto Alegre e em São Paulo na
década de 70, por força de demanda de educadores à busca de
mais e melhores recursos para compreender e poder atuar frente
as crianças que não aprendiam. Lembremo-nos que nesta época
uma nova clientela adentrava a escola e concomitantemente, os
padrões de ensino e de condições materiais da escola pública
decaíam. De lá para nossos dias, a formação do psicopedagogo
passou a ocorrer em cursos de especialização lato sensu,
conforme a resolução 12/83 do Conselho Federal de
Educação.De inicio, assistimos a um crescimento
indiscriminado desses cursos com ênfase unicamente num
embasamento teórico, sem a desejada articulação teórico-prática
que os educadores tanto buscavam. A partir de 1980, os
primeiros profissionais formados nesses cursos constituíram a
Associação Brasileira de Psicopedagogia, com a finalidade de
promover o aperfeiçoamento cultural de seus associados e a
qualidade científica de sua prática mediante a realização de
cursos e de encontros científicos além de publicação de um
periódico especializado na área.

1.1INSTITUCIONALIZAR O PSICOPEDAGOGO

A trajetória do tramite burocrático para a regulamentação do psicopedagogo


é relatada por Campos in Masini ( 2000, p.51-57) :
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institucionalizar o psicopedagogo como profissão é uma


questão que debatemos, em seus prós e contras. A Associação
Brasileira de Psicopedagogia teve um papel destacado na
consolidação das propostas com essa finalidade, viabilizando o
encaminhamento ao Congresso Nacional do Ante-projeto da Lei
3124/97, que dispõe sobre a regulamentação do exercício
profissional do psicopedagogo, cria o Conselho Federal e os
Conselhos Regionais de Psicopedagogia. Este anteprojeto
recebeu parecer favorável à aprovação na Comissão de Trabalho
e, atualmente encontra-se na Comissão de Educação,
aguardando parecer da relatora Deputada Marisa Serrano.Na
exposição de motivos que sustenta essa proposta destaca-se o
quadro de injustiça social que presenciamos em nosso país pela
exclusão sistemática da escola de uma grande parcela de
crianças e jovens, apesar de inúmeros programas e iniciativas
educacionais.

A legalização profissional soma-se a preocupação com a formação


profissional . Bossa (2000) ao analisar as disciplinas de dois cursos de formação em
psicopedagogia constatou no curso A que “ os aspectos afetivos envolvidos no processo
de aprendizagem não são contemplados. ”
Inferiu após analisar estes dois cursos que ambos dão “ pouca atenção ao
sujeito epistemofílico.’’ Identificou que o curso B “ melhor prepara o aluno para o
trabalho no magistério superior’’.

Outra preocupação expressada por Bossa (2000, p.79-80):

é que o psicopedagogo perceba a necessidade e importância de


uma formação contínua através de grupo de estudo, supervisão,
cursos que promovam aprofundamento em, conhecimentos
específicos e participação em eventos que propiciam
crescimento e amadurecimento desta ainda nova área .

Desta forma buscamos pontuar dados essenciais que compõem a história da


psicopedagogia.
14

CAPÍTULO II

Contribuição da Psicopedagogia na Atualidade

“O campo de atuação do psicopedagogo refere-se não


só ao espaço físico onde se dá esse trabalho ,mas
epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar
deste campo de atividade e o modo de
abordar o seu objeto de estudo.’’

( Nadia A. Bossa, 2000, p.29)


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Neste capítulo abordaremos o posicionamento de autores de relevância tais


como: Gonçalves, Costa, Campos. A composição do saber psicopedagógico vem se
consolidando como tal, assim de acordo com Gonçalves in Pinto (2003, 6-8) :

A psicopedagogia é uma área de conhecimento e de atuação


dirigida para o processo de aprendizagem. Seu objeto de estudo
é o cognoscente, ou seja, o sujeito que se volta para a realidade e
dela retira o saber.Como prática, em seus primórdios voltou-se
para os problemas relacionados com as dificuldades de aprender
e o fracasso escolar. Hoje, porém, visa favorecer a apropriação
do conhecimento pelo ser humano ao longo de sua evolução,
tendo por objetivo a promoção de aprendizagem. A
psicopedagogia é, portanto,um campo do conhecimento humano
essencial para a sociedade da informação dos tempos atuais que
articula saberes e fazeres de forma transdisciplinar e atende aos
indivíduos em suas necessidades de educação continuada no
espaço lúdico da aprendizagem no qual desejo e conhecimento
se mesclam em criatividade.

Inserido nos diversos saberes e nos seguimentos de realidade a prática da


intervenção psicopedagógica permite resgatar potencialidades. Segundo Costa in Pinto
(2003, p.36) :
Tanto na clínica quanto na instituição o psicopedagogo atua
intervindo como mediador entre o sujeito e sua história que lhe
causou a dificuldade de aprender. No entanto o profissional não
deve fazer parte do contexto do sujeito, já que ele está contido
numa dinâmica familiar, escolar ou social. O profissional deve
tomar ciência do problema de aprendizagem e interpretá-lo para
devida intervenção. Com essa atitude o psicopedagogo auxiliará
o sujeito a reelaborar sua história de vida, reconstruindo fatos
que estavam fragmentados, e a retomar o percurso normal de
sua aprendizagem

As circunstâncias que contribuíram para o surgimento da psicopedagogia,


bem como a cultura daquele momento histórico em 1946, já mencionadas no cap.1,
determinaram o encaminhamento da intervenção psicopedagógica para crianças e
adolescentes.
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Com as mudanças culturais, sociais e o surgimento da necessidade de


constante apropriação de conhecimento, especialmente da tecnologia de
informação,ocorreu o rompimento da cultura do conhecimento cristalizado. Fato que
repercutiu em toda a sociedade e principalmente relativizou a relação entre ensinante e
aprendente.
Por isto à visão que fundamenta a intervenção do psicopedagogo precisa ser
ampla. Nesse contexto Costa in Pinto (2003, p.36 ) considera que:

É fundamental para a psicopedagogia que o profissional faça,


uso do trabalho interdisciplinar, pois os conhecimentos
específicos das diversas teorias contribuem para o resultado
eficiente da intervenção ou prevenção psicopedagógica. Por
exemplo, a psicanálise pode fornecer embasamento para
compreender o mundo inconsciente do sujeito, a psicologia
genética proporciona condições para analisar o desenvolvimento
cognitivo do indivíduo, a psicologia possibilita compreender o
mundo físico e psíquico, a lingüística permite entender o
processo de aquisição da linguagem, tanto oral quanto escrita
Em todas essas áreas encontramos autores renomados que
contribuem para o crescimento da psicopedagogia, tanto no
âmbito preventivo quanto no clínico.

Entendemos como França (2003) que a proposta da psicopedagogia


preventiva “esta procurando melhorar os processos didáticos – metodológicos e as
relações interpessoais na ambiente escolar, tenta favorecer uma aprendizagem que evite
causar dificuldades que encaminham o aluno para psicopedagogia clínica.” França in
Pinto ( 2003, p.21) .

Assim Costa in Pinto (2003, p.37) acrescenta que :

No enfoque preventivo, o papel do psicopedagogo é detectar


possíveis problemas no processo ensino-aprendizagem,
participar da dinâmica das relações da comunidade educativa,
objetivando favorecer processos de integração e trocas, realizar
orientações metodológicas para o processo ensino-aprendizagem
considerando as características do indivíduo ou grupo, colocar
em prática alguns processos de orientação educacional,
vocacional e ocupacional em grupo ou individual.
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Identificamos a intervenção psicopedagogica institucional como preventiva


e Campos in Masini (2000, p.51-57) nos subsidia nesses termos:

A outra área de atuação, denominada institucional, visa


colaborar com a instituição familiar, escolar, educativa em geral
ou de saúde a fim de que possam mais efetivamente cumprir seu
papel transmissor e construtor de conhecimento . Nesse sentido,
busca-se identificar os obstáculos ao desenvolvimento do
processo de aprendizagem por meio de técnicas específicas de
análise institucional e pedagógica . Nesse caso, a intervenção é
no sistema (familiar, escolar, sanitário-hospitalar) mediante a
conscientização dos conflitos que provocam a fragmentação dos
conhecimentos e o impedimento de sua livre circulação e
apropriação pelos diversos grupos que integram o sistema, a
facilitação de informação a todos os níveis da instituição e a
atualização de conhecimento a respeito de atividades
pedagógicas com dificuldade de elaboração, finalmente a
implementação de recursos preventivos que evitem o retrocesso.

Identificamos ainda que a psicopedagogia intervém na pessoa, utilizando o


conteúdo de diversas teorias e dentre as estratégias de intervenção utilizando a mais
adequada para a dimensão ensino-aprendizagem, considerando o contexto das diferentes
realidades . Concluímos este capítulo com a síntese sobre a prática da psicopedagogia
escrita por Campos in Masini (2000, p.51-57) : “Na prática profissional a
psicopedagogia busca construir uma síntese entre várias disciplinas e especialidades ,
ultrapassando os limites de cada uma .’’
A nosso ver a psicopedagogia ao propiciar ao ser humano a abertura de um
espaço de possibilidade de aquisição de conhecimento de forma criativa,colaborando
para ele reelaborar sua história de vida já é uma proposta relevante. Acrescenta-se o fato
que isto ocorre com a utilização pelo psicopedagogo de um referencial teórico que
fundamenta e orienta o estudo psicopedagógico para o uso da melhor estratégia de
intervenção. Pois ao identificar obstáculos ao desenvolvimento do processo de
aprendizagem atua por meio de técnicas específicas de análise institucional e
pedagógica, cria referencial para estudo, acompanhamento e avaliação do universo onde
ocorre a intervenção. Desta forma apreende e elabora o registro da realidade e torna-se
um instrumento de mudança e crescimento do ser humano que ultrapassando o limite de
sua subjetividade beneficiará a sua comunidade.
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CAPÍTULO III

Educação de adultos – Qual o limite para o aprender?

“Somente a educação não alienada pode servir


aos objetivos da sociedade em luta pelo seu
desenvolvimento e pela transformação da
vida do homem.”

(Álvaro Vieira Pinto, 1994, p.55)


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Neste capítulo estudaremos através do posicionamento de estudiosos que


elegeram a Educação como tema motivador de suas inquietações comprometendo suas
vidas. O resultado de sua dedicação é um olhar diferenciado, aprofundado pelas
experiências vividas.

3.1 CONTEXTUALIZANDO O TEMA ...

O processo ensino aprendizagem em nossa sociedade ocorre inserido numa


realidade num seguimento social. Nesse sentido Valla (1986, p.15) , esclarece que:

Formas educacionais desenvolvidas no meio da população


trabalhadora : educação da população, extra-escolar, não formal,
difusa, comunitária, permanente, não escolar,popular.Que são
aquelas formas de educação que se desenvolveram no meio das
populações trabalhadoras, seja um programa de
desenvolvimento comunitário numa favela , seja até mesmo o
ensino formal numa precária escola pública de primeiro grau
num bairro operário na periferia de uma cidade grande.

A dinâmica do processo educacional é motivado por interesses bilaterais.


Valla (1986, p.17) analisa :

Na realidade, os processos de industrialização e urbanização


fazem exigências de qualificação de mão de obra que os
sistemas escolares nunca foram nem estão capacitados a
satisfazer. Assim, as atividades de educação popular que surgem
no decorrer e como resultado do processo de industrialização e
de urbanização tendem a se agrupar em torno de três eixos:
alfabetização de adultos, treinamento de mão de obra e
desenvolvimento comunitário.

Esta resposta parcial que os sistemas escolares dão, mencionada acima


causam conseqüências que Valla (1986, p.19) informa:

Outra condição inerente à educação popular é que seu


surgimento, se de um lado pode propiciar uma capacitação e
organização da população trabalhadora na conquista dos direitos
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básicos,por outro lado, sendo fruto do sistema capitalista,


propicia formas indiretas de acumulação capital.

A alternativa do curso noturno utilizada como solução para dar acesso aos
estudos aos que trabalham de dia é analisado por Valla (1986, p.20) da seguinte forma:

Não é por acaso que muitas das atividades da educação popular


são realizadas de noite ou nos fins de semana. Sendo que suas
atividades freqüentemente se dirigem a adultos que não
cursaram a escola pública quando criança , acaba-se obrigando
o educando a pagar duas vezes para um direito reconhecido
universalmente como gratuito. Paga inicialmente - pelo
emprego que ocupa e pelo salário que recebe - por não ter
cursado o 1º e 2º graus na época determinada, e paga
novamente por ter que estudar nas horas de descanso e lazer.

O desenvolvimento comunitário mencionado por Valla (1986, p.20)


anteriormente também contém elementos e interesses bilaterais, como em relação aos
gastos do Estado:
... fazendo com que os gastos do Estado com os serviços
básicos urbanos aumentem enormemente. Nesse sentido
interessa às autoridades, principalmente as dos países
periféricos, socializar esses gastos com as populações
trabalhadoras, possibilitando, dessa forma, inversões
vultosas
empreendimentos de infra-estrutura industriais tanto quanto nos
das áreas nobres das cidades.

Nesta síntese apontamos algumas circunstâncias que revelam os interesses


embutidos nos processos de ensino e aprendizagem. Uma de suas alavancas é o
processo de industrialização e de urbanização que determinam a necessidade de
capacitação de mão-de-obra. Em conseqüência justificam investimentos na educação de
adultos e ações que ocorrem na comunidade que interessam ao capital por exemplo
“empreendimentos de infra estrutura industriais.”
Por dar um sentido de limites a nossa exposição consideramos a educação
em duas dimensões: educação escolar e educação para a vida. Contudo, no dia a dia,
constatamos que estas duas dimensões se integram na rotina de vida da pessoa.
21

3.2 EDUCAÇÃO ESCOLAR

Inicialmente destacamos a definição de educação de Pinto (1994, p.29-30):

A educação é um processo pelo qual a sociedade forma seus


membros a sua imagem e em função de seus interesses.
Educação é formação (Bildung) do homem pela sociedade, ou
seja, o processo pelo qual a sociedade atua constantemente sobre
o desenvolvimento do ser humano no intento de integrá-lo no
modo de ser social vigente e de conduzi-lo a aceitar e buscar os
fins coletivos.

A questão do conteúdo da educação é analisada por Pinto (1994, p.42) desta


forma crítica:
... O contexto ingênuo ( o mais comum) , que ... não deve se
reduzir à transmissão escolar dos conhecimentos. E acrescenta :
o debate persiste até hoje, agora com marcada preponderância
dos defensores da educação “ técnica”, “educação para o
mundo”; etc. E conclui : não existe a diferenciação em tela,
quando se parte do conceito crítico unitário do “homem” e de
sua realidade num mundo em processo de desenvolvimento,
com o qual está indissoluvelmente ligado.

A seguir pretendemos responder, ainda que numa primeira aproximação a


pergunta: Qual o limite para o aprender? Na resposta contamos com a ajuda de Pinto
(1994, p. 80-81):
Os adultos a quem cabe a direção da sociedade exercem está
função como trabalho. A participação cada vez mais ativa das
massas - incluindo grande número de analfabetos – no processo
político de uma sociedade, expande a consciência do
trabalhador e lhe ensina por que e como – ainda que analfabeto
– deve caber a ele uma participação mais ativa na vontade
geral. Por isso é que, na medida em que a sociedade vai se
desenvolvendo, a necessidade da educação de adultos se torna
mais imperiosa. É porque em verdade eles já estão atuando
como educados, apenas não em forma alfabetizada,
escolarizada. A sociedade se apressa em educá-los não para
criar uma participação, já existente, mas para permitir que está
se faça em níveis culturais mais altos e mais identificados com
os estandartes da área dirigente, moral, quando em verdade não
passa de uma exigência econômica.
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Como já constatamos a educação de adultos está inserida na sociedade


fazendo parte de interesses de trabalhadores e dos que detém o capital. Destacamos a
seguir a correlação entre educação de adulto e educação infantil. Nesse sentido Pinto
(1994, p. 81-82) esclarece:

Mas, universalmente, a escolarização infantil não se pode fazer


sem a simultânea campanha de alfabetização e educação dos
adultos. É tese errônea e cruel admitir que se deve condenar os
adultos a condição perpétua de iletrados e concentrar os recursos
da sociedade na alfabetização da criança, mais barata e de maior
rendimento futuro. Deixando de lado o vergonhoso desprezo que
esta tese encerra, ela é: SOCIOLOGICAMENTE FALSA, pois
o adulto rende muito mais depois de alfabetizado, e
PEDAGOGICAMENTE ERRÔNEA, pois não se pode fazer
uma correta escolarização na infância em um meio no qual os
adultos, chefes de família não compreendem sua importância.
Entretanto só compreenderão na prática, alfabetizando-se eles
mesmos. A educação de adultos é, assim, uma condição
necessária para o avanço do processo educacional nas gerações
infantis e juvenis.

Quanto ao limite para o aprender, estamos de acordo com o posicionamento


de Pinto (1994, p.104):

A educação é processo contínuo e permanente no indivíduo.


Não pode ser contida dentro de limites pré-fixados. Em virtude
do caráter criador do saber, que todo saber possui, o homem que
adquire conhecimentos é levado naturalmente a desejar ir mais
além daquilo que lhe é ensinado.

O acesso ao processo de ensino e aprendizagem possibilita a mudanças


na visão de mundo, de crenças, de valores, capacita para o exercício de papeis sociais e
político. Desta forma possibilita ainda a pessoa ser o gestor do seu crescimento pessoal.

3.3 EDUCAÇÃO PARA A VIDA

Na nossa visão a educação é aprendida para ser compartilhada e provocar


novo enriquecimento nas pessoas envolvidas. Desta forma entendemos que seu
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movimento, transcende os limites da instituição escolar, interagindo com formas


educacionais institucionalizadas ou não na dinâmica da comunidade. Sobre esse aspecto
Bossa, cita Paulo Freire (2000, p.29) :

Já nos ensina Paulo Freire que a educação deve levar em conta


principalmente a vocação ontológica do homem, que é tornar-se
sujeito, situação no tempo e no espaço, visto que vive em uma
época em um lugar e em um contexto social e cultural preciso.
Para Freire, não existem senão homens concretos; situados no
tempo e no espaço, inseridos em um contexto socioeconômico,
cultural e político enfim, em um contexto histórico.
Considerando-se essa proposição a educação para ser valida, deve
levar em conta necessariamente tanto a vocação ontológica do
homem, ou seja, sua vocação para ser sujeito, quanto as condições
nas quais ele vive. Segundo Freire, o homem chegará a ser sujeito
através da reflexão sobre seu meio concreto: quanto mais reflete
sobre sua realidade, sobre sua própria situação concreta, mais se
conscientiza e se compromete a intervir na realidade para mudá-
la.

Considerando o posicionamento de Freire interrogamos: Como conduzir este


processo educativo nesta proposta?
Atenta ao posicionamento de Freire, aprofundaremos este comprometimento
que leva o homem a intervir na realidade para mudá-la. A educadora Helena Bertho da
Silva , Assistente Social que há mais de 50 anos se dedica a educação para a vida, assim
refere-se ao seu enfoque (1997, p.3-4):
O enfoque a ser dado é à educação informal, a que acontece ora
estimulada por ações informais (clubes recreativos, serviço,
paróquias,instituições filantrópicas) ora decorrente da “escola da
vida” – cotidianamente.Entendo que a educação è um momento
do processo de humanização, e esta se da na prática da produção
de comportamentos – acomodatícios ou de transformação.O
homem não nasce livre, nasce pronto para a liberdade. Ele será
livre se para isto se preparar, isto é, se todo o seu potencial for
explorado para o exercício da liberdade. A educação estimula a
capacidade decisória que o afirma como ser social. A
participação neste processo é o principal estímulo. Se a
educação é possível a participação também o é. Ela acelera o
ritmo da mudança de vida. O homem ao responder como
SUJEITO aos desafios que partem do mundo, recria o mundo
histórico cultural.
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Nas suas intervenções Silva (1997, p.12) desenvolve o Método Pedagógico


Construtivista Libertadora MPCL, há vinte e nove anos e está fundamentada numa
prática de educação permanente: “Na educação permanente ou continuada, jovens e
velhos estão situados no mesmo pé de igualdade para aprender e ensinar”.
Estes posicionamentos estão valorizando o desenvolvimento humano.. Para
aprofundar este tema Vygostki analisa in Fonseca (1995, p. 95-96) :

Aprender e desenvolver, assim como o desenvolvimento só é


concebível como aprendizagem, isto é, o desenvolvimento
humano é sinônimo de aprendizagem humana, uma vez que há
entre ambos uma identidade intrínseca fundamental. Como
afirma Vygotski, o desenvolvimento é a condição da
aprendizagem. Por interação social e por mediação seletiva
apropria-se da linguagem material e da linguagem social,
incorporando instrumentos verbais que lhe permitem
compreender o mundo e reconhecer as suas experiências.O
desenvolvimento, de acordo com Vygotski, é um processo
dialético complexo, caracterizado pela periodicidade e
irregularidade do desenvolvimento de sistemas funções, pela
metamorfose ou transformação qualitativa de uma competência
em outra, pela inter-relação de fatores exteriores e interiores,
exteroceptivos e proprioceptivos, bem como pelos processos
adaptativos que superam e transcendem os obstáculo que se
deparam à criança. A aprendizagem depende, de acordo com
Vygotski, do nível de desenvolvimento potencial (NDP),
considerando o conjunto de atividades que a criança é capaz de
realizar com a ajuda, colaboração e orientação de outras pessoas.

Vygotsky faz sua análise focalizando a criança, mas considerando os autores


anteriormente mencionados é possível afirmar que a potencialidade do aprender está
presente em todo decorrer da vida humana.
25

CAPÍTULO IV

Possibilidades do Trabalho Psicopedagógico na Educação


de Adultos

“ O temor do Senhor é uma glória ,


um motivo e glória,
uma fonte de alegria
uma coroa de regojizo.”

( Eclo 1, 11)
26

4.1 RELEVÂNCIA DA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA COM ADULTOS

O adulto é o protagonista das relações sociais. Responsável pela sua fluidez


ou bloqueio. Responsável pela construção do seu processo histórico social isto se dá na
sua inserção no seu contexto cultural, neste cotidiano ocorrem as vivencias e
enfrentamentos. Estamos nos referindo ao conteúdo das interrelações sociais, na sua
dinâmica registram, filtram crenças e valores. Neste espaço se dá as relações de ensino e
aprendizagem ; onde se formam as memórias de sucesso ou fracasso que repercutem na
vida de cada pessoa.
O convívio com a história de fracasso escolar vivenciada pelo adulto é
relatada por Bossa (2000, p.72) nesses termos:

“Com apoio em nossa experiência clínica de atendimento a


crianças e adultos, podemos afirmar que as conseqüências do
“não aprender” para a criança de nossa cultura são irreversíveis
e determinam boa parte de sua vida; o insucesso escolar decide a
direção de seu futuro, em uma fase muito precoce de via,
quando ainda não é possível imaginar as conseqüências das
renúncias impostas pela trama que resulta no sistema escolar.
Certamente, muitos colegas já escutaram frases como: eu não
conseguia aprender ler.Tinha muita vergonha das outras
crianças. A professora brigava comigo toda aula. Quase todo dia
apanhava de minha mãe por causa da lição. Eu era uma criança
muito infeliz, odiava a escola.Acabei não estudando. Até hoje,
tenho vergonha de dizer que só concluí o ensino fundamental.
Não tenho coragem nem de fazer um curso de computação.
Acho que devo ter algum problema, nunca consegui aprender
nada. Já sofri muito por isso. Detesto minha profissão. Sou
vendedor; sem estudo, o que eu poderia fazer? O que eu queria
mesmo era ser advogado, mas sei que jamais conseguiria fazer
um curso de Direito. Essa é a maior frustração de minha vida.”

Neste relato o protagonista registra que seu fracasso escolar tornou-se na sua
história de vida um fato não esquecido na fase adulta. Fato este que transformou seu
projeto de vida em apenas um sonho não realizado.
No nosso estudo constatamos que com maior ou menor intensidade o adulto
participa da intervenção psicopedagógica. Nestes atendimentos o envolvimento dos
27

adultos tem o principal objetivo de compor uma estratégia para alcançar o sucesso no
tratamento do paciente identificado: criança ou adolescente. Após a intervenção
verifica-se que os adultos envolvidos também foram beneficiados.
Esta estratégia é registrada no artigo “ A Intervenção Psicopedagógica na
Parceria com os Professores - Relato de uma Experiência” de Figueiral in Pinto (2003,
p.103) registra :

A troca de informações, o aprender com o outro,a


diversidade de olhares proporcionaram a todos a vivência da
inclusão, a possibilidade de construção de novos recursos para a
efetivação da aprendizagem.

Ao estudar a configuração da situação a psicopedagoga constatou a


necessidade de tratamento nessa linha de pensamento Figueiral in Pinto (2003, p. 105)
esclarece:

Concluído o estudo psicopedagógico, a matrícula pode ser


confirmada na 7ª série.Os resultados obtidos revelaram um
quadro de transtorno do aprendizado,com indicação para terapia
psicopedagógica.

A estratégia mais adequada “em virtude de outras terapias que a criança já


realizava’’ para trabalhar as dificuldades de aprendizagem “foi intervir não com o
aluno, mas como os professores de 7ª série, todos eles especialistas nas suas áreas de
ensino” (FIGUEIRAL in PINTO, 2003, p.106).
Ao longo do desenvolvimento do trabalho a estratégia mostrou-se produtiva
porque oportunizou aos professores como consta em Figueiral in Pinto (2003, p.107)
estes resultados.:
Poder reconhecer e falar dos conflitos ao lidar com a
diferença abriu novos espaços na relação dos professores com
aquele aluno, porque o aluno que não aprende afeta
profundamente a identidade do professor. Além do
reconhecimento do que estava preservado na aprendizagem eles
puderam lidar com as diferenças no grupo de alunos, como eles
28

próprios tinham vivido na reunião anterior. Organizando as


estratégias, analisamos o que havia de comum em todas elas e
isso alavancou, durante a reunião novas idéias e projetos.
Visavam , dessa maneira, reconhecer o significado das
dificuldades de aprendizagem. Esse era o ponto, que pôde ser
alcançado pela análise do desempenho, pelo reconhecimento das
habilidades que estavam por detrás de cada situação de ensino
bem sucedida. Ampliando o nível de compreensão entre as
tarefas e as habilidades subjacentes a cada uma, os professores
puderam associar suas experiências e sua criatividade às
necessidades de A.

A intervenção ocorreu com visão abrangente com a participação dos pais


como registra Figueiral in Pinto (2003, p.108):

A intervenção psicopedagógica também se propunha a incluir os


pais no processo,por meio de reuniões,possibilitando o
acompanhamento do trabalho realizado com professores.
Assegurada a maior compreensão, os pais ocuparam um novo
espaço no contexto do trabalho. Abandonando o papel de
expectadores,assumiram a posição de parceiros,participando,
opinando e cobrando. Incorporados ao trabalho de equipe, eles
também tinham funções e responsabilidade bem definidos.
Decididamente, sabiam a quem recorrer em caso de necessidade.
Ficaram menos ansiosos.

Ganhos com o resultado do trabalho, Figueiral in Pinto (2003,p.109) destaca


:

Descentralizado do aluno e deslocado para os professores,o


trabalho psicopedagógico ampliou as possibilidades de inclusão.
Pai,professores e especialistas uniram esforços na busca de
soluções. Ninguém ficou esperando resultados. Ninguém foi
excluído da equipe de trabalho. Todos nos somamos
conhecimentos e experiências. Todos aprendemos.

Sem dúvida o motivo que justificou o trabalho psicopedagógico decorreu da


dificuldade de aprendizagem apresentada por A, mas todos os participantes foram
29

beneficiados: professores e pais. Especialmente considerando os benefícios alcançados


pelos professores estes serão desdobrados alcançaram outros alunos.

4.2 PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E SEU FOCO DE INTERVENÇÃO

Para dar conteúdo ao nosso estudo sobre psicopedagogia Institucional


transcrevemos Bossa (2000,p.89):

A respeito da Psicopedagogia Institucional, vale dizer que já


existem experiências de atuação psicopedagógica em empresas,
hospitais, creches e organizações assistenciais. Podemos dizer
que nosso sujeito é a instituição,com sua complexa rede de
relações. A demanda da Instituição está associada à forma de
existir do sujeito institucional seja ele a família, a escola, uma
empresa industrial, um hospital, uma creche, uma organização
assistencial.

Bossa acrescenta o artigo da psicopedagoga Heloísa Fogali nestes termos :


Fogali in Bossa ( 2000,p.89):

“Dependendo da natureza da Instituição a psicopedagogia pode


contribuir trabalhando vários contextos: psicopedagogia
familiar, ampliando a percepção sobre os processos de
aprendizagem de seus filhos, resgatando a família no papel
educacional complementar à escola, diferenciando as múltiplas
formas de aprender, respeitando as diferenças dos filhos;
psicopedagogia empresarial,ampliando formas de
treinamento,resgatando a visão do todo, as múltiplas
inteligências,trabalhando a criatividade e os diferentes caminhos
para buscar saídas, desenvolvendo o imaginário, a função
humanística e dos sentimentos na empresa, ao construir projetos
e dialogar sobre eles; psicopedagogia hospitalar, possibilitando a
aprendizagem, o lúdico e as oficinas psicopedagógicas com os
internos; psicopedagogia escolar, priorizando diferentes
projetos; diagnóstico da escola; definições de papéis na
dinâmica relacional em busca de funções e identidades, diante
do aprender; instrumentalização de professores, coordenadores,
orientadores e diretores sobre práticas e reflexões diante de
novas formas de aprender; reprogramação curricular,
implantação de programas e sistemas avaliativos; oficinas para
vivências de novas formas de aprender; análise de conteúdo e
reconstrução conceitual; releitura, ressignificando sistemas
30

de recuperação e aluno no processo; o papel da escola no


diálogo com a família”

Complementando as informações referentes a natureza da Instituição


acrescentamos “A atuação psicopedagógica institucional” como consta em Bossa
(2000, p.68), na Exposição de motivos para o Anteprojeto de Lei enviados à câmara de
Deputados em Brasília.” :

“A atuação psicopedagógica institucional – A psicopedagogia


assume um compromisso com a melhoria da qualidade do
ensino expandido sua atuação para o espaço escolar, atendendo,
sobretudo, aos problemas cruciais da educação no Brasil.Na
escola, o Psicopedagogo também utiliza instrumental
especializado, sistema específico de avaliação e estratégias
capazes de atender aos alunos em sua individualidade e de
auxilia-los em sua produção escolar e para além dela,
colocando-os em contato com suas reações diante da tarefa e dos
vínculos com o objeto do conhecimento. Dessa forma, resgata,
positivamente, e ato de aprender. Cabe, ainda, ao Psicopedagogo
assessorar a escola, alertando-a para o papel que lhe compete,
seja reestruturando a atuação da própria instituição junto a
alunos e professores, seja ainda redimensionado o processo de
aquisição e incorporação do conhecimento dentro do espaço
escolar, seja encaminhando alunos para outros
profissionais.Como assessor, o Psicopedagogo promove: o
levantamento, a compreensão e a análise das práticas escolares e
suas relações com a prendizagem; o apoio psicopedagógico a
todos os trabalhos realizados no espaço da escola; a
ressignificação da unidade ensino/aprendizagem, apartir das
relações que o sujeito estabelece entre o objeto de conhecimento
e suas possibilidades de conhecer, observar e refletir, a partir das
informações que já possui; a prevenção de fracassos na
aprendizagem e a melhoria da qualidade do desenvolvimento
escolar. Esse trabalho pode ser desenvolvido em diferentes
níveis, propiciando aos educadores conhecimentos para; a
reconstrução de seus próprios modelos de aprendizagem, de
modo que, ao se perceberem também como “aprendizes”,
revejam seus modelos de ensinantes; a identificação das
diferentes etapas do desenvolvimento evolutivo dos alunos e a
compreensão de sua relação com a aprendizagem; o diagnóstico
do que é possível ser melhorado no próprio ambiente escolar e
do que presa ser encaminhado para profissionais fora da escola;
a percepção de como se processou a evolução dos
conhecimentos na história da humanidade, para compreender
melhor o processo de construção de conhecimento dos alunos;
as intervenções para a melhoria da qualidade do ambiente
escolar; a compreensão da competência técnica e do
31

compromisso político presentes em todas as dimensões do


sujeito.”

Visca in Bossa (2000, p.90): “ eu não acho que a aprendizagem esteja


restrita à escola. Eu acho que esta é a melhor forma de se transmitir algumas
aprendizagens, mas não é só na escola que se aprende. A aprendizagem acontece no
sujeito...” Como ocorreu no relato sobre que se segue.
O foco de intervenção da Psicopedagogia Institucional foi exercitado pela
psicopedagoga Maria Cecília Castro Gasparian, na experiência vivida numa escola da
rede municipal de ensino de São Paulo.
Após o levantamento de questões pertinentes ao papel da psicopedagogo, a
intervenção do psicopedagogo nas dimensões instituição escolar e em sala de aula,
questionamentos de estratégias e estudo de realidade de sala de aula teve a início a
intervenção.
Gasparian (1997, p.50-51) detalha o manejo profissional necessário ao
psicopedagogo e comenta nesses termos: “ seu sucesso dependerá da sua postura
filosófica -construtivista e sua abordagem deverá ser entendida como uma construção
para todos : professores, alunos e psicopedagogo”
Nesta intervenção o “objetivo seria atender a queixa da professora e
melhorar o desempenho da classe” (GASPARIAN, 1997, p.50). A queixa da professora
de 3ª série : “ que havia crianças muito lentas , outras semi-alfabetizadas e outras mal
se comunicavam “ (GASPARIAN , 1997, p.50).
Após a intervenção Gasparian (1997, p.52) identificou os seguintes
ganhos:
Ao terminarmos o nosso estágio, percebemos que alguma coisa
já havia mudado tanto na professora quanto nos alunos. Segundo
relato da própria professora, ela já não estava tão ansiosa e o
grupo já aceitava e ajudava mais as crianças com dificuldades.

Neste seguimento as informações acima revelam a complexidade e a eficácia


da intervenção na dimensão da psicopedagogia institucional, bem como os benefícios
alcançados verbalizados pela professora.
32

4.3 A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NUMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO


SUPERIOR

No artigo “ O Psicopedagogo Insitucional numa Instituição de Nível


Superior”, de Neves (2003) é abordada especificamente a intervenção junto ao adulto.
Neves in Pinto (2003, p.116-117):

Toda queixa constitui um sintoma; a função da psicopedagogia


institucional é investigar a queixa. Entretanto, é necessário
trabalhar com o profissional envolvido com indivíduos que não
estão conseguindo aprender, que estão com dificuldades de
aprender, ou ainda, que mesmo diante do fato de estar se
profissionalizado, não se reconhecem como profissionais nas
respectivas áreas de atuação.
A dificuldade de aprendizagem no aluno adulto deverá ser
analisada com o propósito de entender o significado desta não
aprendizagem.

No andamento de sua intervenção Neves (2003) valoriza o diagnóstico desta


forma in Pinto (2003, p.117) :

... esse diagnóstico é uma hipótese, e que cada momento da


relação com o sujeito desde que as transformações obtidas a
partir dessa hipótese sejam aplicáveis por ela mesma. Tratando-
se de um diagnóstico multifatorial , as articulações e
compensações mútuas que compõem o quadro total deverão,
dessa forma, ser analisadas.

Entendemos que no seu posicionamento sobre o diagnóstico Neves (2003)


buscou ressaltar a flexibilidade, o movimento e a complexidade desta intervenção.
Em seu artigo Neves (2003) incluiu algumas atribuições para serem
desenvolvidas pelo psicopedagogo institucional numa instituição de nível superior : in
Pinto (2003, p.118-120) :

O psicopedagogo institucional numa instituição de nível


superior se encarregará do desaparecimento do sintoma e da
possibilidade de o sujeito aprender normalmente em condições
melhores, enfatizando a relação que ele possa ter com a
33

aprendizagem, ou seja, fazendo que o sujeito seja o agente da


sua própria aprendizagem e que se aproprie do conhecimento.Os
psicopedagogos institucionais nas instituições de nível superior
trabalharão as relações hierárquicas, a parceria, as formas de
comunicação entre as pessoas, o dito e o não dito. É
imprescindível trabalhar o homem em sua relação consigo
mesmo e com o mundo, visando à melhoria da instituição e
entendendo-a como parceria, não como rival.Especificamente, a
atuação do psicopedagogo institucional no ensino superior
poderia priorizar: a intervenção visando a solução dos
problemas de aprendizagem e tendo como enfoque o aprendiz
ou a instituição de ensino; a realização do diagnóstico e a
intervenção psicopedagógica, utilizando métodos, instrumentos
e técnicas próprias da pasicopedagogia; o desenvolvimento de
pesquisas e estudos científicos relacionados com o processo de
aprendizagem e seus problemas; oferecer assessoria
psicopedagógica aos trabalhos...esse diagnóstico é uma hipótese,
e que cada momento da relação com o sujeito por meio do
processo diagnóstico e do “tratamento” n os fará ajusta-la desde
que realizados no espaço da instituição; orientar, coordenar e
supervisionar as questões de ensino-aprendizagem decorrentes
da estrutura curricular; acompanhar e interferir nos aspectos
subjetivos da relação professor-aluno; reorientar os indivíduos
nas questões vocacionais; assessorar e orientar a instituição no
cumprimento do projeto pedagógico; acompanhar a
implementação de uma nova proposta metodológica de ensino;
promover encontros socializadores entre corpo docente,
discente, coordenadores, corpo administrativo e de apoio e
dirigentes; acompanhar alunos com dificuldades de
aprendizagem; cooperar na correção de funções cognitivas
deficientes; ajudar na aquisição de conceitos básicos;
proporcionar momentos de uma atitude sobre a ação educativa;
mediar a passagem de uma atitude passiva/reprodutora de
informação para a autogeradora.

A nosso ver esta proposta tem conteúdo que beneficiará “dimensões


administrativas, sociológicas e pedagógicas, proporcionando a circulação dos saberes de
uma dada cultura, que se revela por meio de um conjunto de signos que expressam e
regulam a ação de educar com o objetivo de facilitar a inserção dos indivíduos no meio
social.’’ Neves in Pinto (2003, p.120).
Em nosso estudo constatamos que os campos de atuação da psicopedagogia
mesmo tendo em comum a intervenção em crianças, adolescente ou adulto guardam
especificidades. Estas especificidades diferenciam o manejo profissional e seu
instrumental de intervenção.
34

4.4 DESTAQUE PARA OS BENEFÍCIOS ADVINDOS DA INTERVENÇÃO


PSICOPEDAGÓGICA JUNTO AO ADULTO

A bibliografia estudada permitiu detectar que o adulto recebe benefícios na


intervenção psicopedagógica de forma direta e indireta.
Destacamos neste capítulo, devido aos resultados alcançados , trechos dos
relatos de intervençãoes psicopedagógicas que detalhamos nos itens 4.1, 4.2 e 4.3, as
mesmas ocorreram no ambiente escolar infantil, adolescente e universitário. Nestes
contextos a participação destes adultos na intervenção ocorreu quando estavam
exercendo papeis de professor, de pais ou portador do sintoma.
Nos relatos de Figueiral (2003), Gasparian (1997) e Neves (2003)
identificamos os seguintes benefícios : ampliação do nível de compreensão; associação
da experiência profissional e criatividade dos participantes em favor do paciente
identificado; participação ativa na equipe de tratamento: cobrando e opinando; redução
da ansiedade.
A dinâmica da intervenção psicopedagógica traz novidade para os parceiros
desta intervenção. O estudo, as técnicas adequadas e a condução atenta e firme do
processo de intervenção permite o crescimento para todo o seguimento.
Identificamos em todas as intervenções estudadas a presença latente da
criatividade, que concretiza-se nas alternativas inéditas. O surgimento destas
propostas contribuem para a resolução da dificuldade de aprendizagem que determinou
a intervenção psicopedagógica.
A valorização da criatividade é objeto de estudo de Howard Gruber e citado
no livro “Arte, mente e cérebro” de Howard Gardner, desta análise destacamos os
seguintes trechos. Gruber in Gardner ( 1999, p.298-299):

Gruber concebe a pessoa “pensadora integral” como guardando


alguns subsistemas interagentes. Um subsistema envolve a
organização do conhecimento. Uma pessoa criativa busca
relacionar vários fatos e teorias espalhados por sua área de
interesse, a fim de chegar a uma síntese coerente e abrangente.
Além disso, um indivíduo criativo tipicamente gera uma rede de
atividades -um complexo de buscas que engajam sua
curiosidade por longos períodos.
35

O senso de propósito do indivíduo – seu direcionamento à meta-


orienta a escolha de um conjunto inteiro de iniciativas e dita
quais focalizar em um momento dado, quais abandonar, quando
recorrer às testadas e verdadeiras. Conforme Gruber, o indivíduo
assemelha-se a um malabarista bem-coordenado, capaz de
manter um número de objetos em mente (ou na mão) em um
momento particular e que realmente encontra prazer nessa
habilidade de executar tal proeza malabarística – embora a meta
final de criar novos objetos ou de fazer descobertas novas
sempre permaneça reinante.

A intervenção pisicopedagógica atua como instrumento facilitador para o


surgimento na pessoa de “uma síntese coerente e abrangente” (GRUBER IN
GARDNER, 1999, p.288). É interessante ressaltar a comparação que Gruber faz do
indivíduo criativo “ assemelha-se a um malabarista bem-coordenado, capaz de manter
um número de objetos em mente ( ou na mão) em um momento particular e que
realmente encontra prazer nessa habilidade de executar tal proeza
malabarística”(Gruber in Gardner, 1999, p.289). Comparando esta imagem com o
desenrolar da intervenção em andamento, identificamos que ela consegue representar as
forças internas dos parceiros mobilizados no sentido de alcançar o objetivo proposto.
Na intervenção psicopedagógica a possibilidade de mudança é um
movimento atentamente acompanhado a respeito destacamos os seguintes trechos:
“poder reconhecer e falar dos conflitos ao lidar com a diferença abriu novos espaços na
relação dos professores com aquele aluno...” (Figueiral in Pinto, 2003, p.107) e :

“ao terminarmos o nosso estágio percebemos que alguma coisa


já havia mudado tanto na professora quanto nos alunos. Segundo
relato da própria professora ela já não estava tão ansiosa e o
grupo já aceitava e ajudava mais as crianças com dificuldade...”
( GASPARIAN, 1997, p..52)

O estudo realizado apresentou algumas intervenções que possibilitaram o


crescimento de adultos envolvidos. Desta forma percebemos uma área de intervenção
com potencial significativo e desencadeador de benefícios abrangentes a comunidade,
na qual o adulto está inserido.
36

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há um ano quando iniciamos o percurso da formação em psicopedagogia


não tínhamos a clareza do potencial do saber psicopedagógico.
Hoje após conhecer este novo caminho percebemos uma estratégia que se
bem trabalhada, isto é, elaborada e implementada com eficiência, pode responder as
necessidades apresentadas devido a dificuldade de aprendizagem, não só apresentada
por crianças e adolescentes, mais inclusive por adultos.
Nosso esforço foi no sentido de aprofundar , ainda com olhar de iniciante, o
conteúdo de informações recebidas no período de formação.
Inicialmente situamos o histórico da psicopedagogia constatamos o esforço
no sentido de conquistar o reconhecimento institucional e o andamento deste processo
no trâmite burocrático.
Buscamos a seguir valorizar tanto a psicopedagogia clínica quanto a
institucional e deparamos com a fluidez deste saber, que transita principalmente no
âmbito da Educação, mas transcende este patamar resgatando outras dimensões da
pessoa. Na sua dinâmica de intervenção tem inclusive ações preventivas que evitam o
surgimento de dificuldades de aprendizagem.
Nosso destaque foi para a psicopedagogia institucional, ela se constitui em
uma estratégia de intervenção de caráter preventivo e abrangente. Cuja dimensão de
atuação contempla instituição familiar, escolar, hospitalar e empresarial.
Foi-nos surpreendente constatar através do nosso estudo que a
Psicopedagogia dispõe de um instrumental que possibilita a pessoa reelaborar de
forma criativa seu saber. Este processo de desenvolvimento da aprendizagem se dá por
meio de técnicas específicas de análise institucional e pedagógica e cria referencial para
estudo, acompanhamento e avaliação do universo onde ocorre a
37

intervenção. Desta forma elabora o registro da realidade e torna-se um instrumento de


mudança e crescimento do ser humano que ultrapassando o limite de sua subjetividade
beneficiará a sua comunidade.
No transcorrer dos nossos estudos percebemos a necessidade de questionar
no tocante a Educação de Adultos, qual o limite para o aprender. Esta necessidade
oportunizou uma síntese apontando que este tema está contido nos interesses da relação
capital e trabalho.
Nosso ganho foi sobretudo ressaltar que Educação de Adulto e Educação
Infantil estão interligadas, fato que repercute na política educacional.
Abordamos a educação como um todo destacando Educação Escolar e
Educação para a Vida dimensões que contribuem para a formação da pessoa.
Entendemos que seu movimento transcende os limites da instituição escolar, interagindo
com formas educacionais institucionalizadas ou não na dinâmica da comunidade.
A bibliografia estudada oportunizou destacar a participação e os benefícios
que os adultos de forma direta ou indireta obtém no andamento da dinâmica da
intervenção Psicopedagogica. Bem como apresentar um detalhamento da intervenção do
Psicopedagogo Institucional.
Finalmente consideramos que ao desenvolver as estratégias de intervenção a
psicopedagogia clinica e institucional, atuando de forma preventiva ou terapêutica,
constituem-se em um saber com potencial de ampliação da intervenção junto ao adulto
38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto


Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

______. Fracasso escolar: um olhar psicopedagógico. Porto Alegre: Artes Médicas


Sul, 2002.

FONSECA, Vitor. Educação especial: programa de estimulação precoce uma


introdução as Idéias de Feuerstein. Porto Alegre: ARTMED, 1995.

GARDNER, Howard. Arte, mente e cérebro. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 1999.
GASPARIAN, Maria Cecília Castro. Contribuição do modelo relacional sistêmico para
a psicopedagogia institucional. São Paulo: Lemos Editorial, 1997.

MASINI, Elcie F. Salzano. (Org.). II Ciclo de Estudos de Psicopedagogía Mackenzie.


São Paulo: Memmon Mackenzie, 2000.

PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. Rio de Janeiro: Cortez,
1994.

PINTO, Maria Alice Leite. (Org.). Psicopedagogia diversas faces, múltiplos olhares.
São Paulo: Olho d’Água, 2003.

SILVA, Helena Bertho da. Caderno 1: o que é o método pedagógico construtivista


libertador? Rio de Janeiro: [s.n.], 1997.

VALLA, Victor Vicente. Educação e favela. Petrópolis,RJ: Vozes, 1986.


39

ÍNDICE

INTRODUÇÂO
1. HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA ....................................................................10
1.1 Institucionalizar o Psicopedagogo ......................................................................12

2. CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NA ATUALIDADE .........................14


3. EDUCAÇÃO DE ADULTOS – QUAL O LIMITE PARA O APRENDER?............18
3.1 Contextualizando o Tema ... ...............................................................................19
3.2 Educação Escolar... .............................................................................................21
3.3 Educação para a vida ..........................................................................................22

4 POSSIBILIDADES DO TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO DE


ADULTOS .....................................................................................................................25
4.1 Relevância da Intervenção Psicopedagógica na Educação de adultos ...............26
4.2 Psicopedagogia Institucional e seu Foco de Intervenção ..................................29
4.3 A intervenção Psicopedagógica numa Instituição de Ensino Superior ..............32
4.4 Destaque para os benefícios advindos de Intervenção Psicopedagógica junto ao
adulto ........................................................................................................................34

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................36


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA ..........................................................................38
40

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


PROJETO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Título da monografia: Intervenção Psicopedagógica junto ao adulto

Data de entrega: _____________________________

Auto Avaliação: Como você avaliaria esta monografia?

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

Avaliado por: __________________________ Grau _______________

_______________________. _____ de _____________ de _______

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